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Sinaptogênese: Formação de Conexões Neuronais

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Neurofisiologia
G R U P O D A S A L V Ç Ã OG R U P O D A S A L V Ç Ã O
 
 
Sinaptogênese 
CONCEITO: 
Formação das primeiras sinapses (conexões entre os neurônios). 
INTRODUÇÃO 
Através de conexões, os neurônios começam a se comunicar, fenômeno conhecido como sinaptogênese. A transferência da informação 
entre neurônios acontece em lugares de contato especializado chamados de sinapses, que podem ser do tipo elétrica ou química. Nas sinapses 
químicas, a informação chega através de mensageiros químicos chamados neurotransmissores. 
A sinaptogênese começa na estrutura mais baixa do sistema nervoso, na medula espinal, aproximadamente na 15ª semana da gestação. 
Para o momento do nascimento, todos os circuitos neuronais necessários para a adaptação do bebê ao novo entorno já estão conectados e 
mielinizados. 
Durante a etapa pré-natal e a primeira infância, o cérebro produz muitos mais neurônios e conexões sinápticas de que chegará a 
necessitar, como uma forma de garantir que uma quantidade suficiente de células chegue a seu destino e que se conectem de forma 
adequada. No entanto, para se organizar, o sistema nervoso programa a morte celular de vários neurônios (apoptose) e a poda de milhares de 
sinapses que não estabeleceram conexões funcionais ou que “já cumpriram sua tarefa”. As sinapses que envolvem “neurônios competentes e 
ativos na rede” são as que permanecerão e a funcionalidade de cada um destes circuitos neuronais é o que nos permitirá aprender, 
memorizar, perceber, sentir, mover-nos, ler, somar ou emitir, desde respostas reflexas até as mais complexas análises relacionadas à física 
quântica. 
Durante a vida adulta há contínua recapitulação da sinaptogênese devido à plasticidade sináptica. Esta plasticidade se deve às experiências 
e aos estímulos ambientais que promovem contínuo remodelamento sináptico tanto no período de desenvolvimento quanto no sistema 
nervoso adulto. Portanto, a sinaptogênese e a plasticidade sináptica são processos dependentes que ocorrem simultaneamente. 
 De maneira didática, é possível dividir a sinaptogênese em três fases: 
1- formação das sinapses, que depende de informações genéticas nas primeiras etapas do desenvolvimento e são representadas pelas 
interações célula-célula; 
2- afinação das sinapses recém-desenvolvidas, que exige um padrão apropriado de atividade neuronal e é influenciada por estímulos 
ambientais 
3-​ regulação da eficácia sináptica, que ocorre diariamente durante o curso da vida e é determinada pela experiência. 
O processo de sinaptogênese caracteriza-se por mudanças bioquímicas e morfológicas em elementos pré e/ou pós-sinápticos. Como 
exemplo desses elementos pode-se citar as proteínas de vesículas pré-sinápticas, como a sinaptofisina e a sinapsina, que estão envolvidas 
na formação e na plasticidade das sinapses. 
A ​sinaptofisina​, primeira proteína integral de membrana de vesícula a ser isolada e clonada, desempenha importante função tanto na 
biogênese quanto na exo-endocitose das vesículas sinápticas. Já as ​sinapsinas têm papel crítico nas sinapses por regular a liberação das 
vesículas sinápticas e consequentemente, dos neurotransmissores. As sinapsinas se ligam a vários elementos do citoesqueleto, especialmente 
actina e, assim, ancoram as vesículas sinápticas. Sua fosforilação libera as vesículas sinápticas do citoesqueleto, permitindo a migração para a 
fusão com a membrana plasmática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Proteínas da vesícula sináptica envolvidas no (1) armazenamento, (2) no tráfego e direcionamento de 
vesículas para as zonas ativas, (3) no atracamento das vesículas ativas e sua pré-ativação para liberação e 
(4) na liberação dos neurotransmissores (Adaptado de KANDEL; SIEGELBAUM, 2003). 
 
Durante o desenvolvimento, as conexões sinápticas são remodeladas e refinadas principalmente por meio da redução de células 
(apoptose) e sinapses. O processo de viabilidade celular é competitivo e depende tanto da atividade neural e da transmissão sináptica quanto 
de fatores neurotróficos, como o fator de crescimento neural (NGF), o fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) e as neurotrofinas NT-3, 
NT-4/5, NT-6. O BDNF tem papel significativo na promoção do desenvolvimento normal do sistema nervoso e na regulação da sobrevivência 
celular, além de estar envolvido na plasticidade sináptica e em mecanismos de aprendizagem, como potencial de longa duração (LTP) e 
consolidação da memória. 
BEAR 843 E 844 FORMAÇÃO DAS SINAPSES 
Quando o cone de crescimento entra em contato com seu alvo, uma sinapse é formada. A maior parte do que sabemos acerca desse 
processo provém de estudos referentes à junção neuromuscular. O primeiro passo parece ser a indução de um grupo de receptores 
pós-sinápticos no sítio de contato entre o nervo e o músculo. Esse grupo é iniciado por uma interação entre proteínas secretadas pelo cone de 
crescimento e a membrana-alvo. Na junção neuromuscular, uma dessas proteínas, chamada de agrina, é depositada no sítio de contato, no 
espaço extracelular (Figura 23.15). A camada de proteínas nesse espaço é denominada lâmina basal. A agrina na lâmina basal liga-se a um 
receptor na membrana da célula muscular, chamado de cinase específica do músculo ou MuSK (do inglês, muscle-specific kinase). A MuSK 
comunica-se com outra molécula, a rapsina, que parece agir como uma espécie de “pastor” que reúne os receptores pós-sinápticos de 
acetilcolina (AChR) na sinapse. O tamanho do “rebanho” de receptores é regulado por outra molécula liberada pelo axônio, a neurregulina, 
que estimula a expressão gênica do receptor na célula muscular. 
A interação entre axônio e célula-alvo ocorre em ambos os sentidos, e a indução de um terminal pré-sináptico também parece envolver 
proteínas na lâmina basal. Fatores da lâmina basal, fornecidos pela célula-alvo, evidentemente podem estimular a entrada de Ca2+ no cone de 
crescimento, o que desencadeia a liberação de neurotransmissores. Assim, embora a maturação final da estrutura sináptica possa levar 
semanas, alguma transmissão sináptica, mesmo que rudimentar, aparece rapidamente após o contato ter sido estabelecido. Além de mobilizar 
os neurotransmissores, a entrada de Ca2+ no axônio também dispara mudanças no citoesqueleto, de modo que este assume a aparência de 
um terminal pré-sináptico e adere firmemente ao seu parceiro pós-sináptico. 
 
