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;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!1!()!123 ! AULA 02: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA SUMÁRIO PÁGINA 1-Palavras Iniciais 1 2- Imposto de Exportação 2 - 9 3- Imposto sobre Produtos Industrializados 9 – 24 4- PIS/PASEP–Importação e COFINS-Importação 25 - 45 5- ICMS 45 – 56 6- CIDE-Combustíveis 56 – 59 7- Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) 59 - 63 8- Taxa de Utilização do Mercante 64 - 66 9- Incentivos Fiscais à Exportação 66 – 80 10- Questões Comentadas 81 – 103 11-Lista de Questões e Gabarito 104 - 124 Olá, amigos (as), tudo bem? É sempre uma enorme satisfação estar aqui com vocês! Na aula passada, nós estudamos tudo sobre o imposto de importação, tributo que sem dúvida é o grande responsável pela regulação do comércio exterior. Hoje, estudaremos outros tributos que incidem sobre o comércio exterior: IPI, PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação, CIDE- Combustíveis, ICMS, AFRMM e Taxa Mercante. Também veremos tudo sobre os Incentivos Fiscais à Exportação. Tenho a convicção de que, ao final da aula de hoje, você estará muito bem preparado para fazer qualquer prova, por mais difícil que ela seja. Se você errar uma única questão na prova, será por erro da banca examinadora!☺ Não se esqueçam de acompanhar nossas aulas com o Regulamento Aduaneiro em mãos. Em Legislação Aduaneira, a grande tendência é que seja cobrada a literalidade da norma. Grande abraço a todos, Ricardo Vale ricardovale@estrategiaconcursos.com.br http://www.facebook.com/rvale01 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!2!()!123 1- Imposto de Exportação (IE): (art. 212 – art. 217) 1.1-Introdução: Assim como o imposto de importação, o imposto de exportação tem finalidade eminentemente extrafiscal, servindo como mecanismo de controle governamental sobre o comércio exterior. No Brasil, a atual política comercial tem sido direcionada para o incentivo às exportações, motivo pelo qual estas são desoneradas de tributos, inclusive do imposto de exportação. Com efeito, o imposto de exportação possui alíquota zero para a quase totalidade da pauta exportadora brasileira. Para o analista mais desavisado, pode parecer um absurdo que o governo faça incidir o imposto de exportação sobre suas vendas ao exterior. No entanto, tal política pode prestar-se a objetivos diversos. Veja só! Imagine que o preço internacional de arroz tenha se elevado em virtude da escassez de oferta resultante de enchentes ocorridas no Sudeste Asiático. Ora, os exportadores brasileiros poderão ficar tentados a vender todo o estoque de arroz, o que geraria um desabastecimento interno. Para evitar tal situação, o governo poderá impor um imposto de exportação sobre as vendas de arroz ao exterior. Atualmente, no Brasil, alguns exemplos de produtos em relação aos quais o imposto de exportação possui alíquotas diferentes de zero são certos tipos de couro (couro wet blue e couro salgado) e armamentos exportados para a América do Sul e Caribe. Em razão de sua natureza extrafiscal, o art. 153, § 1º, da CF/88 determina que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto de exportação. Dessa forma, pode-se afirmar que o imposto de exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, é a CAMEX quem define as alíquotas do imposto de exportação. Nos termos do Regulamento Aduaneiro, a CAMEX é responsável por relacionar as mercadorias sujeitas ao imposto de exportação. Isso nos permite afirmar que o imposto de exportação é excepcional, pois somente os produtos relacionados pela CAMEX estarão a ele sujeitos. A competência da CAMEX para fixar as alíquotas do imposto de importação e do imposto de exportação já foi, inclusive, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 570.680/RS. EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. ART. 153 , § 1º , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPÚBLICA NÃO CONFIGURADA. ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!4!()!123 LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. I- É compatível com a Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. II - Competência que não é privativa do Presidente da República. III - Inocorrência de ofensa aos arts. 84, IV e parágrafo único, e 153, § 1º, da Constituição Federal ou ao princípio de reserva legal. Precedentes. IV - Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e às demais normas regulamentares. V - Recurso extraordinário conhecido e desprovido. Segundo o art. 215 do R/A, a alíquota do imposto de exportação será de 30%, podendo ser aumentada ou reduzida pelo Poder Executivo. Entretanto, na hipótese de elevação da alíquota, essa não poderá ultrapassar 150% (alíquota máxima do imposto de exportação). Trata-se de limite estabelecido em lei, que deve ser observado pela CAMEX ao manejar a alíquota do imposto. O imposto de exportação também excepciona os princípios da anterioridade e da noventena, resultando daí que qualquer alteração de alíquotas produzirá efeitos imediatos. Destaque-se que o lançamento do imposto de exportação, à semelhança do que ocorre para o imposto de importação, é feito por homologação. 1.2- Fato Gerador: O imposto de exportação é tributo da competência da União, cujo fato gerador é a saída da mercadoria do território nacional. Segundo o art. 212 do R/A, o imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Destaque-se que é considerada mercadoria nacionalizada aquela que foi importada a título definitivo. Para efeito de cálculo do imposto de exportação, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no SISCOMEX1. Assim, o tributo será calculado com base na alíquota vigente na data do registro do RE, mesmo que, na data da efetiva saída da mercadoria do território nacional, a alíquota em vigor seja outra. 1 Registro de Exportação é o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma mercadoria e definem o seu enquadramento. Trata-se de documento utilizado no controle administrativo das exportações. Recorde-se que o documento utilizado no controle administrativo das importações é a Licença de Importação. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!3!()!123 O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data de registro da D.I. O fato gerador do imposto de exportação considera-se ocorrido na data de registro do R.E (e não na data de registro da D.E, como poderíamos ser induzidos a pensar!) 1.3- Base de Cálculo: O valor aduaneiro é utilizado como base de cálculo apenas para o imposto de importação. Segundo o art. 214 do R/A, a base de cálculo do I. E é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior. Por ser esse um conceito muitosubjetivo, a legislação prevê que o preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal. 2 Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no mercado internacional, a CAMEX fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo. Segundo o art. 214, § 2o, do R/A,! para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de 15% (quinze por cento) sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições. Assim, se o custo de produção de uma mercadoria for R$ 850,00 e os impostos e contribuições somarem R$ 150,00, o preço de venda da mercadoria, para fins de apuração da base de cálculo do IE, não poderá ser inferior a R$ 1.150,00 (custo de produção + impostos/contribuições + margem de lucro de 15%). Atualmente, essa regra pode parecer sem muita utilidade, uma vez que nossas exportações são praticamente todas desoneradas do imposto de exportação (recebem alíquota zero). No entanto, seu objetivo é evitar o subfaturamento nas exportações, caso estas sejam tributadas, por razões extrafiscais, pelo imposto de exportação. Conforme já comentamos, o R/A prevê que a alíquota do imposto de exportação será de 30%, podendo a CAMEX reduzi-la ou aumentá-la. 2 Valor FOB é o preço da mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Em outras palavras, é o preço da mercadoria excluído o frete e o seguro internacional. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!5!()!123 Entretanto, ao aumentar a alíquota, a CAMEX deverá observar o limite máximo de 150%. 1.4- Sujeito ativo: Segundo o art. 153 da CF/88, compete à União instituir imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. Portanto, o sujeito ativo do imposto de exportação é a União. 1.5- Sujeito passivo: contribuinte O pagamento será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro da Fazenda que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada. É possível que, em função do destino da mercadoria a ser exportada, seja dispensada a cobrança do imposto de exportação. Assim, a CAMEX poderá estabelecer que o imposto de exportação não será cobrado quando a mercadoria tiver certos destinos. O contribuinte do imposto de exportação é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 1. (ATRFB-2012) A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao Imposto de Exportação, mas de acordo com o art. 153, § 10 da Constituição Federal, a alteração das alíquotas do imposto é de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. Comentários: De fato, a CAMEX possui competência para relacionar as mercadorias sujeitas ao imposto de exportação, o que nos leva a afirmar que esse é um imposto excepcional (apenas incide sobre as mercadorias relacionadas pela CAMEX). No entanto, a alteração de alíquotas não é de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. Com efeito, é a CAMEX o órgão que, atualmente, detém competência para alterar as alíquotas do imposto de exportação. Questão errada. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!6!()!123 2. (ATRFB-2012) Mesmo considerando a função regulatória do Imposto de Exportação, suas alíquotas não poderão ser manejadas sem a observância de condições e limites estabelecidos em lei em sentido estrito. Comentários: Há limites para a alteração das alíquotas do imposto de exportação. Conforme estudamos, a alíquota máxima do I.E é 150%. Questão correta. 3. (ATRFB-2012) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, é incompatível com a Constituição Federal a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. Comentários: Não é incompatível com a CF/88 norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. Isso é perceptível ao verificarmos que a CAMEX é quem fixa as alíquotas do imposto de exportação. Questão errada. 4. (ATRFB-2012) O Imposto de Exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. Comentários: Segundo o art. 212, do R/A, o imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. Questão correta. 5. (Questão Inédita) O imposto de exportação incide sobre mercadoria estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se ocorrido na data do registro de exportação. Comentários: O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Questão errada. 6. (Questão Inédita) O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se ocorrido na data do registro de exportação. Comentários: 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!7!()!123 O imposto de exportação não incide sobre mercadoria estrangeira. Questão errada. 7. (Questão Inédita) A base de cálculo do imposto de exportação, quando a alíquota for ad valorem, será o valor aduaneiro. Comentários: A base de cálculo do imposto de exportação é o preço normal. O valor aduaneiro é a base de cálculo do imposto de importação, quando a alíquota for ad valorem. Questão errada. 8. (Questão Inédita) A alíquota máxima para o imposto de exportação é de 150%. Comentários: A alíquota do I.E é de 30%, podendo ser reduzida ou aumentada pela CAMEX. No caso de aumento de alíquota, esta não poderá ultrapassar o limite máximo de 150%. Questão correta. 9. (Questão Inédita) O pagamento do imposto de exportação será realizado na forma e no prazo fixados pela CAMEX. Comentários: A forma e o prazo de pagamento do imposto de exportação serão fixados pelo Ministro da Fazenda, Questão errada. 10. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de exportação considera- se ocorrido no momento do desembaraço aduaneiro. Comentários: O fato gerador do imposto de exportação considera-se ocorrido na data do registro de exportação (RE). Questão errada. 11. (Questão Inédita) O imposto de exportação será calculado pela aplicação da alíquota de 30% sobre a base de cálculo. O Ministro da Fazenda tem competência para reduzir ou aumentar essa alíquota, a fim de atender aos objetivos da política cambial e de comércio exterior. Comentários: A competência para reduzir ou aumentar a alíquota do imposto de exportação é da CAMEX. Questão errada. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!8!()!123 12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Para efeito de cálculo do imposto de exportação, considera-se ocorrido o fato gerador na data da saída da mercadoria do território aduaneiro. Comentários: Para efeito de cálculo do imposto de exportação, considera-seocorrido o fato gerador na data do registro de exportação. Questão errada. 13. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportação incide somente sobre mercadoria nacionalizada destinada ao exterior. Comentários: O imposto de exportação também incide sobre mercadoria nacional destinada ao exterior. Questão errada. 14. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportação tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro da mercadoria exportada. Comentários: O fato gerador do imposto de exportação é a saída de mercadoria do território nacional, considerando-se ocorrido na data do registro de exportação. Questão errada. 15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de elevação, a alíquota do imposto de exportação não poderá ser superior a cinquenta por cento. Comentários: A alíquota do imposto de exportação não poderá ser superior a 150%. Questão errada. 16. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em determinadas situações a Câmara de Comércio Exterior – CAMEX - pode definir pauta de valor mínimo para a apuração da base de cálculo do imposto de exportação. Comentários: Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no mercado internacional, a CAMEX poderá estabelecer critérios específicos ou definir pauta de valor mínimo para apuração da base de cálculo do imposto de exportação. Questão correta. 17. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de exportação é o valor aduaneiro, segundo definição do art. VII do GATT. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!9!()!123 Comentários: A base de cálculo do imposto de exportação é o preço normal. O valor aduaneiro é base de cálculo do imposto de importação quando a alíquota for ad valorem. Questão errada. 18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É contribuinte do imposto de exportação qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro. Comentários: O contribuinte do imposto de exportação é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro. Questão correta. 