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Prática de Ensino em Artes Visuais III - 2020 (1)

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3 
 
 
ARTES VISUAIS 
 
PRÁTICA DE ENSINO EM ARTES 
VISUAIS III 
 
Prof. Especialista: Ademir de Oliveira Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO EM ARTES III: 
ELABORAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
Prof. Especialista: Ademir de Oliveira Junior 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................................... 6 
UNIDADE 01– A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DOCENTE........................................................................11 
UNIDADE 02 – PLANO DE ENSINO E PLANO DE AULA: REFLEXÕES DO TRABALHO DOCENTE ............. 17 
UNIDADE 03 – PLANO DE AULA: ORGANIZAÇÃO E AFINS..................................................................................... 28 
UNIDADE 04 – PLANO DE AULA: DEFININDO HABILIDADES E OBJETOS DE CONHECIMENTO .............. 33 
UNIDADE 05 – PLANO DE AULA: DEFININDO AS ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS.................................... 44 
UNIDADE 06 – PLANO DE AULA: DEFININDO OS RECURSOS ............................................................................... 57 
UNIDADE 07 – PLANO DE AULA: DEFININDO A AVALIAÇÃO ................................................................................ 62 
UNIDADE 08 – A AUTOAVALIAÇÃO EM ARTE: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA EM SALA DE AULA ....... 71 
UNIDADE 09 – PLANO DE AULA: PAUTA DE OBSERVAÇÃO E VALIDAÇÃO- PROFESSOR E EQUIPE 
PEDAGÓGICA. .............................................................................................................................................. 79 
UNIDADE 10 – AULA DE ARTE: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DOCENTE FRENTE ÀS 
EXPECTATIVAS DA ÁREA DE LINGUAGEM ....................................................................................... 85 
UNIDADE 11 – COMO DESENVOLVER UM PROJETO EM ARTE? .......................................................................... 96 
UNIDADE 12 – MATERIAL DIDÁTICO: REFLEXÕES PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO103 
UNIDADE 13 – PLATAFORMAS DIGITAIS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO ENSINO REMOTO ................... 110 
UNIDADE 14 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 1 .............................................................. 111 
UNIDADE 15 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 2 - GOOGLE FOR EDUCATION - 
PARTE 1 ........................................................................................................................................................ 122 
UNIDADE 16 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 3 - GOOGLE FOR EDUCATION - 
PARTE 2 ........................................................................................................................................................ 123 
UNIDADE 17 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 4 - GOOGLE FOR EDUCATION - 
PARTE 3 ........................................................................................................................................................ 134 
UNIDADE 18 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 4 - GOOGLE FOR EDUCATION - 
PARTE 4 ........................................................................................................................................................ 140 
UNIDADE 19 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 5 - PADLET, ZOOM E TEAMS ...... 144 
UNIDADE 20 – RECURSOS TECNOLÓGICOS E O ENSINO DE ARTE 6 - MOODLE ...................................... 148 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Prezad@ Alun@, 
 
Daremos início à última parte do nosso plano de formação no campo das 
práticas pedagógicas do ensino de arte, já perpassamos pelas concepções e 
aspectos legais da escola, onde você pode compreender o quão importante é a 
estruturação do ambiente escolar e todas as suas especificações. Nas práticas II, 
conhecemos os conceitos e as diferentes metodologias do ensino de artes. Um 
destaque importante para as metodologias ativas. 
Entretanto, o desafio agora é colocar todos esses conceitos em prática! 
Daremos então um enfoque para o plano de aula e as importantes observações 
para a elaboração de materiais didáticos e atrelar a tecnologia ao processo 
educacional. 
Nesta disciplina, tivemos o cuidado de organizar tópicos que irão delinear a 
importância da prática docente e os procedimentos para a elaboração de plano de 
aula. 
 
 
 
 
Seja bem-vind@! 
Bons estudos! 
 
 
 
 
7 
 
 
 
Objetivos 
As Práticas de Ensino têm como objetivos: 
• Conhecimento e análise dos espaços institucionais e não institucionais onde 
ocorre o ensino e a aprendizagem; 
• Leitura das teorias e práticas pedagógicas presentes nos espaços 
educacionais; 
• Conhecimento, utilização e avaliação dos objetivos, conteúdos, técnicas, 
métodos e procedimentos pedagógicos referentes ao processo de 
ensino/aprendizagem em situações diversas; 
• Construção de conhecimentos experiências contextualizados e de 
instrumentos para a intervenção pedagógica; 
• Tematização da prática pedagógica, a partir dos recursos teóricos e 
experiências, de forma a contemplar a complexidade e a singularidade da 
natureza da atuação do professor, favorecendo o desenvolvimento de um 
estilo pedagógico próprio, mediante a reflexão sobre vivências pessoais, 
sobre a implicação com o próprio trabalho, sobre as diferentes formas de 
sentir, sobre as relações estabelecidas na prática educativa; 
• Prática de observação e análise com vistas à compreensão e atuação em 
situações contextualizadas; 
• Desenvolvimento de parcerias com instituições não governamentais e 
governamentais em projetos integrados de estágio na formação inicial e na 
formação continuada; 
• Integração e conhecimento do aluno com a realidade social, econômica e do 
trabalho de sua área/curso – interlocução com os referenciais teóricos do 
currículo / aproximação entre as ações propostas pelas disciplinas / áreas / 
atividades; 
 
 
8 
 
 
• Iniciação à pesquisa e ao ensino, articulando teoria e prática, na perspectiva 
de vincular a formação profissional à prática investigativa; 
• Iniciação profissional através da observação, participação em projetos e 
regência como um saber-fazer orientado pelas teorias práticas pedagógicas; 
• Contribuição para o movimento ação-reflexão-ação, na medida em que 
oferece elementos para serem discutidos nas disciplinas do currículo. 
 
Metodologia 
A disciplina de Prática de Ensino em Artes Visuais está organizada em vinte 
unidades com temáticas pertinentes para a atuação do graduando em Licenciatura 
em Artes Visuais. O aluno tem à disposição as leituras de textos e planejamento da 
ação docente; análise da execução de atividades práticas de modo que o 
licenciando possa articular o trabalho teórico com o trabalho prático, atrelando a 
sua vivência com o estágio supervisionado, onde terá momentos reflexivos e 
investigativos da prática docente. Essa disciplina é oferecida na modalidade à 
distância (EAD), orientados pelo tutor, que privilegia a aplicação prática dos 
pressupostos teóricos desenvolvidos, com vistas à formação de um educador crítico, 
reflexivo e capaz de interpretar a diversidade e complexidade do contexto escolar. 
 
Avaliação 
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, 
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na 
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e 
espaço pré-determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o 
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a 
necessidade de estabelecimento de prazos. 
 
 
9 
 
 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
• Atividades individuais, ou a partir da interatividade com seus pares pela 
plataforma e estudos. 
• Provas semestrais realizadaspresencialmente; 
• Trabalhos de pesquisa bibliográfica. 
 
As estratégias de aprendizagem dos alunos: 
 Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
Elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos conteúdos. 
 
Plano de Ensino 
Práticas de Ensino em Artes Visuais III – Elaboração de Materiais 
 
Ementa: 
Atividades interdisciplinares para articulação entre os conhecimentos estudados na 
academia e a realidade socioeducacional. Contexto socioeconômico e cultural do 
entorno escolar. Investigação e interferências das concepções e condições sociais e 
educacionais da escola. O processo do ensino e da aprendizagem e elaboração de 
materiais 
 
Programa da Disciplina 
A importância do planejamento docente 
Plano de aula 
Plataformas digitais 
 
 
10 
 
 
 
Bibliografia Básica 
BARBOSA, A. M. A Imagem no ensino da arte. SP: Perspectiva, 2010. 
_____. Arte-educação no Brasil. SP: Perspectiva, 2010. 
SANS, P.T.C. Fundamentos para o ensino das artes plásticas. SP: Alínea, 2005. 
 
Bibliografia Complementar 
ARGAN, Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Ática 1991 
BARBOSA, Ana Mãe. Ensino da Arte: Memória e História. São Paulo: Perspectiva, 
2008 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. 
Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental: Brasília 
(DF), 2006. 
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Curricular Comum. 2017 
FREIRE, Madalena. A paixão de Conhecer o Mundo. São Paulo: Paz e Terra, 1983. 
FUSARI, M. F R. E FERRAZ, M. H. Metodologia do ensino de arte. SP: Cortez, 2000. 
FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M.H C. Arte na Educação Escolar. SP: Cortez, 1993. 
GOBRICH E.H. A história da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. 
HAIDT, R. C.C. Curso de Didática Geral. SP: Ática, 2003. 
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004. 
ZABALA, A. A Prática educativa. Como ensinar. Porto Alegre: Art Méd, 2000. 
 
