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AULA 02

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AULA 02: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 
2- Imposto de Exportação 2 - 9 
3- Imposto sobre Produtos Industrializados 9 – 24 
4- PIS/PASEP–Importação e COFINS-Importação 25 - 45 
5- ICMS 45 – 56 
6- CIDE-Combustíveis 56 – 59 
7- Adicional ao Frete para Renovação da Marinha 
Mercante (AFRMM) 
59 - 63 
8- Taxa de Utilização do Mercante 64 - 66 
9- Incentivos Fiscais à Exportação 66 – 80 
10- Questões Comentadas 81 – 103 
11-Lista de Questões e Gabarito 104 - 124 
Olá, amigos (as), tudo bem? 
É sempre uma enorme satisfação estar aqui com vocês! 
Na aula passada, nós estudamos tudo sobre o imposto de 
importação, tributo que sem dúvida é o grande responsável pela regulação do 
comércio exterior. Hoje, estudaremos outros tributos que incidem sobre o 
comércio exterior: IPI, PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação, CIDE-
Combustíveis, ICMS, AFRMM e Taxa Mercante. Também veremos tudo sobre os 
Incentivos Fiscais à Exportação. 
Tenho a convicção de que, ao final da aula de hoje, você estará muito 
bem preparado para fazer qualquer prova, por mais difícil que ela seja. Se 
você errar uma única questão na prova, será por erro da banca examinadora!☺ 
Não se esqueçam de acompanhar nossas aulas com o Regulamento Aduaneiro 
em mãos. Em Legislação Aduaneira, a grande tendência é que seja cobrada a 
literalidade da norma. 
Grande abraço a todos, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://www.facebook.com/rvale01 
 
 
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1- Imposto de Exportação (IE): (art. 212 – art. 217) 
1.1-Introdução: 
Assim como o imposto de importação, o imposto de exportação tem 
finalidade eminentemente extrafiscal, servindo como mecanismo de 
controle governamental sobre o comércio exterior. No Brasil, a atual política 
comercial tem sido direcionada para o incentivo às exportações, motivo pelo 
qual estas são desoneradas de tributos, inclusive do imposto de exportação. 
Com efeito, o imposto de exportação possui alíquota zero para a quase 
totalidade da pauta exportadora brasileira. 
Para o analista mais desavisado, pode parecer um absurdo que o 
governo faça incidir o imposto de exportação sobre suas vendas ao exterior. 
No entanto, tal política pode prestar-se a objetivos diversos. Veja só! Imagine 
que o preço internacional de arroz tenha se elevado em virtude da escassez de 
oferta resultante de enchentes ocorridas no Sudeste Asiático. Ora, os 
exportadores brasileiros poderão ficar tentados a vender todo o estoque de 
arroz, o que geraria um desabastecimento interno. Para evitar tal situação, 
o governo poderá impor um imposto de exportação sobre as vendas de arroz 
ao exterior. 
Atualmente, no Brasil, alguns exemplos de produtos em relação aos 
quais o imposto de exportação possui alíquotas diferentes de zero são certos 
tipos de couro (couro wet blue e couro salgado) e armamentos exportados 
para a América do Sul e Caribe. 
Em razão de sua natureza extrafiscal, o art. 153, § 1º, da CF/88 
determina que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os 
limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto de exportação. 
Dessa forma, pode-se afirmar que o imposto de exportação não obedece 
ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, 
é a CAMEX quem define as alíquotas do imposto de exportação. Nos termos do 
Regulamento Aduaneiro, a CAMEX é responsável por relacionar as 
mercadorias sujeitas ao imposto de exportação. Isso nos permite afirmar 
que o imposto de exportação é excepcional, pois somente os produtos 
relacionados pela CAMEX estarão a ele sujeitos. 
A competência da CAMEX para fixar as alíquotas do imposto de 
importação e do imposto de exportação já foi, inclusive, reconhecida pelo 
Supremo Tribunal Federal no RE 570.680/RS. 
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO 
DE ALÍQUOTA. ART. 153 , § 1º , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPÚBLICA 
NÃO CONFIGURADA. ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. 
CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS 
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LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 
I- É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que 
atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de 
estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. 
II - Competência que não é privativa do Presidente da República. 
III - Inocorrência de ofensa aos arts. 84, IV e parágrafo único, e 153, 
§ 1º, da Constituição Federal ou ao princípio de reserva legal. 
Precedentes. 
IV - Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior - 
CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e 
às demais normas regulamentares. 
V - Recurso extraordinário conhecido e desprovido. 
Segundo o art. 215 do R/A, a alíquota do imposto de exportação será 
de 30%, podendo ser aumentada ou reduzida pelo Poder Executivo. 
Entretanto, na hipótese de elevação da alíquota, essa não poderá 
ultrapassar 150% (alíquota máxima do imposto de exportação). Trata-se de 
limite estabelecido em lei, que deve ser observado pela CAMEX ao manejar a 
alíquota do imposto. 
O imposto de exportação também excepciona os princípios da 
anterioridade e da noventena, resultando daí que qualquer alteração de 
alíquotas produzirá efeitos imediatos. Destaque-se que o lançamento do 
imposto de exportação, à semelhança do que ocorre para o imposto de 
importação, é feito por homologação. 
 
1.2- Fato Gerador: 
O imposto de exportação é tributo da competência da União, cujo 
fato gerador é a saída da mercadoria do território nacional. Segundo o 
art. 212 do R/A, o imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional 
ou nacionalizada destinada ao exterior. Destaque-se que é considerada 
mercadoria nacionalizada aquela que foi importada a título definitivo. 
Para efeito de cálculo do imposto de exportação, considera-se 
ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no SISCOMEX1. 
Assim, o tributo será calculado com base na alíquota vigente na data do 
registro do RE, mesmo que, na data da efetiva saída da mercadoria do 
território nacional, a alíquota em vigor seja outra. 
 
1 Registro de Exportação é o conjunto de informações de natureza comercial, 
financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma 
mercadoria e definem o seu enquadramento. Trata-se de documento utilizado no 
controle administrativo das exportações. Recorde-se que o documento utilizado 
no controle administrativo das importações é a Licença de Importação. 
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O fato gerador do imposto de importação 
considera-se ocorrido na data de registro da D.I. 
 
O fato gerador do imposto de exportação 
considera-se ocorrido na data de registro do R.E 
(e não na data de registro da D.E, como poderíamos 
ser induzidos a pensar!) 
 
1.3- Base de Cálculo: 
O valor aduaneiro é utilizado como base de cálculo apenas para o 
imposto de importação. Segundo o art. 214 do R/A, a base de cálculo do I. E é 
o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo 
da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no 
mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de 
Comércio Exterior. Por ser esse um conceito muitosubjetivo, a legislação 
prevê que o preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é 
indicativo do preço normal. 2 
Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível 
de oscilações bruscas no mercado internacional, a CAMEX fixará 
critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para 
apuração da base de cálculo. 
Segundo o art. 214, § 2o, do R/A,! para efeito de determinação da 
base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não 
poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de produção, acrescido 
dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de 
15% (quinze por cento) sobre a soma dos custos, mais impostos e 
contribuições. Assim, se o custo de produção de uma mercadoria for R$ 850,00 
e os impostos e contribuições somarem R$ 150,00, o preço de venda da 
mercadoria, para fins de apuração da base de cálculo do IE, não poderá ser 
inferior a R$ 1.150,00 (custo de produção + impostos/contribuições + margem 
de lucro de 15%). 
Atualmente, essa regra pode parecer sem muita utilidade, uma vez 
que nossas exportações são praticamente todas desoneradas do imposto de 
exportação (recebem alíquota zero). No entanto, seu objetivo é evitar o 
subfaturamento nas exportações, caso estas sejam tributadas, por razões 
extrafiscais, pelo imposto de exportação. 
Conforme já comentamos, o R/A prevê que a alíquota do imposto 
de exportação será de 30%, podendo a CAMEX reduzi-la ou aumentá-la. 
 
