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DEBORAH CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA MARIA KAROLINA PALITOT TEIXEIRA DE CARVALHO MedEasy Primeira unidade Saúde da Mulher Índice MedEasy Assistência Pré Natal Mecanismo e assistência ao parto Sangramento na primeira metade da gestação Doenças hipertensivas na gestação Distopia Genital Incontinência Urinária Infecções sexualmente transmissíveis Vulvovaginites parte 2 Urgências Ginecológicas Violência Sexual Saúde da Mulher DEBORAH OLIVEIRA MARIA KAROLINA PALITOT Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Assistência pré-natal Introdução Epidemiologia: Brasil - 60 mortes/100.000 para nascidos vivos Redução da mortalidade materna e fetal: planejamento familiar assistência pré natal assistência ao parto Objetivos da assistência pré-natal: • Diagnosticar ou confirmar a gravidez, quando ainda existem dúvidas. • Diagnosticar doenças maternas pré-existentes, tratando-as de forma a reduzir seu impacto nos resultados obstétricos. • Aconselhar, educar e apoiar a gestante e seus familiares, quanto aos eventos rela- cionados à gravidez e à importância do acompanhamento pré-natal. • Identificar e minimizar os pequenos distúrbios da gravidez. • Identificar e tratar precocemente intercorrências gestacionais, encaminhando os casos considerados de alto risco para centros especializados. Procedimentos na assistência pré-natal: Diagnóstico de gravidez: 1. Fração beta do HCG (quantitativo) - - Detectado de 8 a 10 dias após a concepção - De 0 a 5 MUI/ML = negativo o HCG - De 5 a 50 MUI/ML = Indeterminado o HCG - Maior que 50 MUI/ML = Positivo o HCG 2. Ultrassonografia 3. Roteiro de consultas Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira 4. Solicitar exames Identificação da Idade Gestacional: ● Regra de Naegele (Data da última menstruação) Multípara: soma-se 9 meses e 7 dias a dum Primigesta: soma-se 9 meses e 10 dias a dum ex: DUM = 10/07/2018 +7/-3/+1 DEP: 17/04/2019 ex 2: DUM = 25/ 09 / 2018 +7 / -2 / + 1 DEP = 02/07/2019 Exceção: No exemplo dois, subtrai apenas 2 dos meses pois quando somou 25 + 7 caiu no mês seguinte. Quando isso acontece, subtrai apenas 2. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Cálculo das semanas e dias com base na DUM DUM = 15/01/2012 DATA BASE (o dia em que a paciente foi ao consultório) = 02/06/12 16 DIAS DE JANEIRO 28 DIAS DE FEVEREIRO 31 DIAS DE MARÇO 30 DIAS DE ABRIL 31 DIAS DE MAIO 02 DIAS DE JUNHO = 138 DIAS DESDE A ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO 138 dividido por 7 = 19 semanas e 5 dias Divide-se 138 por 7 para ter com precisão as semanas de gravidez que a paciente está. Roteiro de consultas: Recomenda-se que sejam realizadas pelo menos seis consultas de pré-natal ao longo da gestação, distribuídas da seguinte forma: • uma consulta no primeiro trimestre • duas consultas no segundo trimestre • três consultas no terceiro trimestre da gestação O último Manual de Pré-Natal do Ministério da Saúde (2012) recomenda que, sempre que possível, as consultas sejam realizadas conforme o seguinte cronograma: • Até 28a semana – mensalmente; • Da 28a até a 36a semana – quinzenalmente; • Da 36a até a 41a semana – semanalmente. A “alta” do pré-natal com o termo da gestação é prática condenável. O término do pré-natal só ocorre 42 dias após o nascimento do bebê. Além das medidas já mencionadas, o Ministério da Saúde determina que as seguintes ações façam parte do pré-natal: • Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira • Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante. • Imunização antitetânica. • Avaliação do estado nutricional da gestante. • Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais. • Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama. • Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto, e nova consulta puerperal, até o 42o dia pós-parto. Primeira consulta: História clínica Exame físico geral e específico Exames complementares Preencher a ficha pré natal Consultas subsequentes: Anamnese atual sucinta avaliação materna (peso, pa, altura do fundo uterino, pesquisa de edema, resultado dos exames complementares) avaliação fetal ausculta dos batimentos cardiofetais movimentação fetal Valoriza-se na anamnese: DUM (regularidade dos ciclos, métodos ac, aleitamento) Paridade (Se já ocorreu aborto, quantidade de filhos e etc) Antecedentes clínicos, obstétricos e cirúrgicos Uso de drogas (lícitas ou ilícitas) Vacinações etc. Pesquisar sintomas: corrimentos, sangramentos, disúria, cefaléia, síncope etc. Identificar o risco obstétrico e efetuar aconselhamento genético quando: - Idade materna acima de 35 anos (A gravidez tem melhores condições biológicas no período compreendido entre os 18 e 35 anos. As pacientes com menos de 16 anos ou mais de 35 anos devem ser aconselhadas sobre os riscos de disfunções gestacionais, como a maior incidência de hiperêmese nas mais Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira jovens, aneuploidia nas mais idosas e de abortamento e Doença Hipertensiva Específica da Gravidez - História pessoal ou familiar de crianças com defeitos abertos do tubo neural, cardiopatia congênita - Anomalías detectadas na USG, teste tríplice alterado (AFP, HCG, ESTRIOL E3) - Exposição a drogas teratogênicas etc Exame FÍsico: avaliar peso, altura, PA, mucosas, tireóide, mamas, pulmões, coração, abdome e extremidades. Preconiza-se o exame físico geral da gestante, com maior ênfase ao gineco-obstétrico. Os sinais vitais da paciente devem ser aferidos desde a primeira consulta pré-natal, além de observar o aspecto das mucosas, examinar o tórax e extremidades (investigar presença de varizes e edema em membros inferiores). Em relação ao exame das mamas, podemos observar a presença de sinais de presunção de gravidez, como hipertrofia das glândulas de Montgomery Exame ginecológico/obst.: Genitais externos Exame especular (vagina, colo uterino) Toque bidigital (útero e anexos) Após 12 semanas - altura uterina e ausculta fetal. A partir de 20 semanas até 32 semanas, a medida da altura do fundo uterino se correlaciona diretamente com a idade gestacional. Um centímetro corresponde a uma semana. Para a medida da altura do fundo uterino utiliza-se uma fita métrica fixando seu marco zero na borda superior da sínfise púbica, estendendo-a ao longo do maior eixo uterino e com a mão esquerda que delimita o fundo, apreende-se a fita métrica verificando o comprimento obtido. A técnica deve ser aplicada na paciente com a bexiga vazia, pois diferenças de até 3 cm podem ser encontradas na medida do fundo uterino. Avaliação nutricional: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Inicialmente, deve-se pesar e medir a paciente para realizar o cálculo do seu Índice de Massa Corporal (IMC). Dessa forma, podemos classificar a mulher em função do seu peso ideal e sugerir o ganho ponderal adequado durante toda a gravidez (mais adiante). Assistência pré natal: Altura do fundo uterino A palpação abdominal é recomendada a partir do segundo trimestre, através dosquatro tempos das manobras de Leopold- Zweifel. (1) 1o tempo: o examinador se coloca ao lado direito da paciente, de frente para ela, com as duas mãos encurvadas delimita o fundo de útero e observa qual pólo fetal que o ocupa. (2) 2o tempo: visa determinar a posição fetal. Deslizam-se as mãos do fundo em direção ao pólo inferior para identificar o dorso fetal de um lado e os membros do outro. Conhecer a posição fetal auxilia na procura do foco máximo de ausculta dos batimentos cardíacos do feto. (3) 3o tempo: visa a exploração da mobilidade da apresentação com o estreito superior da pelve. Procura-se apreender o pólo entre o polegar e o dedo indicador ou médio, imprimindo-lhe movimentos de lateralidade para verificar o grau de penetração da apresentação na bacia e confirmar o diagnóstico da apresentação pela comparação com o outro pólo identificado no fundo uterino durante a primeira manobra. Quando a apresentação está alta e móvel, o pólo da apresentação balança de um lado para o outro. (4) 4o tempo: o examinador deve voltar suas costas para a paciente e colocar as mãos sobre as fossas ilíacas, caminhando-as em direção ao hipogastro, paralelamente à arcada crural e afastadas uma da outra cerca de 10 cm. Com a ponta dos dedos, procura-se penetrar na pelve abarcando o pólo que aí se encontra para averiguar o grau de penetração do concepto no estreito superior da bacia. A entrada dos dedos Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira depende do grau de insinuação do pólo apresentado. O tamanho do útero pode nos fornecer informações a respeito da idade gestacional aproximada. No início da gestação o útero é ainda um órgão intrapélvico e, com o evoluir da gestação, sua palpação se relaciona com a idade gestacional. IMPORTANTE: - 10-12 semanas: o útero começa a ser