 
Passos semelhantes estão envolvidos na formação de sinapses no SNC, mas, neste caso, a formação pode ocorrer em uma ordem diferente 
e, definitivamente, utilizando moléculas distintas. Imagens ao microscópio de neurônios em culturas de tecido revelam que os filopodios estão 
continuamente sendo formados e se retraindo a partir de dendritos neuronais que buscam inervação. A formação de sinapses começa quando 
tal protrusão dendrítica atinge e toca um axônio que poderia estar passando. Essa interação parece causar a deposição, no sitio de contato, de 
uma zona ativa pré-sináptica predeterminada, seguindo-se o recrutamento de receptores de neurotransmissores na membrana pós-sináptica. 
Além disso, moléculasde adesão especificas, que servem para unir as duas porções da sinapse, são expressas tanto pela membrana 
pré-sináptica quanto pela membrana pós-sináptica. 
ARTIGO EM INGLÊS ENVIADO POR ANERDIA 
Enquanto as sinapses inibitórias estão localizadas principalmente no somata e nos eixos dos dendritos, sinapses excitatórias são 
comumente associadas a espinhos dendríticos (que foram mostrados no pôster da reunião). Nas cabeças da coluna, encontradas em frente aos 
terminais do axônio glutamatérgico, a complexa rede pós-sináptica de receptores transmissores e suas proteínas de sinalização associadas é 
montada na chamada densidade pós-sináptica. A composição desta rede é regulada dinamicamente de maneira dependente da atividade; por 
exemplo, em resposta à estimulação sináptica intensiva que induz a potenciação de longo prazo (LTP), que é considerada um modelo 
experimental de aprendizado e memória. As alterações dependentes de atividade na eficácia sináptica estão associadas a alterações na 
morfologia da coluna vertebral. 
 
 
 
 
Figura 3: Proteínas de densidade pós-sináptica como andaimes para pequenas sinalizações mediadas por proteína G. Os fatores de troca estão 
representados em verde escuro, proteínas efetoras em vermelho, moléculas de adesão celular em turquesa, receptores transmissores em 
amarelo e proteínas de andaime em azul escuro. AMPA, ácido a-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropriônico; fator de troca interativo 
βPIX, β-PAK; GKAP, proteína associada à guanilato-cinase; Glu, glutamato; IRSp53, substrato receptor de insulina de 53 kDa; kal-7, 
kalirin-7; NMDA, ​N-​ metil- d- aspartato; N-WASP, proteína da síndrome de Wiskott-Aldrich neural; PAK, quinase ativada por p21 
 
O estabelecimento das conexões sinápticas, a sinaptogênese, ​começa em torno do quinto mês de gestação. Muitas das conexões são 
determinadas geneticamente, mas boa parte depende das condições ambientais internas ao sistema nervoso e das interações entre o 
indivíduo e o meio externo. Um fato interessante no desenvolvimento do sistema nervoso é que são produzidas muito mais células e conexões 
sinápticas do que o que será necessário para a vida do indivíduo. 
Por causa disso, um fenômeno normal que acontece por volta do nascimento é a morte neuronal programada (apoptose) de um grande 
número de neurônios. Tudo indica que são eliminados os neurônios que não conseguem estabelecer as conexões adequadas e, portanto, não 
se tornam funcionais. Da mesma forma, o número de sinapses, que aumenta de modo considerável até o final do primeiro ano, sofre por essa 
época o que se chama de desbastamento sináptico, uma acentuada queda em seu número, (o que ocorre outra vez no início da adolescência). 
Os chamados fatores neurotróficos, secretados pelas células-alvo, são importantes para a manutenção dos neurônios que com elas 
estabelecem conexão. Provavelmente, as sinapses que não tenham um significado funcional são também eliminadas, em um processo que 
tem sido comparado ao de um escultor que vai eliminando a matéria supérflua até conseguir chegar à forma ideal. 
Moléculas de adesão celular e função sináptica 
Durante a formação de conexões sinápticas, os neurônios estendem seus processos para locais específicos, onde encontram alvos 
apropriados e formam contatos por meio de interações adesivas transcelulares. São mediados por moléculas de adesão celular (CAMs), que 
contribuem para os estágios posteriores da diferenciação e sinalização sináptica, bem como para orientação, reconhecimento e adesão. 
A transfecção de neurônios do hipocampo com uma forma dominante negativa de EphB2 faz com que as protrusões dendríticas 
permaneçam filopodiais, em vez de formar espinhos maduros. Uma redução semelhante no número de espinhos é encontrada em 
camundongos knockout triplo (TKO) que não possuem receptores EphB1–3. Yamaguchi mostrou que os receptores EphB são necessários para 
a fosforilação da tirosina do sindecano pós-sináptico-heparina-sulfato proteoglicano (HSPG) 2, cujo agrupamento pode induzir a formação de 
espinhos. 
​A importância das interações adesivas trans-sinápticas mediadas pelas nectinas. Durante o desenvolvimento, a nectina-1 pré-sináptica e a 
nectina-3 pós-sináptica colocalizam-se nas sinapses e na aderência ​puncta​ (locais de adesão entre os terminais do axônio e suas células-alvo) 
nas células piramidais CA3. A inibição da adesão à base de nectina diminui o tamanho e o número de contatos sinápticos nos neurônios 
cultivados. Em animais adultos, as nectina-1 e -3 colocalizam-se exclusivamente nas junções ​puncta​ aderência, e os camundongos com 
deficiência de nectina-1 mostram uma redução significativa nesse tipo de contato intercelular. 
Foi apresentado dados mostrando que uma forma polissialilada da CAM neural (PSA-NCAM) em complexo com HSPGs ainda não 
identificados promove a formação de sinapses durante a sinaptogênese precoce. PSA-NCAM e sulfatos de heparano também são necessários 
para a formação de sinapses espinhais perfuradas após a indução da forma de LTP dependente do receptor N-metil- d- aspartato (NMDA). A 
formação e estabilização preferenciais de botões pré-sinápticos em células pós-sinápticas que expressam PSA-NCAM envolvem sinalização via 
NMDA e receptores de fator de crescimento de fibroblastos. 
A importância do PSA-NCAM para a dinâmica sináptica é ainda reforçada pelo comprometimento da LTP e da depressão a longo prazo 
(LTD) em camundongos com deficiência de NCAM ou PSA. 
 