2-Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): (art. 237 – art. 248) 2.1- Introdução: O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem natureza predominantemente extrafiscal, embora, nos últimos anos, tenha ganhado relevância sua finalidade arrecadatória (fiscal). A extrafiscalidade do IPI resta evidente quando se percebe que este tem sido utilizado pelo governo brasileiro como instrumento de política de comércio exterior. Em função de sua natureza extrafiscal, o IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas e ao princípio da anterioridade. Assim, suas alíquotas podem ser alteradas por ato do Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. Adicionalmente, não é necessário que a majoração da alíquota do IPI espere o próximo exercício financeiro para produzir seus efeitos. O IPI, todavia, obedece ao princípio da anterioriedade nonagesimal (noventena). Isso quer dizer que a majoração da alíquota desse tributo, apesar de não necessitar aguardar pelo próximo exercício financeiro para produzir seus efeitos, deve esperar 90 dias. O legislador constituinte conferiu ao contribuinte uma garantia, ainda que mínima, contra a surpresa de uma exação que lhe seja onerosa. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!1:!()!123 2.2- Fato Gerador: O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. O desembaraço aduaneiro, como iremos estudar em aula futura, é o ato final do despacho de importação; é o momento em que o atesta a regularidade da importação, liberando a mercadoria para efetivo ingresso no território aduaneiro. Embora o fato gerador do IPI ocorra somente por ocasião do desembaraço aduaneiro, o recolhimento tributário é feito no momento do registro da Declaração de Importação (DI), que marca o início do despacho de importação. Assim, o recolhimento tributário será feito em momento anterior à ocorrência do fato gerador do IPI vinculado à importação, o que pode dar origem a algumas situações inusitadas. Suponha por exemplo que, no dia 15/04/2013, um importador registre uma DI que ampara a importação de geladeiras. O desembaraço aduaneiro, no entanto, somente vem a ocorrer no dia 30/04/2013. Agora vem o problema! Na data do registro da DI (15/04/2013), a alíquota do IPI era de 30%; já na data do desembaraço aduaneiro (30/04/2013), a alíquota do IPI era de 10%. O recolhimento tributário, nessa situação, foi feito com base na alíquota vigente na data do registro da DI (30%). No entanto, como sabemos a partir de nossos estudos de Direito Tributário, a alíquota aplicável deveria ser aquela vigente na data da ocorrência do fato gerador (10%). Resta claro que, nessa situação, caberá restituição ao importador do valor pago a maior. O inverso também poderia acontecer, dando ensejo a uma cobrança complementar a ser efetuada pelo Fisco. Destaque-se que a possibilidade de o recolhimento tributário ser efetuado antes da ocorrência do fato gerador tem amparo no art. 150, § 7.º, da CF/88, que dispõe o seguinte: Art. 150............................................................................. § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata As alíquotas do I.I e do I.E são alteradas pela CAMEX. As alíquotas do IPI, todavia, são alteradas por Decreto do Presidente da República. Assim, apesar de incidir sobre as operações de comércio exterior, as alíquotas do IPI não são alteradas pela CAMEX. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!11!()!123 e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido Trata-se do que a doutrina chama de fato gerador presumido. No momento do registro da Declaração de Importação (DI), o fato gerador do IPI (desembaraço aduaneiro) ainda não ocorreu, mas, desde já, é efetuado o recolhimento tributário. Presume-se, nessa situação, que o desembaraço aduaneiro (fator gerador do IPI) irá ocorrer posteriormente. A legislação aduaneira prevê, ainda, outra hipótese de fato gerador presumido do IPI, de natureza diversa à do art. 150, 7º, da CF/88. Ele ocorrerá no caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade fiscal, à semelhança do que prevê a legislação do imposto de importação. Segundo o art. 238, 1º, do R/A, considera-se ocorrido o desembaraço aduaneiro de mercadoria que constar como importada e cujo extravio for verificado pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação. Suponha que o importador registre uma DI amparando a importação de 100 geladeiras. No curso do despacho aduaneiro, o verifica que há apenas 80 geladeiras (as outras 20 foram extraviadas). O importador fará jus à restituição dos tributos que incidiram sobre as 20 geladeiras extraviadas, mas a autoridade aduaneira irá exigi- los do responsável pelo extravio (transportador ou depositário). Percebe-se que, nesse caso, presume-se que as mercadoriasextraviadas sofreram desembaraço aduaneiro (o que, na prática, não aconteceu em razão do extravio). Detalhe importante é que a legislação prevê acerca do extravio de mercadorias a granel. As diferenças percentuais dessas mercadorias, apuradas no curso do despacho aduaneiro, não serão consideradas para efeitos de exigência do imposto, até o limite de 1%. Na hipótese de diferença percentual superior a esse limite, será exigido o imposto somente em relação ao que exceder a 1%. O campo de incidência do IPI abrange apenas os produtos industrializados, assim considerados aqueles que resultem de operação definida como industrialização pelo Regulamento do IPI (RIPI), mesmo que incompleta, parcial ou intermediária. As operações de industrialização estão previstas no art. 4º do RIPI, abaixo transcrito. Isso aí vocês vão estudar em detalhes no curso de Legislação Tributária, com o Prof. Fábio Dutra! Art. 4o Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como: 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!12!()!123 I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados. Vejamos, agora, situações em que não ocorre o fato gerador do imposto sobre produtos industrializados! Art. 238. O fato gerador do imposto, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira § 1o Para efeito do disposto no caput, considera-se ocorrido o desembaraço aduaneiro da mercadoria que constar como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade fiscal, inclusive na hipótese de mercadoria sob regime suspensivo de tributação. § 2o Não constitui fato gerador do imposto o desembaraço aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao País: I - nas hipóteses previstas nos incisos I a V do art. 70; e II - aos quais tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de exportação temporária, ainda que descumprido o regime. O art. 238, § 2º, inciso I, do R/A, faz menção ao art. 70 para tratar das situações em que não ocorre o fato gerador do imposto sobre produtos industrializados. Recorde-se que o art. 70 do R/A relaciona as hipóteses em que, para fins de incidência do imposto de imposto de importação, as mercadorias são consideradas não-estrangeiras. Vejamos o art. 70 do R/A: Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se: I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!14!()!123 V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País. É importante tomar cuidado com a forma diferenciada pela qual o Regulamento Aduaneiro trata as situações de “não-tributação” do Imposto de Importação e as do Imposto sobre Produtos Industrializados! 1) Para fins de incidência do imposto de importação, o art. 70 relaciona situações em que a mercadoria é considerada não- estrangeira. 2) O mesmo art. 70, no que diz respeito ao imposto sobre produtos industrializados (IPI), relaciona situações de não- ocorrência do fato gerador. As duas são situações de não-tributação! No entanto, se o R/A dissesse que, para fins de IPI, as mercadorias do art.70 seriam consideradas não-estrangeiras, poderia haver dúvidas sobre a incidência do IPI. Explico: o fato gerador do IPI, na importação, é o desembaraço aduaneiro de mercadoria de procedência estrangeira. Mercadoria procedente do exterior é aquela que vem do exterior; não é, necessariamente, uma mercadoria de origem estrangeira (produzida no exterior). Ora, se o IPI incide sobre mercadorias de procedência estrangeira, isso significa que basta que ela venha do exterior para que ocorra a incidência. Haveria incidência até mesmo sobre uma mercadoria não-estrangeira (nacional) vindo do exterior!. Em razão disso, para evitar polêmicas, decidiu-se tratar as hipóteses do art. 70, para fins de IPI, como situações de não-ocorrência do fato gerador. O art. 238, § 2º, inciso II, do R/A, relaciona mais uma hipótese de não-ocorrência do fato gerador do IPI. Trata-se do retorno de exportação temporária (reimportação), que também é situação de não- ocorrência do fato gerador do imposto de importação. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!13!()!123 2.3- Incidência: O imposto sobre produtos industrializados (IPI), na importação, incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. Segundo o art. 2º do RIPI, o imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI. O campo de incidência do IPI abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI 3. Ficam excluídos do campo de incidência do IPI apenas os produtos que, na TIPI, possuem a notação NT (não-tributado). 4 Vejamos, agora, as situações de não-incidência do imposto sobre produtos industrializados! Art. 237- O imposto de que trata este Título, na importação, incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. § 1o O imposto não incide sobre: I - os produtos chegados ao País nas hipóteses previstas nos incisos I e II do art. 71, que tenham sido desembaraçados; e II - as embarcações referidas no inciso V do art. 71 Como é possível verificar, o art. 237, § 1º, do R/A, nos remeteu ao art. 71 para tratar das hipóteses de não-incidência. Nós já as estudamos na aula passada, quando vimos sobre a não-incidência do imposto de importação. Não custa relembrar, não é mesmo? Art. 71. O imposto não incide sobre: I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinadaou devolvida para o exterior; II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; 3 A TIPI é uma tabela semelhante à Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que relaciona produtos, seus códigos numéricos e respectivas alíquotas. 4 Os produtos que aparecem na TIPI com a notação NT estão fora do campo de incidência do IPI. Veja: apesar de estarem na TIPI, esses produtos estão fora do campo de incidência do IPI. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!15!()!123 III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida; IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem; VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. Fiz uma marcação acima nas três hipóteses de não-incidência do IPI! O inciso I se refere à situação em que a mercadoria estrangeira não estava prevista para vir ao Brasil, mas, por um erro inequívoco ou comprovado de expedição, acabou chegando ao País. Ela será, então, redestinada (enviada para outro destino) ou devolvida, não havendo incidência do IPI. O inciso II, por sua vez, se aplica ao caso de substituição de mercadorias. Nessa situação, foi importada uma mercadoria que, após o desembaraço, se revelou defeituosa ou imprestável para o fim ao qual se destinava. Esta é, então, devolvida ao exterior e, em seu lugar, vem uma nova, sobre a qual não incidirá o imposto de importação. O inciso V, por último, versa sobre o retorno de embarcações ao registro brasileiro. Nesse caso, a embarcação foi construída no Brasil e transferida por uma empresa brasileira de navegação a uma subsidiária no exterior. A embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a incidência do imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como propriedade da mesma empresa nacional de origem Já sei o que vocês devem estar perguntando: “Ricardo, e qual o tratamento tributário, em termos de IPI, para as situações dos incisos III, IV, VI e VII?” Excelente pergunta, meu amigo! Vejamos: a) Art. 71, inciso III: Uma mercadoria que entra no País e é encontrada pela Aduana sofrerá a aplicação da pena de perdimento. Em razão 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!16!()!123 de não ter se submetido ao desembaraço aduaneiro, essa mercadoria objeto da pena de perdimento não sofrerá incidência do imposto sobre produtos industrializados. Entretanto, se ela não for localizada, tiver sido consumida ou revendida, a Aduana não terá como aplicar a pena de perdimento e, então, irá cobrar o imposto sobre produtos industrializados. b) Art. 71, inciso IV: A mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da DI não sofreu desembaraço aduaneiro, logo não houve incidência do imposto sobre produtos industrializados. c) Art. 71, inciso VI: A mercadoria estrangeira avariada ou que se revelou imprestável para os fins aos quais se destinava é destruída antes do desembaraço aduaneiro. Logo, se não há desembaraço aduaneiro, não há incidência do imposto sobre produtos industrializados. d) Art. 71, inciso VII: O imposto sobre produtos industrializados incidirá sobre mercadoria estrangeira acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem. Com efeito, a mercadoria sofreu desembaraço aduaneiro e não há qualquer dispositivo legal excluindo a incidência. 2.4- Base de Cálculo: A base de cálculo do IPI, na importação, é o valor aduaneiro acrescido do montante referente ao imposto de importação e aos encargos cambiais. O imposto será recolhido automaticamente quando registrada a Declaração de Importação. O cálculo do imposto se faz mediante aplicação das alíquotas constantes da TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados). 2.5- Sujeito Ativo / Sujeito Passivo: O sujeito ativo do IPI é a União, conforme art. 153, inciso IV, da CF/88, que atribui competência a esse ente federativo para instituir imposto sobre produtos industrializados. O contribuinte do IPI vinculado à importação é o próprio importador. 2.5- Isenções: O art. 245 do R/A trata das isenções, nas importações, do imposto sobre produtos industrializados. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!17!()!123 Art. 245. São isentas do imposto as importações: I - a que se refere o inciso I e as alíneas “b” a “o” e “q” a “u” do inciso II do art. 136, desde que satisfeitos os requisitos e condições exigidos para a concessão do beneficio análogo relativo ao imposto de importação; e II - de bens a que se apliquem os regimes de tributação: a) simplificada, a que se refere o art. 99; e b) especial, a que se refere o art. 101. São muitos os casos de isenção do IPI na importação, os quais relacionamos abaixo (são muitos, mas não se assuste!) 1) Importações realizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas respectivas autarquias. 2) Importações realizadas pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social. 3) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes. 4) Importações realizadas pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes. 5) Importações realizadas pelas instituições científicas e tecnológicas. 6) Amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial. 7) Remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a pessoa física. 8) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus. 9) Bens adquiridos em loja franca, no País. 10) Bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres. 11) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade isenção. 12) Gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias- 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!18!