palpado acima da sínfise púbica; - 16 semanas: encontra-se a meio caminho entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; - 20 semanas: no nível da cicatriz umbilical. Exames de rotina: Segundo o Ministério da Saúde, devem ser solicitados rotineiramente: • Hemograma, sendo um exame na primeira consulta e outro no 3o trimestre. • Tipagem sanguínea e fator Rh. • Coombs indireto, repetido com 28, 32, 36 e 40 semanas se a paciente for Rh negativo. • Glicemia de jejum, sendo um exame na primeira consulta e outro no 3o trimestre. • Urinocultura e urina tipo I, ambos na primeira consulta e repetidos no 3o trimestre. • Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR na primeira consulta e VDRL no 3o trimestre. • Teste rápido diagnóstico anti-HIV na primeira consulta. • Anti-HIV, sendo um exame na primeira consulta e outro no 3o trimestre. • Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG, repetido a cada 2-3 meses caso a paciente seja suscetível. - IGM positiva = pode indicar infecção nos útimos dois anos, a titualção não é útil para determinar quando ocorreu a infecção, realizar teste de avidez de igG nestes casos. OBS.: se a paciente tem IGG positivo, pode continuar com tendo contato com o seu animal, caso não, é melhor que não tenha, pois a toxoplasmose pode trazer várias malformações fetais. A infecção materna geralmente resulta da ingestão de oocistos presentes no meio ambiente ou da ingestão de bradizoítos ou taquizoítos presentes em carnes ou produtos derivados. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira A transmissão fetal relaciona-se diretamente à idade gestacional na qual ocorreu a infecção materna, sendo maior o risco no terceiro trimestre, chegando a cerca de 90% quando ocorre nas últimas semanas de gestação. Por outro lado, o risco de acometimento fetal grave é inversamente proporcional à idade gestacional. Infecções precoces podem levar ao abortamento, natimortalidade ou sequelas graves. • Sorologia para Sífilis (VDRL) - Se negativa repetir na 30 semana, no momento do parto ou em caso de abortamento, se positivo confirmar. • Sorologia para hepatite B (HbsAg), sendo um exame na primeira consulta e outro no 3o trimestre. Se positivo a criança tem 70% a 90% de chance de adquirir a hepatite B e 5% de ser portadora crônica. Se negativo, repetir no 3 trimestre e vacinar. Mulheres com risco aumentado podem ser vacinadas na gravidez. • Sorologia para rubéola - as gestantes suscetíveis devem ser aconselhadas a se vacinar após o parto. • Teste de tolerância para glicose com 75g entre 24 e 28 semanas, se a glicemia estiver acima de 85 mg/dl ou se houver fator de risco. (Rastreamento do diabetes) A paciente que apresenta glicemia de jejum maior que 85 mg/dl e menor que 110 mg/dl ou apresenta fatores de risco para o desenvolvimento da doença (história familiar positiva, sobrepeso ou obesidade, história familiar de diabetes de primeiro grau, antecedente obstétrico de malformações, macrossomia ou diabetes gestacional, entre outros), independente do resultado da glicemia de jejum, deve ser enca- minhada para realização do teste oral de tolerância com 75 g de glicose (TOTG 75 g) entre 24 e 28 semanas, com aferição da glicemia em jejum e após duas horas. O diagnóstico de diabetes gestacional é confirmado no TOTG 75 g quando a glicemia de jejum é maior que 110mg/dl ou quando a glicemia após duas horas da ingestão da glicose é superior a 140 mg/dl. • Colpocitologia oncótica (principalmente em pacientes que não fazem exames de rotina) • Rastreio e profilaxia para infecção por Streptococcus do grupo B: Devido à gravidade e prevalência da infecção neonatal por estreptococo do grupo B (GBS), o CDC (Centers for Disease Control) vem recomendando a profilaxia antibiótica intraparto para todas as gestantes com fatores de risco para infecção ou para aquelas com cultura positiva, O Ministério da Saúde (2012), por outro lado, não Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira recomenda o rastreamento ou mesmo o uso de antibióticos durante o parto para pacientes com fatores de risco. A maioria dos autores recomenda que todas as gestantes com idade gestacional de 35-37 semanas sejam rastreadas para colonização pelo GBS através da coleta de swab vaginal (introito vaginal) e retal, pois aproximadamente 10 a 30% das gestantes são colonizadas. Ultrassonografia: A ultrassonografia de rotina durante a gestação, embora um procedimento bastante corriqueiro em todo o mundo, permanece como um assunto controverso. Não existe ainda uma demonstração científica de que este procedimento rotineiramente realizado tenha qualquer efetividade sobre a redução da morbidade e mortalidade perinatal ou materna. Entretanto, existe evidênciacientífica de que sua realização precoce, durante a gravidez, relaciona-se com melhor determinação da idade gestacional, detecção precoce de gestações múltiplas e malformações fetais, clinicamente não suspeitas. Esta última característica associa-se indiretamente a uma menor mortalidade perinatal específica por malformações fetais nos países onde a interrupção da gravidez é permitida legalmente. Os possíveis benefícios sobre ou- tros resultados permanecem, ainda, incertos. Dessa maneira, o exame de ultrassom pode ser recomendado como rotina nos locais onde ele esteja disponível e possa ser realizado no início da gestação. A sua não realização não constitui omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal (Ministério da Saúde, 2005). A maioria dos autores nacionais recomenda que se realize uma ultrassonografia por trimestre. Deve ser realizada uma US transvaginal após confirmação laboratorial da gestação para determinação da idade gestacional e definição do local de implantação ovular (o saco gestacional pode ser visualizado a partir de 4-5 semanas, e a partir de seis semanas pode-se observar o eco embrionário). Realiza-se outra US no 1o trimestre, entre 11 e 14 semanas, e no 2o trimestre, entre 18 e 20 semanas. O exame no 1o trimestre tem por objetivos: calcular a idade gestacional através da medida do comprimento cabeça-nádega e diâmetro do saco gestacional; rastrear alterações cromossomiais através da determinação da translucência nucal e atestar a vitalidade fetal através da ausculta dos batimentos cardíacos. Entre 18 e 24 semanas, a US é denominada “morfológica”, ou seja, pretende estudar a morfologia dos órgãos fetais e identificar possíveis malformações. A determinação da idade gestacional nesta fase é obtida através da medida do comprimento do fêmur e do diâmetro biparietal fetal. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Idade gestacional medida pela US. Margem de erro apenas de 3 dias. Avaliação da vitalidade fetal: Cardiotocografia: A cardiotocografia (CTG) é um método biofísico não invasivo de avaliação do bem estar fetal. Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas. Doppler obstétrico: O doppler obstétrico é um dos recursos disponíveis para a avaliação da vitalidade fetal em gestações com risco de insuficiência placentária Perfil Biofísico Fetal: O Perfil Biofísico Fetal (PBF) é um exame ultrassonográfico solicitado pelo obstetra geralmente no terceiro trimestre de gravidez (a partir de 34 semanas). O exame nos permite avaliar o bem-estar do bebê, relacionado à oxigenação do sistema nervoso central do feto. Orientações e recomendações gerais: Ferro, Ácido Fólico e Outras Vitaminas: A suplementação de ferro deve ser prescrita para a gestante e mantida durante o período de amamentação. O ferro é o único nutriente cujas necessidades na gravidez não podem ser supridas de forma satisfatória apenas pela dieta. Se o ferro não for reposto, praticamente todas as gestantes terão depleção de suas reservas e grande parte desenvolverá anemia ferropriva, que é a anemia patológica mais frequente em grávidas; além disso, a Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira depleção de ferro pode levar a alterações imunológicas, alterações no metabolismo dos hormônios tireoidianos e na função dos músculos lisos e/ou estriados. Recomenda-se uma reposição de 30 a 60 mg de ferro elementar por dia, de 20 semanas gestacionais ao término da lactação ou até o 2o -3o mês pós-parto, para as não lactantes. OBS.: aconselhável tomar acido folico e ferro antes da gravidez e Repouso Não existem dados suficientes que o repouso no leito previne abortamento em gestantes com sangramento genital no primeiro trimestre e não existem evidencias que previna o parto prematuro. OBS.: mas o repouso pode prevenir uma queda, um esforço… Exericios fisicos: Exercicios aerobicos melhora a capacidade física Recomenda-se a prática de ecercícios moderados por 30 minutos. Exercicio aquaticos reduzem lombalgia e absenteismo Evitar exercícios com risco de trauma Avaliar as gestantes saudáveis antes de permitir a prática de exercícios. TRABALHO: Atividade sexual