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Rebeca Rivera - Medicina • É uma doença crônica associada a múltiplas complicações, que depende não só de fatores genéticos e fisiológicos, mas também de variáveis culturais, sociais e psicológicas associadas à quantidade e qualidade da alimentação. (Muenning) • A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, que pode prejudicar a saúde. • A aliteratura firma que sua etiologia é multifatorial. • Envolve aspectos genéticos, comportamentais, sociais, metabólicos e culturais. • Tecido adiposo: Um órgão dinâmico metabolicamente, que além de ser o principal local de armazenamento para o excesso de energia, tem função endócrina, sendo capaz de sintetizar uma série de compostos biologicamente ativos que regulam a homeostase metabólica. • Esse tecido dinâmico é constituído não apenas por adipócitos, mas • também de outros tipos de células chamadas fração de estroma vascular, compreendendo as células sanguíneas, células endoteliais, pericitos, células precursoras adiposas, células do sistema imunológico, entre outras. • Além disso, o órgão adiposo é composto por dois citotipos funcionalmente distintos – o tecido adiposo marrom (TAM) e o tecido adiposo branco (TAB). • TAB secreta múltiplos peptídeos bioativos, que não influenciam apenas a função adipocitária (função autócrina e parácrina), mas também afetam várias vias metabólicas por meio da circulação sanguínea. • Estudos recentes mostram que a hipertrofia dos adipócitos, isto é, o aumento do volume da célula adiposa, decorrente do acúmulo excessivo de triacilgliceróis, é altamente correlacionada com a obesidade e acarreta uma infiltração e ativação de macrófagos no tecido adiposo. • Os adipócitos secretam várias citocinas e proteínas de fase aguda que, direta ou indiretamente, elevam a produção e circulação de fatores relacionados com a inflamação. Introdução Etiologia Fisiopatologia – tecido adiposo Rebeca Rivera - Medicina • Dentre todas as adipocinas relacionadas com processos inflamatórios, sem dúvida, a IL-6, o TNF- a, a leptina, a grelina e a adiponectina são alvos de bastante discussão. • A grelina estimula o apetite. • Atua como um fator de sinalização entre o tecido adiposo e o sistema nervoso central, bloqueando o apetite. • No obeso a leptina é produzida de boa, até em excesso, porém não se liga de forma plena ao receptor porque as citocinas do tecido adiposo impedem. • Sua expressão diminui à medida que o tecido adiposo aumenta, efetivando o processo inflamatório. Fisiopatologia – leptina Fisiopatologia – grelina Fisiopatologia – adiponectina Fisiopatologia – resistina Rebeca Rivera - Medicina • Expressa especificamente no tecido adiposo branco e sua secreção está fortemente relacionada à resistência à insulina. (pode levar a diabetes) • Gasto energético divide-se em: taxa metabólica de repouso, efeito térmico do alimento e atividade física. • Privação de sono: Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado pelos especialistas, produzem menores quantidades de leptina – hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade. • Frequência da alimentação: a alimentação balenceada, associada a um padrão de injestão, influencia a perda de peso, pois há gasto energético até comendo, a chamada termogênese alimentar. • Microbiota intestinal: Indivíduos obesos apresentaram menor concentração do filo Bacteroidetes e maior concentração do filo Firmicutes. • A obesidade é fator de risco para doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, distúrbios do colesterol ou triglicerídeos, doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca, apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva e vários tipos de câncer. Metabolismo energético Fatores associados Consequências Rebeca Rivera - Medicina • Quanto ao IMC: • Índice de adiposidade corporal: No geral, o ideal para mulher é 25% e homem 205. • O tratamento de doenças coexistentes conduz à reversão total da condição do obeso. • Glicemia, insulina, leptina, lipidograma. • Estilo de vida: recomenda-se a mudança e coloca-se como meta a perda de gordura de 0,5 – 1kg por SEMANA. • Tratamento farmacológico: ➔ Baseado em alguns mecanismos, tais como: Estimulo das vias anorexígenas de sinalização (leptina). Antagonizar a sinalização orexígenas. Aumentar gasto energético. Classificação Diagnóstico diferencial Tratamento Exames principais Rebeca Rivera - Medicina Inibir absorção de nutrientes. ➔ Com as seguintes características: Eficácia na redução ponderal. Perfil de segurança para uso a longo prazo. Boa tolerabilidade do organismo. Viabilidade econômica. Impacto positivo sobre comorbidades associadas à obesidade. ➔ Medicamentos a) Sibutramina: aumenta rapidamente a sensação de saciedade, evitando que sejam ingeridos alimentos em excesso e, assim, facilita a perda de peso. b) Orlistat: Age sobre as lipases, mais de 30% das gorduras ingeridas na alimentação atravessam o tubo digestivo sem ser digeridas nem absorvidas. c) Liraglutida: uma ação sobre o centro da saciedade no cérebro e causa um retardo no esvaziamento do estômago. d) Anfepramona: age similarmente à sibutramina, inibindo o apetite e induzindo a saciedade. → Medicamentos não específicos para obesidade Pode-se prescrever os seguintes ansiolíticos, que auxiliam no controle da compulsão alimentar: • Tratamento cirúrgico
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