 
 
 
11 
 
 
UNIDADE 01 – A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO 
DOCENTE 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Observação do planejamento docente e a sua importância. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
O Planejamento docente 
 
Diante dos desafios que encontramos no dia a dia, o docente depara com 
uma das inúmeras dificuldades que evita a efetivação de uma educação 
transformadora, o PLANEJAMENTO. Podemos destacar, que o planejamento no 
espaço escolar é de extrema importância para todos os envolvidos no processo de 
ensino aprendizagem, pois ele direciona os objetivos da aprendizagem, onde 
queremos chegar? 
É muito comum que ao conversar com os professores que já sabem dar 
aulas, relatarem que não precisam elaborar o seu planejamento de aulas ou até 
mesmo organizar o seu trabalho docente. 
 
Para TARDIFF, 2002: 
É comum a todos os profissionais da educação, que tem como 
um dos seus trabalhos o planejamento, essa não necessidade 
de repensar constantemente o seu fazer pedagógico, pode se 
apresentar como reflexo equivocado de um saber prático, 
 
 
12 
 
 
construído no trabalho cotidiano e nos conhecimentos que se 
estabeleceram no meio escolar. (TARDIFF, 2002, p.38). 
 
 Já em contrapartida, professores iniciantes, sentem-se apreensivos quando 
têm que realizar o seu planejamento, pelo fato de ainda não terem, na maior parte 
das vezes, uma leitura um tanto mais elaborada do espaço e da dinâmica do 
trabalho na escola. 
 Planejar o trabalho didático consiste em aprender a aplicar e: 
 
Apropriar-se de saberes que podemos chamar de 
curriculares. Esses saberes correspondem aos discursos, 
objetivos, conteúdos e métodos, a partir dos quais a 
instituição escolar categoriza e apresenta os saberes sociais 
por ela definidos e selecionados como modelos da cultura 
erudita e de formação para a cultura erudita. (TARDIFF, 2002 
p. 38) 
 
 Nesta perspectiva, Souza e Lorensini (2020) afirmam que: 
 
 
Pensar, organizar e planejar o trabalho didático se constitui em 
uma atividade complexa pelo fato de ter vários aspectos que 
precisam ser considerados no momento de definir o plano de 
trabalho. Podemos destacar, entre esses aspectos, a 
necessidade de pensar que o planejamento e o plano se 
constituem em momentos de decisões. Decisões estas que 
 
 
13 
 
 
devem ser revistas, rediscutidas, reelaboradas ao longo de 
todo o período em que o trabalho pedagógico se efetiva. A 
flexibilidade e a revisão constante são aspectos importantes 
do planejamento. Como o processo de tomada de decisão 
dizem respeito a todos os envolvidos no trabalho didático 
pedagógico, o planejamento requer o envolvimento da equipe 
e comunidade escolar pelo fato de serem eles a viverem esse 
cotidiano escolar. (SOUZA e LORENSINI, 2020, p. 47). 
 
Já para Libâneo (1994), 
 
O planejamento é uma atividade de reflexão acerca das 
nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre 
o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos 
entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses 
dominantes na sociedade (LIBÂNEO, 1994, p. 222). 
 
Diante dessas informações, devemos então compreender que os saberes e 
percepções dos professores vão se refinando, mas é de extrema importância que 
esteja claro para o professor que o seu planejamento seja anual ou mensal. Mas 
precisa ser construído todo tempo com a organização, visando o aprendizado dos 
alunos. 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 O Planejamento pedagógico em Arte 
 
 
14 
 
 
 
A arte vai além do seu componente curricular, ela está presente no cotidiano 
da sociedade e tem um papel muito importante mesmo que em várias vezes é 
deixada de lado e considerada apenas uma disciplina de “lazer” 
Importante elucidar, neste momento, que o professor necessita de aspirações 
que vão além dos conteúdos pré-estabelecidos. Todo o trabalho deve ser atrelado a 
metodologias e principalmente aos objetivos de aprendizagem para determinada 
faixa etária / ano escolar. 
Para a organização e efetivação do planejamento pedagógico, o professor 
deve operacionalizar com base de alguns documentos referenciais importantes 
como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pareceres e resoluções, 
referenciais curriculares nacionais, propostas educacionais dos estados e municípios 
e, finalmente o projeto político pedagógico da escola. 
Lembre-se que para a aula acontecer, muitas etapas aconteceram antes. 
Veja o esquema abaixo que pode ilustrar tal conceito: 
 
 
15 
 
 
 
 
 
É importante que o planejamento pedagógico do professor não perca de 
vista as demais orientações técnicas e pedagógicas contidas no Projeto Político 
Pedagógico da escola, bem como as referências das instâncias municipais, estaduais 
e federais. 
Segundo Vasconcellos (2009, p 80), o planejamento é considerado um 
processo “contínuo e dinâmico de reflexão, tomada de decisão, colocação em 
prática e acompanhamento. Plano é o produto desta reflexão e tomada de decisão, 
que como tal pode ser explicitado em forma de registro, de documento”. 
 
 
16 
 
 
Para Luckesi (1995), o planejamento envolve então dois grandes 
subprocessos: elaboração e realização interativa. A elaboração deve estar em 
consonância com a tentativa de colocação em prática, o que se define no plano de 
ação. Se isso não se concretizar provavelmente, se criará uma dicotomia no 
planejamento entre o pensar e o fazer, conceber e realizar a teoria e prática, 
tornando-se um planejamento sem sentido na realidade educativa. 
 Na prática, o docente em Arte, deve levar em consideração todo o 
movimento político e pedagógico, com o intuito de estabelecer relações com a 
realidade da sala de aula, com os aspectos legais e pedagógicos da área. 
Aspectos legais aqui destacados, levando em consideração a BNCC, 
referenciais curriculares, bem como o projeto político pedagógico da escola, pois a 
realidade da escola necessitaser levada em consideração para o desenvolvimento 
das habilidades e competências a serem trabalhadas nas linguagens da arte e 
propor atividades e reflexões aos alunos para garantir os seus direitos de 
aprendizagem. 
O planejamento docente é de extrema importância, pois é através dele que 
conseguimos traçar um plano de ação que alcance os objetivos e onde gostaríamos 
de chegar com os alunos. Quais são os objetos de conhecimento que serão 
atreladas à mobilização de habilidades para alcançar as tão desejadas competências 
e a formação integral do indivíduo. 
 
 
17 
 
 
UNIDADE 02 – PLANO DE ENSINO E PLANO DE AULA: 
REFLEXÕES DO TRABALHO DOCENTE 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer os princípios e as características do plano de ensino e do plano 
de aula. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 Para início de conversa... 
 
 O Plano de Ensino é um roteiro detalhado das unidades didáticas e das 
metodologias a serem utilizadas. É o planejamento do que vai ser trabalhado 
durante o ano letivo ou semestre. Dessa forma, o plano de ensino deve conter um 
cabeçalho para identificar a instituição, curso, disciplina, delimitação dos conteúdos, 
os objetivos gerais, os objetivos específicos, desenvolvimento metodológico, 
recursos, tempo provável e as formas de avaliação (LIBÂNEO, 1994). 
Quanto ao Plano de Aula, como objeto de estudo, segundo Libâneo (1994), 
trata-se de um detalhamento do plano de ensino. Neste plano devem estar claros 
para o professor: o conteúdo a ser trabalhado, os objetivos, como será desenvolvida 
a aula (metodologia) e como será avaliado o aproveitamento do aluno (avaliação). O 
detalhamento da aula é fundamental para se obter uma sequência no ensino, sendo 
assim o plano de aula torna-se indispensável. Importante destacar que a aula é um 
período de tempo variável, sendo assim, as unidades devem ser distribuídas 
sabendo-se que, às vezes, é preciso bem mais do que uma aula para finalizar uma 
unidade ou fase de ensino. 
Silva, (2019) complementa e afirma que: 
 
 
18 
 
 
Ao definir cada um deles e entendendo que são articulados e 
complementares entre si, é possível confirmar que, apesar de 
possuírem um propósito de fragmentar uma ação específica 
nas instituições de ensino, suas características peculiares 
auxiliam na compreensão de todo o processo educativo. Dessa 
forma, o planejamento começa pelo plano de curso 
(planejamento macro), advindo pronto dos próprios Órgãos 
responsáveis pela instituição escolar. Por meio dele, são 
elaborados os planos de ensino e, a partir deles, o professor 
conclui e organiza seu próprio plano de aula. Assim, ele estará 
diretamente relacionado ao plano de ensino, pois, como 
acontece diariamente, nada mais é do que o plano de ensino 
dividido por dias letivos. Tanto os planos de ensino quanto os 
planos de aulas são elaborados pelo professor, pois possuem 
uma sequência didática dos conteúdos, a ser seguida, para 
que aconteça o desenvolvimento cognitivo integral do 
educando. Pode-se perceber que o planejamento é um 
elemento que necessita de muita discussão, pois, sendo 
iniciado de maneira diferente, o ato do planejamento já 
começa de forma inadequada (SILVA, 2020, p. 31). 
 
Podemos destacar que todo o processo está ligado e parte dos princípios de 
planejamento e organização do trabalho docente nas diferentes variáveis de tempo 
e espaço. Contudo, os autores corroboram entre si, que tudo parte desta prática 
pedagógica e cabe ao professor colocar em prática em todos os aspectos. 
 
