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Potenciação de longa duração (LTP)

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LTP
- Neurônios comunicam-se através de conexões sinápticas (estruturas que passam um sinal de neurônio-neurônio) que “falam” uns aos outros quando certos neurotransmissores (substâncias químicas que permitem a transmissão desses sinais) estão presentes.
- Esses neurônios abrem uma única linha de comunicação com o outro quando recebem a estimulação de vários neurotransmissores ao mesmo tempo.
- Já o fortalecimento persistente dessas sinapses ativadas/conexões entre os neurônios é chamado potenciação de longa duração (LTP), é o que aumenta a neurotransmissão sináptica e é o mecanismo celular mais reconhecido para explicar memória, porque ele pode alterar a força entre as conexões de células do cérebro (a memória é codificada por modificação da força sináptica); sendo assim, se essa força é mantida, uma memória pode ser formada. Ou seja, a LTP é uma melhoria duradoura na transmissão do sinal entre dois neurônios que resulta de estimulá-los em sincronia e é um dos principais mecanismos celulares que está na base da aprendizagem e memória.
- A LTP contribui para a plasticidade sináptica (a capacidade das sinapses químicas de mudar sua potência), e isso pode ser explicado pelo cérebro ser um órgão plástico. Isso significa que ele pode facilmente reconfigurar ou modificar-se pois a medida que as sinapses e as vias entre os neurônios são utilizadas, eles ganham a capacidade de se tornar fortalecida ou permanentemente melhorada, sendo assim o bloco de construção de como funciona a memória.
- A LTP possui muitas características da memória de longo prazo e parece ser responsável por muitos tipos de aprendizagem, a partir do aprendizado do condicionamento clássico até os aprendizados mais complexos, em nível maior de cognição.
- A capacidade de lembrar de certas memórias depende de manter a força dessa ligação de longo prazo entre contatos sinápticos, então a potenciação de longa duração age nesse caso permitindo que o seu cérebro possa carregar, descarregar e processar a uma taxa superior, o que pode explicar porque algumas memórias são mais vivas do que outras. Além disso, existem muitos caminhos diferentes no cérebro que interagem para criar circuitos complexos para diferentes tipos de memórias.
- Aspectos gerais:
* A plasticidade sináptica de longa duração gera alterações que duram horas ou até dias e pode ser estudada através de um mecanismo: a potenciação de longa duração (LTP), ela é observada experimentalmente quando estímulos elétricos são aplicados em alta frequência sobre uma determinada população de neurônios. 
* Isso pode provocar a potenciação sustentada dos potenciais pós-sinápticos de uma determinada região encefálica que receba projeções axonais daquela população neuronal estimulada.
* Várias propriedades básicas fazem com que a LTP constitua um modelo celular de memória pois, similar à memória, ela pode ser gerada rapidamente e é fortalecida e prolongada por repetição, além de exibir cooperatividade (propriedade de que a LTP pode ser induzida pela ativação coincidente de um número crítico de sinapses), associatividade (capacidade de potencializar uma informação neuronal fraca -mediada por um pequeno número de sinapses- quando ela é ativada em associação temporal com uma informação neuronal forte -proveniente de um grande número de sinapses ativadas-) e especificidade (indica que a LTP só pode ser induzida em sinapses ativadas e não em sinapses adjacentes inativas).
- Aspectos celulares: 
- Aspectos moleculares:
* Existe um modelo de transmissão sináptica em sinapses excitatórias que explica que, durante a transmissão sináptica basal, o glutamato liga-se a receptores AMPA e NMDA.
* Com isso, ocorre influxo de Na+ somente através dos receptores AMPA. 
* Após a despolarização da célula pós-sináptica, o Mg2+ se desprende do receptor NMDA, permitindo o influxo de Na+ e Ca2+ no espinho dendrítico, e esse aumento na concentração de Ca2+ é necessário para o disparo de eventos que levam à plasticidade sináptica.

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