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Aula de Direito Tributário

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Direito Tributário 08 de abril Parte 01
O professor inicia a aula cumprimentando os alunos e perguntando sobre como estão passando a quarentena e faz comentários sobre a qualidade das web aulas. Diz também que comunicará aos alunos caso haja alguma alteração a respeito das avaliações (G1).
O professor faz comentários sobre o que tem visto nas redes sociais a respeito da situação atual do mercado financeiro, da diminuição de receita de algumas pessoas devido à situação atual de pandemia, e também sobre a questão da Saúde Pública. Diz que as instituições de ensino privado têm sido cobradas à respeito das mensalidades e como certos comentários desnecessários acabam denegrindo a imagem da instituição. Enfatiza que a faculdade está aberta para qualquer tipo de conversa que os alunos gostariam de ter sobre dúvidas acadêmicas e também financeiras, a respeito das mensalidades.
· Questiona seus alunos sobre alguma eventual dúvida que possa ter ficado.
A partir de agora haverá uma vinculação sobre os assuntos que iremos estudar, e a Constituição do crédito tributário é super importante para conseguirmos avançar nos outros assuntos. Então, é importante que você se lembrem de quais são as modalidades de Constituição do crédito tributário, do momento em que o crédito tributário é constituído, isso tudo para nós vai ser super importante. 
 
Lembrem-se bem que é obrigação tributária surge no momento do fato gerador. Sempre lembrem da Linha do Tempo que eu costumo colocar para vocês no início do semestre, pela ordem cronológica de acontecimentos que inicia, qual é a ocorrência do fato gerador, e o surgimento da obrigação tributária naquele instante e depois vai passar o segundo passo, que é o passo que diz respeito à Constituição do crédito tributário.
· E quando ocorre a constituição do crédito tributário? 
Se estivermos falando sobre o lançamento por homologação, a constituição irá ocorrer na data em que o contribuinte apresenta a declaração dele.
No caso de lançamento por declaração e lançamento por ofício é a data da notificação que marca o momento da Constituição do crédito tributário.
Guardar os momentos da Constituição do crédito tributário para um ou outro caso de lançamentos.
Mas se quanto à Constituição do crédito tributário está tudo claro, a gente pode relembrar um pouco sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, e antes disso sobre a importância da comprovação da regularidade fiscal pelo contribuinte. 
Vocês devem recordar que nós falamos sobre o artigo 206 do CTN, na comprovação da regularidade fiscal pelo contribuinte. E que se estabelece no artigo 205 que a certidão negativa de débitos é a certidão que comprova a inexistência de crédito tributário constituído contra o contribuinte. 
· Então se algum contribuinte, se eu preciso comprovar a minha existência de crédito tributário, contra mim constituído, por exemplo, pelo Estado do Rio Grande do Sul, o que vou precisar?
 Eu vou precisar de uma certidão negativa de débitos do Estado do Rio Grande do Sul. Se eu preciso comprovar a inexistência de crédito tributário constituído contra mim pela união, eu preciso de uma CND Federal, e assim sucessivamente.
 Então, a CND faz prova de que não há crédito tributário constituído contra aquele determinado contribuinte.
· Então, e se o contribuinte teve contra ele constituído algum crédito tributário, mas ainda assim ele precisa comprovar a sua regularidade fiscal, o que acontece?
 O contribuinte muitas vezes precisa comprovar a regularidade fiscal, para a realização de uma série de atos da vida civil. Por exemplo, ele precisa comprovar a regularidade dele para que ele possa participar de um processo de licitação, ele contribuinte precisa demonstrar sua regularidade fiscal. E como ele faz para demonstrar sua regularidade fiscal? Através de uma certidão negativa, ou então, na hipótese de que já teve uma constituição de crédito tributário, é possível que ele obtenha uma CPEN, uma certidão positiva com efeito de negativa. Então, muitas vezes o contribuinte já teve contra si constituído o crédito tributário, mas ainda assim a lei permite em alguns casos específicos que esse sujeito tenha uma certidão positiva com efeito de negativa. E essa certidão positiva com efeito de negativa que o que o sujeito pode obter está prevista no artigo 206 do CTN.