SILVA, 2019 complementa: 
 
Participar efetivamente da construção do planejamento, com 
intuito de contribuir e associá-lo com as diversas modalidades 
existentes, tendo coerência na escolha das ações, tornou-se 
fundamental na caminhada para melhoria educativa. Se antes 
o professor era passivo na execução dos planos que eram 
totalmente pensados por outros, que, muitas vezes, nunca 
adentraram uma sala de aula, hoje, pelo menos no ambiente 
escolar a participação está prevista na LDB, não só como uma 
 
 
19 
 
 
normatização, mas também como uma conquista. (SILVA, 
2019, p. 32). 
 
 Na teoria, podemos dizer que tudo é lindo e maravilhoso, mas nem sempre a 
prática condiz com a teoria. Vale ressaltar que o trabalho do docente necessita de 
apoio e construção juntamente com todos os membros da equipe escolar, pois 
todo esse processo revela a importância que é o atendimento e a oferta de um 
ensino consistente e de qualidade a todos os membros da comunidade escolar. 
Tudo é válido quando bem planejado e desde que deixe bem claro todas as 
expectativas a serem atendidas durante um determinado período de tempo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
O plano de aula e sua importância no cotidiano do docente 
 
 Para dar andamento em nossa discussão, separamos um recorte da tese de 
mestrado de Érica Pereira Silva, da Universidade de Uberaba, quando trata do plano 
de aula no contexto escolar. 
 
 O plano de aula no contexto escolar 
 
O planejamento como processo norteador da educação, deve ser entendido 
e desenvolvido a partir de uma visão total de homem e de mundo, onde ele está 
inserido como um ser que tem uma história. Para isso, é essencial que o ato 
educativo se organize por meio de atitudes científicas para elaborar um plano de 
ensino e, consequentemente, um plano de aula que parta do contexto real em que 
o indivíduo está inserido. Vale ressaltar que, mesmo sendo dirigida pelas normas e 
 
 
20 
 
 
necessidades da sociedade, é necessário planejar uma ação educativa que não 
imponha diretrizes estáticas e dominadoras. Ao contrário, é preciso trilhar uma 
educação que possa ser libertadora e criadora, que tenha uma visão antropológica, 
que compreenda o homem em sua totalidade de ser existencial. Dessa maneira, 
planejar o processo educativo é preciso para que o homem não se aprisione e, 
assim, liberte-se numa perspectiva de “ser para a vida” (MENEGOLLA; SANT´ANNA, 
2001). 
Gandin (1997) afirma que existem planejadores e executores. Contudo, ele 
defende a ideia de que, nesse grupo, há uma minoria de planejadores e muitos 
executores. Existem pessoas dispostas apenas a mandar, estão sempre apontando a 
direção a ser seguida de acordo com suas próprias convicções. No entanto, a 
pessoa com autonomia e consciência crítica não se deixa levar por essa situação, ao 
contrário da pessoa submissa e acomodada que vai se deixar manipular. Ainda, 
segundo Gandin (1997, p. 54), o “planejar vai além do simples ato de fabricar 
planos, vai além do colocar ideias no papel, preparar atividade para serem 
executadas dentro ou fora da sala de aula. O planejamento não se reduz à 
elaboração, estende- se também à execução e à avaliação”. 
A educação é uma atividade eminentemente do ser humano com a qual o 
homem tem a possibilidade de se desenvolver, que jamais deve ser realizada de 
forma isolada. Devido a isso, todo processo educacional precisa de um 
planejamento não somente no âmbito administrativo escolar, mas também em 
situação específica de ensino, relativo às diferentes metodologias e conteúdos, 
“servindo de instrumento básico para que todo o processo educacional desenvolva 
sua ação, num todo unificado, integrando os recursos e direcionando toda a ação 
educativa” (MENEGOLLA; SANT´ANNA, 2001, p. 23). Partindo desses princípios, o 
planejamento do professor não deve ser confundido ou interpretado como se fosse 
um modelo pronto de atividades de ensino ou didáticas de uma instituição; ao 
contrário, deve ser visto e compreendido como um instrumento básico para que 
 
 
21 
 
 
todo o processo educacional se desenvolva, atingindo os propósitos e as metas a 
que se propõe numa visão do micro para o macro. 
Segundo Libâneo (1994, p. 222), o plano de aula tem um papel fundamental 
no trabalho do professor por tratar-se de: “um processo de organização, 
sistematização e coordenação da ação docente, articulandoa atividade escolar aos 
problemas do contexto social”. Dessa forma, segundo a visão do autor, tendo 
definido a importância do planejamento, é evidente a necessidade de integrar o 
trabalho docente à problemática do contexto social em que os alunos estão 
inseridos, para proporcionar, com essa integração, um conhecimento mais 
significativo, uma vez que, para os educandos, estudar temáticas que falem sobre a 
realidade que eles vivenciam em seu cotidiano poderá facilitar e contribuir na 
aprendizagem. 
Sobre a importância da prática do planejamento, Libâneo (1994, p. 222) ainda 
afirma que: 
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples 
preenchimento de formulários para controle administrativo, é, 
antes, a atividade consciente da previsão das ações político – 
pedagógicas, e tendo como referência permanente às 
situações didáticas concretas. Sem isso, abre-se a possibilidade 
de improvisação ou, o que é pior, de experimentação para ver 
se “dá certo” em termos do encaminhamento do ensino. 
 
Nesse sentido, todos que fazem parte do processo educativo precisam 
integrar-se, visando melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem do 
aluno, sendo que um aliado imprescindível nessa integração é o plano de aula 
estruturado que tenha uma linha de ensino-aprendizagem contínua, pois é por 
meio dele que refletimos ações docentes voltadas para a realidade social, política, 
econômica e cultural que a escola faz parte e, por consequência dessa sintonia, 
consegue-se alcançar resultados mais eficientes quanto à educação do corpo 
discente. 
 
 
22 
 
 
O ato de planejar é muito útil, como se pode constatar, mas ele se torna 
alienado se não partir de um contexto real. Tendo em mente a importância de um 
instrumento para direcionar as ações educativas, precisamos saber ainda mais, que 
planejar é tomar decisões, mas que elas podem ser falíveis; assim, o planejamento 
sempre está em processo, portanto, em evolução. Dessa maneira, cabe enfatizar que 
a escola, bem como a elaboração de seus planejamentos, que tem por base a 
orientação dada pelos sistemas normativos, com a finalidade de atender às 
características locais e àquelas mais abrangentes e, sobretudo, às 
peculiaridades/interesses do aluno, devem estar em constante análise, para seu 
aperfeiçoamento. Para Menegolla e Sant‟Ana (2001, p. 25): 
Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, 
porque educação não é o processo, cujos resultados podem 
ser totalmente predefinidos, determinados ou pré-
escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma 
ação puramente mecânica e impensável. Devemos, pois, 
planejar a ação educativa para o homem não lhe impondo 
diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a 
educação, ajude o homem a ser criador de sua história. 
Diante dessa afirmação, pode-se constatar que os autores se preocupam em 
especificar que o planejamento da ação docente visa, sobretudo, enfatizar o papel 
do homem como ser pensante, que tem capacidade de análise crítica. Nesse 
sentido, planejar não significa estabelecer limites para o homem; ao contrário, é 
possibilitar o encaminhamento para o desconhecido, com autonomia e sensatez, 
como pessoa dotada de discernimento para escolher seus próprios caminhos. 
Menegolla e Sant‟Ana (2001, p. 66) chamam atenção para o plano de aula 
destacando que: 
[...] (o planejamento das aulas) ajuda o professor a definir os 
objetivos que atendam os reais interesses dos alunos; - 
possibilita ao professor selecionar e organizar os conteúdos 
mais significativos para seus alunos; - facilita a organização 
dos conteúdos de forma lógica, obedecendo à estrutura da 
 
 
23 
 
 
disciplina; - ajuda o professor a selecionar os melhores 
procedimentos e os recursos, para desencadear um ensino 
mais eficiente, orientando o professor no como e com que 
deve agir; - ajuda o professor a agir com maior segurança na 
sala de aula; - o professor evita a improvisação, a repetição e a 
rotina no ensino; - facilita uma maior integração com as mais 
diversas experiências de aprendizagem;- facilita a integração e 
a continuidade do ensino;- ajuda a ter uma visão global de 
toda a ação docente e discente; - ajuda o professor e os 
alunos a tomarem decisões de forma cooperativa e 
participativa. 
 
