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Bruna Costa Wanderley G.O II -‐ Partograma Fevereiro/2019 1 PARTOGRAMA: 1. DEFINIÇÕES: Trabalho de parto: alteração do colo – de grosso para fino + dilatação - + contrações uterinas regulares;; Partograma: é a representação gráfica e objetiva do trabalho de parto (simplicidade e rapidez na avaliação. 2. FASES DO TABALHO DE PARTO: E1: * Latente - pródomo: fase inicial (apagamento >>> dilatação / 4 cm);; - NÃO deve internar paciente nessa fase. Porque pode durar muitas horas. * Ativa: progressão mais rápida da dilatação / > 4cm). O ideal é: 4cm + contração regular. A paciente deve ser internada nessa fase. E2- Expulsivo: dilatação total até desprendimento do concepto;; E3- Dequitação: até expulsão da placenta E4 – 1h após o parto. Muito cuidado com a paciente nessa hora porque pode ter uma hemorragia pós parto. Obs: as distorcias podem acontecer em uma dessas fases;; Nulíparas Multíparas Fase latente 18-20h 14h Fase Ativa 1-1.2 cm/h 1.5cm/h Segundo estágio (expulsivo) 2h-2h se epidural 1h-2h se epidural Terceiro estágio (dequitação) 30 min 30 min Multíparas: mulheres que já tiveram mais de 2 partos normais. 3. PARTOGRAMA: a) Como preencher? Deve iniciar o preenchimento na fase ativa do trabalho de parto (a partir de 3/4cm), anotando-se a hora em que os registros foram iniciados. A taxa normal de dilatação do colo varia em torno de 1,2 a 2,5cm/h. Obs: Se o bb não encaixou quer dizer que ele não passou pelas espinhas isquiáticas (local mais estreito da pelve);; Plano O De Lee – a cabeça do bb encontra- se exatamente entre as espinhas isquiáticas. Obs: o partograma foi feito para apresentações cefálicas. Caso o parto seja pélvico, não preenche. Obs: O ideal é que o preenchimento sempre continue à esquerda, e próximo, da linha de alerta, caso o preenchimento vá em direção a direita e chegar próximo a linha de ação, deve-se ser tomada alguma atitude em relação a esse trabalho de parto. Obs: a linha de alerta relaciona-se com a dilatação. Caso: MJS, 26 anos, primigesta, DUM = 04/05/2018. Ao exame obstétrico: DU = 3 contrações 50 seg/10min;; tônus normal. BCF+150bpm TV: colo medianizado, apagamento 80%, dilatado para 7cm, feto em ap. cefálica OET, plano 0 De Lee, bolsa íntegra. Bruna Costa Wanderley G.O II -‐ Partograma Fevereiro/2019 2 Apresentação: Occipto (ponta da seta- lambda) esquerda – transversa. Bolsa: íntegra? Rota? LA: líquido amniótico;; 4. DISTÓCIA Significa: Parto difícil – evolução anormalmente lenta do TP;; a) Podem ser de 3 origens: MOTOR/OBJETO/TRAJETO (pelve materna) Obs: Principais de tecido mole - condiloma e tumorações, mas é difícil encontrar. Obs: Para que haja diagnostico correto de distócia é necessário a gestante esteja na fase ativa do trabalho de parto (dilatação > ou igual a 4cm) 4.1 MOTOR: problema com a dilatação. • Discinesias uterinas ou distócias funcionais (alterações na contratilidade uterina);; • Fatores de risco: uso indiscriminado de ocitocina e o estresse do acompanhante/mulher. • Estresse -> aumenta secreção de adrenalina - > inibe a ação da ocitocina. DISTOCIAS FUNCIONIAS: a) Aumento da atividade uterina: Parto precipitado - taquitócio: • Parto taquitócito: menos de 4 horas entre dilatação, descida e expulsão fetal (multíparas). Riscos: laceração, atonia uterina – devido a dissensibilização dos receptores de ocitocina, causada devido ao parto ter acontecido muito rápido-, HIC fetal (hipertensão intracraniana), hemorragia uterina. Bruna Costa Wanderley G.O II -‐ Partograma Fevereiro/2019 3 Corrigir contração exacerbada – quando é causada pela ocitocina: - 5 contrações / 10 min. Corrigir: desligar ocitocina ou vira a paciente em decúbito lateral esquerdo (melhorar o retorno venoso);; • Hipertonia (permanentemente contraído) + sangramento: Característico do DPP (descolamento prematuro de placenta);; b) Diminuição da atividade uterina: Causa: Contrações uterinas fracas e/ou ineficientes. Consequências: - Fase ativa prolongada;; - Parada secundária da dilatação;; Possibilidade de ações: - Deambulação | Fisioterapia;; - Amniotomia (ruptura da bolsa);; - Ocitocina b.1) Fase ativa prolongada: dilatação <1 – 1.5cm/h Ação: adm de ocitocina, ruptura da bolsa, deambulação, fisioterapia. Obs: Não adianta adm ocitocina quando a dilatação chegar em 10cm. RA: Ruptura ativa;; RE: Ruptura espontânea;; b.2) Parada secundária de dilatação: sem modificação do colo em > 2h Ação: Ocitocina e ruptura da bolsa, deambulação, fisioterapia. 4.2 TRAJETO: è Trajeto ósseo: problema com a descida. Como avaliar? Pelvimetria. Obs: só o trabalho de parto é capaz de avaliar se o PN é possível. Quando o bb encontra-se no: Estreiro superior: bb insinuado;; Estreito médio: bb encaixado. a) Período pélvico prolongado: Dilatação completa e demora da descida;; Ação: observar a paciente. Bruna Costa Wanderley G.O II -‐ Partograma Fevereiro/2019 4 b) Parada secundária da descida: Sem mudanças na descida ao toque > 2h;; Dilatação total e o bb não desce. Ação: Cesárea (desproporção céfalo-pélvica verdadeira) Apresentação: cefálica – transversa esquerda. Occipito posterior esquerda. Caso o bb esteja em +3/+4, uma alternativa é usar o fórcepes. Precisa de analgesia! è Tipos de forceps – utilizado em apresentações baixas: Vácuo extrator: 4.2 OBJETO: • Principal: Tamanho fetal > 4kg (maior chance de distócia de ombro) • Situação: transversa;; • Indicação absoluta de cesárea: situação transversa e apresentação córmica;; • Cefálicas defletidas: nenhuma delas é indicação absoluta de parto cesárea. Defletidas: Bruna Costa Wanderley G.O II -‐ Partograma Fevereiro/2019 5 Tabela Resumo da distócias trajeto/motor:
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