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O pâncreas é um órgão retroperitoneal 
orientado transversalmente que se estende da alça 
em “C” do duodeno até o hilo do baço. Apresenta as 
subdivisões cabeça, corpo e cauda. 
 
 O pâncreas é de fato dois órgãos agrupados 
em um. As ilhotas de Langerhans espalhadas pelo 
pâncreas exercem funções endócrinas críticas, e a 
porção exócrina que compõe a maior parte deste 
órgão é uma das principais fontes de enzimas 
essenciais para a digestão. 
 
ANATOMIA DO PÂNCREAS 
 O pâncreas está em contato com várias 
estruturas, uma vez que atravessa as regiões 
abdominais epigástrica, do hipocôndrio esquerdo e 
uma pequena porção da região umbilical. Todo 
pâncreas, à exceção da cauda, está localizado no 
espaço retroperitoneal da cavidade abdominal, ou 
por outras palavras, posteriormente ao peritônio. 
Este órgão parenquimatoso está dividido em cinco 
partes anatómicas: a cabeça, a apófise unciforme, o 
colo, o corpo e a cauda. 
PORÇÃO ENDÓCRINA (HORMONAL) 
 A porção endócrina constitui apenas 1% a 
2% do pâncreas e é composta por cerca de 1 milhão 
de aglomerações celulares, as ilhotas de Langerhans; 
essas células secretam insulina, glucagon e 
somatostatina. Esses hormônios do pâncreas 
endócrino são os principais reguladores do 
metabolismo da glicose, dos lipídeos e das proteínas. 
As doenças mais significativas do pâncreas 
endócrino são o diabetes melito e as neoplasias. 
 Células endócrinas agrupadas – Ilhotas de 
Langerhans. 
 Insulina – Células β. 
 Glucagon – Células α. 
 As ilhotas de Langerhans estão dispersas no 
componente exócrino do pâncreas, a maioria delas 
na região da cauda. Existem quatro tipos principais 
de células nas ilhotas de Langerhans: 
❖ Células β: estas células secretam insulina e 
constituem cerca de 70% das células das ilhotas. 
❖ Células α: estas células secretam glucagon e 
constituem 15 a 20% das células das ilhotas. 
❖ Células δ (delta): estas células secretam 
somatostatina e constituem 5 a 10% das células 
das ilhotas. 
❖ Células PP (produtoras de polipeptídeo 
pancreático): estas células secretam polipeptídeo 
pancreático e constituem <5% das células das 
ilhotas. 
 
pâncreas 
REVISÃO DO PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO. 
Infelizmente, a localização retroperitoneal do 
pâncreas e a natureza geralmente vaga dos sinais 
e sintomas associados à sua lesão ou à disfunção 
da porção exócrina permitem que muitas doenças 
pancreáticas progridam sem serem 
diagnosticadas por longos períodos de tempo; 
assim, o reconhecimento de distúrbios 
pancreáticos requer um elevado grau de suspeita. 
 
 A insulina tem efeitos na maioria das células 
do corpo, principalmente no fígado, músculos e no 
tecido adiposo. A principal função da insulina está 
relacionada ao metabolismo da glicose, reduzindo a 
glicemia e poupando proteínas e lipídeos por meio 
de vários mecanismos: 
➢ Estimula a absorção da glicose nos tecidos 
dependentes de insulina via canais GLUT4. 
➢ Estimula a utilização da glicose pela ativação do 
glicólise intracelular. 
➢ Estimula o armazenamento da glicose na forma 
de glicogênio e inibe a glicogenólise. 
➢ Estimula a síntese de glicerol e a lipogênese 
através da ativação da lipase lipoproteica. 
➢ Estimula a síntese proteica nas células 
musculares esqueléticas e nos hepatócitos. 
➢ Inibe a oxidação dos lipídeos e o catabolismo de 
proteínas. 
 O glucagon é o hormônio antagonista da 
insulina. De maneira geral, ele causa um aumento da 
glicemia, da proteólise e da lipólise através de vários 
mecanismos: 
➢ Estimula a síntese de glicose ao promover a 
gliconeogênese. 
➢ Estimula a liberação da glicose armazenada ao 
promover a glicogenólise. 
➢ Estimula a mobilização de ácidos graxos do 
tecido adiposo. 
➢ Estimula a oxidação lipídica ao ativar a lipase 
hepática. 
➢ Estimula a proteólise. 
 Este hormônio inibe a liberação de insulina e 
glucagon por meio de ação parácrina, ou seja, local. 
A somatostatina é idêntica a um hormônio secretado 
pelo hipotálamo, que inibe a liberação do hormônio 
do crescimento (GH) e ao hormônio estimulante da 
tireoide (TSH), produzido pela glândula pituitária 
anterior. 
PORÇÃO EXÓCRINA 
 O pâncreas exócrino é composto por células 
acinares e por dúctulos, e ductos transportam suas 
secreções até o duodeno. As células acinares são 
responsáveis pela síntese das enzimas digestivas, 
que são em sua maior parte produzidas como 
proenzimas inativas que são armazenadas nos 
grânulos de zimogênio. Quando as células acinares 
são estimuladas a secretar, os grânulos se fundem à 
membrana plasmática apical e liberam seu conteúdo 
no centro do lúmen acinar. Essas secreções são 
transportadas para o duodeno por meio de uma série 
de ductos anastomosados. 
As células epiteliais que revestem os ductos também 
participam ativamente da secreção pancreática: 
➢ as células cúbicas revestem os dúctulos menores 
e secretam um fluido rico em bicarbonato; 
➢ as células colunares que revestem os ductos 
maiores produzem mucina. 
 As células epiteliais dos ductos também expressam 
o regulador da condutância transmembranar da 
fibrose cística (RTFC); o funcionamento aberrante 
dessa proteína de membrana afeta o conteúdo 
bioquímico e a viscosidade das secreções 
pancreáticas. 
 
 O componente exócrino do pâncreas 
corresponde a cerca de 98% do tecido pancreático. 
 
Pâncreas exócrino: secreção 
As células acinares são células secretoras serosas 
que produzem enzimas digestivas. Uma vez 
sintetizada, a secreção pancreática sai do ácino 
através dos ductos intercalares. Eles são ductos 
curtos, com um pequeno lúmen que tem sua porção 
basal dentro do ácino. 
O ducto pancreático principal vai da cauda até a 
cabeça do pâncreas, coletando secreções de todos os 
ductos interlobulares ao longo do caminho. Ele se 
 
funde ao ducto biliar comum da vesícula biliar para 
formar a ampola hepatopancreática (de Vater), que 
se esvazia na parte descendente do duodeno, na 
papila duodenal. Esta papila é circundada por uma 
camada espessada de musculatura lisa chamada de 
esfíncter da ampola (esfíncter hepatopancreático de 
Oddi). Ela controla o fluxo tanto das secreções 
pancreáticas, quanto da bile, no duodeno. 
As enzimas pancreáticas só são ativadas dentro do 
duodeno sob a influência de uma enzima proteolítica 
chamada enteroquinase, que é secretada pela 
mucosa duodenal. A enteroquinase transforma 
primeiro o tripsinogênio na super potente tripsina. 
Uma vez ativada, a tripsina catalisa uma cascata de 
ativação de todas as outras enzimas pancreáticas. A 
necessidade de um ambiente alcalino e da secreção 
da enteroquinase no duodeno previne uma ativação 
indesejada dessas enzimas no pâncreas.

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