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5 1. INTRODUÇÃO A empresa PIM III foi designada para atender uma demanda voluntária, no que tange a organização de um sistema informatizado para gestão de uma biblioteca comunitária localizada em uma região periférica de uma grande cidade. Esse sistema terá uma interface bastante amigável, desenvolvida em linguagens Web, com banco de dados relacional Open Source, garantindo assim o baixo custo de desenvolvimento e a utilização que independe da plataforma de execução. Este projeto engloba pesquisas e desenvolvimento seguindo os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de Metodologia Cientifica, onde será demonstrado os conceitos de catalogação de livros; Ética e Legislação Profissional, demonstrando os aspectos jurídicos, segurança e higiene do trabalho; Linguagem de Programação Aplicada, demonstrando o fluxograma, telas, codificação e linguagens de script para automações de tarefas; Por fim, Administração de Banco de Dados, onde serão apresentadas as tabelas, relacionamentos de dados, scripts SQL para inclusão de novos usuários, inclusão e exclusão de itens e o backup de banco de dados automatizado desenvolvido em Shell Script. . 6 2. BIBLIOTECA COMUNITÁRIA As bibliotecas comunitárias são ambientes físicos criados e mantidos por iniciativa das comunidades civis, geralmente sem a intervenção do poder público. Estes centros comunitários possuem um acervo bibliográfico multidisciplinar, abarcando diversas tipologias documentais. Suas coleções, por vezes, possuem organização improvisada ou intuitiva, pois o objetivo principal desses espaços é ampliar o acesso da comunidade à informação. Esses ambientes físicos de compartilhamento, troca e fluxos de informação são vistos como instrumentos de democratização e inclusão informacional ao ensejarem o amadurecimento das relações sociais dentro comunidade e proporcionar o crescimento pessoal dos cidadãos através de práticas informacionais, como atividades de leitura. 2.1. Catalogação bibliográfica A catalogação é uma atividade relacionada às bibliotecas e que consiste em registrar um conjunto de informações sobre um determinado documento ou conjunto de documentos. As informações registradas variam de acordo com o tipo de documento que está sendo catalogado. Por exemplo, para um livro, os elementos que são comumente registrados são: título, autor(es),tradutor(es), número da edição, editor, local e data de publicação, número de páginas, ISBN e os assuntos abordados no livro. A catalogação é guiada por normas locais, nacionais ou mesmo internacionais, devendo tais normas serem definidas de acordo com as características de cada biblioteca ou agência catalogadora. A palavra "catalogação" pode referir-se também ao produto da atividade de catalogação, por exemplo, "a catalogação de um livro", ou seja, o conjunto de informações sobre o livro que foram registradas durante a catalogação. Neste sentido, o termo "catalogação" se transforma em um sinônimo de registro bibliográfico. Registro bibliográfico é um conjunto de dados ou palavras relacionadas, tratadas como um todo em termos lógicos ou físicos que servem para identificar um documento. São as informações bibliográficas tradicionalmente constantes dos catálogos de bibliotecas. Os registros são subdivididos em categorias de informação chamadas campos, tais como: título, autor e descritor. 7 De acordo com a legislação vigente (Lei federal 4.084/62), compete ao Bibliotecário a catalogação: Art 6º São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e execução dos serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades seguintes: A execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos, livros raros e preciosos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, de bibliografia e referência. 