O artigo 206 do CTN estabelece a possibilidade de obtenção dessas CPEN em três casos:
Primeiro caso: Quando o contribuinte teve contra si constituído um crédito tributário, mas esse crédito tributário ainda dentro do prazo de pagamento, não se esgotou ainda o vencimento. Exemplo: O contribuinte teve um crédito tributário constituído de IPTU, ele teve um crédito de IPTU constituído e neste caso ele ainda dentro do prazo de pagamento, precisa participar de um processo licitatório, então dentro do prazo de pagamento dado à partir da entrega e do recebimento da notificação, do carnê do IPTU o contribuinte precisa de uma comprovação da regularidade fiscal para que ele possa participar de uma licitação. 
Este cara vai conseguir uma certidão negativa? Não, mas porquê ele não vai conseguir uma certidão negativa? Porque já foi constituído o crédito tributário, mas ele pode conseguir uma certidão positiva com efeito de negativa. Porquê? Por quê uma vez constituído o crédito tributário e esse crédito ainda estando dentro da data de vencimento e enquanto ele estiver dentro do vencimento, não tiver transcorrido ainda o prazo de pagamento dele o sujeito passivo, o contribuinte terá direito a uma certidão positiva com efeito de negativa. 
Então esta é a primeira hipótese da CPEN, crédito tributário ainda dentro do vencimento, ainda não vencido.
 Mas ainda existe no artigo 206 uma segunda possibilidade para obtenção de certidão positiva com efeito de negativa. Qual é esta segunda possibilidade?
 Segundo caso: Os casos em que o contribuinte teve contra si um crédito tributário constituído e esse crédito tributário se encontra em processo de cobrança judicial através de uma execução fiscal.
 O crédito tributário depois que foi constituído se ele não for pago, se não for extinto por outra razão, ele acabará sendo cobrado no judiciário como qualquer outro crédito. 
Se um de vocês tem um crédito contra mim e eu não pago, como acabará essa história? Vai acabar no judiciário com uma ação de cobrança, execução, se for um título executivo. Aqui é a mesma coisa mas, aqui a gente tem um processo específico chamado de execução fiscal, então por meio da execução fiscal vai ocorrer a cobrança do crédito tributário na Esfera judicial. 
E por que isto é importante para nós agora? Isso é importante porque havendo uma execução fiscal será possível a obtenção de uma certidão positiva com efeito de negativa. E a penhora é uma das possíveis garantias a serem ofertadas a execução fiscal. Exatamente como funciona a execução civil, como você já estudaram com professor Tanger. 
A execução precisa ser garantida, no caso da execução fiscal vai ser garantida ou por uma penhora, ou por um depósito, ou por um seguro, ou ainda por uma fiança. Essas são as quatro possíveis garantias a serem dadas no âmbito da execução fiscal.
E a execução fiscal então se for garantida, diz o artigo 206 do CTN "o contribuinte terá direito a uma certidão positiva com efeito de negativa". Então se o crédito tributário ainda não tiver vencido ele tem direito a certidão positiva com efeito de negativa. Se já vencido, se estiver em cobrança judicial e haja penhora, garantindo o pagamento dele no futuro, também está garantida a certidão positiva com efeito de negativa.
 Essa certidão positiva com efeito de negativa é muito importante para o contribuinte porque ela permite ao contribuinte realizar os atos da vida civil, a licitação, o financiamento bancário, a compra e venda de um imóvel, uma série de atos exige a comprovação da regularidade fiscal, e a CPEN portanto é muito importante. 
· Imaginem vocês uma construtora Grande que trabalhe só com obras públicas, rodovias, grandesobras de infraestrutura, hidrelétricas, esses caras se ficarem sem condição de participar de uma licitação eles quebram, eles só participam de licitação, o único cliente deles é o poder público, se esse cara não tiver uma CPEN, ele tá ralado, então para ele é fundamental a obtenção de uma certidão positiva com efeito de negativa, ou de uma CND ou uma CPEN. Então isto é muito importante.