Foi relatada alterações severas nas propriedades sinápticas em camundongos TKO que são deficientes em três α-neurexinas. As 
neurexinas pré-sinápticas se ligam a CAMs pós-sinápticas, como neuroliginas e sindicatos. Os neurônios desses camundongos TKO mostram 
uma redução múltipla na liberação espontânea do transmissor e uma redução modesta no número de sinapses inibitórias. Além disso, a 
amplitude e a modulação dependente do uso de correntes pós-sinápticas excitatórias evocadas (EPSCs) são afetadas nesses camundongos 
TKO. Um inibidor dos canais Ca ​2+ do​ tipo N , ω-conotoxina, não reduz os EPSCs evocados tão fortemente em camundongos TKO quanto em 
camundongos de controle, o que indica que as α-neurexinas podem acoplar canais do tipo N à exocitose da vesícula sináptica. 
Em resumo, os dados apresentados sugerem que as ​CAMs estão envolvidas na regulação da liberação pré-sináptica e das máquinas 
pós-sinápticas, bem como em sua modulação dependente de atividade. 
Montagem funcional de zonas ativas 
Nos locais pré e pós-sinápticos, são montados grandes complexos de proteínas que dependem de proteínas de suporte de múltiplos 
domínios. Para a pré-sinapse, E. Gundelfinger (Magdeburg, Alemanha) apresentou evidências de 
que uma vesícula de transporte de núcleo denso pré-montado faz parte de um grande complexo, conhecido como citomatriz da zona ativa 
(CAZ), nos terminais axônicos. Essa vesícula de transporte contém duas proteínas de grande porte, Piccolo e Fagote, que servem como 
marcadores para a chamada vesícula de transporte Piccolo – Fagote (PTV; Os PTVs carregam vários componentes do CAZ e sua natureza 
vesicular implica que a maturação dos terminais pré-sinápticos ocorre de maneira quantal, com entretrês e cinco PTVs sendo suficientes para 
formar uma pré-sinapse funcional. O significado do Fagote é sublinhado pelo fato de que apenas 30% a 40% das sinapses centrais são ativas 
em camundongos que não possuem um grande fragmento dessa proteína. 
Na ausência de Fagote, a estrutura da fita sinapse fotorreceptora, que serve como uma espécie de correia transportadora para transportar 
vesículas sinápticas para a zona ativa, é deslocada ou 'flutuante'. A presença de vesículas pré-montadas levanta questões sobre onde elas são 
montadas e como elas são estabilizadas em sinapses nascentes. Gundelfinger apresentou evidências para indicar que a montagem ocorre no 
aparelho de Golgi. Com relação à sua estabilização, Dityatev relatou que o NCAM se acumula nas sinapses nascentes poucos minutos após a 
formação inicial de contato e que essa molécula serve como uma 'armadilha sináptica' para organelas derivadas de trans-Golgi revestidas com 
espectrofina. 
Montagem funcional de andaimes pós-sinápticos 
Os receptores do transmissor estão associados a densidades pós-sinápticas (PSDs). Não é claro como e onde os complexos de proteínas 
que formam o PSD são montados, mas o transporte vesicular, a síntese de proteínas locais e a montagem complexa sob o controle de 
moléculas de sinalização locais provavelmente estão todos envolvidos em paralelo. Também está claro que pelo menos alguma montagem do 
PSD ocorre nos dendritos através do acúmulo gradual de componentes. Relatou que nas sinapses inibitórias, o acúmulo de receptores 
γ-aminobutirato A (GABA ​A​ ) depende da gefirina, que interage com a cadeia leve 1 da dinína e é possivelmente transportada para as sinapses 
pelos motores da dinamina. 
Proteínas grandes de andaimes de vários domínios, como as famílias Discs large (Dlg) / PSD-95 ou shank / proteína rica em prolina 
associada à sinapse (ProSAP), formam a estrutura do PSD. Várias palestras se concentraram no controle da montagem e no direcionamento 
sináptico dessas grandes macromoléculas no dendrito. Em ​Drosophila​ , os domínios PDZ são importantes para direcionar Dlg à junção 
neuromuscular. Essa proteína se liga e é essencial para a localização sináptica adequada do K ​+​canais e um homólogo do NCAM, fasciclina II. As 
moscas deficientes em DLG têm botões sinápticos maiores devido à localização incorreta da fasciclina II. Uma forma de Dlg alternadamente 
unida que contém o chamado domínio S97 se liga indiretamente à guanilato-quinase (GUK) Dlin-7 e a direciona, juntamente com o receptor do 
fator de crescimento epidérmico (EGF) associado e o sindecano, para os boutons sinápticos. 
Além da miríade de interações proteicas entre os membros do PSD, o direcionamento de proteínas para a membrana pós-sináptica 
também pode ser alcançado por modificação lipídica. Por exemplo, o PSD-Zip70 e a proteína associada à caldendrina requerem miristoilação 
amino-terminal para direcionamento sináptico. A localização sináptica do PSD-95, que se associa aos receptores NMDA e ao complexo 
receptor de ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropriônico (AMPA) / complexo de stargazina, é dinamicamente regulada por 
palmitoilação. Essa reação é mediada por palmitoil-acil-transferases (PATs) que são caracterizadas por um motivo Asp-His-His-Cys (DHHC). Das 
23 proteínas DHHC, Fukata identificou um PAT que palmitoila o PSD-95 e regula a ancoragem da membrana do PSD-95 em espinhos. 
C. Sala (Milano, Itália) destacou o fato de que as proteínas de haste são de particular interesse para a geração da coluna vertebral, pois 
aumentam significativamente a maturação da coluna, recrutando outros componentes do PSD. Nas células COS transfectadas, assim como nos 
neurônios, ele mostrou que nenhuma das proteínas de suporte, como PSD-95 ou haste, pode atuar sozinha; antes, a intrincada rede de 
interações intra e intermoleculares - por exemplo, entre PSD-95, proteína associada à guanilato-quinase (GKAP) e haste - é necessária para 
induzir o agrupamento sináptico da haste. 
Sinalização morfogênica por pequenas proteínas G 
A forma e a função dos espinhos são determinadas por pequenas proteínas G da família Rho (incluindo Rho, Rac e Cdc42), bem como pelo 
Rap. Como Yamaguchi e T. Sakisaka (Osaka, Japão) apontaram, a morfologia pós-sináptica é controlada por fatores específicos de troca de 
nucleotídeos de guanina (GEFs) para Rac ou Cdc42. Por exemplo, o EphB2 ativa a intersectina Cdc42-GEF. A sinalização da intersectina para a 
proteína da síndrome neural de Wiskott-Aldrich (N-WASP), que é uma proteína moduladora de actina controlada pelo Cdc42, é necessária para 
a geração de espinhos. O fator de troca interativo β-PAK (βPIX; E. Kim, Daejeon, Coréia do Sul) e o kalirin 7 (R. Mains, Farmington, CT, EUA) 
são outros GEFs pós-sinápticos para Rac e Cdc42 que estão ancorados no PSD pela PDZ (PSD-95 / Discos grandes / ZO-1). 
Dados apresentados por Kim, H.-J. Kreienkamp (Hamburgo, Alemanha) e T. Böckers (Ulm, Alemanha) indicam que as proteínas da haste 
fornecem estruturas para a sinalização da proteína G. As proteínas shank têm como alvo o fator de troca específico Rac / Cdc42 βPIX e a 
quinase associada a p21 (PAK) às sinapses. Além disso, as proteínas da haste também se ligam ao substrato receptor de insulina de 53 kDa 
(IRSp53), que é outro efetor do Cdc42. O IRSp53 promove rearranjos de actina que aumentam o número de espinhas dendríticas ou protrusões 
do tipo filopodia. Portanto, além de fornecer um andaime, as proteínas da haste também podem ser vistas como efetores a jusante do Cdc42 / 
 