2 Valor FOB é o preço da mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Em 
outras palavras, é o preço da mercadoria excluído o frete e o seguro internacional. 
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Entretanto, ao aumentar a alíquota, a CAMEX deverá observar o limite 
máximo de 150%. 
 
1.4- Sujeito ativo: 
Segundo o art. 153 da CF/88, compete à União instituir imposto 
sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. 
Portanto, o sujeito ativo do imposto de exportação é a União. 
 
1.5- Sujeito passivo: contribuinte 
O pagamento será realizado na forma e no prazo fixados pelo 
Ministro da Fazenda que poderá determinar sua exigibilidade antes da 
efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada. É possível 
que, em função do destino da mercadoria a ser exportada, seja dispensada a 
cobrança do imposto de exportação. Assim, a CAMEX poderá estabelecer 
que o imposto de exportação não será cobrado quando a mercadoria tiver 
certos destinos. 
O contribuinte do imposto de exportação é o exportador, assim 
considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território 
aduaneiro. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
1. (ATRFB-2012) A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação 
específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao Imposto de Exportação, mas 
de acordo com o art. 153, § 10 da Constituição Federal, a alteração das 
alíquotas do imposto é de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. 
Comentários: 
De fato, a CAMEX possui competência para relacionar as mercadorias 
sujeitas ao imposto de exportação, o que nos leva a afirmar que esse é um 
imposto excepcional (apenas incide sobre as mercadorias relacionadas pela 
CAMEX). No entanto, a alteração de alíquotas não é de competência privativa 
do Chefe do Poder Executivo. Com efeito, é a CAMEX o órgão que, atualmente, 
detém competência para alterar as alíquotas do imposto de exportação. 
Questão errada. 
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2. (ATRFB-2012) Mesmo considerando a função regulatória do Imposto de 
Exportação, suas alíquotas não poderão ser manejadas sem a observância de 
condições e limites estabelecidos em lei em sentido estrito. 
Comentários: 
Há limites para a alteração das alíquotas do imposto de exportação. 
Conforme estudamos, a alíquota máxima do I.E é 150%. Questão correta. 
3. (ATRFB-2012) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, é 
incompatível com a Constituição Federal a norma infraconstitucional que 
atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de 
estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. 
Comentários: 
Não é incompatível com a CF/88 norma infraconstitucional que atribui 
a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as 
alíquotas do Imposto de Exportação. Isso é perceptível ao verificarmos que a 
CAMEX é quem fixa as alíquotas do imposto de exportação. Questão errada. 
4. (ATRFB-2012) O Imposto de Exportação incide sobre mercadoria 
nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se nacionalizada a 
mercadoria estrangeira importada a título definitivo. 
Comentários: 
Segundo o art. 212, do R/A, o imposto de exportação incide sobre 
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se 
nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. Questão 
correta. 
5. (Questão Inédita) O imposto de exportação incide sobre mercadoria 
estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se ocorrido na 
data do registro de exportação. 
Comentários: 
O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou 
nacionalizada destinada ao exterior. Questão errada. 
6. (Questão Inédita) O imposto de exportação incide sobre mercadoria 
nacional ou estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se 
ocorrido na data do registro de exportação. 
Comentários: 
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O imposto de exportação não incide sobre mercadoria estrangeira. 
Questão errada. 
7. (Questão Inédita) A base de cálculo do imposto de exportação, quando 
a alíquota for ad valorem, será o valor aduaneiro. 
Comentários: 
A base de cálculo do imposto de exportação é o preço normal. O 
valor aduaneiro é a base de cálculo do imposto de importação, quando a 
alíquota for ad valorem. Questão errada. 
8. (Questão Inédita) A alíquota máxima para o imposto de exportação é 
de 150%. 
Comentários: 
A alíquota do I.E é de 30%, podendo ser reduzida ou aumentada pela 
CAMEX. No caso de aumento de alíquota, esta não poderá ultrapassar o limite 
máximo de 150%. Questão correta. 
9. (Questão Inédita) O pagamento do imposto de exportação será 
realizado na forma e no prazo fixados pela CAMEX. 
Comentários: 
A forma e o prazo de pagamento do imposto de exportação serão 
fixados pelo Ministro da Fazenda, Questão errada. 
10. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de exportação considera-
se ocorrido no momento do desembaraço aduaneiro. 
Comentários: 
O fato gerador do imposto de exportação considera-se ocorrido na 
data do registro de exportação (RE). Questão errada. 
11. (Questão Inédita) O imposto de exportação será calculado pela 
aplicação da alíquota de 30% sobre a base de cálculo. O Ministro da Fazenda 
tem competência para reduzir ou aumentar essa alíquota, a fim de atender aos 
objetivos da política cambial e de comércio exterior. 
Comentários: 
A competência para reduzir ou aumentar a alíquota do imposto de 
exportação é da CAMEX. Questão errada. 
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12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Para efeito de cálculo do 
imposto de exportação, considera-se ocorrido o fato gerador na data da saída 
da mercadoria do território aduaneiro. 
Comentários: 
Para efeito de cálculo do imposto de exportação, considera-seocorrido o fato gerador na data do registro de exportação. Questão errada. 
13. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportação 
incide somente sobre mercadoria nacionalizada destinada ao exterior. 
Comentários: 
O imposto de exportação também incide sobre mercadoria nacional 
destinada ao exterior. Questão errada. 
14. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportação tem 
como fato gerador o desembaraço aduaneiro da mercadoria exportada. 
Comentários: 
O fato gerador do imposto de exportação é a saída de mercadoria 
do território nacional, considerando-se ocorrido na data do registro de 
exportação. Questão errada. 
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de elevação, a 
alíquota do imposto de exportação não poderá ser superior a cinquenta por 
cento. 
Comentários: 
A alíquota do imposto de exportação não poderá ser superior a 
150%. Questão errada. 
16. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em determinadas situações a 
Câmara de Comércio Exterior – CAMEX - pode definir pauta de valor mínimo 
para a apuração da base de cálculo do imposto de exportação. 
Comentários: 
Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de 
oscilações bruscas no mercado internacional, a CAMEX poderá estabelecer 
critérios específicos ou definir pauta de valor mínimo para apuração da 
base de cálculo do imposto de exportação. Questão correta. 
17. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto 
de exportação é o valor aduaneiro, segundo definição do art. VII do GATT. 
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Comentários: 
A base de cálculo do imposto de exportação é o preço normal. O valor 
aduaneiro é base de cálculo do imposto de importação quando a alíquota for ad 
valorem. Questão errada. 
18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É contribuinte do imposto de 
exportação qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território 
aduaneiro. 
Comentários: 
O contribuinte do imposto de exportação é o exportador, assim 
considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território 
aduaneiro. Questão correta. 
 