 E o Terceiro caso que permite a obtenção da CPEN é o caso da suspensão da exigibilidade do crédito tributário. O crédito tributário tem a sua exigibilidade suspensa nos termos do artigo 151 da CTN, e estando suspensa a exigibilidade do crédito tributário será possível então a obtenção de uma certidão positiva com efeito de negativa. 
· Quais as causas que permitem a suspensão da exigibilidade do crédito tributário Previstas no artigo 151 do CTN?
 Primeira causa da suspensão da exigibilidade é a moratória.
 E o que é a moratória? Moratória é a prorrogação do prazo. A moratória é aquele benefício que joga para frente o vencimento, prorroga o vencimento. Isso é uma moratória. E a moratória pode ser uma prorrogação em parcela única ou pode ser um parcelamento, o parcelamento é uma espécie, um tipo de moratória. 
Então vem uma lei e estabelece uma moratória, veicula uma prorrogação do vencimento de um tributo, dizendo, a partir de agora o tributo é aquele que vence ia no mês de abril e vai vencer só em julho.
Exemplo do professor: E é interessante a gente falar sobre isso, em razão do coronavírus, tem ocorrido uma série de alterações no âmbito do direito tributário, porque as empresas estão em sua grande maioria fechadas, sem faturar nada, reduzindo em muito sua capacidade financeira, e o governo para tentar auxiliar neste momento difícil ele tem prorrogado o pagamento de alguns tributos, por exemplo, a contribuição ao PIS e a COFINS das empresas que deveriam ser pagas no mês de Abril e Maio deste ano, foram prorrogadas para julho e setembro, eu acho, bem no segundo semestre. E essa prorrogação que o governo federal fez em relação ao PIS, e COFINS, sobre a contribuição previdenciária aplicada sobre a folha de salários, do Imposto de Renda das pessoas físicas, vejam, não diz respeito somente a prorrogação da declaração, diz respeito também a prorrogação do pagamento. Então no lugar do pagamento que diz respeito ao PIS, e COFINS, a qualquer tipo de contribuição que vem sido feita pelas leis federais, se chama exatamente moratória, tudo feito por lei. Na verdade autorizado por lei e estabelecido, fundamentado, muitas vezes por um ato legal. Então essa prorrogação do PIS e da COFINS foi estabelecida por uma portaria, com base numa lei que permite a esta portaria realizar este ato, mas precisa de lei.
 Inclusive, este é um detalhe interessante, esta moratória que eu estou dando de exemplo para vocês agora é uma moratória geral. Porque geral? Por que vem uma portaria e estabelece a prorrogação para todos os contribuintes, todo contribuinte de PIS e todo contribuinte de COFINS, serão beneficiados por esta portaria. 
· A moratória também pode ser individual, a lei autoriza, mas a lei vai indicar uma autoridade que vai conceder a moratória através de despacho individualizado, a moratória individual depende de despacho individual proferido por uma determinada autoridade administrativa.
Então aquele programa que vocês já devem ter ouvido falar, REFIZ, tem mais de um, REFIZ 1, REFIZ da Copa, REFIZ da crise , provavelmente na sequência vem o refis do Corona, alguma coisa assim deve acontecer. 
O REFIZ ele é um bom exemplo normalmente, de moratórias individuais, porque vem uma lei estabelecendo, regulando, autorizando a concessão da moratória para determinados casos e sob determinadas condições, e dizendo que uma autoridade específica irá através de um despacho individualizado conceder ou não a moratória para cada um, para cada interessado.
Então a moratória geral concede para todo mundo, e a moratória individual depende de um despacho, de uma autoridade administrativa, concedendo a moratória para cada interessado, cada sujeito que exigir essa moratória, desde que tenha cumprido os requisitos da lei.