Nesse aspecto, a ação de planejar pode ser um momento de diálogo e de 
parceria entre o professor e os alunos. Ao estabelecer claramente os objetivos e o 
modo como o conteúdo vai ser ensinado, as habilidades que se espera que os 
alunos desenvolvam e as formas como eles vão ser avaliados o professor sela um 
pacto para com eles: ensinarei isso e espero que vocês aprendam isso. 
O professor precisa estar preparado, também, para os momentos em que o 
seu planejamento necessite ser revisto e modificado sem que, com isso, ele perca a 
sua essência, tendo a sensibilidade de analisar suas ações, para otimizar os 
resultados esperados para aquela realidade específica. Mas, para que isso, de fato, 
aconteça, o professor necessita, cada vez mais, entender que o planejamento das 
aulas é um instrumento que procura ajudá-lo no direcionamento teórico e prático 
dos conteúdos. Por si só, não é a solução absoluta de todos os problemas que 
podem surgir com relação à organização metodológica, tendo em vista que a 
elaboração de um plano é apenas um passo de uma longa caminhada. Como afirma 
Libâneo (1994, p. 225): “O planejamento não assegura, por si só, o andamento do 
processo de ensino”. 
A elaboração do plano de aula permite ao professor o estabelecimento de 
uma linha de raciocínio, que irá prever e direcionar seus atos pedagógicos e, como 
consequência, ao lidar com situações concretas de ensino, sua experiência será 
enriquecida; pois, segundo Libâneo (1994, p. 225): “O professor serve, de um lado, 
 
 
24 
 
 
dos conhecimentos do processo didático e das metodologias específicas das 
matérias e, de outro, da sua própria experiência prática”. O autor afirma que o 
docente deverá usar o seu planejamento para a reflexão e a avaliação da sua 
própria maneira de ensinar e, em cada nova conduta, reformular suas convicções e 
sua prática. Contudo, Menegolla e Sant‟Anna (2001, p. 43) salienta que alguns 
professores ainda resistem ao planejamento: 
 
O âmbito educativo traz uma evidência preocupante: muitos 
professores não gostam e pouco simpatizam em planejar suas 
atividades escolares. O que se observa é uma clara relutância 
contra a exigência de elaboração dos planos de aula. Há uma 
certa descrença manifestada nos olhos, na vontade e 
disposição dos professores, quando convocados para 
planejamento. 
 
O que acontece, de fato, com esses professores que resistem ao 
planejamento ninguém sabe ao certo. Mas, acredita-se que seja devido à 
desconfiança da sua utilidade, pois esses profissionais acreditam que planejar é 
apenas preencher papéis para atender à burocracia escolar, evidenciando que não 
colocam em prática o que planejam, pois, a partir do momento em que temos certo 
descrédito com algo, deixamos de praticá-lo da forma como está previsto. 
Planejamos, mas não usamos o planejamento ou reproduzimos um modelo pronto, 
tendo em vista que não se tem confiança no possível sucesso dessa prática. Mas, 
então, por que “gastar tempo” para elaborar um plano de ensino/aula? A esse 
respeito, o educador espanhol Gimeno Sacristán (1998, p. 279) afirma que: 
Os planos de aulas funcionam como esquemas flexíveis para 
direcionar a prática pedagógica, proporcionam segurança 
ao professor/a; assim, abordará com mais confiança os 
aspectos imediatos e imprevisíveis que lhe são apresentados 
na ação. O plano prévio é o que permite, paradoxalmente, 
um marco para a improvisação e criatividade do docente. O 
 
 
25 
 
 
plano delimita a prática, mas oferece um marco de 
possibilidades abertas. 
Cabe então ao professor procurar conhecer melhor as definições, a 
estrutura/característica,as funções, bem como as vantagens e as desvantagens em 
relação ao planejamento, para então definir se é ou não viável a utilização dessa 
prática, pois não se repugna algo que não se conhece realmente. No momento em 
que o professor for elaborar seu planejamento, algumas características precisam ser 
levadas em consideração, para que ele possa desenvolver um plano de aula 
coerente. Segundo Tuler (2008, p. 56), as principais características de um bom 
planejamento são: 
1. Unidade. No planejamento, é fundamental relacionar todas as atividades para a 
conquista dos objetivos propostos; eles são a garantia de unidade da ação docente, 
é preciso ser coerente. 
 
2. Continuidade. Sem planejar o professor corre o risco de valorizar pontos 
secundários em detrimento de pontos prioritários da matéria. O professor precisa 
prever todas as etapas do trabalho em pauta, desde a inicial até a final. 
 
3. Flexibilidade. O plano, pode ser modificado ou reajustado sem quebra de 
sua unidade e de seus objetivos. 
 
4. Objetividade e realismo. O plano deve ser objetivo e estar baseado nas 
condições reais e imediatas de local, tempo, recursos, capacidade e preparo de seus 
alunos. 
 
5. Precisão e clareza. É fundamental ter precisão nos enunciados do 
planejamento. O estilo deve ser claro, com indicações bem exatas e sugestões bem 
concretas para o trabalho a ser realizado. 
 
 
26 
 
 
Em uma visão estrutural, a fase inicial é a de preparação, que estabelece os 
passos necessários para assegurar a sistematização, o desenvolvimento e a 
concretização dos resultados previstos. No segundo momento, que consiste na fase 
do desenvolvimento do que anteriormente havia sido preparado, o foco recai na 
ação do aprendiz e do educador, e, aos poucos, no decorrer do trabalho, 
aprimoram-se os níveis de desempenho do processo. A última fase é a do 
aperfeiçoamento, por meio da avalição, que visa colocar em prática os 
ensinamentos para determinar o alcance ou não dos objetivos esperados 
(LIBÂNEO,1994). Esses procedimentos do plano de aula permitem os ajustes que se 
fizerem necessários para cada etapa do processo, demonstrando que ele é um 
“organismo flexível”, adaptável a diferentes realidades e anseios que possam 
aparecer, contrariando os que ainda pensam que o planejamento, por si só, é um 
instrumento infalível e altamente programável, já que fatores inesperados podem 
modificá-lo. 
Nesse contexto, Gutenberg (2008, p. 21) destaca que: 
Todo mestre precisa entender que esse conjunto de regras, 
embora pareça muito burocrático e teórico para uns, ou 
mesmo inútil para outros, trata-se de uma tentativa clara para 
que os alunos aprendam e apreendam o que for necessário 
durante o período escolar, com ações determinadas, mas não 
estáticas. Precisamos diferenciar flexibilidade de frouxidão. 
Assim sendo, o bom planejamento de uma aula é aquele que atende melhor 
às necessidades do contexto em que o aluno está inserido e que visa a objetivos 
significativos, com a utilização de passos organizados, mas flexíveis o bastante para 
tomar caminhos diferentes sem com isso perder a direção. O importante é ressaltar 
que o plano de aula sirva tanto para o professor, como para os alunos, que ele seja 
funcional, por meio de uma ação consciente, libertadora e responsável, 
desconsiderando o conceito de planejamento como uma receita pronta, pois se 
sabe que cada escola é uma realidade diferente, com necessidades e desempenhos 
peculiares. Portanto, cabe ao professor, em conjunto com os demais profissionais da 
 
 
27 
 
 
instituição, adaptar o seu planejamento, para que assegure os resultados a que ele 
se propõe: nortear, de forma satisfatória, as práticas educacionais. 
 
Texto na íntegra: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1050 
Acesso em 31.08.2020 
 
Após a leitura do texto, a autora descreve com muita propriedade sobre a 
importância do plano de aula e o trabalho coletivo a ser realizado pelo docente. 
Contudo, destacam-se as características do plano quando se trata de: unidade, 
continuidade, flexibilidade, objetividade e realidade e precisão e clareza. 
http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1050
 
 
28 
 
 
UNIDADE 03 – PLANO DE AULA: ORGANIZAÇÃO E AFINS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender que o plano de aula possui uma organização e necessita 
ser realizado pelo docente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 O plano de aula em etapas 
 
No início da docência, muitos educadores possuem dificuldades sobre como é 
elaborado um bom plano de aula. 
Tentaremos aqui, trazer algumas etapas que colaboração com a organização dos 
planos de trabalhos, como: 
 
1. Faça um bom planejamento; 
2. Levante os conhecimentos prévios dos alunos; 
3. Defina um modelo de plano de aula; 
4. Escolha as habilidades de ensino; 
5. Selecione os objetos de conhecimento; 
6. Escolha as estratégias de ensino e informe como será o desenvolvimento da 
aula. 
7. Selecione os recursos e materiais necessários; 
8. Inclua a avaliação 
9. Organize uma pauta de observação 
 
 
 
29 
 
 
O docente aprende praticando e estudando teorias e práticas que estão à 
disposição e foram construídas ao longo do tempo. Como já foi elencado nas 
outras unidades, segundo Libâneo, o planejamento das aulas é fundamental no 
processo de ensino-aprendizagem dos alunos. O plano de aula, é necessário 
para nortear o trabalho docente, pois oportuna também a aprendizagem do 
professor, pois leva à pesquisa e reflexões de sua prática pedagógica. O fato 
aqui é, que sem planejar, não sabemos onde gostaríamos de chegar e nem os 
melhores caminhos a percorrer. 
Para isso é muito importante que o professor decida e elabore um modelo 
de seu plano de aula, onde o mesmo norteará o trabalho conforme citado acima. 
Mas a pergunta que mais nos deixa inquietos é o que de fato levar em 
consideração para elaborar um plano de aula? 
O primeiro ponto a destacar é a função social e política que este instrumento 
de trabalho docente traz. O objetivo principal é atender a um direito de 
aprendizagem e de educação que o meu aluno tem e organizar o que ele 
necessita aprender, que esse objeto de conhecimento faz parte de um processo 
de habilidades e competências que levará para sua vida toda. 
Contudo, devemos partir dos saberes que os alunos já têm sobre o assunto, 
assim conseguimos definir os objetos de conhecimento, a mobilização das 
habilidades e a melhor estratégia de ensino para alcançar esses objetivos. O 
simples fato de dimensionar para que ano, ajuda muito o professor a se 
organizar melhor, pois há abertura para reflexão sobre como organizar as aulas e 
o fato de priorizar determinada linguagem da arte e assim por diante para uma 
possível verificação junto ao plano de ensino do ano em referência. 
Outro ponto importante ressaltar neste momento que os saberes docentes 
são desenvolvidos de acordo com a vivência dos alunos, a partir da prática, 
 