2.2. CDD - Classificação Decimal de Dewey A Classificação Decimal de Dewey é um sistema de classificação documentária desenvolvido pelo bibliotecário americano Melvil Dewey (1851–1931) em 1876, e desde então enormemente modificado e expandido ao longo de vinte e três grandes revisões que ocorreram até o ano 2011. A CDD organiza todo o conhecimento em dez classes principais que, excluindo a primeira (000 Computadores, informação e referência geral), prosseguem do metafísico (filosofia e religião) ao mundano (história e geografia). A inteligência da CDD está na escolha de números decimais para suas categorias, isto permite que o sistema seja ao mesmo tempo puramente numérico e infinitamente hierárquico. Utiliza alguns mecanismos de uma classificação facetada, combinando elementos de diferentes partes da estrutura para construir um número representando o assunto do conteúdo e sua forma, em vez de extrair a representação de uma única lista contendo cada classe e seu significado. Exceto por obras gerais e ficção, as obras são classificadas principalmente por assunto, com extensões para relações entre assuntos, local, época ou tipo do material, produzindo números de classificação de no mínimo três digitos mas de tamanho máximo indeterminado, com um ponto decimal antes do quarto dígito, quando presente (ex.: 330 para economia + 94 para Europa = 330.94 Economia europeia; 973 para Estados Unidos + 005 que é a divisão para periódicos resulta em 973.005 para designar periódicos sobre os Estados Unidos de uma forma geral). 8 Indicadores de classes devem ser lidas e ordenadas como números. Qualquer letra deve ser ordenada antes de qualquer dígito que ocupe a mesma posição, portanto "330.94 A" vem antes de 330.943. O sistema utiliza dez classes principais, que são então subdivididas. Cada classe principal tem dez divisões e cada divisão tem dez seções. Assim o sistema pode ser resumido em 10 classes principais, 100 divisões e 1000 seções. 2.3. Formato MARC As informações contidas em uma ficha catalográfica não podem ser simplesmente digitadas no computador para produzir um catálogo automatizado. O computador precisa de um meio para interpretar a informação encontrada no registro bibliográfico. Este meio se encontra no Formato MARC. A estrutura é genérica e dá para usá-la em qualquer tipo de dados bibliográficos. Esta foi adotada como padrão internacional pela ISO 2709. A estrutura do formato de comunicação pode ser adaptada às necessidades de processamentos e à configuração de equipamento de cada biblioteca em particular. O Designador de Conteúdo é usado para se referir às etiquetas, indicadores e delimitadores. A etiqueta identifica o campo que se segue, cada campo é associado a um número de 3 dígitos. O indicador, duas posições de caracteres seguem cada etiqueta. Uma ou ambas posições podem ser usadas para conter indicadores. Em alguns campos somente a primeira é utilizada, em outros, as duas são usadas e em outros, como o 020 e o 300, nenhuma é usada. Quando no indicador uma posição não for usada, este indicador é referido como "indefinido" e a posição é deixada em branco. Usa-se o caractere b/ ou # para representar uma posição de indicador em branco ou indefinida. O delimitador é um caractere usado para separar os dados dentro de um campo variável. Dependendo do programa de computador pode se ter um delimitador diferente um do outro, como a adaga dupla, a arroba, o cifrão, o travessão. A finalidade dos designadores de conteúdo é recuperar as informações do campo variável, por exemplo, autor, título, assunto, etc. A utilidade dos registros bibliográficos para intercâmbio depende de seu conteúdo. Elementos de dados importantes para uma biblioteca podem ser omitidos 9 dos registros de outra. Há diferentes regras para se fazer a entrada de documentos, diferentes listas de cabeçalhos de assunto incompatibilizando os registrosdo ponto de vista bibliográfico. Os registros MARC são catalogados através das normas do Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR). 2.4. Código de Catalogação Anglo-Americano Trata-se de um compêndio de regras para a criação de descrições bibliográficas e para a escolha, a construção e a atribuição dos pontos de acesso representando pessoas, localizações geográficas e entidades coletivas, além de títulos uniformes representando obras e expressões. A primeira edição brasileira do AACR foi publicada em 1969, com adaptações do bibliotecário Abner Lellis Corrêa Vicentini, responsável por sua tradução, que resultaram em fins didáticos para as entidades do curso no país. Surgindo mais tarde, a segunda edição, que continha a nova forma de descrição bibliográfica, publicada em 1978. A segunda edição do Código, também contém um capítulo especial sobre nomes geográficos, em que estes nomes apresentam um problema independente. Portanto, isso é uma das partes do conteúdo do AACR2, que compreende estrutura, regras gerais impressas e Apêndices. 