IRSp53, porque uma interação do IRSp53 através do seu terminal carboxi com o PSD-95 conecta dois importantes andaimes do PSD: PSD-95 e 
proteínas da haste. Além disso, Böckers descreveu uma ligação entre as proteínas da haste e o Spar, que é uma proteína ativadora da GTPase 
para as proteínas G pequenas do Rap. Essa interação envolve a proteína intermediária ProSAP (ProSAPiP). Conforme destacado por Sobue, o 
Spar interage com os filamentos de actina, regula a dinâmica da coluna e é necessário para a maturação da coluna. 
A intrincada conexão entre os receptores NMDA e a regulação do citoesqueleto da coluna foi esclarecida por A. Matus (Basileia, Suíça), que 
mostrou que a estimulação do receptor leva a uma perda de motilidade da actina nos espinhos devido a uma translocação da proteína 
reguladora da actina profilin do dendrito às cabeças da espinha. 
Plasticidade sináptica dependente de atividade 
Como a sinaptogênese é dependente da atividade, A. Konnerth (Munique, Alemanha) investigou padrões de atividade sináptica durante o 
desenvolvimento inicial do cérebro. A imagem de Ca ​2+​ em cortes corticais mostrou o aparecimento regular de ondas de Ca ​2+​ propagando-se 
através do córtex. Gravações semelhantes em camundongos em movimento livre confirmaram que essas ondas são geradas ​in vivo​ durante 
episódios semelhantes ao sono. 
A atividade sináptica pode induzir mudanças bidirecionais - ou seja, LTP ou LTD. A hipótese principal afirma que a magnitude e a duração 
das alterações nos níveis intracelulares de Ca ​2+​ determinamo resultado da atividade sináptica. M. Sheng (Cambridge, MA, EUA) desafiou essa 
visão, mostrando que o bloqueio farmacológico dos receptores NMDA que contêm a subunidade NR2B impede a LTD, mas não a LTP, 
enquanto a inibição dos receptores contendo NR2A tem o efeito oposto. Embora alguns dados relatados contradigam esses resultados (como 
discutido por R. Malenka, Stanford, CA, EUA), relatórios recentes forneceram suporte adicional para papéis diferenciais de NR2A versus NR2B 
em LTP e LTD. Sheng sugeriu que os sinais a jusante envolvem moléculas, como PSD-95 e proteína 102 associada à sinapse (SAP-102), que 
preferencialmente se associam a segmentos intracelulares de NR2A ou NR2B. Curiosamente, a sinalização por NR2A, mas não por NR2B, induz 
a desfosforilação da proteína de ligação ao elemento de resposta ao cAMP (CREB), que é inibida pela exclusão do PSD-95. 
A lista de moléculas envolvidas na plasticidade sináptica está crescendo e agora inclui proteínas da matriz extracelular (MEC). C. 
Seidenbecher (Magdeburg, Alemanha) apresentou dados de camundongos com nocaute duplo deficientes nos proteoglicanos neurocan e 
brevican, e que mostram uma perda completa de LTP. Ela também relatou que os déficits nas proteínas da MEC levam a anormalidades na 
organização das redes perineuronais, atividade rítmica e difusão em algumas regiões do cérebro. 
Controle sináptico da expressão gênica 
Mudanças a longo prazo na eficiência sináptica eventualmente requerem mudanças na estrutura sináptica que são dependentes da síntese 
de proteínas. A transcrição pode ser regulada através da translocação nuclear do fator de transcrição CREB após sua fosforilação pela quinase 
IV de Ca ​2+​ / dependente de calmodulina (CaM), que é ativada pelo influxo de Ca ​2+​ durante a atividade sináptica. A expressão de uma quinase 
ativa resulta em um aumento nas correntes mediadas pelo receptor de glutamato, LTP e no número de espinhas dendríticas (Malenka). Outro 
mecanismo foi apresentado por Kreutz, que identificou uma interação entre o sensor pós-sináptico Ca ​2+,​ caldendrina, e a proteína Jacob. A 
ativação dos receptores NMDA libera Jacob da caldendrina e a proteína se acumula no núcleo. 
Como os supostos eventos transcricionais que são desencadeados por esses fatores fornecem RNAs mensageiros (mRNAs) para um 
neurônio inteiro, não está claro como eles podem afetar a função de sinapses ativadas individuais. Um mecanismo possível é que os mRNAs 
sejam transportados para dendritos e traduzidos localmente sob as sinapses (D. Kuhl, Berlim, Alemanha e S. Kindler, Hamburgo, 
Alemanha). Kindler mostrou que o transporte de mRNAs para dendritos é mediado por suas 3 'regiões não traduzidas (UTRs). As proteínas de 
ligação ao RNA da família de proteínas de ligação ao elemento a montante (FUSE) reconhecem especificamente esse elemento de 
direcionamento dendrítico na UTR 3 'do mRNA da proteína 2 (MAP2) associada ao microtúbulo. Além disso, a proteína Staufen de ligação ao 
RNA interage com proteínas motoras, bem como com ribossomos nos dendritos, e pode vincular o transporte dendrítico ao controle 
translacional. Kuhl destacou o papel da proteína Arg3.1 sintetizada dendriticamente na plasticidade sináptica: transcrição da​Arg3.1​ gene é 
induzido pela actividade sináptica, que leva à rápida acumulação de ​Arg3.1​ ARNm e proteína Arg3.1 nos dendritos. Os ratos que não possuem 
Arg3.1 não podem mais manter o LTP, o que se correlaciona com déficits sutis de desempenho em um modelo de aprendizado espacial. 
A sinalização complexa de botões pré-sinápticos para o núcleo de células pós-sinápticas foi apresentada por V. Budnik (Amherst, MA, 
EUA). As proteínas Wnt secretadas pré-sináptica (Wingless em ​Drosophila​ ) podem se ligar ao receptor pós-sináptico Frizzled, o que leva à 
fosforilação do Disheveled. O Phosphorylated Disheveled evita a formação do complexo axina-conducina-Gsk3b, que de outra forma 
promoveria a degradação da β-catenina / tatu. Portanto, Wnt estabiliza a β-catenina, necessária para a transcrição de genes responsivos a 
Wnt por fatores de transcrição do fator estimulador linfóide (Lef) / fator de célula T (Tcf). Usando uma proteína quinase C atípica (aPKC) como 
exemplo, J. Yin (Madison, WI, EUA) elaborou mais detalhadamente o que pode ser aprendido com ​Drosophila​, como o aPKC pode ter uma 
função no controle translacional local, bem como na geração de polaridade em certos tipos de células. 
Difusão lateral e reciclagem de receptores transmissores 
A atividade sináptica pode regular a expressão sináptica dos receptores de neurotransmissores. A exo- e endocitose ocorrem fora das 
zonas sinápticas e, portanto, os receptores precisam ser transportados entre as regiões sináptica e endo- / exocítica. D. Choquet (Bordeaux, 
França) rotulou receptores únicos de AMPA com anticorpos fluorescentes e visualizou sua difusão lateral. Ele descobriu que os receptores 
AMPA sinapticamente localizados têm, em média, coeficientes de difusão significativamente mais baixos que os receptores extra-sinápticos, 
que se movem longas distâncias antes de ficarem presos em locais sinápticos. A baixa mobilidade dos receptores sinápticos de GluR2 é devida 
à interação com o complexo stargazin – PSD-95. 
Dados complementares sobre o desenvolvimento de junções neuromusculares em ​Drosophila​ foram apresentados por S. Sigrist 
(Göttingen, Alemanha). Ao analisar os receptores de glutamato que foram marcados com proteína fluorescente verde fotoativada (GFP), ele 
descobriu que novas sinapses glutamatérgicas formadas próximas às pré-formadas são montadas principalmente a partir de novos receptores, 
em vez de receptores derivados de regiões pós-sinápticas pré-formadas. Portanto, neste sistema, o fortalecimento das sinapses não requer a 
divisão dos PSDs. Consistente com os dados ​in vitro​ apresentados por Choquet, Sigrist detectou uma grande quantidade de receptores 
 