no terceiro trimestre de gravidez não está associado ao aumento na mortalidade perinatl nem com prematuridade OBS.: 30% das pacientes pode ter alguma contração ou cólica, porque o desconforto é pela prostaglandina que sai junto com o liquido seminal que irrita o colo do utero. Viagens aéreas Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira São seguras para gestantes até quatro semanas antes do parto. Não passar pelo raio-x Hipertermia: Câimbras: São comuns nos últimos meses e derivam de um estiramento súbito da musculatura das pernas, possivelmente pela baixa do cálcio e elevação do fósforo sérico. O uso de hidróxido de alumínio para diminuir a absorção intestinal de fósforo e a ingestão de sais de cálcio sem fósforo são medidas úteis no controle dos sintomas. Além disso, a diminuição da ingestão de fósforo pela redução no uso de leite (fosfato de cálcio) e aumento da ingesta de cálcio pela prescrição de carbonato de cálcio podem ser medidas úteis. Devem-se evitar o alongamento muscular excessivo ao acordar, posição sentada e ortostatismo por longos períodos. Durante as crises, o calor local, massagens e realização de movimentos de flexão e extensão do pé podem ser úteis. Náuseas e vômitos: Pioram com estímulos olfativos ou do paladar. No entanto, em até 5% dos casos, estes episódios podem evoluir para uma forma grave: a hiperêmese gravídica. Nessa situação, a gestante apresenta vômitos incoercíveis e cursa com desidratação, desnutrição e distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos. Em casos leves, a hiperêmese pode ser controlada com dieta fracionada (menor quantidade e maior frequência de alimentação) e antieméticos. Sua gênese está relacionada aos níveis de hormônio gonadotrófico humano, sendo bastante frequente e mais intenso nas situações de níveis elevados deste hormônio, como gestação múl- tipla e doença trofoblástica gestacional. Isso explica sua importante melhora com o avançar da gravidez, após 12 semanas de gravidez, ápice deste hormônio no sangue materno. Como medidas dietéticas, podemos citar: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira preconizar refeições ligeiras e frequentes; incentivar ingestão de alimentos secos e ricos em carboidratos; eliminar frituras e condimentos da dieta,,assim como estimular a ingesta hídrica e evitar reposição de ferro no início da gestação. Ingerir alimentos sólidos pela manhã, antes de se levantar, pode trazer algum alívio, assim como evitar ingerir líquidos durante as refeições. Medidas farmacológicas devem ser preferencialmente utilizadas em monoterapia,sempre na menor dose possível, podendo-se incluir medicamentos anti-histamínicos (buclizina, dimenidrato, difenidramina), anticolinérgicos (escopo- lâmina), antagonistas da dopamina (clorpromazina, prometazina, metoclopramida, droperidol), antagonistas H3 (ondansetron), corticoterapia, (metilprednisolona, hidrocortisona). Raramente se complica com encefalopatia de Wernicke (deficiência de vitamina B1). Nas formas mais graves de náuseas e vômitos está indicada a internação hospitalar. OBS.: Antiemeticos, vitamina b6 e gengibre em cápsulas também ajudam.. Vacinas: Mulheres que não tem vacinação prévia ou mulheres com esquema vacinal incompleto devem tomar: - Vacina dupla tipo adulto (dT - difteria e tétano) - Vacinação H1n1 - DTPA (Difteria / Tétano / Coqueluche) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Mecanismo e Assistência ao Parto Mecanismo: Sob o ponto de vista do mecanismo do parto, o feto é o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), impulsionado por um motor (contração uterina). Situação fetal: relação entre o eixo longitudinal fetal e o da mãe. As mais comuns são as situações longitudinal e transversal. Existe também a posição oblíqua (45o), que sempre se torna transversal ou longitudinal durante o trabalho de parto. A situação longitudinal está presente em 99% dos trabalhos de parto a termo. Situações transversais podem ocorrer em gestantes multíparas, com placenta anterior, polidrâmnio e anomalias uterinas. • Apresentação fetal: Porção do corpo fetal mais anterior no canal de parto. É sentida através do colo uterino no exame vaginal. Podemos ter, então, as apresentações cefálica e pélvica, quando temos o feto em situação longitudinal. Quando o feto está em situação transversa, o ombro é a parte sentida durante o toque vaginal. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira • Posição fetal: É a relação da parte apresentada pelo feto com o lado direito ou esquerdo do canal de parto. Desta forma, em cada apresentação pode haver duas posições: esquerda ou direita. Como a parte apresentada pode estar na posição direita ou esquerda do canal de parto, podemos dizer que existem as apresentações occipitais esquerda ou occipitais direitas, por exemplo. A apresentação cefálica é classificada de acordo com a relação entre a cabeça e o corpo do feto. O mais comum é a cabeça flexionada, de tal modo que o queixo fica em contato com o tórax. A fontanela occipital é a parte apresentada, referida como apresentação em vértice ou de occipício. O estudo do feto: Estática fetal: Posição na cavidade uterina Situação – longitudinal / transversa / oblíqua Apresentação: Pólo fetal que chega ao estreito superior da bacia – cefálica / pélvica /córmica •Posição – direita e esquerda Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira MECANISMO E ASSISTÊNCIA AO PARTO NA APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA: DEFINIÇÃO: É quando a apresentação cefálica encontra-se ao nível do plano de contato da apresentação ( plano da circunferência da apresentação que se põe em relação com o estreito superior) estando o mento próximo à face anterior do tórax ou seja: fletida sobre este .•INCIDÊNCIA ✔ Apresentação cefálica – 96,5% ✔Apresentação cefálica fletida – 95,5% ATITUDES DA CABEÇA FETAL ● Cefálica fletida (vértice ou occipital) – Lambdóide ● Cefálica defletida de 1º grau ou bregmática ● Cefálica defletida de 2º grau ou de fronte ● Cefálica defletida de 3º grau ou de face Primeira posição da foto: Fletido (Vértice - lambda) Segunda posição da foto: Defletido de primeiro grau (Bregma) Terceira posição da foto: Defletido de segundo grau (Fronte) Quarta Posição da foto: Defletido de terceiro grau (Face) PONTO DE REFERÊNCIA FETAL NA APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA: A - Cefálica fletida visualiza o lambda B - Cefálica defletida de 1o grau ou bregmática visualiza o bregma C - Cefálica defletida de 2o grau ou de fronte visualiza a glabela D - Cefálica defletida de 3o grau ou de face visualiza o mento Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira VARIEDADES DE POSIÇÃO DA APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA É a relação que existe entre pontos de referência do pólo fetal (região occipital) com pontos de referência da bacia materna (D ou E; anterior e posterior) ● OP: Occípito – Pubiana ● O E A: Occípito – Esq.Anterior ● O E T: Occípito – Esq.Transversa ● O E P: Occípito – Esq.Posterior ● O S: Occípito Sacra ● ODP: Occípito – Dir.-Posterior ● ODT: Occípito – Dir. – Transverso ● ODA: Occípito – Dir. - Anterior •FONTANELA LAMBDÓIDE ( Posterior ou pequena fontanela) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ✔ É limitada pelo occipital e parietais, possuindo morfologia triangular saindo dos seus vértices as suturas sagital e lambdóide LINHA DE ORIENTAÇÃO: OBS.: A fontanela anterior = bregmática e a fontanela = lambdóide. Macete: todo recém nascido usa laço/faixa na frente da cabeça o que é BREGA!!! a) Fontanela Lambdóide e Sutura Sagital (Entre os Parietais) b)Fontanela Bregmática e Sutura Sagital Metópica c)Glabela (ou raiz do nariz) e Sutura Metópica d)Mento e Linha Facial e)Crista Sacrococcígea e Sulco Interglúteo f)Gradeado Costal e Acrômio. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira OBS.: Se localize pela bacia, quando a fontanela de maior tamanho, ou seja, a bregmática estiver anterior, quer dizer que a apresentação do bebê é occipito (pois está de “cabeça para baixo”), anterior (localiza-se pela bacia), esquerda ou direita (dependendo do lado que a cabeça está virada.) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira MECANISMO DO PARTO Objeto ou móvel - Feto Trajeto – Bacia Motor de Impulsão – Contração Uterina OBS.: Teoria dos 4Ps: Em relação ao psicológico da mãe. Não tem em livros. TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO: 1.Insinuação ou encaixamento: É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior (plano “O” de DeLee – Espinha Ciática ) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira De acordo com a teoria de Zweifel, a implantação da coluna cervical na base do crânio se faz mais para o lado occipital do que da face, criando a condição de uma alavanca de braços desiguais. A contrapressão exercida pelo contato das bordas da pelve, representando forças iguais nos dois extremos da alavanca, domina o braço mais longo, que corresponde à face, por isso esse extremo sobe e o outro desce. A teoria de Lahs define que as pressões laterais exercidas sobre a cabeça pelo canal do parto alcançam níveis diferentes, sendo o mais baixo o lado occipital. A ação das linhas de força em sentido oposto resulta no abaixamento do occipital. A teoria de Sellheim explica que mediante uma diferença de pressão atmosférica, quando um elipsoide de rotação, colocado obliquamente ao seu eixo, progride através de um tubo reto, igual ao canal do parto, o elipsoide dispõe-se de modo que seu eixo maior coincidacom o eixo do tubo. OBS.: Essas três teorias não se contradizem: explicam o mesmo fenômeno de maneiras diferentes. Apenas Zweifel deixa entender que as forças atuantes na flexão da cabeça resultam do contato com a reborda óssea da pelve, enquanto as outras duas teorias sugerem pressões laterais das porções altas do canal mole (segmento inferior do útero). 2.Descida: A.Rotação interna da cabeça B.Insinuação das espáduas Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Completando a insinuação, a cabeça migra até às proximidades do assoalho pélvico, onde começa o cotovelo do canal. 3.Desprendimento: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira A curvatura inferior do canal do parto. O desprendimento se processa por movimento de deflexão, a nuca do feto toma apoio na arcada púbica e a cabeça oscila em torno desse ponto. A.Rotação externa da cabeça B.rotação interna das espáduas C.Desprendimento das espáduas. Altura do polo fetal: Planos de De Lee• Espinhas isquiáticas = plano ZERO• Acima da espinha isquiáticas = -1, -2, -3• Abaixo da espinha isquiáticas = +1, +2,+3 Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Assistência ao Parto Diagnóstico de trabalho de parto (Ministério da Saúde, 2000) ● Contrações uterinas: ≥ 2/20”/10’ ● Dilatação de colo uterino ≥ a 2 cm, apagamento cervical progressivo em 2 horas. Exame Genital TOQUE ● Amplitude e elasticidade da vagina ● Dilatação, apagamento e posição cervical ● Integridade das membranas ovulares ● Apresentação, variedade e altura do feto ● Proporção feto-pélvica TÉCNICA ● Fora das contrações ● Inicialmente uni-digital ● Reconhecer as paredes vaginais ● Apoiar o fundo uterino com a mão externa Períodos clínicos do Trabalho de parto: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira 1.Dilatação ou 1º Período ● DIVISÃO: FASE LATENTE E ATIVA ● Duração: Variável ● Velocidade: 1 cm/h latente e >1cm/h ativa ● Tricotomia: A tricotomia consiste na raspagem dos pêlos ou cabelos de uma zona do corpo, geralmente antes de uma cirurgia ou intervenção semelhante. ● Enema: Também conhecida por 'Fleet Enema' (pronuncia-se flitenema), nome do laxante mais comum, a técnica está em desuso. Era realizada para evitar que a evacuação durante o trabalho de parto, causada pelo esforço feito pela gestante, contaminar o feto e o canal da vagina. Hoje os médicos acreditam que as fezes liqüefeitas causadas pelo medicamento contaminam mais. ● Alimentação: dieta líquida/dieta zero ● Punção venosa e infusão de líquidos ● Controle de sinais vitais maternos ● Acompanhamento:BCF: a cada 30 minutos e Toque: a cada 2 horas 2.Expulsão ou 2º Período: Inicia-se com a dilatação completa e se encerra com a saída/desprendimento do feto ● Posição de Laborie-Duncan: decúbito dorsal, mesa de parto verticalizada ao máximo e flexão e abdução dos membros superiores ou, se desejado, de cócoras, priorizando a forma que for mais confortável para a mulher. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Anestesia loco regional ● Episiotomia: A episiotomia é um procedimento cirúrgico que objetiva aumentar a abertura vaginal por uma incisão no períneo, no final do período expulsivo, no momento do desprendimento fetal. ● Proteção do períneo ● Manobra de Kristeller: Manobra de Kristeller é uma técnica obstétrica obsoleta executada durante o parto. Consiste na aplicação de pressão na parte superior do útero com o objetivo de facilitar a saída do bebê. ● Fórcipe de alívio: O fórceps obstétrico é um instrumento destinado a apreender a cabeça fetal e extraí-la através do canal do parto. O uso do fórceps tem sido abandonado pela maior incidência de lesões maternas e fetais. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Assistência ao desprendimento dos ombros: se o mesmo não for espontâneo, tracionar ligeiramente a cabeça fetal inferiormente para liberar o ombro anterior e, em seguida, superiormente para liberar o posterior ● Revisão da vagina e colo ● Episiorrafia: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Assistência ao RN ● Limpeza da face ● Aspiração ● Cálculo do APGAR ● Ligadura do cordão ● Profilaxia da oftalmia gonocócica: método CREDE ● Avaliação dos fenômenos plásticos do RN ● Identificação 3.Dequitação ou 3º Período Manobra de Jacob - Dublin: consiste em torcer suavemente a placenta expulsa (torção axial) de modo que as membranas se disponham em fuso, facilitando deste modo seu desprendimento integral para facilitar a dequitação e como prevenção de retenção ( permanência da placenta intra-útero) 4.Observação ou 4º Período (1ª hora pós-parto) ● Corresponde a 1ª hora após a saída da placenta ● Miotamponagem (ligaduras vivas de Pinard) ● Trombotamponagem (coagulação sanguínea) ● Indiferença mio uterina(contração e relaxamento alt.) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Contração uterina fixa (globo de segurança de Pinard) Questões: 3) Na estática fetal, analisam-se as relações do produto conceptual com a bacia e o útero maternos. Em relação a esses conhecimentos, marque a INCORRETA. 1. A) A apresentação pélvica pode ser completa (ou pelvipodálica) ou incompleta (modo de nádegas) 2. B) Situação é a relação do dorso fetal com o lado materno. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira 3. C) Variedade de posição é a relação de pontos de referência fetais e maternos. A variedade de posição mais comum é a occipito-esquerda anterior (OEA), onde o lâmbda se relaciona com a eminência iliopectínea esquerda materna. 4. D) A apresentação é a relação do segmento fetal que se relaciona com a bacia materna, que pode ser avaliada pelo exame físico (palpação ou toque vaginal) ou exame ultrassonográfico. 5. E) Para expressar a altura da apresentação, adotamos o critério de De Lee, considerando-se o diâmetro bi espinha ciática ou linha interespinhosa como plano zero. Resposta: A questão pede para marcar a alternativa INCORRETA. Alternativa A: CORRETA. A apresentação pélvica pode ser completa ou pelvipodálica ou incompleta de nádegas, em que as pernas estão paralelas ao corpo fetal, ou incompleta de pés ou joelhos, em que os pés ou joelhos ocupam o plano superior da bacia. Alternativa B: INCORRETA. Situação é a relação entre os grandes eixos longitudinais fetal e uterino. A posição é o lado do dorso fetal relacionado com o lado materno. Alternativa C: CORRETA. Denomina-se a variedade de posição com uma sigla de 3 letras, sendo a primeira correspondente ao feto e as outras duas ao ponto de referência materno. Alternativa D: CORRETA. Pode ser cefálica, pélvica ou córmica. Alternativa E: CORRETA. Esse é o maior local de distocias. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Sangramento da Primeira Metade da Gestação Introdução: A hemorragia obstétrica é a principal causa de mortalidade materna no mundo e causa importante de admissão de gestantes ao centro de terapia intensiva, além de estar associada à elevada morbimortalidade perinatal. Causas mais comuns de sangramento na 1a metade da gestação (12 semanas) incluem aborto, gestação ectópica, doença trofoblástica gestacional, pólipo, colo friável, trauma e câncer cervical . Laboratório: No primeiro trimestre é de suma importância os seguintes exames: ● BHCG quantitativoRelacionar com a idade gestacional e a ultrasonografia Realiza-se 2 medidas com 2 ou 3 dias de intervalo: Observar se o valor dobra em 48 horas. OBS.: Se não dobrar de valor é um indício que a gravidez não irá avançar. Logo, conclui-se que o BHCG quantitativo que não dobrou ou permaneceu estável é um sinal de alerta. OBS.: CORRELAÇÃO DO BHCG COM A US - Idade gestacional com menos de 5 semanas, na US não dará para analisar nada pois o BHCG ainda está “pouco”. - Idade gestacional de 5 a 6 semanas, na US abdominal dará para analisar o Saco gestacional e na Transvaginal o saco gestacional e a vesícula vitelínica, nesse caso o BHCG provavelmente está entre 1.800 e 3.500 - Idade gestacional de 7 semanas, na US abdominal já dá para analisar o embrião de 5 a 10 mm, e na transvaginal o embrião + batimentos cardiofetais, no caso, o BHCG está maior que 20.ooo Importante: Se o BHCG estiver acima de 5.000 entre a sexta e a sétima semana é indicativo que a gravidez irá