2.5. International Standard Book Number (ISBN). Trata-se deum sistema internacional de identificação de livros e softwares que utiliza números para classificá-los por título, autor, país, editora e edição. Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita sua circulação e comercialização. A versatilidade propiciada por esse sistema de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas automatizados, razão por que é adotado internacionalmente. O ISBN simplifica a busca e a atualização bibliográfica, concorrendo para a integração cultural entre os povos. 10 A partir de 1 de janeiro de 2007, o ISBN passou a ser constituído por treze dígitos, em vez dos dez dígitos. Para diferenciá-los, escreve-se ISBN-10 e ISBN-13. O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, sediada em Berlim, na Alemanha, que orienta, coordena e delega poderes às Agências Nacionais designadas em cada país. Imagem 1 – Componentes de um ISBN Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Book_Number#/media/Ficheiro:I SBN_Details_PT.png 11 3. ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive. O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho. Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação. 3.1. Direito Civil No Brasil, o que é conhecido como "Código Civil" é, na verdade, a Lei nº 10.406/2002. Tal como outros tradicionalmente se vê em outros compêndios de normas brasileiros, é dividido em duas partes, A Parte Geral e a Parte Especial. Há ainda uma Parte Complementar. As Partes do Código Civil são divididas em livros (2 na Parte Geral, 5 na Especial e 1 na Complementar). Uma das principais mudanças do atual código em relação ao anterior foi a redução da maioridade civil de 21 para 18 anos. Não é mais preciso esperar o 21º ano de vida para realizar atos da vida civil. Também foi permitido aos pais darem emancipação ao filho a partir dos 16 anos. Antes, a emancipação era dada apenas caso o pai do adolescente morresse. Além disso, o novo Código garantiu que os filhos "artificiais" tivessem os mesmos direitos que os filhos naturais, mesmo após a morte do pai. E principalmente, o novo Código aboliu a palavra "homem" e substituiu por "pessoa", com o objetivo de haver igualdade entre os sexos. O Direito Civil brasileiro começou a ser delineado de forma relativamente independente quando a ideia de criar um código exclusivamente brasileiro surgiu a partir da Declaração da Independência. Ante a inexistência de leis próprias, a Assembleia Constituinte de 1823 determinou que continuassem a vigorar as Ordenações Filipinas, de Portugal, embora alterada em certos pontos por decretos extravagantes. 12 Foi apenas em 1916, ou seja, anos após a Proclamação da República, que um novo código foi promulgado. O código vigeu a partir de 1917 e foi revogado em janeiro de 2003, quando da entrada em vigência do atual Código Civil do país. 3.2. Direito do Trabalho e a CLT A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial. Em janeiro de 1942 o então presidente Getúlio Vargas e o Ministro do Trabalho e Emprego Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A ideia primária foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social". Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Foi assinada em pleno Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT. A Consolidação das Leis do Trabalho é uma lei do Brasil referente ao direito do trabalho e ao direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei n.º 5 452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista e existente no Brasil. A CLT é composta por oito capítulos que abrangem e especificam direitos de grande parte dos grupos trabalhistas brasileiros. Nos seus 922 artigos são encontradas informações como: identificação profissional, jornada do trabalho, salário mínimo, férias anuais, segurança e medicina do trabalho, proteção ao trabalho da mulher e do menor, previdência social e regulamentações de sindicatos das classes trabalhadoras. 