 
30 
 
 
vamos desenvolvendo e aperfeiçoando os nossos planos de aula no decorrer do 
tempo. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Um modelo de plano de aula 
 
Para definir um modelo de plano de aula, cabe ao professor estabelecer 
juntamente a equipe pedagógica qual formato melhor atende às necessidades 
pedagógicas. Ao procurar pela internet, há inúmeras formas, mas cuidado, pois 
vários estão desatualizados com a nova nomenclaturas de acordo com a BNCC. Para 
tanto, elaboramos um modelo para que possa servir de exemplo e vamos 
desenvolver o preenchimento no decorrer das unidades. Veja o modelo de plano de 
aula: 
 
Unidade escolar: 
Professor responsável: 
PLANO DE AULA 
ANO:__________ Turma: _____ 
 
Data: ___/___/___ 
Tema da aula: 
Componente curricular: 
Área de linguagem: 
Habilidades: 
Objetos de conhecimento: 
Procedimentos metodológicos: 
 
 
31 
 
 
Recursos: 
Avaliação: 
Pauta de observações: 
Validação: professor eequipe pedagógica 
Modelo de plano de aula elaborado pelo autor (2020). 
 
 A primeira parte do plano de aula condiz com a identificação do plano de 
aula, como a unidade escolar, o professor responsável, o ano e turma que se refere, 
bem como a data e o componente curricular. 
 Neste momento, o professor necessita preencher os dados de acordo com a 
sua realidade. Para tanto, vamos conhecer o Professor Beto, recém-contratado do 
Colégio 7 de Setembro e que necessita preencher os seus planos de aulas. 
 Para que possamos auxiliá-lo, necessitamos de maiores informações sobre a 
realidade do Professor Beto, ok? Vamos lá? 
 
O CASO DO PROFESSOR BETO – PARTE I 
O professor Beto, tem 33 anos, nasceu na cidade de Araras, formou-se em 
Licenciatura em Artes Visuais e foi recém-contratado pelo Colégio 7 de Setembro, que 
atua em quatro modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental, 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. Para o primeiro dia de aula, foi 
solicitado pela equipe pedagógica que o professor Beto, elaborasse um plano de aula 
para a turma do 4º ano B com a linguagem da arte sendo a Artes Visuais. 
 
 
 O primeiro momento é preencher a parte da identificação do plano de aula, 
vamos lá? 
 
 
32 
 
 
 
Unidade escolar: Colégio 7 de Setembro 
Professor responsável: Adalberto de Oliveira 
PLANO DE AULA 
ANO: 4º Turma: B 
 
Data: 20/02/2020 
Tema da aula: Uma pintura diferente 
Componente curricular: Arte 
Área de linguagem: Artes Visuais 
 
Pronto! A parte da identificação já está de acordo com o estudo de caso, 
contudo, a próxima fase para elaboração do plano de aula do professor Beto estará 
nas próximas unidades. 
 
 
 
33 
 
 
UNIDADE 04 – PLANO DE AULA: DEFININDO HABILIDADES 
E OBJETOS DE CONHECIMENTO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender o processo de elaboração de aula, definindo habilidades e 
objetos de conhecimento. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 As habilidades do ensino de arte 
 
No início da docência, muitos educadores possuem dificuldade sobre como é 
elaborado um bom plano de aula. 
Tentaremos aqui, trazer algumas etapas que irão colaborar com a organização 
dos planos de trabalhos, como: 
 
Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais 
definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos 
estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, 
que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é 
definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e 
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e 
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas 
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e 
do mundo do trabalho. (BRASIL, 2017). 
 
Portanto, a Base propõe que sejam protagonistas e que possam não só 
ajudar a definir os temas a serem tratados, mas que possam ser livres para criar, 
 
 
34 
 
 
dando vazão à sensibilidade de maneira mais plena. O planejamento das aulas deve 
considerar o interesse dos alunos, assegurando o desenvolvimento das habilidades, 
oportunizando momentos de interação para a construção deste. 
Partindo destes aspectos, entende-se que a conceito de Arte dentro do 
ambiente escolar não pode ser visto apenas como transmissão de “conteúdos de 
cultura”, é fundamental que a escola seja um local de articulação de diferentes 
manifestações culturais. Para Edgar Morin (2000, p.38-39), o pensamento complexo 
se faz nas relações entre o globalizado e o regional, o múltiplo e o singular. 
A BNCC aborda que as linguagens articulem seis dimensões do 
conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a 
singularidade da experiência artística. Tais dimensões perpassam os conhecimentos 
das Artes visuais, da Dança, da Música e do Teatro e as aprendizagens dos alunos 
em cada contexto social e cultural. Não se trata de eixos temáticos e categorias, mas 
de linhas maleáveis que se interpenetram, constituindo a especificidade da 
construção do conhecimento em Arte na escola. Não há nenhuma hierarquia entre 
essas dimensões, tampouco uma ordem para se trabalhar com cada uma no campo 
pedagógico. 
A Base Nacional Comum Curricular (2017) apresenta seis dimensões, que são: 
 
• Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, 
produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e 
investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, 
ideias, desejos e representações em processos, 
acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. 
Essa dimensão trata do aprender o que está em jogo durante 
o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, 
entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. 
 
 
 
35 
 
 
• Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos 
em direção a novas compreensões do espaço em que vivem, 
com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo 
e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações 
artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão 
articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos 
estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e 
culturais. 
 
• Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação 
ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio 
corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão articula a 
sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de 
conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em 
sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e 
intelecto) é o protagonista da experiência. 
 
• Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e 
manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos 
artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa 
dimensão emerge da experiência artística com os elementos 
constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários 
específicos e das suas materialidades. 
 
• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à 
abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas 
artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibilidade 
 
 
36 
 
 
dos sujeitos para a relação continuada com produções 
artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares 
e grupos sociais. 
 
• Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e 
ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos 
criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar 
e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como 
criador, seja como leitor. (BRASIL, 2017, p.192). 
 
Estas dimensões do conhecimento propõe explorar o saber, o fazer e o 
pensar em campos conceituais e suas potencialidades. Considerar o processo de 
criação, o caminho percorrido pelo aluno até o resultado final da sua produção 
artística. Segundo o filósofo italiano Luigi Pareyson a arte é um tal fazer que 
enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de fazer (PAREYSON,1997, p. 26). É 
através da identidade criadora que permite autonomia e a elaboração de suas 
concepções sobre a arte e o fazer artístico dos estudantes. 
Partindo destes aspectos, retomamos o caso do professor Beto- parte I para 
darmos sequência a nossa construção. 
Afinal, o que são habilidades e competências definidos pela BNCC? Para 
isso, leia um recorte da reportagem sobre as diferenças entre competência e 
habilidades do Centro de Referência de Educação Integral. 
 
A definição de competência, na BNCC é “a mobilização de conceitos 
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), 
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno 
exercício da cidadania e do mundo do trabalho”, ou seja, a capacidade de mobilizar 
 
 
37 
 
 
recursos, conhecimentos ou vivências para resolver questões da vida real, como 
pensamentocrítico e empatia. 
As habilidades indicam o que aprendemos a fazer e são sempre associadas a 
verbos de ação, como identificar, classificar, descrever e planejar. No ambiente 
escolar, ler e interpretar um texto, apresentar um trabalho e realizar operações 
matemáticas são exemplos de habilidades que os estudantes desenvolvem ao longo 
do percurso escolar. 
As competências serão alcançadas se as habilidades forem desenvolvidas ao 
longo dos anos, por todos os componentes curriculares. Algumas habilidades 
demoram um certo tempo para serem adquiridas, como observamos ao analisar a 
BNCC e as habilidades referentes, aos anos iniciais do ensino fundamental. 
 