prosseguir. ● Progesterona Dosagem única no começo da gravidez Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maior que 25 ng/ml = concepto vivo, gravidez viável Menor que 5 ng/ml = Indica comprometimento Abortamento: Definição: Interrupção da gestação antes de 20 - 22 semanas ou com concepto pesando menos de 500 gramas. Pode ser um evento espontâneo ou provocado. O aborto é a complicação mais frequente da gravidez, principalmente no 1o trimestre (antes de 12 semanas). Cerca de 10-15% das pacientes com gravidez clinicamente aparente abortam e o risco de abortamento subsequente é maior após algumas interrupções. Anomalia cromossômica é a etiologia mais associada (responsável por cerca de 61,5% dos casos no 1o trimestre). Porém, alguns fatores frequentemente estão associados, como: exposição materna a solventes orgânicos, tabagismo, uso de cocaína e ingesta de álcool. É a quarta causa de mortalidade materna. O aborto legalizado no Brasil: o acesso ao aborto é restrito e é permitido somente em casos de estupro (até 22 semanas), risco de morte para a mãe eo bebê e fetos com anencefalia. Em caso de anencefalia: É necessário a USG de 2 médicos diferentes para comprovar. Em caso de risco de vida: Laudo de 2 médicos diferentes. Em caso de estupro: Declaração da paciente que foi estuprada. Classificação: Pode ser subdivido em aborto espontâneo e provocado. Além de: Seguro ou inseguro, Precoce ou tardio e aborto legal. ● Abortos subclínicos: Mulheres abortam uma gestação não diagnosticada. Taxa maior a medida que a idade avança Até 30 anos = 9 a 17% 35 anos = 20% 40 anos = 40% ● Etiologias: ❏ Cromossomopatias: são as causas mais comuns, responsáveis por até 20% das perdas gestacionais precoces. Decorrem de gametas anormais, fertilização anômala ou irregularidades na divisão embrionária. A maioria acontece por acaso, não sendo decorrentes de “defeitos herdados” da mãe ou do pai. A alteração cromossômica mais frequente no aborto é a Trissomia. Só podem ser confirmadas quando o material de aborto é enviado para análise citogenética. ❏ Fatores endócrinos: alterações na produção de progesterona e dos hormônios tireoidianos podem, a rigor, prejudicar o desenvolvimento de um embrião normal, mas sua relação exata com o abortamento ainda permanece Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira controversa. O diabetes insulino-dependente mal controlado também aumenta o risco de perda. Os principais fatores endócrinos são: Insuficiência lútea e o hipotireoidismo ❏ Infecções: os principais processos infecciosos que podem levar ao abortamento são rubéola, toxoplasmose, parvovirose, citomegalovírus, HIV, sífilis e listeriose ❏ Fatores imunológicos: são causas de abortamento de repetição, como exemplo lúpus e trombofilia. ❏ Anatômicas: Causas anatômicas do útero, como por exemplo, útero bicorno, septado, didelfo e unicorno, leiomiomas, sinéquias e etc. ❏ Ambientais: Uso de drogas. ● Ameaça de aborto: Há chance de reversão 40% evoluem para interrupção Sangramento uterino pequeno Dor Altura do fundo uterino compatível com a idade gestacional Exame especular e ultrassonografia Colo impérvio (fechado), sem perdas de tecidos ovulares Tratamento: Antiespasmódicos, avaliar uso da progesterona, 400 mg dia. ● Aborto inevitável O colo uterino está dilatado, mas o concepto não foi eliminado; Sangramento de cor viva profuso Cólicas AFU compatível com IG Colo dilatado sem perda de tecidos ovulares NA US: Deslocamento, bradicardia, saco gestacional baixo Tratamento: Menos de 12 semanas - esvaziamento uterino por aspiração manual intrauterina (AMIU) ou curetagem Mais de 12 semanas - Misoprostol ou ocitocina, após o medicamento realiza-se a curetagem Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Obs.: O material retirado ou expulso deve ser enviado para estudo histopatológico ● Aborto incompleto: Alguma parte do concepto foi eliminada, mas não totalmente; Mais frequente Após 10 semanas Sangramento vaginal persistente e dor Expulsão do feto e permanência da placenta ou restos ovulares NA US: Colo dilatado US endométrio maior que 15 mm Tratamento: AMIU ou curetagem ● Aborto completo Todo o concepto foi eliminado, sem a necessidade de intervenção médica; Antes das 10 semanas Eliminação completa do ovo NA US: endométrio menor que 15mm ● Aborto retido Com ou sem sinais de ameaça de abortamento NA US: Feto morto, sem eliminação de tec. ovular Colo impérvio, Batimento cardiofetal ausente (CCN menor que 5mm) Ausência de crescimento Tratamento: Expectante - Distúrbio de coagulação (precoce) Misoprostol Macro Indução com ocitocina ● Aborto infectado abortamento complicado com infecção intrauterina Aborto com infecção ascendente Geralmente está associado ao aborto inseguro Bactérias mais comuns: Streptococcus b-hemolítico, E. coli, Enterococos, Clostridium, Bacteroides Fragilis Quadro clínico: Febre, sangramento com odor, empastamento uterino, mobilização uterina, leucocitose-sepse Tratamento: Antibioticoterapia - Clindamicina 600 a 900 mg 8/8h. Gentamicina 24o mg/dia, ampicilina 1g 6/6h Esvaziamento uterino Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Formas clínicas: OVO CEGO: Identificação de tec. Placentário e de Saco gestacional, mas não há desenvolvimento do embrião A gravidez anembrionada também conhecida como ovo cego acontece quando o óvulo fecundado se fixa na parede do útero, mas o embrião não se desenvolve ou interrompe seu desenvolvimento de forma muito prematura. ● Conduta no abortamento: Probabilidade de 50% de perda na presença de sangramento Presença de BCF é sinal de bom prognóstico A maioria não precisa de intervenção Identificar risco de sangramento e infecção Material para anatomia patológica - Reação arias-stella Abordar aspectos de contracepção Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Métodos de esvaziamento: Técnica: AMIU e curetagem uterina Pode ocorrer complicações como PERFURAÇÃO UTERINA. Gravidez Ectópica Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Denomina-se gravidez ectópica toda gestação cuja implantação e desenvolvimentodo ovo ocorra fora da superfície endometrial da cavidade uterina. Esta patologia corresponde 6-13% das mortes relacionadas ao período gestacional e é a principal causa de morte materna no 1o trimestre, além disso, possui uma taxa de recorrência de 15% e, nas mulheres que tiveram 2 ou mais episódios prévios de gravidez ectópica a taxa de recorrência sobe para 25%. Diagnóstico precoce é fundamental Fatores de risco: História de gestação ectópica prévoa Historia de cirurgia tubaria Historia de infecção tubaria Contracepção com pilulas de progestogênios DIU OBS.: Muitas ocorrem em mulheres sem fatores de risco Quadro Clínico: Dor abdominal, sangramento vaginal e amenorreia são considerados a tríade clássica de sinais e sintomas que compõem o quadro clínico da gravidez ectópica. Apesar de se apresentarem simultaneamente em 50 a 60% dos casos, pelo menos um deles está presente em quase todas as ocorrências. Exame físico: Estado hemodinâmico Sinal de Cullen Sinal de Proust Grito de Douglas Sinal de Laffon Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira -Útero amolecido e aumentado Sinal de Laffon: dor referida na escápula, em decorrência da irritação do nervo frênico. • Sinal de Cullen: equimoses em região periumbilical devido a hemorragia retroperitoneal • Sinal de Proust: fundo de saco abaulado (devido ao acúmulo de sangue) e doloroso ao toque vaginal. ● Diagnóstico: O diagnóstico de gravidez ectópica deve ser complementado com exames complementares como a ultrassonografia transvaginal (USTV) e com a dosagem do β-HCG. A USGTV é indicada quando o β-H-CG for positivo para analisar a cavidade uterina. Caso não seja visualizado o saco gestacional ou restos ovulares na região endometrial, suspeita-se de gravidez ectópica. Além disso, o exame analisa se há presença de corpo lúteo no ovário, assim como busca analisar e caracterizar a presença de qualquer massa anexial. Este exame permite visualizar o saco gestacional a partir de 5 semanas de atraso menstrual; Quando não é possível visualizar o saco gestacional na USGTV e a dosagem de β-HCG é positiva, suspeita-se fortemente de gravidez ectópica e torna-se necessária a dosagem quantitativa de β-HCG. Os valores de β-HCG dobrar a cada 48 horas em uma gestação tópica viável. Dessa forma, pacientes que apresentarem valores deβ-HCG < 2.000mUI/mL, recomenda-se a avaliação seriada da mesma para investigação de gravidez ectópica. A dosagem sérica da progesterona é de grande valia para os casos em que há dúvidas diagnósticas. A concentração sérica desse hormônio reflete sua produção pelo corpo lúteo e se modifica muito pouco durante o 1o trimestre de gestação. Valores inferiores a 10ng/ml estão associados a gestação não evolutiva. Porém, como não existe um valor de referência desse hormônio indicativo de gravidez ectópica, sua dosagem fica reservada apenas para casos que a suspeita diagnóstica se manteve mesmo após a dosagem seriada de β-HCG e USGTV. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira OBS.: Culdocentese: Diagnóstico principalmente para gravidez ectópica rota, a culdocentese é feita a partir da punção de fundo de saco com seringa e agulha, encontra-se um liquido sanguinolento com hematócrito maior que 15%. ● Tratamento: ❏ Expectante: Critérios: Pouca dor ou sangramento Seguimento rigoroso Tuba integra/ Estabilidade hemodinâmica BHCG menor que 2.000mUI e em níveis decrescentes Massa anexial menor que 2,5 cm ou não detectável Aus. BCF ❏ Conduta medicamentosa: Metotrexate: para indicar seu uso: • Saco gestacional < 3,5cm; • Beta-hCG < 5.000 mUI/mL; • Ausência de batimentos cardíacos fetais; • Funções renais e hepáticas normais • Ausência de imunodeficiências e discrasias sanguíneas Contra indicação: Gravidez intrauterina Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Imunodeficiência Anemia Leucopenia Trombocitopenia Insuf. Hepática e renal Doença pulmonar ativa Amamentação Dose: Dose única 1 mg/kg ou 50 mg/m2 IM Dosar BHCG no quarto ou sétimo dia após o tratamento Acompanhar semanalmente Documentar a queda de progesterona para 1,5mg/ml Avaliar se há necessidade de mais uma dose Efeitos adversos: Distensão abdominal Irritação Gástrica Náuseas Vômitos e estomatites alopecia reversível Pneumonite ❏ Conduta Cirúrgica: Laparoscopia ou laparatomia Conservador - preservar a tuba uterina Excisional - retirar a tuba uterina Critérios de indicação cirúrgica: Sinais instáveis ou sinais de hemoperitônio Diagnóstico incerto Gravidez ectópica avançada Acompanhamento difícil Contra indicação do metotrexate Doença Trofoblástica Gestacional: A Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) se refere a um espectro de tumores placentários associados com a gravidez. A doença é dividida em tumores molares e tumores não-molares, sendo estes últimos classificados como neoplasia trofoblástica gestacional ou doença trofoblástica gestacional maligna. Marcador tumoral específico BHCG Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Fatores predisponentes: Doença molar prévia Gravidez nos extremos da vida reprodutiva ● Epidemiologia: 120.000 novos casos por ano 10 a 20% evoluem para as formas persistentes Evolução fatam em 12 meses, se não tratada Detecção precoce ---- quimioterapia ---- cura em 97% dos casos No Brasil, 1/275 gestações Mola completa: 1/1945 gestações Mola parcial: 1/645 gestações ● Classificação clínica: Benigna: Mola completa ou parcial Maligna: Tumores trofoblásticos gestacionais (Mola invasiva, coriocarcinoma e TU invasivo no sítio placentário) - Pode ser: Não metastática ou metastática Sendo a metastática dividida em: Bom prognóstico - baixo risco, pois tem ausência de fatores de risco Mau prognóstico - Alto risco, pois tem presença de qualquer fator de risco Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Síndromes trofoblásticas: ❏ Síndrome da Mola hidatiforme Síndrome da mola completa (MHC) Síndrome da mola parcial (MHP) ❏ Tumor trofoblástico Gestacional (TTG) Síndrome da mola Hidatiforme: Transformação, total ou parcial do ovo em pequenas vesículas translúcidas, cheias de líquido claro. São DTG benignas comuns no primeiro trimestre Cisto tecaluteínicos dos ovários (20 a 90%) Síndrome trofoblástica - Mola completa: Ovo anômalo, destituído de embrião o feto, caracterizado por perda de vascularização vilosa Hiperplasia trofoblástica generalizada Cariótipo é DIPLÓIDE Possui potencial de invasão local (15%) e de disseminação (4%) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Síndromes trofoblásticas - Mola parcial Ovo anômalo, no qual permanecem elementos embrionários ou fetais e placenta exibindo vilosidades hidrópicas Alterações hidatiformes são focais O cariótipo é TRIPLÓIDE ● Aspecto Anatomopatológicos: ❏ Macroscopia da mola completa: Vesículas - aspecto de cachos de uva Ausência de embrião ou feto Cistos tecaluteínicos ❏ Microscopia da mola completa: Degeneração hidrópica e edema do estroma viloso generalizados Ausência de vasos sanguíneos nas vilosidadestumefeitas Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Proliferação do epitélio trofoblástico em grau variável Ausência de feto ou âmnio. ❏ Macroscopia Mola parcial: Vesículas e vilos normais Presença de embrião, feto ou cavidade amniótica US: Diag diferencial, aborto hidrópico ● Diagnóstico: Manifestações clínicas: Sangramento transvaginal Útero aumentado Hiperêmese Hipertensão --- Pré-eclâmpsia Cistose ovariana Hipertiroidismo (tireotoxicose) Eliminação espontânea de vesículas. ❏ Exame Físico: - Palpação: Útero aumentado de volume Ausência de partes fetais - Ausculta - Toque: Cérvice extremamente amolecida e formação precoce do segmento inferior Fundo de saco anterior prominente ❏ Exames complementares: - Dosagem da gonadotrofina coriônica Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira É dosagem diagnóstica e prognóstica Nível sérico maior que o esperado para a idade gestacional Parâmetro mais importante para o acompanhamento pós molar Deverá ser realizado sempre no mesmo laboratório OBS.: O nível plasmático de HCG é diretamente proporcional à quantidade de tecido trofoblástico presente no organismo - Ultrassonografia Na mola completa: cavidade uterina preenchida por imagem heterogênea com padrão vesiculoso Ausência de embrião/feto, saco amniótico e vesícula vitelina Cistose ovariana Na mola parcial: Córion frondoso espesso, vesículas na massa placentária, presença de embrião/feto, saco amniótico ou vesícula vitelínica, cavida amniótica com CIUR, malformações fetais múltiplas (triploidia) - USG com Doppler Mola completa: Fluxo escasso ou ausente entre as vesículas molares, fluxo aumentado nas artérias uterinas (Padrão de terceiro trimestre, altas velocidades, apagamento da incisura protodiastólica) ❏ RESUMO DIAGNÓSTICO: ❏ anamnese ❏ ex. físico ❏ títulos de hcg sérico ❏ raio x de tórax ❏ TC ou RNM de crânio, tórax abdome e pelve OBS.: Sangramentos ou vômitos excessivos no primeiro trimetre: faz-se uma USG para diagnóstico de mola, gestação multipla ou anomalia fetal. **SEM BATIMENTO CARDIO FETAL OU HCG MAIOR QUE 80.000MUI/ML = MOLA!! ● Tratamento: ❏ Esvaziamento: Através da AMIU ou curetagem ❏ Histerectomia: Em pacientes com prole constituída ou que não deseja tratamento clínico ❏ Imunoglobulina anti-RH ● Seguimento: ❏ Dosagem de hcg semanal Até níveis indetectáveis 2 amostras com intervalos semanais ❏ Dosagem de HCG quinzenal ❏ Dosagem de HCG mensal durante 6 meses OBS.: contraceptivo confiável: Se queda de HCG logarítimica - Pode engravidar após 6 meses de seguimento. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Se gestação: Avaliar o HCG E US precocemente HCG 6 semanas após o fim da gestação ● Neoplasia Trofoblástica Gestacional: Esses tumores se caracterizam pela, invasão miometrial e potencial para metástase. Compreendem as seguintes classificações: mola invasora, coriocarcinoma, tumor trofoblástico de sítio placentário (TTSP) e tumor trofoblástico epitelioide (TTE). Após gravidez molar ou não molar ❏ Mola invasora (Corioadenoma destruens) Geralmente se originam de molas parciais ou completas. Apresentam alta invasividade, mas não possuem grande potencial para metástase ampla. É caracterizada por crescimento trofoblástico excessivo com extensa invasão tecidual pelas células trofoblásticas e pelas vilosidades. Há penetração do miométrio, podendo ainda alcançar o peritônio, paramétrio adjacente e cúpula vaginal. - Supercrescimento trofoblástico excessivo - Penetração extensa pelo elementos trofoblástico até o miométrio - Localmente invasivas Na macroscopia: Vesículas invadindo o miométrio Nódulos violáceos intramiometriais ou metástases vilositárias à distancia Na microscopia: Cél. trofoblásticas entremeadas por fibras miometriais Manutenção do padrão viloso ❏ Coriocarcinoma gestacional É o carcinoma do epitélio coriônico, altamente invasivo. Um terço se desenvolve após gestações molares, devendo ser suspeitado em qualquer sangramento subsequente a qualquer evento gestacional. É uma massa de crescimento rápido, invadindo o miométrio e vasos, causando necrose. Quando há envolvimento endometrial, frequentemente se desprende e sangra, podendo ocorrer infecção precocemente. - Predisposição do trofoblasto normal para crescimento invaiso e erosão dos vasos sanguíneos muito exagerada Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira - Massa de crescimento rápido, invadindo músculos e vasos sanguíneos uterinos, causando hemorragia e necrose - Metástases desenvolvem-se precocemente: Os sítios mais comuns de implantação são o pulmão (70%) e vagina (50%). A vulva, rins, fígado, ovários e cérebro são outros possíveis locais de acometimento. Cistos tecaluteínicos estão