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Qual o papel dos conselhos estaduais e municipais de educação na implementação

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Qual o papel dos conselhos estaduais e municipais de educação na implementação?
Em julho de 2020, a Fundação Santillana promoveu um webinário para discutir qual o papel dos conselhos na implementação da nova BNCC, considerando a atual conjuntura de isolamento e distanciamento social. Os conselhos municipais e estaduais de educação sempre tiveram um papel estratégico e central, papel este que foi aprofundado tanto em razão da implementação da BNCC quanto devido aos desafios trazidos pela pandemia da Covid-19.
O papel dos conselhos é elaborar normas para o ensino a partir das legislações existentes, autorizando o funcionamento das escolas em todos os campos da Educação Básica, bem como fiscalizando e monitorando os processos educacionais. Essa complexidade da gestão escolar brasileira é positiva devido à ampla diversidade regional que existe em nosso país. No Brasil, há 180 mil escolas e 100 mil delas estão nos municípios, que, além disso, cuidam da Educação Infantil, que é a base de tudo. O webinário recebeu representantes tanto dos conselhos municipais quanto do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro para falar do trabalho que está sendo desenvolvido durante a pandemia.
Manoel Humberto Gonzaga Lima, presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), reforçou a diversidade regional refletida nos campos de atuação dos conselhos municipais, em suas demandas e necessidades. Em todo esse mapa diverso de desafios, Lima destacou que a grande preocupação dos conselhos é a vida de estudantes e profissionais, considerando ainda quais medidas podem mitigar os impactos da interrupção das aulas na garantia do direito à aprendizagem.
Malvina Tuttman, presidente do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro (CEE-RJ), falou, por sua vez, sobre como as deliberações dos conselhos estaduais, sobretudo no que diz respeito ao retorno às aulas frente à pandemia, são realizadas a partir de uma multiplicidade de posicionamentos. Tuttman apontou para a necessidade de unir esforços com organizações de diversas áreas, direta ou indiretamente ligadas à educação, uma vez que o contexto de crise sanitária e econômica demanda uma análise conjuntural mais ampla. Nesse sentido, estão sendo realizadas reuniões ampliadas com especialistas e representantes de sindicatos e estudantes, que contam ainda com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro, da Fiocruz, da Sociedade Brasileira de Pediatria, da Secretaria de Saúde, da Promotoria Estadual e da Secretaria de Fazenda.
Dessa forma, percebe-se que a continuidade da implementação da BNCC não pode ser considerada de maneira dissociada do contexto atual de retomada às aulas no contexto pandêmico. Por isso, pareceres de instituições diversas devem ser considerados, haja vista o risco sanitário em questão. De acordo com Tuttman, o CEE-RJ defende o retorno em três fases: a primeira é a preparatória, que inclui a série de reuniões com especialistas e partes interessadas mencionada; a segunda fase envolve a sensibilização de pais e responsáveis, no que tange às medidas de segurança necessárias ao retorno; por fim, a fase três compreende a volta gradual e planejada de acordo com as diretrizes estabelecidas ao longo desse processo.
Tuttman destacou ainda que o CEE-RJ argumenta que é necessária a garantia científica para que o retorno seja feito em segurança, defendendo sobretudo o direito à vida. Além disso, em relação à implementação da BNCC, Tuttman defendeu que sejam realizados guias orientadores que possam nortear a implementação curricular sem engessá-la, permitindo adequações pertinentes às realidades locais, de acordo com avaliações diagnósticas (regionais, institucionais etc.) e não meramente classificatórias.

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