difusos ​in vivo​. Curiosamente, ele também descobriu que a superexpressão de diferentes subunidades de GluRs afeta diferencialmente o 
tamanho das junções, enquanto a perda de GluRs leva à perda de sinapses. 
S. Moss (Filadélfia, PA, EUA) investigou a mobilidade lateral dos receptores GABA ​A​ marcando-os com um corante fluorescente sensível ao 
pH. O esgotamento da gephyrin pela interferência do RNA reduziu o agrupamento de receptores GABA ​A​, e Moss concluiu que a gephyrin 
limita sua mobilidade lateral. ​Os​ receptores GABA ​A​ são rapidamente endocitados e sua associação com a proteína HAP1 associada à Huntingtin 
determina se eles reciclam de volta à superfície celular ou se são degradados em lisossomos. 
Para manter a transmissão sináptica eficaz, os neurotransmissores precisam ser removidos do espaço extracelular e as vesículas sinápticas 
devem ser recarregadas. Nas sinapses glicinérgicas, essas funções são desempenhadas pelos transportadores glial e pré-sináptico GlyT1 e 
GlyT2, como mostra V. Eulenburg (Frankfurt, Alemanha). A perda dessas proteínas leva a fenótipos graves e morte em camundongos 
mutantes. 
O processo de formação e maturação das sinapses, conhecido como plasticidade neuronal, é um conceito antigo, e, segundo ele, as sinapsesinterneuronais são construídas e fortalecidas ininterruptamente, como parte do desenvolvimento do ser humano, alterando-se com cada 
estímulo novo. 
 
Cap 5: Os neurônios se transformam 
Bases Biológicas da Neuroplasticidade 
100B de Neurônios 
 
OS TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA NEUROPLASTICIDADE 
+ Plasticidade: Capacidade de adaptação do SN às mudanças nas condições do ambiente que ocorrem no dia a dia. Seu grau varia com a idade 
(ontogenética difere da adulta). Acontece por causa de novos neurônios que nascem, uma nova conexão feita, alteração do trajeto das fibras, 
novos dendritos no axônio, modificação no número e forma de sinapses. 
+ Plasticidade funcional:​ Mudanças funcionais, mas não morfológicas. Ocorre em determinado circuito ou grupos de neurônio. 
REGENERAÇÃO E RESTAURAÇÃO FUNCIONAL 
#O SN não regenera neurônios na vida adulta, só partes restritas do SNC e ainda sim é limitada. Corpo celular lesado não regenera, mas 
prolongamentos talvez! 
REGENERAÇÃO AXÔNICA PERIFÉRICA: UMA HISTÓRIA DE SUCESSO 
+ SNP regenera quando a fibra é seccionada ou esmagada. Corpos celulares vivem sem axônio. Axônios que não sobrevivem são degenerados 
e recolhidos pelas células de Schwann e por macrófagos da corrente sanguínea. Depois disso, ela sintetiza fatores neurotróficos junto com os 
macrófagos pra sintetizar novos neurônios. Os corpos celulares sem axônio inicia um programa de expressão gênica e a síntese protéica volta, 
com ajuda dos fatores neurotróficos. A 
sinalização é feita pela outra parte do neurônio cortado! Se o corte neuronal for grande, o prolongamento se perde no caminho. 
REGENERAÇÃO AXÔNICA PERIFÉRICA: UMA HISTÓRIA DE SUCESSO 
NO SNC ocorre intensa cromatólise dos neurônios axotomizados, seguidos de degeneração e morte. Isso acontece porque os oligodendrocitos 
sintetizam proteínas denominadas Nogo ​(acrostico da expressao inglesa ​no go, ​isto ​e, proibido avancar) incorporadas à mielina central com 
forte efeito inibitório do crescimento axônico. Quando elas se ligam a moléculas específicas do neurônio lesado, disparam uma cadeia de 
reações intracelular que imobilizam os cones de crescimento. Junto a isso, as células de Schwann produzem proteoglicanos, que são 
glicoproteínas comforte ação antirregenerativa. 
PLASTICIDADE AXÔNICA 
PLASTICIDADE AXÔNICA ONTOGENÉTICA 
+ É a que ocorre durante o período crítico do crescimento e é estimulado pelo ambiente. Ex do animal com um olho normal e outro suturado: 
Os neurônios competem pelo território cortical e só o olho estimulado 'vence' a competição. 
PERÍODO CRÍTICO 
Para linguagem humana, alguns estudos falam que o periodo crítico vai até a adolescência. 
PLASTICIDADE AXÔNICA DE ADULTOS: BROTAMENTO COLATERAL? 
Exemplo do macaco - Cortaram as raízes dorsais da medula (recebe informações do braço) de animais adultos e 10 anos depois descobriram 
que essa mesma região se inervou com neurônios da face (ficou com duas áreas no cortex). 
Conclusões: Os circuitos não regeneraram, os circuitos da face são plásticas e adultos tem plasticidade. 
Exemplo do caso do membro fantasma - Um homem teve o braço amputado e o pesquisador analisou as áreas cerebrais ao redor do braço. A 
estimulação da face resultava no polegar, indicador ou minimo. Conclusões: Há brotamento colateral, ou seja, aparecimento de ramos 
colaterais dos axônios das regiões não atingidas e seu crescimento em direção as regiões vazias. 
PLASTICIDADE DENDRÍTICA 
PLASTICIDADE DENDRÍTICA ONTOGENÉTICA 
 