()!123 primas para sua produção no País, importados ao amparo do art. 4o da Lei no 3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966 13) Partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e de embarcações; 14) Medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida. 15) Bens importados pelas áreas de livre comércio 16) Importaçõesefetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia Ocidental 17) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País; 18) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados. 19) Partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro 20) Bens destinados a coletores eletrônicos de votos 21) Bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País. 22) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento. 23) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan- americanos, parapan-americanos e mundiais Há, ainda, duas outras situações que merecem comentários: 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!19!()!123 a) Os bens integrantes de remessas postais internacionais aos quais seja aplicado o Regime de Tributação Simplificada sofrerão a incidência do imposto de importação a 60% e receberão isenção do IPI. b) Os bens integrantes de bagagem aos quais seja aplicado o Regime de Tributação Especial sofrerão a incidência do imposto de importação a uma alíquota de 50% e receberão isenção do IPI. Segundo o art. 243 do R/A, as isenções do IPI, salvo expressa disposição em lei, referem-se ao produto e não ao contribuinte ou ao adquirente. Dessa forma, em regra, as isenções de IPI possuem natureza objetiva. Entretanto, na lista de isenções que apresentamos anteriormente, pudemos perceber diversas hipóteses de isenções subjetivas (vinculadas à natureza do importador). Se a isenção estiver condicionada à destinação do produto e a este for dado destino diverso do previsto, estará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade cabível, como se a isenção não existisse. 2.6- Imunidades: Como já sabemos depois de muito estudar as aulas de Direito Tributário, as imunidades são hipóteses de não-incidência constitucionalmente qualificadas. Assim, todas as imunidades têm expressa previsão constitucional. No curso de Legislação Tributária, o Prof. Fábio Dutra irá abordar as hipóteses de imunidade do IPI, as quais, de forma bem didática, estão relacionadas no art. 18 do Decreto nº 7.212/2010. Art. 18. São imunes da incidência do imposto: I - os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão II - os produtos industrializados destinados ao exterior III - o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; e IV - a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Entretanto, no curso de Legislação Aduaneira, interessa-nos estudar apenas as imunidades do IPI vinculado à importação. Vamos nos valer, então, do texto do Regulamento Aduaneiro e da Constituição Federal de 1988. Vocês se lembram de quanto tratamos das imunidades do imposto de importação? Aqui a problemática é exatamente a mesma! ☺ 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!2:!()!123 O Regulamento Aduaneiro relaciona apenas uma imunidade do IPI, prevista no art. 245-A. É o caso da imunidade cultural, que proíbe os entes federativos de instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Art. 245-A. São imunes do imposto as importações de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão, observado o disposto no art. 211-B. Em que pese a literalidade do Regulamento Aduaneiro ter feito menção a apenas esse caso de imunidade do IPI na importação, nós sabemos que, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, há outras situações em que é cabível falar-se em imunidade. - Art. 150, inciso VI, alínea “a”: É vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Trata-se da conhecida imunidade tributária recíproca. - Art. 150, inciso VI, alínea “c”: É vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. - Art. 150, § 2º: A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Vou dizer novamente o que eu disse na aula anterior! ☺ 1) Se a questão cobrar a literalidade da norma, você deve dizer que as importações realizadas pelos entes federativos e suas autarquias, partidos políticos e instituições de educação ou de assistência social são hipóteses de isenção do imposto de importação 2) Se a questão cobrar um entendimento jurisprudencial ou doutrinário, você pode assumir que trata-se de hipóteses de imunidade do imposto de importação. 3) O edital da RFB falou em “imunidades (no plural) do imposto sobre produtos industrializados”, o que nos leva a crer que ele pede um entendimento mais amplo do que a mera literalidade do Regulamento 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!21!()!123 Aduaneiro. Se ele falasse em imunidade (no singular) do imposto sobre produtos industrializados, restaria claro que a referência seria apenas à imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão (única imunidade prevista na literalidade do R/A) 2.7- Suspensão do pagamento do IPI: Há situações em que a importação é realizada com suspensão do pagamento do IPI. Elas estão previstas no art. 246 e art. 247 do R/A. O art. 246 do R/A teve como objetivo estimular a produção nacional de equipamentos autopropulsados como tratores, bulldozers, máquinas e aparelhos de uso agrícola (colheitadeiras, semeadeiras), etc. Os componentes, chassis, acessórios, partes e peças desses equipamentos são desembaraçados com suspensão do IPI, quando importados diretamente por estabelecimento industrial. Destaque-se que esses produtos importados com suspensão do IPI deverão ser usados no processo produtivo dos equipamentos autopropulsados em questão. A lógica é: importar insumos com suspensão do IPI para produzir, no País, esses equipamentos. Art. 246. Serão desembaraçados com suspensão do pagamento do imposto os componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes e peças dos produtos autopropulsados classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11, da Nomenclatura Comum do Mercosul, quando importados diretamente por estabelecimento industrial. § 1o A suspensão de que trata o caput é condicionada a que o produto seja destinado a emprego pelo estabelecimento industrial adquirente I - na produção de componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes ou peças dos produtos autopropulsados relacionadosnos Anexos I e II da Lei no 10.485, de 2002; ou II - na montagem dos produtos autopropulsados classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.03, 87.05, 87.06 e 87.11, e nos códigos 8704.10.00, 8704.2 e 8704.3, da Nomenclatura Comum do Mercosul. § 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, à empresa comercial atacadista adquirente dos produtos resultantes da industrialização por encomenda a que se refere o art. 427 O art. 247, por sua vez, visa conceder incentivos fiscais a alguns setores específicos, quais sejam: i) setor exportador; ii) setor agropecuário; iii) fabricantes de máquinas e equipamentos autopropulsados (bens previstos no art.246); iv) fabricantes de partes e peças para aeronaves e aparelhos espaciais e; v) empresas que investem em atividades de tecnologia da informação. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!22!()!123 E como funciona esse incentivo fiscal? As pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras e as empresas fabricantes dos equipamentos acima mencionados poderão importar insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens) com suspensão do pagamento do IPI. Art. 247. Serão desembaraçados com suspensão do pagamento do imposto, ainda, as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento industrial fabricante preponderantemente: I - dos produtos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, e nas posições 21.01 a 2105.00, 2209.00.00 e 2501.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul, inclusive daqueles a que corresponde a notação NT (não- tributados); II - dos bens referidos no art. 246; III - das partes e peças destinadas a estabelecimento industrial fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Nomenclatura Comum do Mercosul; e IV - dos bens de informática e automação que gozem do benefício referido no art. 816. Por fim, ressalte-se que se for dado destino diverso do previsto ao produto beneficiado com suspensão, o responsável estará sujeito ao pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade cabível. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 19. ( – 2014) O fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. Comentários: É isso mesmo! O fato gerador do IPI, na importação, é o desembaraço aduaneiro. Vale destacar que o desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho de importação. Questão correta. 20. ( 2012) Não constitui fato gerador do IPI-Importação o desembaraço aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao País aos quais 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!24!()!123 tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de exportação temporária, salvo se descumprido o regime. Comentários: Não constitui fato gerador do IPI vinculado à importação o retorno ao País de produtos nacionais aos quais tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que descumprido o regime. Questão errada. 21. (Questão Inédita) O fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. Logo, o recolhimento desse tributo será procedido em momento posterior ao do registro da Declaração de Importação (DI). Comentários: Apesar de o fato gerador do IPI, na importação, ser o desembaraço aduaneiro, ele será recolhido no momento do registro da DI. Questão errada. 22. (Questão Inédita) A base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados (IPI) é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e do valor do próprio IPI. Comentários: A base de cálculo do IPI é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e dos encargos cambiais. O IPI não integra sua própria base de cálculo. Questão errada. 23. ( 2012) Serão desembaraçados com suspensão do pagamento do IPI-Importação as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento industrial fabricante preponderantemente das partes e peças destinadas a estabelecimento industrial fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Nomenclatura Comum do Mercosul. Comentários: Questão bastante difícil! Ela nos mostra dois incentivos fiscais relativos ao IPI, os quais estão previstos no art. 247, caput e inciso III do R/A: 1) Suspensão de IPI na importação, por pessoa jurídica preponderantemente exportadora, de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. 2) Suspensão de IPI na importação de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem por estabelecimento industrial 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!23!()!123 fabricante preponderantemente das partes e peças destinadas a estabelecimento industrial fabricante de produto classificado no Capítulo 88 da Nomenclatura Comum do Mercosul (aeronaves e aparelhos espaciais). Por tudo o que comentamos, a questão está correta. 24. (Questão Inédita) As isenções do imposto sobre produtos industrializados, salvo expressa disposição de lei, referem-se ao contribuinte ou ao adquirente. Comentários: Em regra, as isenções de IPI são objetivas, isto é, se referem ao produto. Questão errada. 25. (Questão Inédita) São isentas de IPI as importações de bens aos quais se apliquem os regimes de tributação especial e simplificada. Comentários: O Regime de Tributação Especial é o que se aplica à bagagem de viajantes; o Regime de Tributação Simplificada, por sua vez, se aplica a bens integrantes de remessas postais internacionais. Nessas duas situações, haverá isenção de IPI. Questão correta. 26. (Questão Inédita) O IPI vinculado à importação incide sobre produtos industrializados de origem estrangeira. Comentários: O IPI vinculado à importação incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. Questão errada. 27. (Questão Inédita) O IPI vinculado à importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda. Comentários: De fato, essa é uma hipótese de não-incidência do IPI, prevista no art. 71, inciso II, do R/A. Questão correta. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!25!()!123 3- PIS/PASEP- Importação e COFINS- Importação: 3.1- Incidência: A Lei nº 10.865/2004 instituiu as contribuições para o PIS/PASEP- Importação e a COFINS-Importação. Embora tenham o nome quase idêntico às contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, são tributos diversos. Nesse sentido, o PIS/PASEP e a COFINS são tributos internos, não incidindo sobre as operações de importação. Incidem sobre a importação o PIS/PASEP- Importação e a COFINS-Importação. Vejamos o que dizem os arts. 249 e 250 do R/A: Art. 249. A importação de produtos estrangeiros está sujeita ao pagamento da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação Parágrafo único. Consideram-seestrangeiros, para efeito de incidência da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, os bens referidos no art. 70. Art. 250. A contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS- Importação não incidem sobre os bens a que se referem os incisos I a IV, VI e VII do art. 71 e os incisos I e II do art. 74, bem como, observado o disposto no art. 257, sobre os bens importados pelas entidades beneficentes de assistência social, nos termos do § 7o do art. 195 da Constituição. Como se percebe, há situações em que não há incidência do PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação. O art. 70 é aquele que nós vimos quando estudamos o imposto de importação. São as situações em que uma mercadoria nacional ou nacionalizada é exportada, mas retorna ao Brasil, não chegando a se desnacionalizar. Logo, não incidirá o PIS/PASEP-Importação e a COFINS- Importação, em virtude de a mercadoria não ser estrangeira. Transcrevo novamente, para que você se recorde, o art. 70: Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se: I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!26!()!123 aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País. O art. 71 do R/A, por sua vez, também se aplica ao imposto de importação, definindo hipóteses de não-incidência do I.I sobre mercadorias estrangeiras. E, como se pode ver, ele também vale para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação. Art. 71. O imposto não incide sobre: I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior; II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida; IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem; VI – mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. Por último, o art. 74 do R/A, que define hipóteses de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação, também se aplica ao PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação. No entanto, na inteligência do Regulamento Aduaneiro, trata-se de hipóteses de não-incidência (e não situações de não-ocorrência do fato gerador!) do PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação. Aproveitemos para recordar o art. 74 do R/A: Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro: I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; e II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que descumprido o regime. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!27!