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Custeio por Absorção

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Custeio por Absorção
O custeio por absorção surgiu no início do século passado e se encaixava perfeitamente ao paradigma da época fordista – taylorista. O foco do custeio por absorção é o denominado chão – de – fábrica e, por isso, pode ser considerado como uma ferramenta eficaz para o controle e redução dos custos de processo. Com tal sistema de custeio, a empresa adquire certa matéria – prima e a transforma em produto através de um processo, ao longo do quais cargas de custos vão sendo somadas ao custo inicial da matéria – prima.
O próprio nome do Método de Custeio por Absorção deixa claro o que precisa ser feito: garantir que cada produto absorva uma parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.
E o fator fundamental para a utilização do Método de Custeio por Absorção está na correta distinção entre Custos e Despesas. Apenas os desembolsos relativos aos produtos vendidos (sejam eles diretos ou indiretos) deverão ser alocados no Custo dos Produtos Vendidos. Todos os demais desembolsos (Despesas Administrativas, Despesas Financeiras, Investimentos, etc.) devem ficar de fora da composição.
Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.
Ao custear-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses produtos, além dos seus gastos variáveis, também os gastos fixos, diz-se que se está usando a modalidade de custeio por absorção.
Exemplo: 
Admitindo-se os seguintes custos para produção de XYZ, pelo método do sistema de absorção, teremos:
	DESCRIÇÃO
	VALOR R$
	Matérias Primas transferidas para produção
	                                      25.000,00
	Custo da Mão de Obra da Produção apurada no mês
	                                      10.000,00
	Gastos Gerais de Produção apurados no mês
	                                        8.000,00
	TOTAL DO CUSTO DE PRODUÇÃO DO MÊS
	                                      43.000,00
	Unidades Produzidas no mês
	                                             5.000
	Custo Unitário de Produção de XYZ
	                                               8,60
As principais características do custeio por absorção: 
1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos.
2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços.
3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas.
4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.
No custeio por absorção:
- Todos os custos de fabricação são considerados como custo do produto;
- O resultado varia de acordo com a produção;
- É necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para atribuir os custos fixos aos produtos;
- É possível estabelecer o custo total unitário dos produtos;
- Não identifica a margem de contribuição;
- Importante para decisões de longo prazo;
- Não há preocupação pela classificação;
- Classifica os custos em diretos ou indiretos;
- Debita o segmento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção;
- Os resultados apresentados sofrem influência direta ao volume de produção;
- É um critério legal, fiscal, externo;
- Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos fundamentos do “regime de competência”;
- Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado;
- O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial;
- Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
VANTAGENS:
-Considera o total dos custos por produto;
- Formação de custos para estoque;
- Permite a apuração dos custos por centros de custos.
Como desvantagens, pode-se considerar o não fornecimento das vantagens que o custeio variável fornece para a tomada de decisões.
DESVANTAGENS
- Poderá elevar artificialmente os custos de alguns produtos;
- Não evidencia a capacidade ociosa da entidade;
- Os critérios de rateio são sempre arbitrários, portanto nem sempre justos.
Aplicabilidade de Custeio nos segmento de empresa de prestação de serviços hospitalares
Fazendo uma comparação de diversos tipos de custeio em empresa de serviços hospitalares, observamos que, o sistema de custeio por absorção é o que possui a metodologia mais simples de aplicação, embora não apresente resultados satisfatórios para fins gerenciais, devido à atribuição de critérios de rateios, na maioria das vezes subjetivos, para o tratamento dos custos fixos.
Já o sistema de custeio variável representa um avanço em relação ao sistema de absorção, pois suas informações possuem caráter gerencial. Mas, ele vai contra os princípios fundamentais da contabilidade, por esse motivo, ele não pode ser usado para fins de contabilidade gerencial.
Por fim, o sistema de custeio por atividades, também conhecido como ABC, trás em sua metodologia os pontos positivos dos dois outros sistemas: “tratam em detalhes os custos fixos, na medida em que trabalha por atividades e não por departamentos, reduzindo a arbitrariedade dos critérios de rateio e disponibiliza informações de caráter gerencial. Por outro lado, esse sistema é de difícil implantação, na medida em que precisa de uma boa integração de todas as áreas envolvidas no processo”. (LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira, 2002).
Concluímos que, o sistema de custeio por atividades (ABC) é o melhor método de custeio para empresas de prestação de serviços hospitalares. Pois esse sistema fornece de maneira mais adequada informações relativas aos custos dos serviços para que desta forma seja possível estabelecer um valor coerente para as atividades prestadas por essas entidades. (LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira, 2002).
Aplicabilidade de Custeio nos segmento de Indústria Automatística
Originando-se no século XX, com o objetivo de utilizar custos para fixação do preço de venda, o método é conhecido no Brasil por RKW (abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit). Também pode ser considerada uma derivação do custeio por absorção. 
De acordo com Eliseu Martins, a técnica disseminada na Alemanha consiste no rateio de todos os custos de produção e de todas as despesas da empresa, inclusive as financeiras, a todos os produtos produzidos.
Para SANTOS (2005), o método RKW adiciona aos custos de produção as despesas operacionais; os custos dos produtos vendidos passam então a incorporar as despesas de administração e vendas, o que não acontece no custeio por absorção integral. É um método de apuração de custos para fins gerenciais.
O custeio por RKW foi considerado o mais apropriado em indústria automobilística. A indústria se divide em departamentos, e depois se dividem em centro de custos, sendo os custos indiretos rateados segundo o critério tempo de mão de obra utilizado, seguindo a lógica do RKW.
No caso da indústria automobilística, esse método de custeio não depende das leis de oferta e nem da demanda de mercado. Cada produto terá seus custos distribuídos de forma precisa, serão acrescentados nas despesas e vendas de forma integral, permitindo um custeio adequado para o caso de montadoras de veículos. 
REFERÊNCIAS
Livro Manual da Contabilidade de Custos
PAULA, Ana; VIEITA,Lobo. O Custeio por absorção e o custeio variável: vantagens e desvantagens sobre o método a ser adotado pela empresa.
LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira et al. Estudo Sobre Métodos de Custeio Em Instituições Hospitalares. In: Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC. 2002.
DE OLIVEIRA, Fernanda Rocha. Metodologia de custos em uma empresa automobilística. 2008. Tese de Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA.

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