Nós vimos que o depósito, segundo a jurisprudência tem servido inclusive para constituição do crédito tributário, quando tratado de tributos sujeitos a lançamento por homologação, mas a função típica do depósito, a função prevista no CTN do depósito, não é para constituir o crédito tributário, a função típica é uma função que serve a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
 Então o depósito vai servir para suspender a exigibilidade do crédito tributário, o depósito integral.
 Notem, que o depósito não é um pré-requisito para o ingresso de uma ação, ele não é uma obrigação do contribuinte, ele é um direito subjetivo, uma faculdade. Se o contribuinte quiser depositar ele deposita, se ele não quiser depositar ele não deposita, não pode se obrigar a depositar, não pode estar vinculado o depósito como requisito para discussão judicial, nada disso pode. Por que o depósito é um direito subjetivo que pode ser exercido a qualquer momento, o momento em que o contribuinte deseja depositar ele vai lá depositar e acabou. 
O depósito é uma causa de suspensão bem importante porque ele não depende de ninguém, ele depende somente do próprio contribuinte, e da capacidade financeira, da disponibilidade de caixa do contribuinte. Não depende de autorização do juiz, não depende da autoridade administrativa, de nada disto. Então no aperto mesmo, tudo deu errado, preciso participar de uma licitação semana que vem, o que eu faço? Vou lá e deposito. Uma carta na manga bem importante.
 Notem que as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário são sempre temporárias, elas vão perdurar até que seja resolvida situação de forma definitiva. Então depósito vai perdurar até que se Decida se o crédito tributário é legítimo ou não, se for legítimo o depósito vira pagamento, senão o próprio contribuinte levanta o valor. A moratória também, ela vai perdurar até que o sujeito pare de pagar e seja excluído do parcelamento, E aí o crédito tributário volta a ser exigível, ou até o momento em que ele termina de pagar as suas parcelas a sua moratória E com isso resolva por meio do pagamento o crédito tributário.
 
Então toda causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário é sempre provisória.
As reclamações administrativas e os recursos administrativos são a terceira causa da suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
 As reclamações administrativas são defesas administrativas que o contribuinte tem no campo tributário além da possibilidade de discussão judicial, que existe em qualquer ramo do direito, direito tributário, no direito civil, no direito administrativo, seja qual for, eleitoral, além de discussão judicial a gente tem no direito tributário a possibilidade de iniciar uma discussão administrativa do crédito tributário, através exatamente de uma reclamação. 
 Apresentada a reclamação administrativa, a partir daquele momento está suspensa a exigibilidade do crédito tributário, até que ela venha ser julgada, se for interposto o recurso administrativo ela continuará suspensa, a exigibilidade do crédito, até que venha ser julgado o recurso administrativo. Se for acolhida a reclamação, ou o recurso está resolvido, foi desconstituído o crédito, acabou o problema, senão, se foram desprovidos, reclamação e o recurso aí é exigibilidade do crédito tributário volta e o sujeito passivo terá de novo aquele problema para encarar, ele terá um crédito constituído contra ele, com exigibilidade plena, vai ter que buscar uma outra alternativa para suspender a exigibilidade de crédito tributário.
 
Exemplo/comentário do professor: Hoje mesmo eu recebi umas duas horas atrás um e-mail de um cliente do escritório que recebeu a intimação de um acordo do Tribunal Administrativo que jogou, que indeferiu, que desproveu o recurso administrativo dele. ele me pediu para dar uma olhada no recurso que tínhamos feito de umao caso é esse aqui, não foi acolhido o nosso recurso, dê uma olhada no que a gente faz. E eu respondi para ele "realmente não foi acolhido nosso recurso administrativo, a gente agora ou vai dar um jeito de pagar, ou vai ter a discussão na esfera judicial, por que na Esfera administrativa acabou, E com isso Acabou a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, eu tenho que pensar logo no que vamos fazer.
Então percebam o seguinte, eu vou trazer uma informação que será bem importante para nós ao longo do semestre.