()!123 3.2- Fato Gerador: O fato gerador das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é a entrada de bens estrangeiros no território aduaneiro. Presume-se a entrada no território aduaneiro e, portanto, a ocorrência do fato gerador, para os bens que constem como tendo sido importados e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. Não se aplica tal regra às malas /remessas postais internacionais e à mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condições de manuseio na descarga, esteja sujeita a quebra ou a decréscimo, desde que o extravio não seja superior a um por cento. Na hipótese de quebra ou decréscimo em percentual superior a esse limite, serão exigidas a contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação somente em relação ao que exceder a 1%. O momento exato em que se considera que a mercadoria adentrou o território aduaneiro e, portanto, ocorreu o fato gerador das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é definido pelo art. 252 do R/A: Art. 252. Para efeito de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação, considera-se ocorrido o fato gerador: I - na data do registro da declaração de importação de bens submetidos a despacho para consumo; II -no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens constantes de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; e III - na data do vencimento do prazo de permanência dos bens em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689. Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de bens importados sob regime suspensivo de tributação do imposto de importação. No caso de bens nacionalizados (submetidos a despacho para consumo), o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da D.I. No caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade aduaneira, o fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento do crédito tributário. Por último, o fato gerador pode considerar-se ocorrido na data do vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado. Isso acontecerá quando, antes de ser aplicada a pena de perdimento (em virtude de a mercadoria ter sido abandonada), o importador inicia o despacho aduaneiro de importação. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!28!()!123 Vale destacar que, conforme a Lei nº 10.865/2004, as contribuições para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS também incidem sobre as importações de serviços. Os serviços em questão são aqueles provenientes do exterior prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou domiciliada no exterior, nas seguintes hipóteses: i) executados no País; ii) executados no exterior, cujo resultado se verifique no País. No caso de importação de serviços, o fato gerador será o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado.O momento temporal exato em que ocorrerá o fato gerador será a data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores. 3.3- Base de cálculo: A base de cálculo do PIS/PASEP – Importação e da COFINS- Importação foi, ao longo de muitos anos, objeto de enorme controvérsia doutrinária e jurisprudencial. O problema advém do art. 149, inciso III, alínea “a” da CF/88, que determina que as contribuições sociais, cuja competência para instituição é exclusiva da União, terão como base de cálculo, na importação, o valor aduaneiro. Veja: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. ... III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro. Olha só que interessante! A CF/88 menciona o termo “valor aduaneiro”, mas não o define. E onde está a definição de valor aduaneiro? A definição de valor aduaneiro está prevista no Acordo sobre a Implementação do art. VII do GATT, o denominado Acordo de Valoração Aduaneira (AVA), que, por ter sido regularmente internalizado em nosso ordenamento jurídico interno, tem status de lei ordinária. Em aula futura, nós estudaremos em detalhes sobre a determinação do valor aduaneiro. No entanto, já sabemos que o valor aduaneiro é a base de cálculo do imposto de importação. Detalhe: segundo o AVA, no cálculo do valor aduaneiro, não entram quaisquer tributos internos. A expressão “valor aduaneiro” tem um sentido técnico inequívoco, já utilizado pela legislação tributária para definir a base de cálculo 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!29!()!123 do imposto de importação. Desde o Decreto-Lei nº 37/66, já está previsto que o valor aduaneiro seria apurado em conformidade com o Acordo de Valoração Aduaneira. Apesar disso, a Lei nº 10.865/2004, ao dispor sobre a base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, desconsiderou a determinação constitucional, dispondo que, para os efeitos daquela lei, o valor aduaneiro deveria ser entendido como o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do ICMS e do valor das próprias contribuições. O art. 253, do R/A, seguindo a Lei nº 10.865/2004, dispôs o seguinte: Art. 253. A base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação é o valor aduaneiro, assim entendido o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições. § 1o O ICMS incidente comporá a base de cálculo das contribuições, mesmo que tenha seu recolhimento diferido. § 2o Para efeito do disposto no § 1o, não se inclui a parcela a que se refere a alínea “e” do inciso V do art. 13 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996. Como já se disse, o conceito de “valor aduaneiro’ já encontra previsão no Acordo de Valoração Aduaneira (OMC) e os tributos internos não o integram. Quando o legislador constituinte dispôs que as contribuições sociais teriam como base de cálculo, na importação, o valor aduaneiro, ele o fez considerando o sentido técnico inequívoco desse termo, apurado segundo as regras do Acordo de Valoração Aduaneira. Seguindo essa lógica, no dia 21/03/2013, o STF decidiu, no RE 559.937/RS pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS e do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação na base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Essa é uma decisão importantíssima do STF, mas que somente se aplicava àquele caso concreto, ou seja, não vinculava a Administração Pública. Transcrevemos, a seguir, trecho dessa importante decisão do STF: “A Lei 10.865/04, ao instituir o PIS/PASEP-Importação e a COFINS- Importação, não alargou propriamente o conceito de valor aduaneiro, de modo que passasse a abranger, para fins de apuração de tais contribuições, outras grandezas nele não contidas. O que fez foi desconsiderar a imposição constitucional de que as contribuições sociais sobre a importação que tenham alíquota ad valorem sejam calculadas com base no valor 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!4:!()!123 aduaneiro, extrapolando a norma do art. 149, § 2º, III, a, da Constituição Federal.” Com o objetivo de conferir segurança jurídica às operações de importação e, ao mesmo tempo, ratificar o entendimento do STF, foi publicada, em 09 de outubro de 2013, a Lei nº 12.865/2013, que alterou a base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Agora não há mais dúvida: a base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS- Importação é o valor aduaneiro. O art. 253, do Regulamento Aduaneiro, foi revogado pela Lei nº 12.865/2013, de maneira que a sua literalidade deverá ser desconsiderada para fins de prova. O entendimento do STF está, agora, plenamente compatível com o que diz a lei. A base de cálculo do PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação não inclui o ICMS, tampouco o valor dessas próprias contribuições. A base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação é o valor aduaneiro. Há previsão para a redução da base de cálculo do PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação em duas situações: - Redução de 30,2%, no caso de importação, para revenda, de caminhões chassi com carga útil igual ou superior a mil e oitocentos quilogramas e caminhão monobloco com carga útil igual ou superior a mil e quinhentos quilogramas, classificados na posição 87.04 da TIPI, observadas as especificações estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e - Redução de 48,10%, no caso de importação, para revenda, de máquinas e veículos classificados nos seguintes códigos e posições da TIPI: 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10 Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos códigos 8702.10.00 e 8702.90.90). Em regra, as alíquotas previstas em lei para o cálculo das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação são, respectivamente, 2,32% e 10,68%. Detalhe: há várias exceções a essa regra, que fogem ao objetivo do nosso curso! ☺ Cabe ressaltar, por último, que a contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação serão pagas na data do registro da declaração de importação. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!41!()!123 As alíquotas do PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação foram aumentadas pela Lei nº 13.097/2015. O objetivo foi compensar a perda de arrecadação ocorrida em virtude da exclusão, da base de cálculo do PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação, das parcelas referentes ao ICMS e dessas próprias contribuições. 3.4- Sujeito Ativo: Segundo o art. 149, da CF/88, compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. No exercício de sua competência tributária, foi editada a Lei nº 10.865/2004, que instituiu as contribuições sociais para o PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação. 3.5- Sujeito Passivo: O art.254 do R/A relaciona os contribuintes do PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação. Destaco a semelhança entre esse dispositivo e o que versa sobre os contribuintes do imposto de importação. Art. 254. É contribuinte da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação: I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de bens estrangeiros no território aduaneiro; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada. Além desses contribuintes, chamo sua atenção para duas outras situações, não relacionadas no R/A, mas previstas na Lei nº 10.865/2004: i) a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou domiciliado no exterior; ii) o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja residente ou domiciliado no exterior. O art. 255 do R/A, por sua vez, faz menção aos responsáveis solidários pela PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Art. 255. São responsáveis solidários: I - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de bem sob controle aduaneiro; e 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!42!()!123 II - o transportador, quando transportar bens procedentes do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; III - o representante, no País, do transportador estrangeiro; IV - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal; e V - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora. Chamo sua atenção apenas para um detalhe! Quando estudamos o imposto de importação, vimos que o depositário e o transportador eram responsáveis. No que diz respeito ao PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação, os dois serão responsáveis solidários. 3.6- Isenções: As isenções da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação estão previstas no art. 256 do R/A. Novamente, cabe ressaltar que existem isenções subjetivas (concedidas em razão da natureza da pessoa importadora) e isenções objetivas (concedidas em razão da natureza do bem, isto é, vinculadas à destinação dos bens). As isenções subjetivas são as relacionadas no art. 256, inciso I; as isenções objetivas são as previstas no inciso II. Vejamos: Art. 256. São isentas da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação: I - as importações realizadas: a) pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público; b) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes; c) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes; II - as hipóteses de: a) amostras sem valor comercial; b) remessas postais e encomendas aéreas internacionais a que se aplique o regime de tributação simplificada ou destinadas a pessoa física; c) bagagem de viajantes procedentes do exterior; d) bens adquiridos em loja franca no País; e) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres, destinados à subsistência da unidade familiar de residentes nas cidades fronteiriças brasileiras; f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de isenção; g) objetos de arte, classificados nas posições 97.01, 97.02, 97.03 e 97.06 da Nomenclatura Comum do Mercosul, recebidos em doação, 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!44!()!123 por museus instituídos e mantidos pelo poder público ou por outras entidades culturais reconhecidas como de utilidade pública; h) máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, importados por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores, conforme o disposto nos arts. 147 e 148; i) bens recebidos em decorrência de evento cultural, científico ou esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País; e j) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento Quando a isenção for vinculada à qualidade do importador (isenção subjetiva), a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. Chama a nossa atenção o fato de que não estão elencadas nas hipóteses de isenção do PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação as importações realizadas por entidades beneficentes de assistência social. Isso se deve ao fato de que estas fazem jus à imunidade do PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação. (art. 195, § 7º, da CF/88) 3.7- Suspensão do Pagamento / Redução de Alíquotas (Programas Específicos e seu regramento): Nesse tópico, vamos abordar diversos regimes de tributação diferenciados relativos ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Desde já, chamo a atenção de vocês para o seguinte: alguns deles fazem menção à suspensão do pagamento dessas contribuições; outros, se referem à imposição de alíquota zero. Outro ponto importante, que não podemos deixar de lado, é o de que esses programas específicos que serão abordados neste tópico não são regimes aduaneiros especiais. Trata-se apenas de regimes de tributação diferenciados para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Destaco, ainda, que, no final de 2012, tivemos algumas alterações da legislação que revogaram tacitamente alguns dispositivos do Decreto nº 6759/2009, cuja redação, entretanto, não foi alterada. Portanto, nesse ponto de nosso curso, esqueçam o Regulamento Aduaneiro e levem em consideração apenas as minhas palavras. 01475451105 ;∀∗0∃∋+∀+<.∀%=>∀%+ ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀6+,.&∋+87 ?0∗≅Α+3∃Β∋0−∗+Χ∋&∀++++++++++++++++++++!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀#∃%&∋!43!()!123 3.7.1- Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES): O REPES foi instituído pela Lei nº 11.196/2005 e tem como objetivo estimular o desenvolvimento dos serviços de tecnologia da informação no Brasil, com foco na exportação. O REPES é o regime que permite a importação de bens novos destinados ao desenvolvimento, no País, de software e de serviços de tecnologia da informação, quando importados diretamente pelo beneficiário do regime para incorporação ao seu ativo imobilizado, com suspensão do pagamento da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. Aplica-se também suspensão do pagamento do IPI para a importação de bem, sem similar nacional, efetuada diretamente pelo beneficiário do REPES para a incorporação ao seu ativo imobilizado. É beneficiária do REPES a pessoa jurídica que exerça preponderantemente as atividades de desenvolvimento de software ou de prestação de serviços de tecnologia da informação, e que, por ocasião da sua opção pelo regime, assuma compromisso de exportação igual ou superior a 50% de sua receita bruta anual de venda de bens e serviços. 3.7.2- Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP): O RECAP foi instituído pela Lei nº 11.196/2005, tendo como objetivo desonerar
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