Parece ser genético, pois quando separam neurônios do tecido nervoso embrionário e cultivam no laboratório, desenvolvem normalmente. 
+ o ambiente pode causar alterações no número, comprimento e disposição espacial das ramificações. 
+ O BDNF ​(abreviatura em lingua inglesa de ​fator neurotrofico derivado de cerebro ​), é uma neurotrofina moduladora da morfologia dendritica 
liberada pelas fibras aferentes em torno do soma, fazendo com que o ajuste da forma dos dendritos seja promovido pela formação de sinapses 
sobre eles e pela sua entrada produzindo potenciais sinápticos envolvendo neuro mediadores e fatores tróficos. 
PLASTICIDADE DENDRÍTICA EM ADULTOS 
● Foi notado que digitadores tem mais complexidade dendrítica na região das mãos e percebeu-se também uma relação entre nível 
educacional e complexidade dendrítica na área de Wernicke (compreensão e linguagens). 
● + A plasticidade que se pode observar em adultos se resume nas espinhas. Evidências afirmam que elas são compartimentos privilegiados 
de sinapses excitatórias (glutamartégicas), que se multiplicam em número quando o ambiente da gaiola de animais experimentais é 
enriquecido. 
● As espinhas são instáveis e imóveis. Em minutos, elas aparecem/desaparecem e se movimentam. Isso acontece por causa da actina. 
Supõe-se que as que se movem não estão com o processo de consolidação da aprendizagem e memória finalizadas. As estáveis teriam 
memórias de longo prazo! 
PLASTICIDADE SINAPTICA 
Habituação: Ocorre quando uma resposta diminui com a repetição. No primeiro estímulo, ocorre um PA no neurônio sensitivo e uma PEPs no 
neurônio motor. Com a repetição, o PA do sensitivo não varia e a PEPS caí em amplitude e depois some. Isso ocorre porque houve um de 
acréscimo de glutamato no terminal pré sináptico excitatório do neurônio sensitivo. 
Sensibilização: Um sinal aumenta quando é precedido de algum 'sinal de aviso'. (É tipo um trauma). Se um estímulo é muito forte, o organismo 
fica avisado de que outros podem surgir. Isso ocorre nas aplisi as do mesmo jeito que ocorreu a habituação, só que com mais um 
interneurônio facilitador cujo axônio faz sinapses axoaxônicas com os terminais pré do neurônio sensitivo do sifão. Esse interneurônio libera 
serotonina e os receptores que recebem acionam 2 vias: 
Adenilcidase com AMPc e fosfolipase C com o diacilglicerol (DAG). Resultado: Aumento de glutamato na fenda! 
A sensibilização representa o exemplo da memória curta que e ocorre entre o 1° neurônio e o interneurônio no caminho. 
POTENCIAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO (LTP) 
+ LTP e Memória:​ Tem curta fase inicial (minutos), fase precoce (horas) e fase tardia (horas, semanas ou a vida inteira, no caso de memórias). 
Entrada de informação no hipocampo: Ocorre por meio de uma estimulação elétrica repetitiva (ou estimulação te tânica) nas fibras colaterais 
de Shaffer e o neurônio pós leva a resposta para o corpo celular das células piramidais no CA1 (Corno de Amon) do hipocampo. As sinapses 
entre os colaterais de Shaffere as espinhas dendríticas da CA1 são glutamatérgicas. A membrana pós das espinhas tem receptores NMDA, 
AMPA e não metabotrópicos. O primeiro que responde ao Glu são os AMPAs, resultando a abertura dos canais de sódio e potássio e 
provocando a despolarização da membrana pós sináptica. Quando atinge um certo valor, ela remove o ion de magnésio que bloqueia o canal 
de NMDA e ele se abre, passando grande quantidade de cálcio de fora para dentro das espinhas. O efeito é amplificado pela abertura de 
outros canais de Ca* não ligados ao NDMA. Nesse momento também é ativado o receptor glutamatérgico metabotrópico e sua ação através 
da fosfolipase C se soma a liberação de Ca** do R.E. para ativar as cinases dependentes de cálcio, como a calmodulina cinase. 
+ O NO E O CO​ são mensageiros gasosos na plasticidade. 
Asespinhas dendítricas​ potenciadas são capazes de capturar RNAm e proteínas recém sintetizadas. 
DEPRESSÃO DE LONGA DURAÇÃO - LDT 
● O cerebelo sedia a memória motora. A plasticidade ocorre com sinal inverso no cerebelo, hipocampo e neocortex. No cerebelo, o 
neurônio pós sináptico é a célula de Purkinje, cujas dendritos recebem sinapses das fibras aferentes paralelas (intrínseco ao córtex 
cerebelar) e das trepadeiras (vem do núcleo bulbar - informação sensorial dos músculos). A LDT exige a ativação simultânea. A 
estimulação das fibras, ao contrário do LTP, é de baixa frequência. Isso acontece porque as fosfatases dependentes de cálcio são ativadas 
(são desfosforilantes) e provoca uma pequena entrada de cálcio nos dendritos, lida pelas fosfatases. Quando a estimulação é de alta 
frequência, quem lê são as cinases. 
PLASTICIDADE NEURAL BEAR 
A plasticidade neural é a capacidade das conexões sinápticas de um neurônio serem substituídas, aumentadas ou diminuídas em quantidade e 
modificarem a atividade funcional. O melhor exemplo de plasticidade é a dor crônica. 
✔ Gênese das conexões neurais; 
✔ Regeneração e restauração funcional; 
✔ Plasticidade Axônica; 
✔ Plasticidade Sináptica; 
● Habituação 
● Sensibilização 
● Condicionamento Clássico 
● Potenciação de Longa Duração (LTP) 
● Depressão de Longa Duração (LTD) 
● Plasticidade Dendrítica; 
● Plasticidade Somática. 
 