Texto na íntegra disponível em: https://educacaointegral.org.br/reportagens/bncc-
voce-sabe-diferenca-entre-competencias-e-habilidades/ 
 
Para o ensino em Artes Visuais é fundamental a pesquisa sobre os 
conhecimentos da área e experiências relacionadas com materiais, técnicas e as 
formas visuais da história, sem exclusão da contemporânea, cabe ao profissional da 
educação buscar formações para executar com excelência e qualidade a docência. 
 A escola deve proporcionar vivências com as quais os estudantes possam 
aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e 
produção artística. 
Perceber a arte, através deste novo olhar, marca seu caráter histórico, um processo 
construído em contínua transformação, pelo ser humano. Martins e Picosque (1998) 
dizem que: 
 
A linguagem visual também pode ser revelada à criança 
através de um sensível olhar pensante. O olhar já vem 
https://educacaointegral.org.br/reportagens/bncc-voce-sabe-diferenca-entre-competencias-e-habilidades/
https://educacaointegral.org.br/reportagens/bncc-voce-sabe-diferenca-entre-competencias-e-habilidades/
 
 
38 
 
 
carregado de referências pessoais e culturais; contudo, é 
preciso instigar o aprendiz também para um olhar mais 
curioso e mais sensível às sutilezas. (...) Nutrir esteticamente o 
olhar é alimentá-lo com muitas e diferentes imagens, 
provocando uma percepção mais ampla da linguagem visual; 
olhar diferentes modos de resolver as experiências estéticas, 
entrando em contato com os conceitos e a história da 
produção nessa linguagem. Martins e Picosque (1998, p. 136). 
 
Unidades Temáticas 
A Dança se constitui como prática artística pelo pensamento e sentimento 
do corpo, mediante a articulação dos processos cognitivos e das experiências 
sensíveis implicados no movimento dançado. Os processos de investigação e 
produção artística da dança centram-se naquilo que ocorre no e pelo corpo, 
discutindo e significando relações entre corporeidade e produção estética. 
Ao articular os aspectos sensíveis, epistemológicos e formais do movimento 
dançado ao seu próprio contexto, os alunos problematizam e transformam 
percepções acerca do corpo e da dança, por meio de arranjos que permitem novas 
visões de si e do mundo. 
Eles têm, assim, a oportunidade de repensar dualidades e binômios (corpo 
versus mente, popular versus erudito, teoria versus prática), em favor de um 
conjunto híbrido e dinâmico de práticas. 
A Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons, que 
ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade subjetiva 
quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores diversos 
estabelecidos no domínio de cada cultura. 
A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela 
percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais 
sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos 
 
 
39 
 
 
alunos. Esse processo lhes possibilita vivenciarem a música inter-relacionada à 
diversidade e desenvolver saberes musicais fundamentais para sua inserção e 
participação crítica e ativa na sociedade. 
O Teatro instaura a experiência artística multissensorial de encontro com o 
outro em performance. Nessa experiência, o corpo é lócus de criação ficcional de 
tempos, espaços e sujeitos distintos de si próprios, por meio do verbal, não verbal e 
da ação física. Os processos de criação teatral passam por situações de criação 
coletiva e colaborativa, por intermédio de jogos, improvisações, atuações e 
encenações, caracterizados pela interação entre atuantes e espectadores. 
O fazer teatral possibilita a intensa troca de experiências entre os alunos e 
aprimora a percepção estética, a imaginação, a consciência corporal, a intuição, a 
memória, a reflexão e a emoção. (Brasil, 2017) 
Na BNCC de Arte, cada uma das quatro linguagens do componente curricular 
– Artes visuais, Dança, Música e Teatro – constitui uma unidade temática que reúne 
objetos de conhecimento e habilidades articulados às seis dimensões apresentadas 
anteriormente. Além dessas, uma última unidade temática, Artes integradas, explora 
as relações e articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, inclusive 
aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e 
comunicação. (Brasil, 2017) 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
As competências específicas 
 
Ao final do Ensino Fundamental, o componente curricular de Arte deve 
garantir aos estudantes o desenvolvimento de algumas competências específicas: 
 
 
 
40 
 
 
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e 
culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais 
brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para 
reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a 
diferentes contextos e dialogar com as diversidades. 
 
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, 
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e 
comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de 
produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações. 
 
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente 
aquelas manifestadas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –
, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em 
Arte. 
 
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, 
ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. 
 
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação 
artística. 
 
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de 
forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na 
sociedade. 
 
 
 
41 
 
 
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e 
culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas. 
 
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo 
nas artes. 
 
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e 
imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo (BRASIL,2017, p.196). 
 
Desse modo, espera-se que o componente Arte contribua com o acesso e 
aprofundamento à leitura, à criação e à produção nas diferentes linguagens e no 
diálogo entre elas e com as outras áreas do conhecimento. Além de possibilitar aos 
estudantes maior autonomia nas experiências e vivências artísticas para que 
assumam o papel de protagonistas do processo ensino e aprendizagem 
Para oportunizar o desenvolvimento das competências específicas, cada 
componente curricular apresenta um conjunto de habilidades que se relacionam a 
diferentes objetos de conhecimento, ou seja, os conteúdos, conceitos e processos, 
estes, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. 
Logo, os objetos de conhecimento são organizados em diferentes unidades 
temáticas que possibilitam o trabalho multidisciplinar. 
Nessas unidades,as habilidades são organizadas em dois blocos (1º ao 5º 
ano e 6º ao 9º ano), com o intuito de permitir que os sistemas e as redes de ensino, 
as escolas e os professores organizem seus currículos e suas propostas pedagógicas 
com a devida adequação aos seus contextos. A progressão das aprendizagens não 
está proposta de forma linear, rígida ou cumulativa com relação a cada linguagem 
ou objeto de conhecimento, mas propõe um movimento no qual cada nova 
 
 
42 
 
 
experiência se relaciona com as anteriores e as posteriores na aprendizagem de 
Arte. (Brasil,2017) 
 
 
 
Retomando o caso do professor Beto- Parte II 
 
O professor Beto tinha concluído a primeira etapa do plano de aula, portanto agora, 
depois de ter definido quais as habilidades e objetos de conhecimento irá trabalhar 
com os seus alunos, vamos demonstrar como registrar estes dois campos: 
 
 
Unidade escolar: Colégio 7 de Setembro 
Professor responsável: Adalberto de Oliveira 
PLANO DE AULA 
ANO: 4º Turma: B 
 
Data: 20/02/2020 
Tema da aula: Uma pintura diferente 
Componente curricular: Arte 
Habilidades: 
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, 
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, 
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e 
técnicas convencionais e não convencionais. 
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e 
 
 
43 
 
 
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar 
e o repertório imagético 
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e 
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. 
 
Objetos de conhecimento: 
Experimentação na produção artística com materiais e suportes variados: recicláveis, 
reutilizáveis, e outros. 
Contextos e práticas de Leitura de imagens e sua representação. 
Processos de criação 
Experimentação coletiva e colaborativa em diferentes espaços; sala de aula, pátio da 
escola, muros, praças, parques, e outros, na criação de desenho, pintura ou 
colagem, da temática abordada. 
Exposição e diálogo a partir de trabalhos realizados. 
 
 
 
 
44 
 
 
UNIDADE 05 – PLANO DE AULA: DEFININDO AS 
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender que o plano de aula possui uma organização e necessita 
ser realizado pelo docente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 O plano de aula em etapas 
 
Vamos dar continuidade a nossos aprendizados sobre os planos de aula, 
portanto para pensarmos em estratégias metodológicas temos que ter as seguintes 
premissas com relação ao componente curricular de Arte na BNCC: 
 
1. a sensibilidade, a intuição, o pensamento e as subjetividades se manifestam como 
formas de expressão no processo de aprendizagem em arte e que os processos de 
criação são tão relevantes quanto os eventuais produtos; 
 
2. propõe o desenvolvimento de habilidades e competências importantes para as 
práticas investigativas e para o percurso do fazer artístico, para perceber o mundo 
em sua complexidade, contextualizar saberes e a interação com a arte e a cultura, 
além de favorecer o respeito às diferenças e o diálogo intercultural; 
 
3. é tratada como componente curricular que integra a área de linguagens, 
juntamente com Língua Portuguesa, Educação Física e Língua Inglesa; 
 
 
45 
 
 
4. As quatro das linguagens artísticas estão organizadas em Unidades Temáticas: as 
Artes visuais, a Dança, a Música e o Teatro, assim como Artes Integradas, uma 
proposta de integração entre as linguagens; 
 
5. possibilita o uso de novas tecnologias de informação e comunicação; 
 
6. o professor deve familiarizar-se com a estrutura da BNCC e compreender cada 
um dos termos propostos pelo documento no componente de Arte; 
 
7. o docente garantir que suas aulas contemplem todas as dimensões, 
competências, habilidades e objetos de conhecimento; 
 
8. conhecer o PPP -Projeto Político Pedagógico e planejar, anualmente, 
estabelecendo conexões entre o projeto da escola e a BNCC. 
 
9. Ao iniciarmos o planejamento, elencar as estratégias metodológicas é 
fundamental, estabelecer metas, definir os materiais, organizar as ações 
pedagógicas e a avaliação, que irá oportunizar um olhar reflexivo sobre a práxis 
pedagógica, visando à aprendizagem de todos e a revisão do planejamento quando 
necessário. 
 
10. É importante salientar que o planejamento é um instrumento norteador que 
pode e deve ser ajustado ao longo do processo de ensino e aprendizagem. 
 