2-Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): (art. 237 – art. 248) 
2.1- Introdução: 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem natureza 
predominantemente extrafiscal, embora, nos últimos anos, tenha ganhado 
relevância sua finalidade arrecadatória (fiscal). A extrafiscalidade do IPI resta 
evidente quando se percebe que este tem sido utilizado pelo governo brasileiro 
como instrumento de política de comércio exterior. 
Em função de sua natureza extrafiscal, o IPI não obedece ao 
princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas e ao princípio 
da anterioridade. Assim, suas alíquotas podem ser alteradas por ato do 
Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. 
Adicionalmente, não é necessário que a majoração da alíquota do IPI espere o 
próximo exercício financeiro para produzir seus efeitos. 
O IPI, todavia, obedece ao princípio da anterioriedade 
nonagesimal (noventena). Isso quer dizer que a majoração da alíquota 
desse tributo, apesar de não necessitar aguardar pelo próximo exercício 
financeiro para produzir seus efeitos, deve esperar 90 dias. O legislador 
constituinte conferiu ao contribuinte uma garantia, ainda que mínima, contra a 
surpresa de uma exação que lhe seja onerosa. 
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2.2- Fato Gerador: 
O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na 
importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência 
estrangeira. O desembaraço aduaneiro, como iremos estudar em aula futura, é 
o ato final do despacho de importação; é o momento em que o 
atesta a regularidade da importação, liberando a mercadoria para efetivo 
ingresso no território aduaneiro. 
Embora o fato gerador do IPI ocorra somente por ocasião do 
desembaraço aduaneiro, o recolhimento tributário é feito no momento do 
registro da Declaração de Importação (DI), que marca o início do 
despacho de importação. Assim, o recolhimento tributário será feito em 
momento anterior à ocorrência do fato gerador do IPI vinculado à importação, 
o que pode dar origem a algumas situações inusitadas. 
Suponha por exemplo que, no dia 15/04/2013, um importador 
registre uma DI que ampara a importação de geladeiras. O desembaraço 
aduaneiro, no entanto, somente vem a ocorrer no dia 30/04/2013. Agora vem 
o problema! Na data do registro da DI (15/04/2013), a alíquota do IPI era de 
30%; já na data do desembaraço aduaneiro (30/04/2013), a alíquota do IPI 
era de 10%. O recolhimento tributário, nessa situação, foi feito com base na 
alíquota vigente na data do registro da DI (30%). No entanto, como sabemos 
a partir de nossos estudos de Direito Tributário, a alíquota aplicável deveria ser 
aquela vigente na data da ocorrência do fato gerador (10%). Resta claro que, 
nessa situação, caberá restituição ao importador do valor pago a maior. O 
inverso também poderia acontecer, dando ensejo a uma cobrança 
complementar a ser efetuada pelo Fisco. 
Destaque-se que a possibilidade de o recolhimento tributário ser 
efetuado antes da ocorrência do fato gerador tem amparo no art. 150, § 
7.º, da CF/88, que dispõe o seguinte: 
Art. 150............................................................................. 
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, 
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata 
 
As alíquotas do I.I e do I.E são alteradas pela CAMEX. 
As alíquotas do IPI, todavia, são alteradas por 
Decreto do Presidente da República. 
Assim, apesar de incidir sobre as operações de 
comércio exterior, as alíquotas do IPI não são 
alteradas pela CAMEX. 
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e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou 
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso 
não se realize o fato gerador presumido 
Trata-se do que a doutrina chama de fato gerador presumido. No 
momento do registro da Declaração de Importação (DI), o fato gerador do IPI 
(desembaraço aduaneiro) ainda não ocorreu, mas, desde já, é efetuado o 
recolhimento tributário. Presume-se, nessa situação, que o desembaraço 
aduaneiro (fator gerador do IPI) irá ocorrer posteriormente. 
A legislação aduaneira prevê, ainda, outra hipótese de fato gerador 
presumido do IPI, de natureza diversa à do art. 150, 7º, da CF/88. Ele 
ocorrerá no caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade fiscal, à 
semelhança do que prevê a legislação do imposto de importação. 
Segundo o art. 238, 1º, do R/A, considera-se ocorrido o desembaraço 
aduaneiro de mercadoria que constar como importada e cujo extravio for 
verificado pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob 
regime suspensivo de tributação. Suponha que o importador registre uma DI 
amparando a importação de 100 geladeiras. No curso do despacho aduaneiro, 
o verifica que há apenas 80 geladeiras (as outras 20 foram 
extraviadas). O importador fará jus à restituição dos tributos que incidiram 
sobre as 20 geladeiras extraviadas, mas a autoridade aduaneira irá exigi-
los do responsável pelo extravio (transportador ou depositário). Percebe-se 
que, nesse caso, presume-se que as mercadoriasextraviadas sofreram 
desembaraço aduaneiro (o que, na prática, não aconteceu em razão do 
extravio). 
Detalhe importante é que a legislação prevê acerca do extravio de 
mercadorias a granel. As diferenças percentuais dessas mercadorias, 
apuradas no curso do despacho aduaneiro, não serão consideradas para efeitos 
de exigência do imposto, até o limite de 1%. Na hipótese de diferença 
percentual superior a esse limite, será exigido o imposto somente em relação 
ao que exceder a 1%. 
O campo de incidência do IPI abrange apenas os produtos 
industrializados, assim considerados aqueles que resultem de operação 
definida como industrialização pelo Regulamento do IPI (RIPI), mesmo que 
incompleta, parcial ou intermediária. As operações de industrialização 
estão previstas no art. 4º do RIPI, abaixo transcrito. Isso aí vocês vão estudar 
em detalhes no curso de Legislação Tributária, com o Prof. Fábio Dutra! 
Art. 4o Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a 
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a 
finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como: 
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I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, 
importe na obtenção de espécie nova (transformação); 
II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, 
alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do 
produto (beneficiamento); 
III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que 
resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a 
mesma classificação fiscal (montagem); 
IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela 
colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo 
quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da 
mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou 
V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de 
produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para 
utilização (renovação ou recondicionamento). 
Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação 
como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e 
a localização e condições das instalações ou equipamentos 
empregados. 
Vejamos, agora, situações em que não ocorre o fato gerador do 
imposto sobre produtos industrializados! 
Art. 238. O fato gerador do imposto, na importação, é o 
desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira 
§ 1o Para efeito do disposto no caput, considera-se ocorrido o 
desembaraço aduaneiro da mercadoria que constar como importada e 
cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade fiscal, inclusive na 
hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação. 
§ 2o Não constitui fato gerador do imposto o desembaraço 
aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao País: 
I - nas hipóteses previstas nos incisos I a V do art. 70; e 
II - aos quais tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de 
exportação temporária, ainda que descumprido o regime. 
O art. 238, § 2º, inciso I, do R/A, faz menção ao art. 70 para tratar 
das situações em que não ocorre o fato gerador do imposto sobre 
produtos industrializados. Recorde-se que o art. 70 do R/A relaciona as 
hipóteses em que, para fins de incidência do imposto de imposto de 
importação, as mercadorias são consideradas não-estrangeiras. Vejamos o art. 
70 do R/A: 
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, 
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao 
País, salvo se: 
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; 
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para 
substituição; 
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte 
do país importador; 
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 
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V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. 
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins 
previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os 
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os 
acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no 
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e 
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na 
hipótese de retornarem ao País. 
 
 
É importante tomar cuidado com a forma diferenciada pela qual o 
Regulamento Aduaneiro trata as situações de “não-tributação” 
do Imposto de Importação e as do Imposto sobre Produtos 
Industrializados! 
 
1) Para fins de incidência do imposto de importação, o art. 70 
relaciona situações em que a mercadoria é considerada não-
estrangeira. 
 
2) O mesmo art. 70, no que diz respeito ao imposto sobre 
produtos industrializados (IPI), relaciona situações de não-
ocorrência do fato gerador. 
 