 Exemplo do professor: Imagine um contribuinte que foi notificado de um lançamento suplementar. o sujeito passou por uma fiscalização e foi autuado, portanto foi notificado de um lançamento de fisco suplementar, o que aconteceu naquele momento em que ele foi notificado? Administração pública constitui o crédito tributário. Neste momento em que o sujeito passivo recebe a notificação daquele lançamento de físico suplementar constituído o crédito tributário o contribuinte vai ter quatro alternativas e guardem bem isso, pois vai aparecer muitas e muitas vezes daqui para frente. 
Quatro alternativas: 
· Primeira alternativa: Ele pode pagar. Ele foi notificado no crédito tributário, se ele acha que é devido mesmo enfim, não tem o que fazer ou que se defender, ele vai e paga, é a primeira alternativa. E se pagar está resolvido o problema.
· Segunda alternativa: Não fazer nada, o não fazer nada é uma alternativa, e aqui vamos verificar que é uma alternativa que tem efeitos importantes para nós, que terá consequências relevantes no mundo do direito, esta alternativa de não fazer nada. Ele pode não fazer nada. Se o sujeito não fizer nada aquele crédito tributário será cobrado na esfera judicial pela fazenda pública, através deste processo de execução fiscal que tenho falado para vocês. O crédito tributário será inscrito em dívida ativa e depois será cobrado por meio de uma execução fiscal. 
Existe um procedimento prévio que a gente vai estudar chamado de inscrição de dívida ativa, que é um procedimento prévio à execução fiscal.
 O fato é que eu não fazer nada resultará na execução fiscal.
· Terceira alternativa: A reclamação administrativa. O sujeito foi notificado e acha que aquele crédito tributário é indevido, por qualquer razão, foi mal constituído, ou porque o tributo é indevido é ilegal, ou porque tem uma decadência que não foi considerada a, seja qual for a razão. O sujeito apresentar então à sua reclamação administrativa, que é a terceira alternativa. Apresentada a reclamação de imediato ocorrerá a suspensão da exigibilidade. 
Bom, a primeira alternativa então é o pagamento, segunda e não fazer nada de ir na Terceira a reclamação, e a quarta?
· Quarta alternativa: Ele pode ingressar com uma ação judicial. Fui notificado de um lançamento de ofício suplementar, constituindo contra mim crédito tributário, garantido para mim o livre acesso ao poder judiciário, eu posso simplesmente ingressar uma ação judicial pedindo na minha ação, no meu pedido final, que seja desconstituído crédito tributário.
A gente vai estudar isso com calma, pode ser uma ação pelo rito comum, pode ser um mandado de segurança, não importa os tipos de ação que eu posso entrar na justiça para tentar desconstituir o crédito tributário, importa que eu tenho caminho do Judiciário, minha quarta alternativa é bater a porta do Judiciário para pedir socorro.
Se a opção exercida pelo contribuinte for esta última, se ele ingressar com uma ação judicial, ele vai pedir no final a desconstituição do crédito tributário, isso lá no final. Mas esse cara não vai aguentar até o final, no processo judicial para ser julgado vai demorar um bom tempo, 1 ano ou 2 anos para ter sentença, e até lá o sujeito vai ter perdido a licitação, perdido o financiamento do banco, não realizou as operações que estavam precisando de certidão de regularidade fiscal, ele faliu eventualmente. Para que isso não ocorra, esse sujeito deve na sua ação judicial pedir uma liminar já no início, uma liminar abenicio nides lá no início da ação. 	Comment by Yara Aleksia: não tenho certeza quanto a este nome
E o que ele vai pedir na liminar dele? Para que seja desconstituído o crédito tributário na liminar? Não, o juiz precisa estudar bem a causa, enfim somente na sentença, (o juiz de cognição exauriente), é que o juiz vai desconstituir ou não o crédito tributário. Liminarmente, ele vai, ou ele pode, ele o juiz, suspender a exigibilidade do crédito tributário. 