Segundo a revista Nova Escola, em seu artigo: O que a base propõe para o ensino 
de Arte: 
 
 
 
46 
 
 
Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais, a BNCC amplia as 
possibilidades de experiências com a Arte. Os PCNs trouxeram uma reflexão 
importante sobre o significado da Arte na educação e foram responsáveis pelo 
reconhecimento da Dança, da Música e do Teatro como linguagens que têm sua 
própria gama de conhecimentos específicos. A BNCC vai além e sugere caminhos 
para ampliar o acesso dos alunos a experiências estéticas nas aulas de Arte, 
colocando todas as crianças e jovens como protagonistas, que podem expressar 
seus sentimentos e sua criatividade por meio do processo artístico. No Ensino 
Fundamental, o componente continua centrado nas linguagens das Artes Visuais, da 
Dança, da Música e do Teatro. Além dessas, uma última unidade temática, chamada 
de Artes integradas, foi incorporada à Base. Saiba mais sobre cada uma delas. 
 
Artes visuais 
Como ensinar 
A ideia é de que os alunos conheçam culturas visuais diversas e experimentem 
inúmeras possibilidades de criar e se expressar visualmente, explorando as 
transformações dos materiais, os recursos tecnológicos, e apropriando-se da cultura 
cotidiana. 
 
Dança 
Como ensinar 
Nesta unidade temática, a proposta é de que os alunos articulem processos 
cognitivos e envolvam-se em investigações e produções artísticas da dança, 
centrando-se no que acontece no corpo, discutindo e dando significado às relações 
entre corporeidade e produção estética. Pretende-se também repensar estereótipos 
como corpo versus mente, popular versus erudito, teoria versus prática, favorecendo 
um conjunto híbrido e dinâmico de práticas. 
 
 
 
47 
 
 
Música 
Como ensinar 
Aqui, o foco é o estudo da música, tanto em sua perspectiva sensível e subjetiva — 
na percepção e experimentação de sons e ritmos, por exemplo — quanto como fio 
condutor de diversas interações sociais, circunscritas culturalmente, como uma 
forma de participar crítica e ativamente da sociedade, por exemplo. 
 
Teatro 
Como ensinar 
A unidade prevê a vivência de jogos, improvisações e encenações, que possibilitem 
a troca de experiências entre alunos e permitam aprimorar a percepção estética, a 
imaginação, a consciência corporal, a intuição, a memória, a reflexão e a emoção. 
 
Artes Integradas 
Como ensinar 
As Artes integradas são uma novidade da BNCC. A ideia é de que os alunos 
explorem as relações entre as diferentes linguagens e suas práticas, permitindo que 
em uma mesma proposta as corporalidades, visualidades, musicalidades, 
espacialidades e teatralidades estejam presentes de maneira concomitante. Além de 
articular as diferentes linguagens e suas práticas, possibilita também o uso das 
novas tecnologias de informação e comunicação. 
 
Veja o texto na íntegra: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/132/o-que-a-
base-propoe-para-o-ensino-de-arte 
 
 
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/132/o-que-a-base-propoe-para-o-ensino-de-arte
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/132/o-que-a-base-propoe-para-o-ensino-de-arte
 
 
48 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
As estratégias metodológicas 
 
 
As estratégias metodológicas são o conjunto de meios que iremos aplicar ou 
explorar e as condições favoráveise disponíveis, visando atingir objetivos 
específicos. 
O trabalho docente é um processo que envolve um conjunto de pessoas na 
construção de saberes, portanto o aluno é o protagonista deste e cabe ao 
educador, levar em consideração o conhecimento do aluno, seu modo de ser, de 
agir, de estar, ou seja, o conhecimento prévio. 
É importantíssimo ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele 
momento com o processo de ensino aprendizagem, contudo os objetivos devem 
estar claros, tanto para professores quanto para alunos. 
Todavia, o professor precisa ser um verdadeiro estrategista, estudando, 
organizando e propondo as melhores ferramentas facilitadoras para que os 
estudantes se apropriem do conhecimento. 
Agora, que já temos um ponto de partida, vamos conhecer algumas 
estratégias metodológicas para serem utilizadas durante o ensino de Arte. 
 
1ª- Aula expositiva dialogada 
 
É a exposição do conteúdo com a participação ativa dos estudantes, partindo 
do conhecimento prévio, proporcionando aos alunos a coleta e organização de 
dados, interpretação, raciocínio crítico, comparação e capacidade de síntese. 
 
 
 
49 
 
 
2ª - Phillips 66 
 
Atividade em grupo onde são realizadas análises e discussões sobre temas e/ 
ou questões do contexto dos alunos favorecendo a obtenção de informação rápida 
sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas, mobilizando nos alunos 
habilidades de interpretação, análise, levantamento de hipóteses, organização de 
dados e explicação. 
 
 
3ª - Tempestade de ideias (Brainstorming) 
 
Estimular novas ideias de forma espontânea e natural, permitindo fluir a 
imaginação, desta maneira, tudo o que for levantado é considerado, pode-se 
solicitar uma explicação posterior do aluno para que você, enquanto professor, 
consiga direcionar o assunto foco da discussão, permite mobilizar a imaginação e 
criatividade, a busca de suposições, e habilidades de classificação. 
 
4ª: Mapa conceitual 
 
Consiste na elaboração de um diagrama indicando as relações de conceitos 
pertinentes e a estrutura do conteúdo, permitindo a mobilização das habilidades de 
interpretação, classificação, organização de informações, resumo e raciocínio lógico. 
 
5ª- Estudo dirigido 
 
 
50 
 
 
Estudo e reflexão sob a orientação do professor, com o intuito de sanar 
dificuldades específicas. O docente precisa ter definido o objetivo, o roteiro e como 
é preparada a atividade, esta estratégia permite a mobilização de habilidades como 
identificação e organização de dados, levantamento de hipóteses, explicação, 
argumentação e generalização. 
 
6ª - Resolução de problemas 
 
Partindo de uma questão problemática, ocasionando o pensamento reflexivo, 
crítico e criativo para ser resolvido a partir de dados fornecidos, é necessário que o 
aluno aplique o conhecimento científico e se utilize de argumentos que fomentem 
sua explicação. Instiga habilidades como observação, levantamento de hipóteses, 
coleta e organização de dados, interpretação, explicação e argumentação. 
 
7ª - Estudo de caso 
 
É a análise criteriosa de uma situação real que necessita ser investigada e é 
desafiadora para os estudantes, pode ser algo do cotidiano destes. No roteiro de 
trabalho ofertado pelo docente, deverá estar claro os objetivos e as categorias que 
irão compor este, permitindo a análise do que deve ser considerado importante, 
neste tipo de procedimento metodológico é possível incentivar as habilidades de 
análise, interpretação, pensamento crítico, levantamento de hipóteses, explicação, 
resumo. 
 
 
 
51 
 
 
8ª - Júri simulado 
 
Trata-se de uma representação de um júri em que, a partir de uma situação 
problema, os alunos apresentam argumentos de defesa e de acusação. Este tipo de 
estratégia permite aos estudantes analisar e avaliar um fato proposto com 
intencionalidade e dinamização para estudar um tema real, instigando habilidades 
de interpretação, comparação, análise, levantamento de hipótese, argumentação e 
explicação. 
 
9ª - Fórum 
 
É um momento de interação, onde todos os alunos têm a oportunidade de 
participar da discussão de um tema determinado pelo docente. Pode conciliar 
após, o uso de um filme, um livro, a leitura de um artigo científico, problema ou 
fato, notícia de jornal, entre outros gêneros textuais. Este tipo de estratégia instiga 
as habilidades de observação, levantamento de hipóteses, coleta e organização de 
dados, interpretação, explicação, argumentação e capacidade de síntese. 
 
10ª - Ensino com pesquisa 
 
Parte do princípio de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica, 
assim como a construção coletiva do conhecimento, são elementos fundamentais, 
referindo-se à utilização dos conceitos do ensino-aprendizagem associados aos da 
pesquisa, aguçando a observação, interpretação, classificação, resumo, análise, 
 
 
52 
 
 
levantamento de hipóteses, decisão, comparação, planejamento, coleta e 
organização de dados, generalizações. 
Quer saber mais? 
Acesse o link: https://pontobiologia.com.br/10-estrategias-didaticas/ 
 
Curiosidades sobre o componente curricular Arte 
O ensino de Arte passou por muitas transformações ao longo da história. 
Confira as principais tendências da área. 
 
TRADICIONAL 
Unânime na maneira de ensinar, desde o fim do século 19 até a década de 
1950. Ainda está presente em muitas escolas. 
Foco: Aprendizado de técnicas e desenvolvimento de habilidades manuais, 
coordenação motora e precisão de movimentos para o preparo de um produto 
final. 
Estratégia de ensino: Repetição de atividades, cópia de modelos e 
memorização. O professor adota a postura de transmissor do conhecimento. Ao 
aluno, basta absorver o que é ensinado sem espaço para a contestação. A turma era 
bem avaliada quando conseguia reproduzir com rigor as obras de artistas 
consagrados. 
 