3.3. Direito constitucional Uma constituição, não se apresenta formalmente escrita. Em países onde o direito consuetudinário é comum, a constituição não se encontra positivada numa carta. Ela é fruto de uma construção histórica das práticas e costumes de toda a população. Tal espécie de Lei Maior não impede a existência de normas escritas de 13 caráter constitucional, como acontece na Inglaterra, com o Act of Habeas Corpus, e a própria Magna Carta. Porém, a maioria das constituições existentes segue o padrão formal, de modo que são o fruto de uma Assembleia de Representantes do Povo, onde se decide acerca de como será o Governo estatal e quais os direitos a serem previstos neste documento. A Constituição Federal atualmente em vigor no Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e, até o presente mês e ano (abril de 2020), possui 104 emendas constitucionais. Ficou conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida no processo de redemocratização, iniciado com o encerramento da ditadura militar no Brasil (1964–1985). Até setembro de 2020 foram acrescentadas 116 emendas, sendo 108 emendas constitucionais ordinárias, seis emendas constitucionais de revisão e dois tratados internacionais aprovado de forma equivalente. 3.4. Direito Digital Trata-se do ramo do Direito que rege as relações em ambientes virtuais. Não é porque todos estão por trás de uma tela de computador que podemos considerar que a internet é “terra de ninguém” e nela podemos fazer o que bem entendermos. O Direito Digital está aí para estabelecer leis e garantir que ninguémseja constrangido ou lesado nesse ambiente. 3.5. LGPD É a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e que também altera os artigos 7º e 16 do Marco Civil da Internet. A legislação se fundamenta em diversos valores, como o respeito à privacidade, à autodeterminação informativa, à liberdade de expressão, de informação, comunicação e de opinião; à inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem, ao desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; à livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor e aos direitos humanos de liberdade e dignidade das pessoas. A LGPD cria um conjunto de novos conceitos jurídicos, estabelece as condições nas quais os dados pessoais podem ser tratados, define um conjunto de 14 direitos para os titulares dos dados, gera obrigações específicas para os controladores dos dados e cria uma série de procedimentos e normas para que haja maior cuidado com o tratamento de dados pessoais e compartilhamento com terceiros. No início de julho de 2019, em meio as notícias de vazamentos de dados pessoais do ministro da justiça Sérgio Moro, o Senado aprovou o encaminhamento de uma proposta de emenda à Constituição, PEC 17/2019. Essa PEC pretende classificar a proteção de dados como direito fundamental, alterando o inciso XII do art. 5º, que define como “inviolável” o sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas, de dados e comunicações telefônicas. Resta agora a aprovação pelo Congresso Nacional. 15 4. SISTEMA DE GESTÃO DE BIBLIOTECA. O sistema a ser desenvolvido pela empresa PIM III terá toda a execução sendo realizada no lado do servidor e a apresentação ao usuário final sendo realizada em um navegador Web, assim tornando independente do sistema operacional utilizado pelo usuário. O Sistema será desenvolvido com base nos levantamentos de requisitos de um sistema para gerenciamento de uma biblioteca comunitária, divididos em módulos, que é o de administração dos usuários da biblioteca, que consiste no cadastro de pessoas físicas que visitam a biblioteca, podendo retirar as obras para consultas e pesquisas locais, bem como o empréstimo e levar as obras para casa e o módulo de cadastro de obras bibliográficas e periódicos. O menu de cadastro de visitantes / usuários da biblioteca, recebe os dados pessoais, tais como nome completo, endereço completo incluindo CEP, e-mail e número de telefone para contato, ao solicitar o primeiro empréstimo de um item, sendo ele uma obra bibliográfica ou um periódico, o bibliotecário responsável realiza a busca no sistema, caso não encontre o cadastro, será necessário realiza-lo, com base em uma entrevista onde o visitante deve informar seus dados pessoais para cadastro. Cada obra bibliográfica ou periódico existente ou a vir existir na biblioteca comunitária deve ser cadastrado no sistema SB WEB, são esses dados o Título, Autor (ers), Editora, Volume, Assunto, Prefácio e Local de Armazenamento. O menu de retiradas e devoluções, realiza o controle e a amarração entre títulos retirados e visitantes que utilizaram o título, cada obra retirada e devolvida é realizado o cadastro, informando o visitante, data e hora de retirada e devolução, bem como uma indicação do estado da obra bibliográfica e/ou periódico no momento da retirada e devolução. 