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Contestação em Ação Indenizatória por Danos Morais

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE ARACAJU DO ESTADO DE SEGIPE. 
Processo nº xxxx 
MARIO FOFOCA, brasileiro, solteiro, jornalistas, inscrito no CPF sob o nº 234.678.986-50, RG nº 467.890-17/SSP/SE, residente e domiciliado na Rua Maria Nazareth Barros Santos, s/n, Augusto Franco, Farolândia, Aracaju - SE, CEP: 49030- 830/ endereço eletrônico mariofofoquinha@gmail.com, vem por meio desta, apresentar: 
 CONTESTAÇÃO 
Em face de Justo Veríssimo, alhures qualificado, em Ação Indenizatória por Danos Morais, pelos motivos de fato e de direito seguintes:
 I- DA JUSTIÇA GRATUITA 
Mário Fofoca não dispõe de recursos suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatício sem que com isso, lhe cause prejuízo de arcar com seus compromissos familiares, de acordo com artigo 98, CPC, motivo pelo qual, é credor do benefício da justiça gratuita. 
II - DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SOBRE O PEDIDO DE TUTELA DA PARTE AUTORA. 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
a – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; (...) 
Sua Excelência demanda que as palavras de cunho difamatório sejam retiradas do teor da notícia, entretanto, não conseguindo o jornalista pontuar as expressões que o nobre juiz entende como sendo difamante, se faz necessária a pontuação objetiva dos termos que foram interpretados de tal forma, para que dentro do prazo estabelecido pela ordem dada, sejam retidas tais palavras e substituída por termos que o Juízo entende pertinentes. 
III- DO MÉRITO – INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS 
Não há na demanda, nada que demonstre ter o autor sofrido danos morais, uma vez que assumiu a conduta e consequência ao ser flagrado e filmado pela população que estava iniciando sua atividade laboral no centro da cidade às 7h do dia 12/06/2020, uma terçafeira, em estado de total embriagues, sendo também filmado por câmeras de segurança de estabelecimento comercial vizinho à boate em que se encontrava. 
O autor, em consequência da sua noitada, não compareceu à assembleia legislativa para seus trabalhos, conforme espelho de comparecimento anexado aos autos e sua não justificativa de ausência. 
Sua conduta atentatória ao decoro parlamentar sujeitar-se, em consequência, à perda do mandato legislativo. 
IV- FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA. A Constituição Federal, protege a liberdade de expressão e de manifestação do pensamento. 
VEJAMOS
a) Art. 5º IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
b) Art. 5º XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
A petição inicial do autor alega que o jornalista quis denegrir a imagem do deputado. Pelo contrário, pois o mesmo estava apenas informando um FATO, este que é de sua responsabilidade, onde o mesmo tem o dever profissional de trabalhar diretamente com a investigação das informações de interesse público. 
A publicação de seu blog é meramente informativa, expondo a falta de competência do deputado, em decorrência da natureza de seu cargo que tem papel importantíssimo na representatividade daqueles que o elegeram. O mesmo se encontrava completamente sob efeito de álcool em uma boate gay, revelando-se ser imprudente. 
V - Imprudência 
Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou esperadas. Seus eleitores não esperam atitudes como essa, vindo daquele que eles votaram para representálos e trazer o melhor para a sociedade. 
Não se trata de denegrir a imagem, mas sim de informar ao povo que, o candidato que elegeram, não se passava de um personagem fictício para alavancar votos em seu favor. As declarações do jornalista em seu blog serviram para mostrar que o deputado não possui postura de acordo com os ideais que fizeram-no ser eleito para o exercício da função pública de tamanha importância. 
O jornalista não violou nenhuma infração, pois ao mesmo é garantido o direito a liberdade de imprensa, mediante o artigo 220 da Constituição Federal: 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
O réu não tem reponsabilidade alguma pelos problemas conjugais do deputado, pois é dever do mesmo, segundo o nosso Código Civil, em seu artigo 1566: A fidelidade, o respeito e consideração mútua. 
VI- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer o réu: 
a - DA JUSTIÇA GRATUITA: Mário Fofoca não dispõe de recursos suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatício sem que com isso, lhe cause prejuízo de arcar com seus compromissos familiares, de acordo com artigo 98, CPC, motivo pelo qual, é credor do benefício da justiça gratuita. 
b - DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: Sua Excelência demanda que as palavras de cunho difamatório sejam retiradas do teor da notícia, entretanto, não conseguindo o jornalista pontuar as expressões que o nobre juiz entende como sendo difamante, se faz necessária a pontuação objetiva dos termos que foram interpretados de tal forma, para que dentro do prazo estabelecido pela ordem dada, sejam retidas tais palavras e substituída por termos que o Juízo entende pertinentes. 
c - Julgar totalmente improcedente o pedido de dano moral da parte autoral no valor de 20,000.00 reais; 
d - Que autor seja condenado ao pagamento de honorários de sucumbência em 20%, sobre o valor da causa, assim como arcar com as custas processuais.
e - Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial por meio de documentos de que ora faz juntada e testemunhas, além de outros que advierem ao desate da lide. Termos em que, Pede deferimento. Aracaju, 01 de outubro de 2020. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local/ SE 11 Dezembro de 2020 
OAB/SE 637292

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