LIVRE EXPRESSÃO 
https://pontobiologia.com.br/10-estrategias-didaticas/
 
 
53 
 
 
Nasceu por volta de 1960 sob a influência das ideias do movimento da Escola 
Nova. 
Foco: O que importa não é o resultado, mas o processo e, principalmente, a 
experiência. Há a valorização do desenvolvimento criador e da iniciativa do aluno 
durante as atividades em classe. 
Estratégia de ensino: Desenho livre e uso variado de materiais. Não há certo 
ou errado na maneira de fazer de cada estudante. Ao professor, não cabe corrigir ou 
orientar os trabalhos nem mesmo utilizar outras produções artísticas para 
influenciar a turma. A ideia é que o estudante exponha suas inspirações internas. 
 
SOCIOINTERACIONISTA 
É a tendência atual para o ensino da disciplina. A ideia de considerar a 
relação da cultura com os conhecimentos do aluno e as produções artísticas surgiu 
na década de 1980. 
Foco: Favorecer a formação do aluno por meio do ensino das quatro 
linguagens de Arte: dança, artes visuais, música e teatro. 
Estratégia de ensino: A experiência do aluno e o saber trazido de fora da 
escola são considerados importantes e o professor deve fazer a intermediação entre 
eles. O ensino é baseado em três eixos interligados: produção (fazer e desenvolver 
um percurso de criação), apreciação (interpretar obras artísticas) e reflexão sobre a 
arte (contextualizar e pesquisar). Apesar dessa divisão, não deve haver uma ordem 
rígida ou uma priorização desses elementos ao longo do ano letivo. 
 
 
 
 
54 
 
 
Voltando ao caso do Professor Beto-Parte III 
 
Diante do que nos foi apresentado acima iremos dar continuidade ao Plano de Aula, 
elencando os procedimentos metodológicos. 
 
 
Unidade escolar: Colégio 7 de Setembro 
Professor responsável: Adalberto de Oliveira 
PLANO DE AULA 
ANO: 4º Turma: B 
 
Data: 20/02/2020 
Tema da aula: Uma pintura diferente 
Componente curricular: Arte 
Habilidades: 
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, 
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,vídeo, 
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e 
técnicas convencionais e não convencionais. 
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e 
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar 
e o repertório imagético 
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e 
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. 
Objetos de conhecimento: 
Experimentação na produção artística com materiais e suportes variados: recicláveis, 
 
 
55 
 
 
reutilizáveis, e outros. 
Contextos e práticas: Leitura de imagem e sua representação. 
Processos de criação: 
Experimentação coletiva e colaborativa em diferentes espaços; sala de aula, pátio da 
escola, muros, praças, parques, e outros, na criação de desenho, pintura ou 
colagem, da temática abordada. 
Exposição e diálogo a partir de trabalhos realizados. 
Procedimentos metodológicos: 
Ensino com pesquisa 
• Roda de conversa: levantamento do conhecimento prévio dos alunos sobre a 
temática -Tintas a partir de recursos naturais 
• Após, será proposto que os alunos pesquisem sobre a temática, através de 
um roteiro elencando: 
-O que são recursos naturais? 
-O que são tintas confeccionadas através de recursos naturais? 
-Quais os benefícios sobre utilizarmos esses recursos? 
-Quais destes recursos naturais encontramos em nossa residência? 
-Pintores que utilizavam destas tintas? 
-Curiosidades sobre o tema. 
Esta pesquisa irá se iniciar em sala de aula e deve ter continuidade na 
residência do aluno e, após, faremos os levantamentos dos dados obtidos, 
para a elaboração da tinta diferente, partindo da construção coletiva da sala, 
elencando os itens de fácil acesso para a fabricação das tintas através de 
recursos naturais. 
 
 
56 
 
 
Esta é a primeira aula dessa sequência didática. 
 
 
 
57 
 
 
UNIDADE 06 – PLANO DE AULA: DEFININDO OS RECURSOS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender que o plano de aula possui uma organização e necessita 
ser realizado pelo docente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 O plano de aula em etapas 
 
É importante salientar que o plano de aula é uma previsão do que será 
lecionado, o docente deve ter em mente, ou seja, deve saber o conteúdo, como irá 
abordar o tema (Procedimentos metodológicos), os recursos didáticos e a avaliação 
que utilizará para a aula proposta, o conjunto de todos estes itens é denominado 
plano de aula. Portanto o plano de aula é um instrumento de trabalho, que irá 
permitir ao professor o aprimoramento de sua prática pedagógica e assim melhorar 
a aprendizagem de seus alunos. 
Apesar de ser uma ferramenta que descreve detalhadamente os elementos 
necessários para o desenvolvimento da aula, o processo de ensino-aprendizagem, o 
professor deve ter como concepção que o plano de aula é um prognóstico, logo se 
os alunos tiverem algumas dúvidas e/ou necessidades que não constem em seu 
plano, cabe a esse profissional sanar as dificuldades e anseios apresentados pelos 
estudantes que não conseguiram seguir à risca o plano de aula. 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Diante do que nos foi apresentado acima, iremos dar continuidade ao Plano de 
Aula, elencando os recursos didáticos. 
Os recursos didáticos são as ferramentas que o professor utilizará durante as 
suas aulas. Ressaltamos que são previsões para auxiliar os docentes em sua aula. 
Podemos citar como exemplos alguns dos recursos didáticos: 
- Quadro Negro, ou branco 
- Giz 
- Caneta 
- Apagador 
- Jornais, cartazes, revistas e livros; 
- Textos manuais; 
- Televisão 
- Aparelho de Som 
- Aparelho DVD 
- Filmes em DVD 
- Filmadora (caso necessite realizar algumas gravações) 
- Máquina Fotográfica Digital 
- Computador com projetor 
-Lousa digital 
-Chrome book 
-Celulares 
-Tablets 
-Jogos 
-Diversos instrumentos didáticos conforme a disciplina (Ex: Arte– pincel, tintas, 
folhas de papel, entre outros...) 
 
 
59 
 
 
Acima, estão descritos alguns dos variados recursos materiais que auxiliam na 
práxis pedagógica, de acordo com o plano de aula proposto pelo professor. Cabe, 
destacar que a criatividade do profissional docente é essencial, esta deve estar 
aliada aos recursos, fazendo bom uso destes materiais para proporcionar o avanço 
das aprendizagens de seus alunos. 
 
Voltando ao caso do Professor Beto-Parte IV 
 
Unidade escolar: Colégio 7 de Setembro 
Professor responsável: Adalberto de Oliveira 
PLANO DE AULA 
ANO: 4º Turma: B 
 
Data: 20/02/2020 
Tema da aula: Uma pintura diferente 
Componente curricular: Arte 
Habilidades: 
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, 
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, 
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e 
técnicas convencionais e não convencionais. 
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e 
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar 
e o repertório imagético 
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e 
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. 
 
Objetos de conhecimento: 
 
 
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Experimentação na produção artística com materiais e suportes variados: recicláveis, 
reutilizáveis, e outros. 
Contextos e práticas: Leitura de imagem e sua representação. 
Processos de criação: 
Experimentação coletiva e colaborativa em diferentes espaços; sala de aula, pátio da 
escola, muros, praças, parques, e outros, na criação de desenho, pintura ou 
colagem, da temática abordada. 
Exposição e diálogo a partir de trabalhos realizados. 
 
Procedimentos metodológicos: 
Ensino com pesquisa 
• Roda de conversa: levantamento do conhecimento prévio dos alunos sobre a 
temática -Tintas a partir de recursos naturais 
• Após será proposto que os alunos pesquisem sobre a temática, através de 
um roteiro elencando: 
-O que são recursos naturais? 
-O que são tintas confeccionadas através de recursos naturais? 
-Quais os benefícios sobre utilizarmos esses recursos? 
-Quais destes recursos naturais encontramos em nossa residência? 
-Pintores que utilizavam destas tintas? 
-Curiosidades sobre o tema. 
Esta pesquisa irá se iniciar na sala de aula e deve ter continuidade na 
residência do aluno e, após, faremos os levantamentos dos dados obtidos, 
para a elaboração da tinta diferente, partindo da construção coletiva da sala, 
elencando os itens de fácil acesso para a fabricação das tintas através de 
 
 
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recursos naturais. 
Esta é a primeira aula desta sequência didática. 
Recursos: 
-Diversos textos informativos sobre a temática 
-Lousa e giz 
-Lousa digital 
-Uso de computadores 
-Folha contendo o roteiro de pesquisa 
-Canetas, lápis e borracha 
-Celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 07 – PLANO DE AULA: DEFININDO A AVALIAÇÃO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Compreender que o plano de aula possui uma organização e necessita 
ser realizado pelo docente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 O plano de aula em etapas 
 
Retomando o plano de aula do professor Beto, chegamos a esta etapa 
primordial para o processo de ensino-aprendizagem: a avaliação. 
Esta não deve ser vista, como mero instrumento classificatório ou detentor do 
“poder” docente, e ir além das concepções tradicionais e entender o real significado 
de avaliação. 
No sistema educacional, ainda, a avaliação é vista como um ciclo dividido em: 
estudar, fazer prova e tirar nota. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
 
Para Heraldo Vianna, em Avaliação Educacional – Cadernos de pesquisa: “A 
avaliação, muitas vezes, é confundida com aplicação de testes e provas, mesmo por 
pessoas

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