As duas são situações de não-tributação! 
 
No entanto, se o R/A dissesse que, para fins de IPI, as 
mercadorias do art.70 seriam consideradas não-estrangeiras, 
poderia haver dúvidas sobre a incidência do IPI. 
 
Explico: o fato gerador do IPI, na importação, é o desembaraço 
aduaneiro de mercadoria de procedência estrangeira. 
Mercadoria procedente do exterior é aquela que vem do 
exterior; não é, necessariamente, uma mercadoria de origem 
estrangeira (produzida no exterior). Ora, se o IPI incide sobre 
mercadorias de procedência estrangeira, isso significa que basta 
que ela venha do exterior para que ocorra a incidência. Haveria 
incidência até mesmo sobre uma mercadoria não-estrangeira 
(nacional) vindo do exterior!. Em razão disso, para evitar 
polêmicas, decidiu-se tratar as hipóteses do art. 70, para fins de 
IPI, como situações de não-ocorrência do fato gerador. 
O art. 238, § 2º, inciso II, do R/A, relaciona mais uma hipótese de 
não-ocorrência do fato gerador do IPI. Trata-se do retorno de 
exportação temporária (reimportação), que também é situação de não-
ocorrência do fato gerador do imposto de importação. 
 
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2.3- Incidência: 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI), na importação, 
incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. 
Segundo o art. 2º do RIPI, o imposto incide sobre produtos industrializados, 
nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de 
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI. O campo de 
incidência do IPI abrange todos os produtos com alíquota, ainda que 
zero, relacionados na TIPI 3. Ficam excluídos do campo de incidência do IPI 
apenas os produtos que, na TIPI, possuem a notação NT (não-tributado). 4 
Vejamos, agora, as situações de não-incidência do imposto sobre 
produtos industrializados! 
Art. 237- O imposto de que trata este Título, na importação, incide 
sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. 
§ 1o O imposto não incide sobre: 
I - os produtos chegados ao País nas hipóteses previstas nos incisos I 
e II do art. 71, que tenham sido desembaraçados; e 
II - as embarcações referidas no inciso V do art. 71 
Como é possível verificar, o art. 237, § 1º, do R/A, nos remeteu ao 
art. 71 para tratar das hipóteses de não-incidência. Nós já as estudamos na 
aula passada, quando vimos sobre a não-incidência do imposto de importação. 
Não custa relembrar, não é mesmo? 
Art. 71. O imposto não incide sobre: 
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos 
de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de 
expedição, e que for redestinadaou devolvida para o exterior; 
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e 
que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se 
tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou 
imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a 
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; 
 
3 A TIPI é uma tabela semelhante à Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que 
relaciona produtos, seus códigos numéricos e respectivas alíquotas. 
4 Os produtos que aparecem na TIPI com a notação NT estão fora do campo de 
incidência do IPI. Veja: apesar de estarem na TIPI, esses produtos estão fora do 
campo de incidência do IPI. 
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III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de 
perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido 
consumida ou revendida; 
IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro 
da declaração de importação, observada a regulamentação editada 
pelo Ministério da Fazenda; 
V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de 
empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, 
que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma 
empresa nacional de origem; 
VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem 
ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e 
VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, 
acidentalmente destruída. 
Fiz uma marcação acima nas três hipóteses de não-incidência do 
IPI! 
O inciso I se refere à situação em que a mercadoria estrangeira não 
estava prevista para vir ao Brasil, mas, por um erro inequívoco ou comprovado 
de expedição, acabou chegando ao País. Ela será, então, redestinada (enviada 
para outro destino) ou devolvida, não havendo incidência do IPI. 
O inciso II, por sua vez, se aplica ao caso de substituição de 
mercadorias. Nessa situação, foi importada uma mercadoria que, após o 
desembaraço, se revelou defeituosa ou imprestável para o fim ao qual se 
destinava. Esta é, então, devolvida ao exterior e, em seu lugar, vem uma 
nova, sobre a qual não incidirá o imposto de importação. 
O inciso V, por último, versa sobre o retorno de embarcações ao 
registro brasileiro. Nesse caso, a embarcação foi construída no Brasil e 
transferida por uma empresa brasileira de navegação a uma subsidiária no 
exterior. A embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a 
incidência do imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como 
propriedade da mesma empresa nacional de origem 
Já sei o que vocês devem estar perguntando: 
“Ricardo, e qual o tratamento tributário, em termos de IPI, para 
as situações dos incisos III, IV, VI e VII?” 
Excelente pergunta, meu amigo! Vejamos: 
a) Art. 71, inciso III: Uma mercadoria que entra no País e é 
encontrada pela Aduana sofrerá a aplicação da pena de perdimento. Em razão 
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de não ter se submetido ao desembaraço aduaneiro, essa mercadoria objeto 
da pena de perdimento não sofrerá incidência do imposto sobre produtos 
industrializados. Entretanto, se ela não for localizada, tiver sido consumida 
ou revendida, a Aduana não terá como aplicar a pena de perdimento e, então, 
irá cobrar o imposto sobre produtos industrializados. 
b) Art. 71, inciso IV: A mercadoria estrangeira devolvida para o 
exterior antes do registro da DI não sofreu desembaraço aduaneiro, logo não 
houve incidência do imposto sobre produtos industrializados. 
c) Art. 71, inciso VI: A mercadoria estrangeira avariada ou que se 
revelou imprestável para os fins aos quais se destinava é destruída antes do 
desembaraço aduaneiro. Logo, se não há desembaraço aduaneiro, não há 
incidência do imposto sobre produtos industrializados. 
d) Art. 71, inciso VII: O imposto sobre produtos industrializados 
incidirá sobre mercadoria estrangeira acidentalmente destruída em trânsito 
aduaneiro de passagem. Com efeito, a mercadoria sofreu desembaraço 
aduaneiro e não há qualquer dispositivo legal excluindo a incidência. 
 
2.4- Base de Cálculo: 
A base de cálculo do IPI, na importação, é o valor aduaneiro 
acrescido do montante referente ao imposto de importação e aos 
encargos cambiais. O imposto será recolhido automaticamente quando 
registrada a Declaração de Importação. 
O cálculo do imposto se faz mediante aplicação das alíquotas 
constantes da TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos 
Industrializados). 
 
2.5- Sujeito Ativo / Sujeito Passivo: 
O sujeito ativo do IPI é a União, conforme art. 153, inciso IV, da 
CF/88, que atribui competência a esse ente federativo para instituir imposto 
sobre produtos industrializados. O contribuinte do IPI vinculado à importação 
é o próprio importador. 
 
