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Relato de caso
Alice deverá conversar com os pais de Miguel, que segundo relato do profissional o mesmo tem autismo clássico e conhecer o histórico do aluno. Miguel deveria ter uma consulta com uma junta de profissionais multifuncionais, para que esse diagnostico seja efetivo e descartando outras deficiências como TDAH. A professor deverá perguntar para os pais sobre o comportamento em diferentes ambientes (casa, igreja, parque...) O autismo é um distúrbio do desenvolvimento que é apresentado desde os primeiros anos de vida (2 ou 3 anos). O autismo consiste em uma tríade de dificuldades: dificuldade de comunicação, dificuldade de sociabilização e dificuldade no uso da imaginação.
A dificuldade de comunicação se trata da dificuldade que a criança com autismo possui em utilizar a linguagem, seja ela verbal ou não verbal, ou seja, por meio da oralidade ou utilizando gestos, sinais, expressões faciais, linguagem corporal. No âmbito da comunicação, há algumas crianças que apresentam a ecolalia. A ecolalia é a repetição de palavras ou mesmo frases. Pode ser imediata ou tardia. A ecolalia imediata é quando a criança repete o que lhe foi dito naquele mesmo momento. A ecolalia tardia é quando a criança repete o que já ouviu há horas, ou até mesmo dias antes.
A dificuldade de sociabilização se trata da dificuldade que o autista apresenta em se relacionar com o outro, em compartilhar emoções e momentos. Não se mistura com outras crianças facilmente. Essa dificuldade gera uma falta de contato com o próximo e uma baixa consciência da outra pessoa. Assim, possui dificuldade de se colocar no lugar do outro. Isso inviabiliza o contato físico, gestual, visual e sentimental. Em muitos casos, desencadeia a falta ou diminuição da capacidade de imitar, que é um dos pontos essenciais para o aprendizado.
A dificuldade no uso da imaginação pode ser percebida como a forma desprovida de criatividade e exploração que crianças com autismo possuem em brincar com objetos ou brinquedos. Sendo assim, os autistas possuem dificuldades em lidar com o abstrato.
A escola deve considerar o sujeito social, respeitando suas diversidades e diferenças, propondo assim um currículo e um processo de ensino e aprendizagem que de fato inclua alunos com atendimento educacional especializado e de fato atenda suas reais necessidades.
Para uma aprendizagem significativa a professora deve trabalhar de forma que a sala seja totalmente integrada e direcionar suas intervenções pedagógicas. 
As estratégias pedagógicas propostas no documento Saberes e Práticas da Inclusão voltado para a Educação Infantil, em sala de aula, o professor pode considerar:
(a) estabelecimento de rotina, por meio de agenda, exposição na lousa, caderno; 
(b) instruções orais objetivas acerca do que se solicita à criança;
(c) em situação de comportamentos estereotipados e ecolalia, a atenção da criança deve ser transferida a outra tarefa ou atividade; 
(d) proporcionar situações em que as crianças da turma oportunizem a participação da criança com TEA em alguma tarefa/atividade, como oferecer brinquedos, ajuda e solicitar ajuda da criança com TEA;
(e) o ensino deve ser baseado não só na exposição verbal, mas em outros recursos também; 
(f) apresentar tarefas curtas e uma por vez e aumentá-las gradualmente; elaborar regras de convivência e utilizá-las; 
(g) observar o que desencadeia as situações de comportamento inadequado e interferir antes da situação, mudando a tarefa. Gradualmente, a exposição da criança com TEA às situações pode ser trabalhada, a fim de não mais desencadear um comportamento inadequado; reforçar sempre o comportamento adequado e nunca o inadequado. 