4.1. VBScript VBScript é uma versão interpretada da linguagem de programação Visual Basic usada em ASP para tarefas e construção dinâmica de página HTML, e WSH para facilitar a construção de ferramentas e tarefas automatizadas. O VBScript usa o Component Object Model para acessar os elementos do ambiente no qual ele está sendo executado, o que permite o uso de funções 16 avançadas do Sistema Operacional, como por exemplo, para manipulação de arquivos ou do registro do Windows. Imagem 2 – Exemplo de codificação VBScript Fonte: https://cdn.educba.com/academy/wp-content/uploads/2019/03/What-is- VBScript-2.png 4.2. HTML HTML é uma das linguagens utilizadas para desenvolver websites. O acrônimo HTML vem do inglês e significa Hypertext Markup Language ou em português Linguagem de Marcação de Hipertexto. O HTML é a liguagem base da internet. Foi criada para ser de fácil entendimento por seres humanos e também por máquinas, como por exemplo o Google ou outros sistemas que percorrem a internet capturando informação. Através de um documento HTML, o navegador faz a leitura do arquivo e renderiza o seu conteúdo para que o usuário final possa visualizá-lo. Os arquivos .html podem ser visualizados em qualquer navegador. O código pode ser escrito através de qualquer editor de texto, como o próprio bloco de notas. Cada página consiste em uma série de tags (também chamados de elementos) que podem ser considerados os blocos de construção das páginas. Portanto, esses blocos são a maneira com a qual o HTML faz a marcação dos conteúdos, criando a hierarquia e a estrutura do mesmo, dividido entre seções, parágrafos, cabeçalhos e outros. 4.3. Menu Principal 17 Através do menu principal que é possível selecionar a rotina para cada funcionalidade, tal como cadastrar um novo visitante a biblioteca, um novo livro ou obra, um novo empréstimo ou efetuar devoluções. É possível ainda, efetuar o logoff pelo botão sair. Imagem 3 – Código Fonte Menu principal em HTML e VBScript Fonte: Desenvolvida pelo autor 18 Imagem 4 – Menu Principal Fonte: Desenvolvida pelo Autor 19 5. ESTRUTURA DE BANCO DE DADOS Um banco de dados é uma coleção organizada de informações estruturadas, armazenadas em um sistema de computador. Um banco de dados é geralmente controlado por um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD). Juntos, os dados e o SGDB, juntamente com os aplicativos associados a eles, são chamados de sistema de banco de dados, geralmente abreviados para apenas banco de dados. Os dados nos tipos mais comuns de bancos de dados em operação atualmente são modelados em linhas e colunas em uma série de tabelas para tornar o processamento e a consulta de dados eficientes. A maioria dos bancos de dados usa a linguagem de consulta estruturada (SQL) para escrever e consultar dados. O SQL foi desenvolvido pela primeira vez na IBM nos anos 1970, com a Oracle como principal contribuinte, o que levou à implementação do padrão SQL ANSI; o SQL estimulou muitas extensões de empresas como IBM, Oracle e Microsoft. Nos anos 1980, bancos de dados relacionais tornaram-se populares, seguidos por bancos de dados orientados a objetos na década de 1990. Mais recentemente, bancos de dados NoSQL surgiram como uma resposta ao crescimento da internet e à necessidade de maior velocidade e processamento de dados não estruturados. Hoje, bancos de dados na nuvem e bancos de dados autônomos estão abrindo novos caminhos quando se trata de como os dados são coletados, armazenados, gerenciados e utilizados. O SGBD serve como uma interface entre o banco de dados e seus usuários finais ou programas, permitindo que os usuários recuperem, atualizem e gerenciem como as informações são organizadas e otimizadas. O SGBD também facilita a supervisão e o controle de bancos de dados, permitindo uma variedade de operações administrativas, como monitoramento de desempenho, ajuste e backup e recuperação. Alguns exemplos de softwares de bancos de dados populares ou SGBD incluem MySQL, Microsoft Access, Microsoft SQL Server, FileMaker Pro, Oracle Database e dBASE. 5.1. MySQL O MySQL é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional de código aberto baseado em SQL. Ele foi projetado e otimizado para aplicativos da web 20 e pode ser executado em qualquer plataforma (Windows, Linux, Unix, MAC). Como surgiram requisitos novose diferentes com a internet, o MySQL tornou-se a plataforma preferida para desenvolvedores da web e aplicativos baseados na web. Por ter sido projetado para processar milhões de consultas e milhares de transações, o MySQL é uma escolha popular para empresas de comércio eletrônico que precisam gerenciar várias transferências de dinheiro. A flexibilidade sob demanda é o principal recurso do MySQL. O MySQL é o SGBD por trás de alguns dos principais sites e aplicativos baseados na web do mundo, incluindo Airbnb, Uber, LinkedIn, Facebook, Twitter e YouTube. 