2.5- Isenções: 
O art. 245 do R/A trata das isenções, nas importações, do imposto 
sobre produtos industrializados. 
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Art. 245. São isentas do imposto as importações: 
I - a que se refere o inciso I e as alíneas “b” a “o” e “q” a “u” do inciso 
II do art. 136, desde que satisfeitos os requisitos e condições exigidos 
para a concessão do beneficio análogo relativo ao imposto de 
importação; e 
II - de bens a que se apliquem os regimes de tributação: 
a) simplificada, a que se refere o art. 99; e 
b) especial, a que se refere o art. 101. 
São muitos os casos de isenção do IPI na importação, os quais 
relacionamos abaixo (são muitos, mas não se assuste!) 
1) Importações realizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas respectivas 
autarquias. 
2) Importações realizadas pelos partidos políticos e pelas 
instituições de educação ou de assistência social. 
3) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e 
repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos 
integrantes. 
4) Importações realizadas pelas representações de organismos 
internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos 
quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes. 
5) Importações realizadas pelas instituições científicas e 
tecnológicas. 
6) Amostras e remessas postais internacionais, sem valor 
comercial. 
7) Remessas postais e encomendas aéreas internacionais, 
destinadas a pessoa física. 
8) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona 
Franca de Manaus. 
9) Bens adquiridos em loja franca, no País. 
10) Bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades 
situadas nas fronteiras terrestres. 
11) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de 
drawback, na modalidade isenção. 
12) Gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e 
defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-
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primas para sua produção no País, importados ao amparo do art. 4o da Lei no 
3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21 
de novembro de 1966 
13) Partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e 
manutenção de aeronaves e de embarcações; 
14) Medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e 
instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência 
imunológica adquirida. 
15) Bens importados pelas áreas de livre comércio 
16) Importaçõesefetuadas para a Zona Franca de Manaus e para 
a Amazônia Ocidental 
17) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes 
em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de 
representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País; 
18) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, 
de feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais 
assemelhados. 
19) Partes, peças e componentes, importados, destinados ao 
emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações 
registradas no Registro Especial Brasileiro 
20) Bens destinados a coletores eletrônicos de votos 
21) Bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou 
esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos 
ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País. 
22) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido 
utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de 
entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora 
do evento. 
23) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a 
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para 
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-
americanos, parapan-americanos e mundiais 
Há, ainda, duas outras situações que merecem comentários: 
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a) Os bens integrantes de remessas postais internacionais aos quais 
seja aplicado o Regime de Tributação Simplificada sofrerão a incidência do 
imposto de importação a 60% e receberão isenção do IPI. 
b) Os bens integrantes de bagagem aos quais seja aplicado o 
Regime de Tributação Especial sofrerão a incidência do imposto de 
importação a uma alíquota de 50% e receberão isenção do IPI. 
Segundo o art. 243 do R/A, as isenções do IPI, salvo expressa 
disposição em lei, referem-se ao produto e não ao contribuinte ou ao 
adquirente. Dessa forma, em regra, as isenções de IPI possuem natureza 
objetiva. Entretanto, na lista de isenções que apresentamos anteriormente, 
pudemos perceber diversas hipóteses de isenções subjetivas (vinculadas 
à natureza do importador). 
Se a isenção estiver condicionada à destinação do produto e a 
este for dado destino diverso do previsto, estará o responsável pelo fato 
sujeito ao pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade 
cabível, como se a isenção não existisse. 
 
2.6- Imunidades: 
Como já sabemos depois de muito estudar as aulas de Direito 
Tributário, as imunidades são hipóteses de não-incidência 
constitucionalmente qualificadas. Assim, todas as imunidades têm 
expressa previsão constitucional. 
No curso de Legislação Tributária, o Prof. Fábio Dutra irá abordar as 
hipóteses de imunidade do IPI, as quais, de forma bem didática, estão 
relacionadas no art. 18 do Decreto nº 7.212/2010. 
Art. 18. São imunes da incidência do imposto: 
I - os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão 
II - os produtos industrializados destinados ao exterior 
III - o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou 
instrumento cambial; e 
IV - a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais 
do País. 
Entretanto, no curso de Legislação Aduaneira, interessa-nos estudar 
apenas as imunidades do IPI vinculado à importação. Vamos nos valer, 
então, do texto do Regulamento Aduaneiro e da Constituição Federal de 1988. 
Vocês se lembram de quanto tratamos das imunidades do imposto de 
importação? Aqui a problemática é exatamente a mesma! ☺ 
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O Regulamento Aduaneiro relaciona apenas uma imunidade do IPI, 
prevista no art. 245-A. É o caso da imunidade cultural, que proíbe os entes 
federativos de instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado à sua impressão. 
Art. 245-A. São imunes do imposto as importações de livros, jornais e 
periódicos e do papel destinado a sua impressão, observado o disposto 
no art. 211-B. 
Em que pese a literalidade do Regulamento Aduaneiro ter feito 
menção a apenas esse caso de imunidade do IPI na importação, nós sabemos 
que, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, há outras 
situações em que é cabível falar-se em imunidade. 
- Art. 150, inciso VI, alínea “a”: É vedado aos entes federativos 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o 
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Trata-se da conhecida 
imunidade tributária recíproca. 
- Art. 150, inciso VI, alínea “c”: É vedado aos entes federativos 
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o 
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei. 
- Art. 150, § 2º: A imunidade tributária recíproca é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
Vou dizer novamente o que eu disse na aula anterior! ☺ 
 
1) Se a questão cobrar a literalidade da norma, você 
deve dizer que as importações realizadas pelos entes 
federativos e suas autarquias, partidos políticos e 
instituições de educação ou de assistência social são 
hipóteses de isenção do imposto de importação 
2) Se a questão cobrar um entendimento 
jurisprudencial ou doutrinário, você pode assumir 
que trata-se de hipóteses de imunidade do imposto 
de importação. 
3) O edital da RFB falou em “imunidades (no plural) do 
imposto sobre produtos industrializados”, o que nos 
leva a crer que ele pede um entendimento mais amplo 
do que a mera literalidade do Regulamento 
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Aduaneiro. Se ele falasse em imunidade (no singular) 
do imposto sobre produtos industrializados, restaria 
claro que a referência seria apenas à imunidade na 
importação de livros, jornais e periódicos e do papel 
destinado a sua impressão (única imunidade prevista 
na literalidade do R/A) 
 