(h) Na situação do comportamento inadequado (gritar, auto lesionar-se, jogar objetos), o professor deve considerar os riscos à integridade física do aluno e o melhor ambiente para acalmá-lo; 
(i) não permitir que o aluno não realize tarefa alguma: professor pode solucionar isso por meio de reestruturação das atividades, da rotina, do número de tarefa; 
(j) criar um meio de comunicação, a depender da necessidade do aluno. Implementando estratégias pedagógicas apropriadas ao ensino de crianças com TEA, é possível que a inclusão escolar desses educandos ocorra de maneira a garantir o direito de acesso, permanência e aprendizagem. É imprescindível que o estudante com TEA tenha acesso e aprendizagem aos conteúdos escolares em conjunto com a turma ao qual o estudante frequenta.
O professor que inicia um processo de ensino aprendizagem com uma criança autista sente-se inseguro, pois a sensação é que ela se recusa a interagir e a aprender qualquer coisa proposta por ele. A criança tem seu próprio tempo de aprendizagem e o professor deve planejar e promover atividades que envolvam o lúdico e respeito pelo seu tempo de aprendizado.
É preciso que o professor atue como mediador entre o material e a criança, conduzindo-a a um processo de aprendizagem maximizador e não limitador. No educando com TEA, segundo Lampreia (2007, p.107) “[...] há falhas em habilidades que precedem a linguagem como o balbucio, a imitação, o uso significativo de
objetos e o jogo simbólico”. Assim, cabe ao professor mediar essa interação a depender da necessidade e especificidades do aluno. Considerando o aparato legal atual, as escolas devem oferecer materiais e recursos para o público-alvo da educação especial, a fim de facilitar o desempenho e desenvolvimento dessa população. As funções e definições dos recursos que se referem à tecnologia assistiva (TA), segundo Gonçalves (2010, p. 41) são: [...] uso e implementação de qualquer instrumento, serviço, suporte, estratégia e prática que vão auxiliar na funcionalidade e melhorar os resultados esperados para a realização de uma atividade, seja ela acadêmica, atividade de vida diária, mobilidade, locomoção e comunicação. Portanto, pode ser classificado como sendo qualquer item, produto ou equipamento, adquirido e produzido comercialmente ou personalizado, com o intuito de manter, melhorar ou incrementar as habilidades funcionais de indivíduos com deficiência. Segundo Berch (2006), a TA enriquece e aumenta as competências do aluno em suas ações e interações por meio de estratégias e criação de alternativas para a comunicação, escrita, mobilidade, leitura, brincadeiras e artes.
É preciso pensar em quais tecnologias o aluno com TEA necessita para sua maior autonomia e participação nas atividades dentro e fora da escola. Não é somente a presença de um recurso que significa sucesso e progresso do aluno. É preciso atenção e reflexão acerca do material escolhido, da viabilidade do recurso, do uso em si, da manutenção do recurso e do acompanhamento contínuo. É preciso pensar em quais tecnologias o aluno com TEA necessita para sua maior autonomia. 
 As contribuições de Cook e Hussey (2002), pode-se compreender as TA’s em dois grupos: baixa e alta tecnologia. Os de baixa tecnologia tratam de recursos simples, que não utilizam energia elétrica. A desvantagem é que apresentam função limitada e a vantagem é que são mais disponíveis, possuem baixo custo e menor treinamento para o uso. Os de alta tecnologia são mais complexos e multifuncionais, envolvem sistemas computadorizados, como softwares e tem como funções o uso por alunos com dificuldade de fala, de aprendizagem e necessitam de instrução individualizada, ou de alunos com dificuldades motoras. Geralmente, representam a única alternativa para acesso ao currículo, como escrita, leitura, sistemas de comunicação. A viabilidade de criar um material, considerando as características e as necessidades do aluno, proporciona um aprendizado tanto para o professor quanto para o aluno. Os recursos de alta tecnologia viabilizam a dinamicidade à aprendizagem. É de suma importância os recursos na aprendizagem de alunos com TEA. 
A professora de desempenhar o trabalho com carinho, empatia e paciência, sendo a sala de aula um lugar seguro para Miguel. E o trabalho deve ser feito em equipe, família, escola, e os profissionais de saúde, dando suporte necessário para Miguel,e que ele desenvolva suas potencialidades em relação a vida pessoal, familiar, social e acadêmica.

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