GÊNESE DAS CONEXÕES 
● Seleção de via 
● Seleção do alvo Seleção do endereço 
Plasticidade neural é a capacidade de regenerar do neurônio ou aumentar ou melhorar as suas relações sinápticas nosso aprendizado Depende 
de como nosso neurônio vai se comportar nessas relações. O neurônio segue a melhor via para realizar a sua função. Ele também segue o alvo 
que foi determinado pela nossa expressão gênica, ou seja, o neurônio segue para o endereço e o local exato que ele foi criado para fazer 
sinapse. 
O Axônio em Crescimento: 
As redes de neurônios surgem através dos neuritos, que começam a crescer pelo cone de crescimento através de filopódios (enquanto esses 
se esticam para um lado, o cone vai para o outro). Esses filopódios deslizam na matriz extracelular e são conectados pelas CAMS- proteínas de 
adesão que ligam um neurônio ao outro, fazendo com que cresçam juntos formando a rede. 
SINAPSE 
Orientação dos axônios: 
Expressão gênica mais quimiorrepelentes que direcionam os neurônios para os fatores de crescimento específicos, fazendo com que os 
neurônios cheguem ao seu destino. 
● Quimiorrepelentes afastam o neurônio se for o local errado 
● Quimioatraentes atraem o neurônio se for o local correto 
MORTE CELULAR 
Quando nascemos temos muitos neurônios com muitas conexões que irão sofrer apoptose para gerarem mais sinapses específicas. Eles 
competem pelos fatores tróficos nessa competição e só ficam com conexões mais precisas. Neurotrofinas agem nesse processo as mais 
importantes são NGF, BDNF, NT-3 E NT-4. NGF são responsáveis por promover a apoptose enquanto BDNF, NT-3 e NT-4 se liga, as 
neurotrofinas para crescerem. Depois temos um rearranjo sináptico são formadas as regionais que permitem especificidade com divergência e 
convergência. Neurônios não possuem mitose assim como não são formados novamente, em algumas situações a regeneração ou restauração 
da área que foi lesada através de rearranjos sinápticos (recentemente a UFRJ conseguiu fazer a cultura de fibras sensitivas para teste da dor). 
REARRANJOS SINÁPTICOS 
REGENERAÇÃO E RESTAURAÇÃO FUNCIONAL 
Sistema nervoso periférico 
Lesões próximas do SOMA(axônio) proximal: 
Esmagamento:​ Recuperação mais fácil 
Secção ( onde temos uma área distal e uma área proximal): Quanto mais longe do alvo mais difícil é uma vez que a região distal geralmente é 
fagocitado por macrófagos e monócitos, e a parte proximal e fica grudada no soma vai ter um novo cone de crescimento e as células de 
Schwann formaram a bainha de mielina. Se a lesão for muito longe devemos direcionar o cone com um canudo senão eles cresceram 
desordenadamente formando neuroma com os casos de amputação em que o paciente passa a sofrer da síndrome do membro fantasma. A 
falta de bainha de mielina impede um bom crescimento do cone. 
Sistema nervoso central 
No sistema nervoso central as células da glia possuem ação de fagocitose enquanto a bainha de mielina é formada pelos oligodendrocilos. A 
recuperação ou limpeza da área é lenta devido a fatores inibitórios que atuam inibindo/ atrasando/ impedindo a Regeneração. No caso de 
esmagamento a demora na limpeza da região e fatores inibitórios inibem o crescimento do cone. O bloqueio dos inibidores está em fase de 
teste para tentar uma melhor recuperação uma vez que ​no SNC qualquer lesão leva o neurônio a morte pois não há regeneração. 
Cromatólise é quando a soma começa a mudar de cor durante o seu período de degeneração e morte por apoptose. 
 
PLASTICIDADE AXÔNICA 
Para cada conjunto de axônios de uma dada espécie animal pode-se determinar um período de maior plasticidade, chamado período crítico. A 
plasticidade que ocorre durante o período crítico é, então, chamada plasticidade axônica ontogenética. É parle embrionária sendo muito 
presente em crianças. Nos adultos apenas melhora as conexões por brotamento de espículas. Plasticidade axônica ontogenética tem origem 
embrionária. Nesta fase ocorre o aumento de axônios e ligações axônicas mais específicas relacionadas a aprendizagem e memória. Dentro 
dessa plasticidade temos períodos críticos o que são aqueles períodos onde aprendemos as coisas como andar e falar. É um período de 
formação de grandes redes onde os axônios procuram locais e órgãos efetores para realizar suas conexões necessárias, ou seja aonde estiver 
mais estimulado haverá uma maior resposta). Esta fase ocorre principalmente na infância nos adultos este aumento da rede ocorre através de 
brotamento. Os períodos críticos vão diminuindo e a plasticidade começa a mudar para uma plasticidade sináptica. 
PLASTICIDADE SINÁPTICA 
Plasticidade sináptica significa uma melhora de conexões, ou seja, o que é usado permanece o que deixa de ser necessário enfraquece e 
desaparece. A aprendizagem e a memória melhoram com essas sinapses.Sinapses silenciosas não são estimuladas e tendem a sumir, porém se 
sofrerem um estímulo elas podem voltar; 
HABITUAÇÃO: 
Todos se habituam a estímulos repetitivos inócuos e deixam de responder a eles. Representa um mecanismo celular simples para memória de 
curta duração. Habituação é a memória de curta duração aonde o estímulo da fibra sensitiva libera glutamato que irá estimular o nervo motor 
em menor intensidade. Exemplo todo dia um bicho bate na sua janela depois que você ver que é um pequeno bicho você passa a ignorar este 
 