2.7- Suspensão do pagamento do IPI: 
Há situações em que a importação é realizada com suspensão do 
pagamento do IPI. Elas estão previstas no art. 246 e art. 247 do R/A. 
O art. 246 do R/A teve como objetivo estimular a produção 
nacional de equipamentos autopropulsados como tratores, bulldozers, 
máquinas e aparelhos de uso agrícola (colheitadeiras, semeadeiras), etc. Os 
componentes, chassis, acessórios, partes e peças desses equipamentos são 
desembaraçados com suspensão do IPI, quando importados diretamente 
por estabelecimento industrial. Destaque-se que esses produtos 
importados com suspensão do IPI deverão ser usados no processo produtivo 
dos equipamentos autopropulsados em questão. A lógica é: importar insumos 
com suspensão do IPI para produzir, no País, esses equipamentos. 
Art. 246. Serão desembaraçados com suspensão do pagamento do 
imposto os componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes e 
peças dos produtos autopropulsados classificados nas posições 84.29, 
84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11, da Nomenclatura Comum do 
Mercosul, quando importados diretamente por estabelecimento 
industrial. 
§ 1o A suspensão de que trata o caput é condicionada a que o produto 
seja destinado a emprego pelo estabelecimento industrial adquirente 
I - na produção de componentes, chassis, carroçarias, acessórios, 
partes ou peças dos produtos autopropulsados relacionadosnos 
Anexos I e II da Lei no 10.485, de 2002; ou 
II - na montagem dos produtos autopropulsados classificados nas 
posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.03, 87.05, 87.06 e 
87.11, e nos códigos 8704.10.00, 8704.2 e 8704.3, da Nomenclatura 
Comum do Mercosul. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, à empresa comercial 
atacadista adquirente dos produtos resultantes da industrialização por 
encomenda a que se refere o art. 427 
O art. 247, por sua vez, visa conceder incentivos fiscais a alguns 
setores específicos, quais sejam: i) setor exportador; ii) setor agropecuário; 
iii) fabricantes de máquinas e equipamentos autopropulsados (bens previstos 
no art.246); iv) fabricantes de partes e peças para aeronaves e aparelhos 
espaciais e; v) empresas que investem em atividades de tecnologia da 
informação. 
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E como funciona esse incentivo fiscal? 
As pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras e as 
empresas fabricantes dos equipamentos acima mencionados poderão 
importar insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de 
embalagens) com suspensão do pagamento do IPI. 
Art. 247. Serão desembaraçados com suspensão do pagamento do 
imposto, ainda, as matérias-primas, os produtos intermediários e os 
materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas 
jurídicas preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento 
industrial fabricante preponderantemente: 
I - dos produtos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 
15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e 
Ex-01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, e nas posições 
21.01 a 2105.00, 2209.00.00 e 2501.00 da Nomenclatura Comum do 
Mercosul, inclusive daqueles a que corresponde a notação NT (não-
tributados); 
II - dos bens referidos no art. 246; 
III - das partes e peças destinadas a estabelecimento industrial 
fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Nomenclatura 
Comum do Mercosul; e 
IV - dos bens de informática e automação que gozem do benefício 
referido no art. 816. 
Por fim, ressalte-se que se for dado destino diverso do previsto ao 
produto beneficiado com suspensão, o responsável estará sujeito ao 
pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade cabível. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
19. ( – 2014) O fato gerador do Imposto sobre Produtos 
Industrializados, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de 
procedência estrangeira. 
Comentários: 
É isso mesmo! O fato gerador do IPI, na importação, é o 
desembaraço aduaneiro. Vale destacar que o desembaraço aduaneiro é o ato 
final do despacho de importação. Questão correta. 
20. ( 2012) Não constitui fato gerador do IPI-Importação o 
desembaraço aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao País aos quais 
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tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de exportação temporária, 
salvo se descumprido o regime. 
Comentários: 
Não constitui fato gerador do IPI vinculado à importação o retorno ao 
País de produtos nacionais aos quais tenha sido aplicado o regime de 
exportação temporária, ainda que descumprido o regime. Questão errada. 
21. (Questão Inédita) O fato gerador do Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto 
de procedência estrangeira. Logo, o recolhimento desse tributo será procedido 
em momento posterior ao do registro da Declaração de Importação (DI). 
Comentários: 
Apesar de o fato gerador do IPI, na importação, ser o desembaraço 
aduaneiro, ele será recolhido no momento do registro da DI. Questão errada. 
22. (Questão Inédita) A base de cálculo do imposto sobre produtos 
industrializados (IPI) é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e 
do valor do próprio IPI. 
Comentários: 
A base de cálculo do IPI é o valor aduaneiro acrescido do imposto de 
importação e dos encargos cambiais. O IPI não integra sua própria base de 
cálculo. Questão errada. 
23. ( 2012) Serão desembaraçados com suspensão do pagamento 
do IPI-Importação as matérias-primas, os produtos intermediários e os 
materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas jurídicas 
preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento industrial fabricante 
preponderantemente das partes e peças destinadas a estabelecimento 
industrial fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Nomenclatura 
Comum do Mercosul. 
Comentários: 
Questão bastante difícil! Ela nos mostra dois incentivos fiscais relativos 
ao IPI, os quais estão previstos no art. 247, caput e inciso III do R/A: 
1) Suspensão de IPI na importação, por pessoa jurídica 
preponderantemente exportadora, de matérias-primas, produtos 
intermediários e materiais de embalagem. 
2) Suspensão de IPI na importação de matérias-primas, produtos 
intermediários e materiais de embalagem por estabelecimento industrial 
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fabricante preponderantemente das partes e peças destinadas a 
estabelecimento industrial fabricante de produto classificado no Capítulo 88 
da Nomenclatura Comum do Mercosul (aeronaves e aparelhos espaciais). 
Por tudo o que comentamos, a questão está correta. 
24. (Questão Inédita) As isenções do imposto sobre produtos 
industrializados, salvo expressa disposição de lei, referem-se ao contribuinte 
ou ao adquirente. 
Comentários: 
Em regra, as isenções de IPI são objetivas, isto é, se referem ao 
produto. Questão errada. 
25. (Questão Inédita) São isentas de IPI as importações de bens aos quais 
se apliquem os regimes de tributação especial e simplificada. 
Comentários: 
O Regime de Tributação Especial é o que se aplica à bagagem de 
viajantes; o Regime de Tributação Simplificada, por sua vez, se aplica a bens 
integrantes de remessas postais internacionais. Nessas duas situações, haverá 
isenção de IPI. Questão correta. 
26. (Questão Inédita) O IPI vinculado à importação incide sobre produtos 
industrializados de origem estrangeira. 
Comentários: 
O IPI vinculado à importação incide sobre produtos industrializados 
de procedência estrangeira. Questão errada. 
27. (Questão Inédita) O IPI vinculado à importação não incide sobre 
mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine 
a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o 
desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se 
destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da 
Fazenda. 
Comentários: 
De fato, essa é uma hipótese de não-incidência do IPI, prevista no 
art. 71, inciso II, do R/A. Questão correta. 
 
 
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3- PIS/PASEP- Importação e COFINS- Importação: 
3.1- Incidência: 
A Lei nº 10.865/2004 instituiu as contribuições para o PIS/PASEP-
Importação e a COFINS-Importação. Embora tenham o nome quase 
idêntico às contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, são tributos diversos. 
Nesse sentido, o PIS/PASEP e a COFINS são tributos internos, não incidindo 
sobre as operações de importação. Incidem sobre a importação o PIS/PASEP-
Importação e a COFINS-Importação. 
Vejamos o que dizem os arts. 249 e 250 do R/A: 
Art. 249. A importação de produtos estrangeiros está sujeita ao 
pagamento da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da 
COFINS-Importação 
Parágrafo único. Consideram-seestrangeiros, para efeito de 
incidência da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da 
COFINS-Importação, os bens referidos no art. 70. 
Art. 250. A contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-
Importação não incidem sobre os bens a que se referem os incisos I 
a IV, VI e VII do art. 71 e os incisos I e II do art. 74, bem como, 
observado o disposto no art. 257, sobre os bens importados pelas 
entidades beneficentes de assistência social, nos termos do § 7o do 
art. 195 da Constituição. 
Como se percebe, há situações em que não há incidência do 
PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação. 
O art. 70 é aquele que nós vimos quando estudamos o imposto de 
importação. São as situações em que uma mercadoria nacional ou 
nacionalizada é exportada, mas retorna ao Brasil, não chegando a se 
desnacionalizar. Logo, não incidirá o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-
Importação, em virtude de a mercadoria não ser estrangeira. Transcrevo 
novamente, para que você se recorde, o art. 70: 
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, 
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao 
País, salvo se: 
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; 
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para 
substituição; 
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte 
do país importador; 
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. 
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins 
previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os 
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aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os 
acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no 
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e 
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na 
hipótese de retornarem ao País. 
 
O art. 71 do R/A, por sua vez, também se aplica ao imposto de 
importação, definindo hipóteses de não-incidência do I.I sobre 
mercadorias estrangeiras. E, como se pode ver, ele também vale para o 
PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação. 
 
Art. 71. O imposto não incide sobre: 
I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos 
documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou 
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida 
para o exterior; 
II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e 
valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente 
importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, 
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde 
que observada a regulamentação editada pelo Ministério da 
Fazenda; 
III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de 
perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha 
sido consumida ou revendida; 
IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do 
registro da declaração de importação, observada a 
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; 
V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz 
de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no 
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade 
da mesma empresa nacional de origem; 
VI – mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, 
sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e 
VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, 
acidentalmente destruída. 
 