presentes em 33% dos casos. Na macroscopia: Tu. vermelho escuro ou púrpura, irregular, friável Útero com nódulos escuros, irregulares Na microscopia: Hiperplasia de cél. trofoblásticas Desorganização do padrão viloso Necrose e hemorragia central ❏ Tumor trofoblástico de sítio placentário Origina-se do local de implantação placentária após qualquer evento gestacional. Sangramento é o principal sintoma e esse tipo histológico com invasão local é resistente à quimioterapia. Podem se apresentar de meses a anos após o evento gestacional e mais de 30% das pacientes apresentam metástase ao diagnóstico. - Níveis de gonadotrofina baixos - São relativamente insensíveis à QT Quadro clínico: - Hemorragia: SINAL MAIS COMUM! Irregular Após puerpério imediato Associada a subinvolução uterina - Lesão metastática pode ser a primeira indicação Tosse, hemoptise Tumores vaginais ou vulvares Tumor trofoblástico gestacional: Doença metastática: - Pulmonar (80%) No momento do diagnostico o acometimento pulmonar é visivelem radiografias torácicas de 80% dos pacientes com TTG metastasico Dor torácica, tosse, hemoptise, dispnéia ou lesão assintomática visível ao rx tórax - Vaginal (30%) Fórnices, região subureteral Sangramento irregular ou corrimento purulento Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Lesões muito vascularizadas - Sistema Nervoso Central (10%) Doença avançada Acometimento pulmonar ou vaginal concomitantemente Déficits neurológicos focais agudos - Hepática (10%) Demora no diagnostico Dor epigastrica ou no QSD As lesões podem ser hemorrágicas--- ruptura hepática --- hemorragia intraperitoneal Diagnóstico: - Determinação da gonadotrofina coriônica (platô de HCG em 3 semanas ou mais, esvaziamento uterino, diagnóstico histológico de coriocarcinoma) - Evidência radiológica - curetagem ---- histopatológico OBS.: O reconhecimento da possibilidade de lesão é o fator mais importante no diagnóstico Manejo: Ex. clínico - avaliar metaplasia vaginal Título sérico semanal de HCG Hemograma completo, coagulograma, uréia, creatinina, testes de função hepática Função tireoidiana RX tórax RM de crânio RM de fígado Curetagem --- se houver sangramento uterino Cintilografia --- se doença persistente e resistente à QT Estadiamento: Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Monoquimioterapia: Doença metastática de baixo risco, a quimioterapia com agente único é a terapia de escolha. As pacientes são tratadas com metotrexato(MTX) associado ou não ao ácido folínico (FA) – ou actinomicina (ACTD). Em geral, os esquemas são: (MTX/FA – 8 dias, MTX 1 mg/kg nos dias 1, 3, 5 e 7 seguido por FA 0,1 mg/kg nos dias 2, 4, 6 e 8), MTX sem ácido folínico em regime de cinco dias (0,4 mg/kg máximo de 25 mg/dia durante cinco dias) e ACTD (0,5 mg/dia em regime de cinco dias ou 1,25 mg/dia a cada 15 dias). Grande parte dos especialistas ainda indicam três ciclos adicionais após normalização do beta-hCG. Em pacientes com doença metastática de alto risco devem utilizar quimioterapia combinada. Uma opção é o regime EMA-CO (etoposida, metotrexato, actinomicina D, ciclofosfamida e oncovin. Deve ainda haver 3 ciclos após a normalização do beta-hCG. Caso a paciente apresente resistência a esse esquema, utiliza-se o EP/ EMA (etoposídeo e cisplatina na fase 1, e etoposídeo, MTX e ACTD na fase 2). Frequentemente, há emprego de cirurgia de radioterapia. A vigilância deve ocorrer 1 ano depois da NTG e por até 2 anos se houver metástase. No entanto, deve ser cautelosamente acompanhada, visto que há 2% de DTG subsequente. OBS.:As pacientes devem esperar 12 meses após o término da QT antes de engravidarem! OBS.: A detecção precoce do TTG, seguida da adequada quimioterapia, promove a cura da doença, com preservação da capacidade reprodutiva Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Doenças Hipertensivas na Gestação Introdução: Essas doenças apresentam alta taxa de morbidade e mortalidade maternas, formando junto com a hemorragia e infecção materna, a chamada “tríade mortal” da gestação. Importância ● 10% de todas as gestações ● Morbidade e mortalidade materna e perinatal ● 3a. causa de morte materna por causas diretas no mundo ● Mais de 4 milhões de casos de PE/eclâmpsia anualmente ● 63.000 mortes maternas/ano (OMS, 2005) ● 1a. causa de morte materna no Brasil (20% 2010) Nos países em desenvolvimento: ● Incidência de pré-eclâmpsia 7x maior ● Risco de progressão para eclâmpsia 3x maior ● Risco de morte por eclâmpsia 14x maior ● Risco de morte por PE/eclâmpsia 300x maior Hipertensão Gestacional: ● PAS > 140 mmHg ● PAD > 90 mmHg Anatomia Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Artéria Uterina: Apenas as mulheres têm e que faz a irrigação sanguínea do útero, uma função fundamental durante a gravidez. É a principal artéria de irrigação. ● Arteríolas espiral: Localiza-se na parede do útero, são ramos da artéria uterina ● Características: - É tortuosa e fina na mulher sem período de gestação - Na gestante ela aumenta a luz e reduz a resistência, pois destrói a camada muscular da arteríola espiralada. - É fundamental para garantir o aporte sanguíneo para o feto OBS.: Artérias uterinas são responsáveis por 80% da irrigação do útero, 20% são as artérias ovarianas. Invasão Trofoblástica: ● Ondas de invasão: Primeira onda de migração trofoblástica, iniciada em torno da 6 semanas, completa-se por volta de 12 semanas da gravidez e a segunda onda ocorre a partir 16 semanas, de maneira que o trofoblasto endovascular ativo ainda é visto na vasculatura espiralada até 22 semanas.A segunda onda é responsável por destruir a camada muscular. Após esses processos, a placenta torna-se órgão extremamente vascularizado que permite as trocas materno-fetais. ● Normal é que com a invasão trofoblástica ocorra ↓ RESISTÊNCIA e ↑ FLUXO, fundamental para garantir o aporte sanguíneo para o feto. ● Na pré eclâmpsia não tem a segunda onda, logo, acontece o contrário ↑ RESISTÊNCIA e ↓ FLUXO Como consequência, na PE haverá: ● Isquemia placentária + Lesão endotelial = Repercussão em vários compartimentos. ● Lesão endotelial = - ↑ radicais livres - ↑TXA2 (tromboxano, que são vasoconstritores) - ↓PGI A lesão endotelial alterando a conformação de tudo isso, vai gerar vasoconstrição, espasmo arteriolar, agregação plaquetária. OBS.: Pq causa hipertensão? Pq a PGI que é a prostaciclina é vasodilatadora, se ela está baixa o vaso constricta, além disso, o TXA2 (tromboxano) está aumentado, e ele é responsável pela vasoconstrição, logo, temos dois processos que vasoconstrictam o vaso = PE. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Pré Eclâmpsia: Existem vários fatores de risco específicos para pré-eclâmpsia, podendo ser divididos em fatores de alto risco e moderado risco. Essa doença, costuma ocorrer na segunda metade da gestação, sendo mais frequentes o terceiro trimestre. ● Fatores imunológicos - Intolerância entre tecidos maternos e fetais que gera uma resposta inflamatória exacerbada impedindo a placentação adequada - A troca de parceiro pode aumentar a incidência ● Predisposição genética - Maior incidência em filhas de mães com antecedentes de PE e naquelas cujos parceiros já tiveram parceira anterior com PE ou, ainda, que nasceram de mães que apresentaram a doença. ● Fatores nutricionais - Consumo de cálcio - Vitaminas C e E ● Estresse - Fator isolado no aumento da pressão arterial. Consequências da PE no rim: Ocorre vasoconstrição da arteríola aferente Consequências: - Oligúria - Aumento de creatina - A lesão é a endoteliose capilar glomerular - Proteinúria: Maior que 300mg em 24h (está alta) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Consequências da PE no fígado: Ocorre HEMORRAGIA/ NECROSE PERIPORTAL, são secundários ao vasoespasmo intenso que ocorre na PE. ● ↑ TGO/TGP ● DOR EM QSD ● Distensão da cápsula hepática = DOR EPIGÁSTRICA (Chaussier) Consequências da PE no sangue: ● Trombose ● Trombocitopenia ● Hemólise OBS.: tudo isso ocorre pela vasoconstrição dos vasos gerada na PE. Classificação: ● Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Crônica ● Pré-eclâmpsia leve/grave e eclâmpsia ● Pré-eclâmpsia superposta ● Hipertensão Gestacional ● Hipertensão transitória ● HAS crônica OBS.: A pré-eclâmpsia e eclâmpsia são potencialmente mais perigosas que as outras síndromes hipertensivas, sendo chamada antigamente de toxemia da gravidez. 