barulho e se habitua. Não é uma sinapse associativa, ou seja, se o animal sumir por dois dias quando ele reaparecer você passará pelo 
processo novamente. Nesta situação as fibras sensitivas recebem estímulo, liberam glutamato e fazem ligação. Com o passar do tempo a ação 
do glutamato à aquele primeiro estímulo diminui. O Reflexo de retirada da brânquia na Aplysia Magnitude da contração da brânquia. No 
primeiro dia estimula sifão e o animal retira sifão e brânquia, no 10° dia o animaljá se habituou ao estímulo do pincel e não retira mais, ou 
seja, as fibras sensitivas continuam mandando PEPs mas estes não são mais suficientes para estimular. (O glutamato é um estimulante natural 
dessas fibras). 
SENSIBILIZAÇÃO: 
Uma resposta que aumenta quando precedida de algum "sinal de aviso". 
"Facilitadores". 
A serotonina sensibiliza a fibra que aumenta a duração do estímulo aumentando também a concentração de glutamato, propiciando assim um 
maior estímulo da fibra sensitiva. Sensibilização do reflexo de retirada da brânquia. 
Sensibilização ​é a resposta que aumenta quando precedida de algum sinal de aviso. Um Bom exemplo é o bicho que batia na sua janela e você 
mais nem prestava mais atenção até que um belo dia esse bicho bate na janela e logo em seguida entra um morcego por ela e você se assusta 
no dia seguinte quando você ouvir esse barulho você já vai ficar em Alerta Pensando na possibilidade de um morcego entrar novamente. Os 
interneurônios facilitadores vão fazer o estímulo ser mais prolongado e mais intenso ou seja o que estava habituado agora mudou. A 
serotonina entra no meu olho e faz com que este estímulo seja mais duradouro. 
Na experiência com caramujo ao ser estimulada com pincel ele já não fazia nada até que levou um choque e ao ser tocado novamente pelo 
pincel ele se retirou novamente pois perdeu habituação e ficou mais sensível ao estímulo que estava acostumado o sinal da habituação é 
prolongado. Nesse caso interneurônios facilitatória receberam estímulo liberaram serotonina através da relação a crônica. A serotonina se liga 
ao receptor metabotropico de proteína G, essa proteína G se dividem subunidades como AMP e PKA e regulam as vias catalíticas. A PKA fecha 
canais de potássio e abre canais de cálcio que irão liberar glutamato (neurotransmissores excitatórios) irão se ligar as fibras dos nervos 
motores que irão receber PEP's liberar vesículas de acetilcolina levando a contração muscular. Um outro exemplo de sensibilização é o 
estresse pós-traumático aonde por exemplo após levar um tiro ao ouvir o mesmo barulho você ficará com medo. Isso acontece pois o próximo 
neurônio sensitivo fica hiper responsivo pela estimulação do glutamato. Quando estimula é muito grande podendo estar ligado a memória de 
longa duração o PKA passa a ser persistente causando modificação na expressão gênica fazendo com que o cérebro entenda que aquilo é 
normal fazendo você sempre terá essa sensação (reação exacerbada por modificação Na expressão gênica). 
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO: 
Corresponde à aprendizagem sobre dois estímulos apresentados em uma certa ordem e com um certo intervalo. 
 " Aprendizagem associativa". 
Condicionamento clássico dentro da plasticidade sináptica está relacionado a aprendizagem associativa aonde você associa ações e atos com o 
no experimento com o cão onde o pesquisador mostrava a tigela com ração e o cachorro salivava e depois ele passou acender a luz e 
mostrando a tigela e o cachorro novamente salivava depois bastava acender a luz que o pastor salivava achando queria ver a tigela de ração. 
 
POTENCIAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO 
● LTP: long-term potentiation; 
● Há um aumento persistente da força sinaptica após a estimulação de alta frequência no hipocampo; 
● Afeta memória de curta e longa duração; 
● Região de Amon é dividido em pequenas áreas com células piramidais que são responsáveis pela plasticidade, onde fibra sensitiva entra 
no hipocampo Se Liga as células granulosas e vai fazendo sinapse até conseguir sair; 
● Muito estímulo causa tetania e aumenta o PEP's; 
● São várias vias sendo ativadas ao mesmo tempo como as vias AMPA e NMDA; 
● Um outro caminho que Este mecanismo acontece é através do cálcio que entra pelo NMDA, se liga ao; 
● CAM2, fosforilando e aumentando os receptores AMPA; 
● (Cálcio + proteinaquinase C + calmodulina --> fosforilação aumentando canais de AMPA). 
 
LTD-Cerebelar 
Relacionada com a memória motora através da ação das células de Purkinje. Ocorre no cerebelo aonde as células de Purkinje em funcionam 
como as células piramidais. Uma maior concentração de cálcio no interior da célula internaliza receptores. A internalização dos receptores é 
controlada pela quantidade de Ca2 + presente no meio, sendo necessário uma quantidade muito elevada para que ocorra a internalização. 
PLASTICIDADE DENDRÍTICA 
• Plasticidade estrutural, morfológica que pode ser modificada por ação do ambiente 
• Em adultos, a plasticidade estrutural que se pode observar nos dendritos restringe-se às espinhas. 
É onde ocorre a formação de novas espinhas dendríticas propiciando mais sinapses. No caso do membro Fantasma e neurônios são mistérios 
da área amputada com o passar do tempo atrofia e o local passa a ser ocupado por neurônios silenciadas outra forma ainda não descoberta 
fazendo com que a pessoa sinta um membro amputado. Um exemplo que pode ser citado foi o do experimento a onde uma pessoa sem o 
braço ao ter o rosto lado por um cotonete sentir o dedo relacionada com aquela área do membro amputado. 
 
PLASTICIDADE SOMÁTICA 
• O controle proliferativo e a morte celular tem um forte componente genético e estão submetidos apenas ao microambiente neural. 
• Neurônios adultos não proliferam 
● " Células-Tronco" 
Nos adultos os neurônios não se proliferam. Portanto ela é predominante na fase embrionária e de aprendizagem na infância. 
O controle proliferativa e de apoptose os neurônios que nascem com a gente e assim como a produção de neurônios para criar novas redes 
Dor crônica vias que liberam neurotransmissores constantemente 
 
Plasticidade 
● Muitas vezes você já sarou da doença, mas continua sentindo a dor. 
● É necessário o medicamento para fazer o cérebro entender que tudo já passou. 
● Sensibilização.

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