Por último, o art. 74 do R/A, que define hipóteses de não-ocorrência 
do fato gerador do imposto de importação, também se aplica ao PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. No entanto, na inteligência do Regulamento 
Aduaneiro, trata-se de hipóteses de não-incidência (e não situações de 
não-ocorrência do fato gerador!) do PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação. Aproveitemos para recordar o art. 74 do R/A: 
 
Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território 
aduaneiro: 
I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por 
empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as 
exigências que regulam a atividade pesqueira; e 
II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação 
temporária, ainda que descumprido o regime. 
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3.2- Fato Gerador: 
O fato gerador das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e 
COFINS-Importação é a entrada de bens estrangeiros no território 
aduaneiro. Presume-se a entrada no território aduaneiro e, portanto, a 
ocorrência do fato gerador, para os bens que constem como tendo sido 
importados e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. 
Não se aplica tal regra às malas /remessas postais internacionais e à 
mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condições de manuseio 
na descarga, esteja sujeita a quebra ou a decréscimo, desde que o extravio não 
seja superior a um por cento. Na hipótese de quebra ou decréscimo em 
percentual superior a esse limite, serão exigidas a contribuição para o 
PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação somente em relação ao que 
exceder a 1%. 
O momento exato em que se considera que a mercadoria adentrou 
o território aduaneiro e, portanto, ocorreu o fato gerador das contribuições 
para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é definido pelo art. 252 
do R/A: 
Art. 252. Para efeito de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, considera-se ocorrido o fato 
gerador: 
I - na data do registro da declaração de importação de bens 
submetidos a despacho para consumo; 
II -no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando 
se tratar de bens constantes de manifesto ou de outras declarações de 
efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade 
aduaneira; e 
III - na data do vencimento do prazo de permanência dos bens em 
recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes 
de aplicada a pena de perdimento, na hipótese a que se refere o inciso 
XXI do art. 689. 
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso 
de despacho para consumo de bens importados sob regime suspensivo 
de tributação do imposto de importação. 
No caso de bens nacionalizados (submetidos a despacho para 
consumo), o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da D.I. 
No caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade aduaneira, o 
fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento do crédito 
tributário. Por último, o fato gerador pode considerar-se ocorrido na data do 
vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado. Isso 
acontecerá quando, antes de ser aplicada a pena de perdimento (em virtude 
de a mercadoria ter sido abandonada), o importador inicia o despacho 
aduaneiro de importação. 
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Vale destacar que, conforme a Lei nº 10.865/2004, as contribuições 
para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS também incidem sobre as 
importações de serviços. Os serviços em questão são aqueles provenientes 
do exterior prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou 
domiciliada no exterior, nas seguintes hipóteses: i) executados no País; ii) 
executados no exterior, cujo resultado se verifique no País. 
No caso de importação de serviços, o fato gerador será o 
pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a 
residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço 
prestado.O momento temporal exato em que ocorrerá o fato gerador será a 
data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores. 
 
3.3- Base de cálculo: 
A base de cálculo do PIS/PASEP – Importação e da COFINS-
Importação foi, ao longo de muitos anos, objeto de enorme controvérsia 
doutrinária e jurisprudencial. O problema advém do art. 149, inciso III, alínea 
“a” da CF/88, que determina que as contribuições sociais, cuja competência 
para instituição é exclusiva da União, terão como base de cálculo, na 
importação, o valor aduaneiro. Veja: 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
... 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o 
valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro. 
Olha só que interessante! A CF/88 menciona o termo “valor 
aduaneiro”, mas não o define. E onde está a definição de valor aduaneiro? 
A definição de valor aduaneiro está prevista no Acordo sobre a 
Implementação do art. VII do GATT, o denominado Acordo de Valoração 
Aduaneira (AVA), que, por ter sido regularmente internalizado em nosso 
ordenamento jurídico interno, tem status de lei ordinária. Em aula futura, nós 
estudaremos em detalhes sobre a determinação do valor aduaneiro. No 
entanto, já sabemos que o valor aduaneiro é a base de cálculo do imposto de 
importação. Detalhe: segundo o AVA, no cálculo do valor aduaneiro, não 
entram quaisquer tributos internos. 
A expressão “valor aduaneiro” tem um sentido técnico 
inequívoco, já utilizado pela legislação tributária para definir a base de cálculo 
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do imposto de importação. Desde o Decreto-Lei nº 37/66, já está previsto que 
o valor aduaneiro seria apurado em conformidade com o Acordo de Valoração 
Aduaneira. 
Apesar disso, a Lei nº 10.865/2004, ao dispor sobre a base de cálculo 
do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, desconsiderou a 
determinação constitucional, dispondo que, para os efeitos daquela lei, o 
valor aduaneiro deveria ser entendido como o valor que servir ou que serviria 
de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do ICMS e do 
valor das próprias contribuições. 
 O art. 253, do R/A, seguindo a Lei nº 10.865/2004, dispôs o 
seguinte: 
Art. 253. A base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação é o valor aduaneiro, assim 
entendido o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do 
imposto de importação, acrescido do valor do ICMS incidente no 
desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições. 
§ 1o O ICMS incidente comporá a base de cálculo das contribuições, 
mesmo que tenha seu recolhimento diferido. 
§ 2o Para efeito do disposto no § 1o, não se inclui a parcela a que se 
refere a alínea “e” do inciso V do art. 13 da Lei Complementar no 87, 
de 13 de setembro de 1996. 
Como já se disse, o conceito de “valor aduaneiro’ já encontra 
previsão no Acordo de Valoração Aduaneira (OMC) e os tributos internos não 
o integram. Quando o legislador constituinte dispôs que as contribuições 
sociais teriam como base de cálculo, na importação, o valor aduaneiro, ele o 
fez considerando o sentido técnico inequívoco desse termo, apurado segundo 
as regras do Acordo de Valoração Aduaneira. 
Seguindo essa lógica, no dia 21/03/2013, o STF decidiu, no RE 
559.937/RS pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS e do 
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação na base de cálculo do 
PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Essa é uma decisão 
importantíssima do STF, mas que somente se aplicava àquele caso 
concreto, ou seja, não vinculava a Administração Pública. Transcrevemos, a 
seguir, trecho dessa importante decisão do STF: 
“A Lei 10.865/04, ao instituir o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-
Importação, não alargou propriamente o conceito de valor 
aduaneiro, de modo que passasse a abranger, para fins de 
apuração de tais contribuições, outras grandezas nele não 
contidas. O que fez foi desconsiderar a imposição constitucional de 
que as contribuições sociais sobre a importação que tenham 
alíquota ad valorem sejam calculadas com base no valor 
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aduaneiro, extrapolando a norma do art. 149, § 2º, III, a, da 
Constituição Federal.” 
Com o objetivo de conferir segurança jurídica às operações de 
importação e, ao mesmo tempo, ratificar o entendimento do STF, foi publicada, 
em 09 de outubro de 2013, a Lei nº 12.865/2013, que alterou a base de 
cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Agora não há 
mais dúvida: a base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação é o valor aduaneiro. 
 