5.2. Modelo conceitual do banco de dados A modelagem conceitual baseia-se no mais alto nível e deve ser usada para envolver o cliente, pois o foco é discutir os aspectos do negócio do cliente e não da tecnologia. Os exemplos de modelagem de dados vistos pelo modelo conceitual são mais fáceis de compreender, já que não há limitações ou aplicação de tecnologia específica. O diagrama de dados que deve ser construído aqui é o Diagrama de Entidade e Relacionamento, onde deverão ser identificados todas as entidades e os relacionamentos entre elas. Este diagrama é a chave para a compreensão do modelo conceitual de dados. Imagem 5 – Modelo Conceitual do Banco de dados Sistema Biblioteca Fonte: Desenvolvida pelo autor 5.3. Modelo lógico do banco de dados O modelo lógico já leva em conta algumas limitações e implementa recursos como adequação de padrão e nomenclatura, define as chaves primárias e estrangeiras, normalização, integridade referencial, entre outras. Para o modelo lógico deve ser criado levando em conta os exemplos de modelagem de dados criados no modelo conceitual. 21 Imagem 6 - Modelo lógico do Banco de dados Sistema Biblioteca Fonte: Desenvolvida pelo autor 5.4. Modelo físico de banco de dados No modelo físico fazemos a modelagem física do modelo de banco de dados. Neste caso leva-se em conta as limitações impostas pelo SGBD escolhido e deve ser criado sempre com base nos exemplos de modelagem de dados produzidos no item anterior, modelo lógico. O modelo físico inclui a análise das características e recursos necessários para armazenamento e manipulação das estruturas de dados (estrutura de armazenamento, endereçamento, acesso e alocação física), sendo uma sequência de comandos executados em SQL a fim de criar as tabelas, estruturas e ligações projetadas até então e finalmente criar o banco de dados. Imagem 7 –Criação de banco de dados Sistema Biblioteca Fonte: Desenvolvida pelo autor 22 Imagem 8 – Script de criação de tabelas no banco de dados biblioteca Fonte: Desenvolvida pelo autor 5.5. Scripts de Inclusão, pesquisa, remoção e atualização Um script SQL contém instruções na linguagem SQL, comandos condicionais, variáveis, comentários, palavras-chave e outros elementos textuais importantes para lidar com dados e representar a lógica de algum algoritmo. Contudo, muitas vezes nos deparamos com instruções complexas que ocupam muitas linhas e manipulam diversos objetos ao mesmo tempo. 23 Para os Sistema Biblioteca, temos algumas instruções SQL que são executadas para manipulação dos dados e execução das rotinas. Para inclusão de novos livros e usuários e um novo empréstimo de algum livro ou periódicos é utilizado o comando INSERT. Para inserir novos livros: INSERT INTO SB_Livros (SB_Titulo,SB_Autor,SB_Editora,SB_Assunto,SB_Prefacio,SBLocal) values ‘('@SB_Titulo',@'SB_Autor','@SB_Editora','@SB_Assunto','@SB_Prefacio',' @SBLoc al'); Para inserir novos visitantes: INSERT INTO SB_Visitantes (SB_Nome,SB_Endereco,SB_EMail,SB_Telefone) values ‘('@SB_Nome','@SB_Endereco','@SB_EMail','@SB_Telefone'); Para inserir um novo empréstimo: INSERT INTO SB_Emprestimos (SB_Nome,SB_DtRetira,SB_DtEntrega,SB_DtLimite) values ‘('@SB_Nome','@SB_DtRetira','@SB_DtEntrega','@SB_DtLimite'); Para realizar uma pesquisa sobre um visitante, item ou mesmo sobre um empréstimo é utilizando o comando SELECT: SELECT SB_Titulo FROM SB_Livros; SELECT SB_Nome FROM SB_Visitante; SELECT SB_Nome FROM SB_Emprestimos; Para a exclusão de um item ou visitante da base de dados, é utilizado o comando DELETE: DELETE FROM SB_Livros WHERE SB_ = @SB_Item; 24 DELETE FROM SB_Visitantes WHERE SB_Visit = @SB_Visit; Para a devolução de um item é utilizado o comando UPDATE que irá atualizar a data de devolução: UPDATE FROM SB_Emprestimos WHERE SB_DtEntrega = @SB_DtEntrega; Uma tabela pode conter milhões de registros. Contudo, mover um volume tão grande de dados para a memória pode ser inviável. Além disso, na maioria dos casos precisamos modificar ou acessar poucos registros. A linguagem SQL nos permite parametrizar consultas para filtrar seu retorno. Para isso, utilizamos a cláusula WHERE nos comandos UPDATE e DELETE. 