 Então nesta hipótese o contribuinte pede na sua liminar, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, conforme forem os requisitos da liminar, as delegações, risco de ineficácia da medida, toda aquela história que vocês conhecem. E aí ele vai obter uma liminar que provisoriamente irá suspender a exigibilidade do crédito tributário e irá permitir a ele então, a este contribuinte participar dos atos realizados na vida civil dele, enquanto não for julgado a sua ação, graças aquela liminar.
 
E com isso vimos as causas da suspensão da exigibilidade. 
Lembrando que o parcelamento, ou a última delas, é uma espécie de moratória.
Então eu falei sobre com constituição e falei sobre suspensão da exigibilidade, não falei ainda sobre a extinção do crédito tributário, que a gente começou a tratar na aula passada.
A primeira hipótese para a extinção do crédito tributário é o pagamento. O que nós precisamos saber a respeito do pagamento no âmbito tributário, primeiro umas normas gerais que são normas de aplicação subsidiária. 
· Por que normas de aplicação subsidiária? Porque elas somente serão aplicadas e não houver disposição de lei em sentido contrário. O CTN traz uma série de normas gerais quanto ao pagamento especialmente, e somente serão aplicáveis se não houver lei em sentido contrário, lei do município, lei do estado ou lei federal.
 A primeira delas, regra geral que trata do prazo do pagamento. Qual é o prazo de pagamento do crédito tributário? Diz o CTN, salvo previsão de lei em sentido contrário, esse prazo é de 30 dias, notificado do lançamento, notificada a Constituição do crédito tributário o contribuinte terá 30 dias, via de regra para providenciar o pagamento, salvo se houver previsão de lei em sentido contrário. Regra geral 30 dias. 
· Notificado aquele amigo lá do exemplo das quatro alternativas se ele resolver pagar, qual o prazo de tem? Salvo previsão de leis em sentido contrário, prazo de 30 dias.
 E durante este 30 dias este cara tem direito a certidão positiva com efeito de negativa. Ele só vai ter problema depois que passar os 30 dias, depois que passar o vencimento.
Ainda uma outra Norma Geral do pagamento, a que estabelece o local. Via de regra ou salvo previsão de lei em sentido contrário, o pagamento deverá ser realizado no domicílio, no local do domicílio do contribuinte.
E uma terceira Regra geral importante, salvo previsão de lei em sentido contrário, os juros devidos depois de passar do prazo de vencimento, então se o contribuinte não pagar dentro do vencimento ele vai pagar no futuro com juros. 
· Que juros? Bom se não tiver previsão de lei de sentido contrário, a taxa de juros aplicável será de 1% ao mês. Hoje em dia quase sempre a previsão de lei em sentido contrário, no caso da União, por exemplo, a lei estabelece que a SELIC é o índice aplicável, é um índice de juros aplicável, a chamada taxa Selic. Se não houver, 1% ao mês, se não houver previsão de lei, estabelecendo algum índice. 
E o juros são sempre devidos uma regra geral também de direito tributário, passou o vencimento, não importa o motivo pelo qual não foi pago, não interessa, os juros serão devidos. 
A função dos juros de mora é indenizar o credor pelo tempo que ele ficou sem dinheiro dele, se o dinheiro não era dele, se não era devida o tributo, eu não tenho que pagar mais nada.
Quanto a segunda modalidade de extinção do crédito tributário que a gente estudou, a compensação. Compensação é um confronto de crédito que duas pessoas têm uma contra a outra. O sujeito A tem umcrédito contra o sujeito B e o sujeito B tem um crédito contra o sujeito a, estes créditos se encontra e se anulam, então ao invés de A ter que pagar para B e B ter que pagar pra A, se faz uma compensação e ninguém paga ninguém.
Primeiro requisito essencial para que se tenha uma compensação no campo tributário é a coincidência de credor e devedor. 
 
Exemplo do professor: Eu como contribuinte preciso ter um crédito contra o Estado do Rio Grande do Sul para poder compensar com crédito que o Estado do Rio Grande do Sul tem a contra mim {...}

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