O art. 253, do Regulamento Aduaneiro, foi revogado pela Lei 
nº 12.865/2013, de maneira que a sua literalidade deverá ser 
desconsiderada para fins de prova. 
O entendimento do STF está, agora, plenamente compatível 
com o que diz a lei. A base de cálculo do PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação não inclui o ICMS, 
tampouco o valor dessas próprias contribuições. A base 
de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação 
é o valor aduaneiro. 
Há previsão para a redução da base de cálculo do PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação em duas situações: 
- Redução de 30,2%, no caso de importação, para revenda, de 
caminhões chassi com carga útil igual ou superior a mil e oitocentos 
quilogramas e caminhão monobloco com carga útil igual ou superior a mil e 
quinhentos quilogramas, classificados na posição 87.04 da TIPI, observadas as 
especificações estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e 
- Redução de 48,10%, no caso de importação, para revenda, de 
máquinas e veículos classificados nos seguintes códigos e posições da TIPI: 
84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 
87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10 
Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos 
códigos 8702.10.00 e 8702.90.90). 
Em regra, as alíquotas previstas em lei para o cálculo das 
contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação são, 
respectivamente, 2,32% e 10,68%. Detalhe: há várias exceções a essa 
regra, que fogem ao objetivo do nosso curso! ☺ Cabe ressaltar, por último, 
que a contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação 
serão pagas na data do registro da declaração de importação. 
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As alíquotas do PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação foram aumentadas pela Lei nº 
13.097/2015. O objetivo foi compensar a perda de 
arrecadação ocorrida em virtude da exclusão, da 
base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação, das parcelas referentes ao ICMS e dessas 
próprias contribuições. 
 
3.4- Sujeito Ativo: 
Segundo o art. 149, da CF/88, compete exclusivamente à União 
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas. 
No exercício de sua competência tributária, foi editada a Lei nº 
10.865/2004, que instituiu as contribuições sociais para o PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. 
 
3.5- Sujeito Passivo: 
O art.254 do R/A relaciona os contribuintes do PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. Destaco a semelhança entre esse 
dispositivo e o que versa sobre os contribuintes do imposto de importação. 
Art. 254. É contribuinte da contribuição para o PIS/PASEP-Importação 
e da COFINS-Importação: 
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a 
entrada de bens estrangeiros no território aduaneiro; 
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo 
respectivo remetente; e 
III - o adquirente de mercadoria entrepostada. 
Além desses contribuintes, chamo sua atenção para duas outras 
situações, não relacionadas no R/A, mas previstas na Lei nº 
10.865/2004: i) a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de 
residente ou domiciliado no exterior; ii) o beneficiário do serviço, na hipótese 
em que o contratante também seja residente ou domiciliado no exterior. 
O art. 255 do R/A, por sua vez, faz menção aos responsáveis 
solidários pela PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. 
Art. 255. São responsáveis solidários: 
I - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da 
custódia de bem sob controle aduaneiro; e 
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II - o transportador, quando transportar bens procedentes do exterior 
ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; 
III - o representante, no País, do transportador estrangeiro; 
IV - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer 
subcontratado para a realização do transporte multimodal; e 
V - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação 
realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica 
importadora. 
Chamo sua atenção apenas para um detalhe! Quando estudamos o 
imposto de importação, vimos que o depositário e o transportador eram 
responsáveis. No que diz respeito ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação, os dois serão responsáveis solidários. 
 
3.6- Isenções: 
As isenções da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da 
COFINS-Importação estão previstas no art. 256 do R/A. Novamente, cabe 
ressaltar que existem isenções subjetivas (concedidas em razão da natureza 
da pessoa importadora) e isenções objetivas (concedidas em razão da 
natureza do bem, isto é, vinculadas à destinação dos bens). As isenções 
subjetivas são as relacionadas no art. 256, inciso I; as isenções objetivas são 
as previstas no inciso II. Vejamos: 
Art. 256. São isentas da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e 
da COFINS-Importação: 
I - as importações realizadas: 
a) pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias e 
fundações instituídas e mantidas pelo poder público; 
b) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter 
permanente e pelos respectivos integrantes; 
c) pelas representações de organismos internacionais de caráter 
permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja 
membro, e pelos respectivos integrantes; 
II - as hipóteses de: 
a) amostras sem valor comercial; 
b) remessas postais e encomendas aéreas internacionais a que se 
aplique o regime de tributação simplificada ou destinadas a pessoa 
física; 
c) bagagem de viajantes procedentes do exterior; 
d) bens adquiridos em loja franca no País; 
e) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades 
situadas nas fronteiras terrestres, destinados à subsistência da 
unidade familiar de residentes nas cidades fronteiriças brasileiras; 
f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na 
modalidade de isenção; 
g) objetos de arte, classificados nas posições 97.01, 97.02, 97.03 e 
97.06 da Nomenclatura Comum do Mercosul, recebidos em doação, 
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por museus instituídos e mantidos pelo poder público ou por outras 
entidades culturais reconhecidas como de utilidade pública; 
h) máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes 
e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos 
intermediários, importados por instituições científicas e tecnológicas e 
por cientistas e pesquisadores, conforme o disposto nos arts. 147 e 
148; 
i) bens recebidos em decorrência de evento cultural, científico ou 
esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, 
distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País; 
e 
j) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados 
por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de 
entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou 
patrocinadora do evento 
Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador 
(isenção subjetiva), a transferência de propriedade ou a cessão de uso 
dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento da contribuição 
para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. 
Chama a nossa atenção o fato de que não estão elencadas nas 
hipóteses de isenção do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação as 
importações realizadas por entidades beneficentes de assistência social. 
Isso se deve ao fato de que estas fazem jus à imunidade do PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. (art. 195, § 7º, da CF/88) 
 
3.7- Suspensão do Pagamento / Redução de Alíquotas (Programas 
Específicos e seu regramento): 
Nesse tópico, vamos abordar diversos regimes de tributação 
diferenciados relativos ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. 
Desde já, chamo a atenção de vocês para o seguinte: alguns deles fazem 
menção à suspensão do pagamento dessas contribuições; outros, se referem à 
imposição de alíquota zero. 
Outro ponto importante, que não podemos deixar de lado, é o de que 
esses programas específicos que serão abordados neste tópico não são 
regimes aduaneiros especiais. Trata-se apenas de regimes de tributação 
diferenciados para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. 
Destaco, ainda, que, no final de 2012, tivemos algumas alterações da 
legislação que revogaram tacitamente alguns dispositivos do Decreto nº 
6759/2009, cuja redação, entretanto, não foi alterada. Portanto, nesse ponto 
de nosso curso, esqueçam o Regulamento Aduaneiro e levem em consideração 
apenas as minhas palavras. 
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3.7.1- Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação 
de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES): 
O REPES foi instituído pela Lei nº 11.196/2005 e tem como objetivo 
estimular o desenvolvimento dos serviços de tecnologia da informação 
no Brasil, com foco na exportação. 
O REPES é o regime que permite a importação de bens novos 
destinados ao desenvolvimento, no País, de software e de serviços de 
tecnologia da informação, quando importados diretamente pelo 
beneficiário do regime para incorporação ao seu ativo imobilizado, com 
suspensão do pagamento da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da 
COFINS-Importação. Aplica-se também suspensão do pagamento do IPI para a 
importação de bem, sem similar nacional, efetuada diretamente pelo 
beneficiário do REPES para a incorporação ao seu ativo imobilizado. 
É beneficiária do REPES a pessoa jurídica que exerça 
preponderantemente as atividades de desenvolvimento de software ou 
de prestação de serviços de tecnologia da informação, e que, por ocasião 
da sua opção pelo regime, assuma compromisso de exportação igual ou 
superior a 50% de sua receita bruta anual de venda de bens e serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.7.2- Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas 
Exportadoras (RECAP): 
O RECAP foi instituído pela Lei nº 11.196/2005, tendo como objetivo 
desonerar

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