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fases do trabalho de parto


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Introdução 
• A parturição de um novo ser humano representa a 
essência da transmissão e da continuidade da vida 
entre gerações. 
• Pode ser naturalmente fisiológico como profundamente 
complexo e disfuncional. 
• Fornecer o que for necessário para que mãe e recém-
nascido recebam os cuidados mais seguros e 
humanizados possíveis. 
 
Definição 
É o período que vai desde o início das contrações uterinas 
regulares associadas ao apagamento e à dilatação cervical 
até a expulsão do concepto e placenta. 
 
 
 
 
Fases clínicas do parto 
• Primeiro período: fase de dilatação 
• Segundo período: fase de expulsão 
• Terceiro período: fase de dequitação 
• Quarto período: primeira hora pós-parto 
 
Recomendações gerais 
 
 
• Anamnese 
• Avaliação da carteira de pré-natal 
• Exame físico: sinais vitais, medida da altura uterina e 
manobras de Leopold 
• Ausculta do BCF 
• Avaliação da contratilidade uterina 
• Inspeção da vulva 
• Exame especular * 
• Toque vaginal 
 
Primeiro período do parto – fase de dilatação 
• Intervalo desde o início do trabalho de parto até a 
dilatação completa 
• Dividido em duas fases = latente e ativa 
q Fase latente: duração variável, dilatação lenta do colo 
uterino, contrações irregulares 
q Fase ativa: dilatação rápida (1 cm/h) e contrações 
regulares. 
 
Assistência ao primeiro período do parto 
• Fase ativa do trabalho de parto está estabelecida 
quando: 
q há contrações uterinas regulares 
q há dilatação cervical >= 4 cm*, com colo apagado 
obs.: Quando Se houver duvidas, fazer uma reavaliação em 
duas horas. 
• Solicitar: 
q Tipagem sanguínea 
q Teste rápido para sífilis e HIV 
Obs.: Após anamnese e exame físico, e detecção de trabalho 
de parto em fase ativa, a paciente devera ser admitida na 
maternidade 
• Monitorização clínica da progressão do trabalho de 
parto 
• Vigilância da saúde fetal 
• Suporte emocional adequado 
Obs.: Visto que o trabalho de parto é acompanhado de falta 
de conhecimento / angustia/ medo/ dor. 
• Presença de acompanhante 
q Aumenta a segurança da paciente, melhor 
cooperação, menor sensibilidade à dor, ajuda nos 
exercícios 
q Boa comunicação entre equipe de saúde, paciente 
e acompanhante 
parto fases clínicas 
• Tricotomia e enema: não são recomendados 
• Alimentação 
 
• Deambulação e mobiliário auxiliar 
 
• Analgesia 
q Não farmacológica 
o Massagem, banho de chuveiro, imersão em 
água morna, acupuntura, musicoterapia 
q Farmacológica 
o Analgesia peridural 
o Uso da meperidina não é recomendado 
 
 
Ausculta 
 
 
Cardiotocografia 
Não deve ser realizada de rotina em pacientes de risco 
habitual. Mas deve ser feita sempre que existirem fatores de 
risco= rciu, HAS, liquido meconial, dmg, rupreme, 
aloimunização, oligoidraminio, cesariana previa, 
 
 
 
Amniotomia 
Quando houver necessidade de saber o aspecto do líquido 
amniótico, normalizar as contrações e descida da 
apresentação fetal. 
→ Evitar em pacientes com HIV, Hepatite B e C. 
 
Partograma 
• Registro gráfico do trabalho de parto 
• Uso obrigatório em maternidades desde 1994 
• Iniciar na fase ativa 
• Reduz incidência de cesárea* 
Obs.: Nas primeiras 3h após abertura, ou seja, após diag de 
fase ativa, se houver uma dilatação inferior a 1cm/h, deve –se 
fazer cuidadosa avaliação do estreito pélvico e da 
contratilidade. Correção pode ser feita realizado= 
amniotomia, ocitocina. Nessa fase a dilatação é + importante 
que a altura do feto. 
 
 
Quando usar ocitocina? 
Usar em casos de parada na progressão por hipoatividade 
uterina 
• Acelera o trabalho de parto 
• Não reduz taxa de cesáreas 
• Não deve ser usada de rotina 
• Riscos: taquissistolia e alterações na FCF 
Obs.: Não usar de rotina pelo risco de hiperestimulação 
uterina. 
Administração 
• Sempre usar diluído: 1 ampola + 500ml SF 0,9% ou SG 5% 
• Dar preferência ao uso em bomba de infusão 
• Início com 2mUI/min (12ml/h ou 4 gts/min) 
• Aumento de 2mUI/min a cada 15-30 minutos 
• Vigilância de contrações e BCF 
Obs.: Não ultrapassar 60 gts/min (240 ml/h). Visto que se deve 
descontinuar se houver taquissistolia (mais 5 cont/10min) 
 
Segundo período do parto – fase de expulsão 
• Compreende o período entre a dilatação completa e o 
desprendimento do concepto. 
• Caracteriza-se pela descida da apresentação e 
expulsão do feto 
• Pode ser dividida em fase inicial ou passiva e fase ativa 
• Realizar um toque vaginal para avaliar altura e 
variedade de posição 
• Deve-se desencorajar a mulher a ficar em posição 
supina (decúbito dorsal horizontal) ou posição semi-
supina. 
• A mulher deve ser incentivada a adotar posições como: 
de cócoras, sentada, lateral ou quatro apoios. 
• Deve-se incentivar a realização de puxos espontâneos. 
• A manobra de Kristeller não deve ser realizada no 
segundo período do trabalho de parto 
• Não realizar episiotomia de rotina. 
 
q Uso RESTRITO 
q Mediolateral é preferível à mediana 
q Indicações atuais: 
 
• Ausculta do BCF 5/5 min. 
• Fazer antissepsia da região perineal e das coxas da 
paciente, seguida de colocação do campo esterilizado. 
Obs.: Assegurar analgesia efetiva antes da realização da 
episiotomia. Episiotomia serve para facilitar ou encurtar o 
período expulsivo. Parto pélvico, macrossomia fetal, uso de 
fórcipes, distócia de ombro, sofrimento fetal, corpo perineal 
menor que 3 cm. 
• Desprendimento do polo cefálico 
q Lento e gradual 
q Hands on x Hands off 
q Manobra de Ritgen modificada 
q Verificar circulares de cordão 
q Desprendimento dos ombros 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: No momento do desprendimento da cabeça, EVITAR 
deflexão súbita. 
• Logo após o desprendimento dos ombros à aplicar 10 
U de ocitocina IM 
• Clampear o cordão 1-3 min após o nascimento 
Obs.: Com o intuito de diminuir a perda sanguínea e prevenir 
a hemorragia por atonia uterina. Em casos de mãe fator RH 
negativo ou HIV positivas 
 
Terceiro período do parto 
• É o momento desde o nascimento da criança até a 
expulsão da placenta e membranas. 
• Recomenda-se conduta ativa neste período. 
 
 
 
 
• Contato pele a pele 
• Amamentação na primeira hora 
• Revisão do trajeto 
 
 
Quarto período do parto 
• Primeira hora após a saída da placenta. 
• Observação atenta pela equipe (sinais vitais, tônus 
uterino) 
• Risco de hemorragia 
 
E se ela AINDA não estiver em trabalho de parto ativo? 
• Ter em mente que a mulher pode estar tendo 
contrações dolorosas, sem mudanças cervicais, e assim 
ela ser orientada a retornar para casa. 
• Oferecer apoio individual levando em consideração as 
suas preocupações.

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