5.6. Shell Script e backup de banco de dados Um shell script permite encadear comandos para solucionar tarefas mais complexas, como automatizar backups, redimensionar um lote de fotografias, limpar erros de um arquivo de texto, etc. Mas eles não são apenas uma simples sequência de comandos e podem usar características comuns às linguagens de programação, como condições (if-then-else) e até loops (for, repeat). A primeira linguagem de script em Shell a ser criada e implementada na versão 7 do Unix Shell ficou conhecida como Bourne Shell (sh) e foi criada por Stephen R. Bourne. Após a implementação da linguagem Bourne Shell (sh), diversas outras linguagens de scripts baseadas no (sh) vieram, como Korn Shell, DMERT Shell, e em 1989 veio a ser lançada a linguagem que se tornou Shell de login padrão em diversas distribuições Linux, O GNU Bash ou simplesmente Bash. 25 Imagem 9 – Script Shell para backup de banco de dados Fonte: Desenvolvida pelo autor 26 6. CONCLUSÃO Com este projeto foi possível compreender o processo de catalogar livros em uma biblioteca, conhecer o ISBN, CDD, formato MARC e o papel do bibliotecário em nossa sociedade, além de toda a legislação que que compreende o direito civil, constitucional, direito digital e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Com um olhar mais técnico, foi possível compreender a teoria por trás, além de desenvolver e implementar na prática um sistema funcional, constituído por menus e acesso a banco de dados, aqui desenvolvido em VBScript com HTML, com alguns comandos em ASP clássico. Já em banco de dados, compreender sobre os diversos SGBD existentes no mercado e implementar um banco de dados em MySQL, desenvolvendo os modelos conceitual, lógico e físico de um banco de dados, além de comandos SQL para inserção, pesquisa, atualização e remoção de dados. Para finalizar, foi possível implementar um backup automatizado utilizando uma outra linguagem de Scripts, o Shell Scripts nativo no Linux, que se mostrou um tanto quanto poderosa. 27 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Universidade Federal de Minas Gerais, Bibliotecas comunitárias e espaços públicos de informação. Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/cultura/docs/11a_Bibliotecas_comunitarias_- _Roger_Guedes.pdf> acesso em: 03/11/2020. Wikipedia, Clássificação decimal de Dewey Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey> acesso em: 03/11/2020. Wikipedia, Formato MARC Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC> acesso em: 04/11/2020. Wikipedia, Código de Catalogação Anglo-Americano Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o_Angl o-Americano.> acesso em: 04/11/2020. Wikipedia, International Standard Book Number. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Book_Number> acesso em: 04/11/2020. Wikipedia, Catalogação Bibliográfica.Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Cataloga%C3%A7%C3%A3o_bibliogr%C3%A1fica/> acesso em: 04/11/2020. Significados, Significado de ética profissional. Disponível em: < https://www.significados.com.br/etica- profissional/#:~:text=%C3%89tica%20profissional%20%C3%A9%20o%20conjunto, 28 %C3%A9%20n%C3%A3o%20prejudicar%20o%20pr%C3%B3ximo.> acesso em: 04/11/2020. Wikipedia, Direito Civil. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_civil> acesso em: 04/11/2020. Wikipedia, Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho> acesso em: 05/11/2020. Wikipédia, Direito Constitucional Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_constitucional> acesso em: 05/11/2020. Direito Profissional, Direito Digital Disponível em: < https://www.direitoprofissional.com/direito-digital/> acesso em: 05/11/2020. Wikipédia, Lei Geral de Proteção e Dados Pessoais Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Geral_de_Prote%C3%A7%C3%A3o_de_Dados_Pes soais> acesso em: 05/11/2020. SANTANA, Fabiano de Araújo. Desenvolvendo Sites Dinâmicos com ASP. Rio de Janeiro: Book Express, 2002. Oracle, O que é Banco de Dados? Disponível em: < https://www.oracle.com/br/database/what-is-database.html> acesso em: 06/11/2020. MANZANO, José Augusto N.G. MySQL 5.5 Interativo. São Paulo: Editora Érica, 2011. MELO, Sandro. et al. BS7799 Linux: Da tática a prática em servidores. São Paulo: Alta Books, 2006.
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