1. HAS Crônica Está presente na mulher antes da gravidez ou é diagnosticada antes de 20 semanas de gestação. O grande problema da HC é que nem sempre a mulher tem um diagnóstico prévio e a pressão arterial normalmente diminui durante o segundo e o início do terceiro trimestres nas mulheres normotensas e cronicamente hipertensas, dificultando o diagnóstico no período gestacional. Outro ponto, é que Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira durante o terceiro trimestre, quando a pressão arterial volta a seu nível originalmente hipertenso, pode ser difícil determinar se a hipertensão é crônica ou induzida pela gravidez. Resumo: - Hipertensão observada antes da gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas. - Hipertensão diagnosticada pela primeira vez depois de 20 semanas mas que persiste por mais de 12 semanas após o parto (diagnóstico retrospectivo) - Riscos: CIUR, hipertensão grave - Desafio: distinguir de formas graves ou exacerbadas de PE superposta 2. Pré Eclâmpsia Hipertensão diagnosticada depois de 20 semanas de gestação Proteinúria > 300 mg/ 24h ou 1+ na fita ou relação prot/creatina urina > 0,3 Presença de edema não é mais considerado parte da classificação desde 2000. ● A pré-eclâmpsia pode ser classificada em leve ou grave. A presença de fatores como cefaleia ou distúrbios visuais, como os escotomas, podem ser sintomas de iminência de eclâmpsia, classificando a pré-eclâmpsia como grave. - LEVE: PA > 140 X 90 mas < 160 x 110, Sem sinais de gravidade - GRAVE: PA ≥ 160x 110 mmHg Proteinúria ≥ 2g/24h ou 3+ na fita **** EAP, oligúria, creatinina ≥ 1,1 mg/dl Sd. HELLP Iminência de eclâmpsia OBS.: A professora diz um valor de referência para PA leve e grave e o williams diz outro, na dúvida, ir pela professora pois ela que faz a prova ;) Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ● Sd. HELLP (Hemolysis, Elevated Liver Enzimes, Low Platelets) A Síndrome HELLP é uma complicação grave, ocorrendo em 10- 20% das pacientes com pré-eclâmpsia/ hipertensão gestacional graves ou eclâmpsia, e entre 0,1 a 0,8% das gestações no geral. O diagnóstico se baseia em dados clínico-laboratóriais. Apesar disso, as manifestações clínicas encontradas são inespecíficas, como náuseas, vômitos, mal-estar, perda de apetite, cefaleia ou sintomas visuais e dor abdominal. Nos exames laboratoriais, encontra-se contagem de plaquetas < 100.000/mm3, alterações eritrocitárias (esquizócitos) com bilirrubina total sérica > 1,2mg% associado a elevação de LDH (> 600UI) e elevação de transaminases hepáticas. A conduta imediata deve ser estabilização do quadro e transferência para unidade de tratamento intensivo. Além disso, é indicado avaliação materno-fetal, controle hipertensivo, profilaxia para convulsões e avaliação da necessidade de parto imediato. - LDH > 600 - Esquizócitos - Bilirrubina ≥ 1,2 - AST (TGO) ≥ 70 - Plaquetas < 100.000 ● Iminência de eclâmpsia - Cefaléia - Epigastralgia - Escotomas (ou outras manif. visuais) - Reflexos aumentados 3. Eclâmpsia: Temos a eclâmpsia quando uma gestante com hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia apresenta acometimento neurológico, como convulsões. Definição: Ocorrência de uma ou mais crises convulsivas tônico-clônicas, generalizadas, em pacientes com diagnóstico de pré-eclâmpsia, na ausência de outras condições neurológicas ● Existe pré-eclâmpsia sem proteinúria? SIM - É a pré-eclâmpsia atípica, não tem proteinúria mas tem lesão de órgão alvo ➢ Plaquetopenia (<100.000/mm3) ➢ Elevação das enzimas hepáticas (2x o valor normal) ➢ Surgimento de insuficiência renal (creatinina > 1,1mg ou duplicação dos níveis na ausência de outra doença renal) ➢ Edema pulmonar ➢ Surgimento de distúrbios visuais e/ou cerebrais 4. Pré-eclâmpsia superposta ● Hipertensão crônica associada com pré-eclâmpsia Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira - Surgimento de proteinúria ou de outras manifestações da pré-eclâmpsia - Aumento súbito de proteinúria - Aumento súbito e inesperado da PA - Trombocitopenia - Elevação de enzimas hepáticas OBS.: Sabe-se que mulheres com HC há mais de 4 anos ou história de pré-eclâmpsia em outras gestações, apresentam um risco maior de ter essa doença sobreposta. A doença superposta tende a ser mais grave e, com frequência, é acompanhada por restrição do crescimento fetal. 5. Hipertensão gestacional (HG): Essa patologia ocorre quando a mulher apresenta pela primeira vez na vida, níveis pressóricos alterados após metade da gestação, sem presença de proteinúria. Estudos apontam que cerca de metade das pacientes que foram diagnosticadas com hipertensão gestacional podem evoluir para pré-eclâmpsia até o final da gestação e tem maior risco de desenvolver hipertensão crônica futuramente. OBS.: A hipertensão gestacional é reclassificada como hipertensão transitória quando a evidência de pré-eclâmpsia não se desenvolve, voltando a pressão arterial ao normal em torno de 12 semanas após o parto. Se em torno de 12 semanas pós parto a PA persiste elevada HAS crônica Importante: 25 – 50% das mulheres com hipertensão gestacional progridem para PE! Abaixo de 32 sem a taxa de progressão é de 50% Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Riscos: ● Maternos Eclampsia DPP Hemorragia Edema Agudo de pulmão Sd. HELLP CIVD Doença cardiovascular futura Rotura hepática AVE hemorrágico – alta mortalidade ● Perinatais Restrição do crescimento fetal Prematuridade Sofrimento fetal Óbito fetal SDRN Hemorragia ventricular Morte neonatal Fatores de risco: Primiparidade Idade <18 e >35 Raça negra Troca de parceiro Gestação gemelar Doença vascular hipertensiva crônica Diabetes Mellitus Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Gestação molar PE em gestação anterior História familiar Doenças do colágeno (LES, SAAF) Doença renal crônica COMO PREVER? ● INFUSÃO DE ANGIOTENSINA II ● ROLL-OVER TEST ● ÁCIDO ÚRICO ● HIPOCALCIÚRIA ● FUNDO DE OLHO ● MARCADORES DA ATIVAÇÃO DA COAGULAÇÃO ● MARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO ● FATORES IMUNOLÓGICOS – CITOCINAS ● PEPTÍDEOS PLACENTÁRIOS ● DOPPLERVELOCIMETRIA DAS ARTÉRIAS UTERINAS OBS.: ATÉ O PRESENTE, NÃO EXISTEM TESTES PREDITIVOS QUE SEJAM CONFIÁVEIS, VÁLIDOS E ECONÔMICOS PARA APLICAÇÃO NA POPULAÇÃO ● DOPPLERVELOCIMETRIA DAS ARTÉRIAS UTERINAS (16ª - 22ª sem) Resistência aumentada da artéria cerebral média se relaciona com maior incidência de PE Avaliação da resistência nas artérias uterinas (incisuras protodiastólicas bilateralmente): CIUR, PE e PMT Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Prevenção: ● DIETA COM RESTRIÇÃO DE SÓDIO ----- Não recomendada (baixa evidência) ● EXERCÍCIO E REPOUSO --------- Não recomendada (baixa evidência) ● MAGNÉSIO, ZINCO, ÓLEO DE PEIXE ------ Não há evidências / aumento da incidência ● PROGESTERONA, ALHO, DIURÉTICOS, ÓXIDO NÍTRICO ----- Não há evidências para apoiar o uso ● TERAPIA ANTIOXIDANTE ----- Muitos efeitos colaterais / não apoiado pelas evidências ● VITAMINAS C/E ----- Não recomendada ● Pacientes de risco Além dos fatores tem aumento da resistência no doppler - AAS em baixas doses Iniciar nas com alto risco p/ PE 50/100 mg/dia Iniciar com 12-16s e manter até o termo - Cálcio Iniciar nas com alto risco p/ PE ou baixa ingesta 1,5 -2 g/dia Iniciar com 12s e manter até o fim da gravidez - Vitamina D Dosar vit D (25-OH-vit D) Tratar deficiência: 50.000ui/semana Manutenção: 4.000 ui/dia Conduta Pré Eclâmpsia sem Gravidade: INTERNAÇÃO – não é necessária Metildopa 750mg-2g/dia, Pindolol, Anlodipina Expectante antes de 37 semanas Avaliação seriada dos sintomas maternos e contagem diárias dos MF Monitorização da PA (2x/semana) – pelo menos uma vez em consulta Alerta: >140x90 Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Urgência: >160x110 (orientar a procurar hospital) Monitorar semanalmente: hemograma, creatinina, proteinúria, transaminases, bilirrubina (afastar PE grave) Vigiar crescimento e vitalidade fetal! Doppler feto-placentário é recomendado. Interromper gravidez se SFA ou CIUR grave Conduta Pré Eclâmpsia Grave: INTERNAÇÃO OBRIGATÓRIA Parto recomendado A partir de 34 semanas após estabilização materna Em qualquer idade gestacional com condição materna/fetal instável < 34 sem + estabilidade materna e fetal – conduta conservadora em maternidade com UTI materna e neonatal Corticoterapia em < 34 semanas (Betametasona) Anti Hipertensivo- Hidralazina apenas se PA > 160x 110 Via de parto não precisa ser alta – indicação obstétrica Sulfato de Mg Rastreamento laboratorial da Sd. HELLP Vitalidade fetal CONDUTA – SD. HELLP SEMPRE está indicada a interrupção da gravidez Complicação: ruptura de hematoma hepático (alta mortalidade) Se estável, < 34 sem: fazer CC e interromper com 24-48h Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Prognóstico materno é melhor com parto vaginal (cesariana com risco de complicações hemorrágicas) Eclâmpsia: CONDUTA PARA PREVENÇÃO DE ECLÂMPSIA Em toda PE grave / iminência / eclampsia DROGA DE ESCOLHA: SULFATO DE MAGNÉSIO ● SULFATO DE MG ● AVALIAR SINAIS DE INTOXICAÇÃO ● REFLEXO PATELAR AUSENTE ● RESPIRAÇÃO ≤ 12 irpm ● DIURESE ≤ 25 ml/h ● Oligúria não é sinal de intoxicação – ajustar dose de Mg ● Se dúvida – dosar Mg sérico ● Manter por 24h depois do parto ou da última crise convulsiva ● ANTÍDOTO: GLUCONATO DE CÁLCIO A 10%
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