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Prévia do material em texto

PROF. PABLO JAMILK
2
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
REDAÇÃO A JATO!
Professor Pablo Jamilk1 
 Seja bem-vindo, amigo concurseiro! 
Eu sou o professor Pablo Jamilk, e nós 
vamos percorrer o mundo da produção 
de textos, a fim de que você consiga 
eliminar qualquer bloqueio que possa ter 
e garantir o melhor desempenho em sua 
prova discursiva. Antes de você iniciar, 
eu tenho algumas palavras importantes 
e é fundamental que você leia 
atenciosamente, a fim de que que possa 
até TRIPLICAR as chances de conseguir A 
NOTA MÁXIMA na prova discursiva do seu 
concurso!
 Eu idealizei esse livro, pensando 
em uma maneira de fazer a composição 
textual ficar mais leve e mais simples 
do que aquilo que se pinta por aí. Para 
que você tenha uma boa evolução 
nesse nosso caminho, eu sugiro que 
você comece a prestar mais atenção aos 
textos que você lê ultimamente, pois isso 
poderá ser um caminho para uma boa 
redação. Exatamente, quero dizer que 
boa escrita começa com boa leitura. É 
pouco provável que o cidadão que não lê 
constantemente tenha uma boa escrita. 
 Olha, muita gente se engana! Já 
ouvi diversas pessoas que falam: ai, eu 
não tenho problemas com redação! 
Sempre escrevi bem! Na escola, as 
minhas redações eram as melhores! E 
toda aquela besteirada que as pessoas 
usam para compensar suas deficiências 
em redação.
 Se você tem consciência de que 
possui algumas falhas, ou mesmo se você 
SEMPRE PENSOU QUE NÃO PUDESSE 
ESCREVER UMA REDAÇÃO VENCEDORA, 
esse momento chegará ao fim neste 
curso! Pode parecer impossível conseguir 
isso de maneira rápida e simples, mas não 
é!
Qual a diferença do seu curso para o de 
outros professores, Pablo? A resposta é 
simples: eu tenho MILHARES DE ALUNOS 
APROVADOS! Alguns deles não conseguiam 
começar um texto, por mais simples 
que fosse! Outros pensavam em desistir! 
Depois de algumas lições simples, diversos 
conseguiram AMPLIFICAR SEU PODER 
DE ESCRITA! Isso levou à composição de 
redações FANTÁSTICAS, as quais renderam 
inesquecíveis aprovações!
INÍCIO DO TRABALHO
Informações simples sobre redação
1. O que é a prova discursiva?
• É a parte da prova que serve para o 
candidato mostrar um pouco de si. 
Mostrar que possui conhecimentos 
a respeito de algum assunto e que 
possui capacidade de escrever um 
texto sobre um tema particular com 
coesão e clareza. 
2. Por que estudar redação?
• A necessidade de estudar redação é 
evidente pelo critério de avaliação 
que as provas atuais de concurso 
costumam exigir, ou seja: a prova 
1 Pablo Jamilk é professor de Língua Portuguesa, Redação e Redação de Correspondências Oficiais com atuação marcante 
em alguns dos mais importantes cursos preparatórios para concursos públicos do país. Graduado, mestre e doutor em Letras, 
dedica sua carreira ao estudo minucioso da língua e das linguagens, além das técnicas de redação para tornar mais acessível 
esse conhecimento aos estudantes.
3
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
discursiva atualmente serve como 
elemento de eliminação do excedente 
nos concursos. Saber escrever um 
bom texto significa estar na frente do 
concorrente. 
3. Existem técnicas para se estudar 
redação?
• Sim, existem técnicas para estudar 
redação, porém nenhuma é milagrosa. 
Fazer análise de outros textos escritos, 
construir resumos e extrair trechos 
que servem para iniciar partes de um 
texto são estratégias que costumam 
funcionar. Há que se lembrar, no 
entanto, que nada supera a prática 
cotidiana de escrita. 
4. Essa redação é igual à do Ensino 
Médio?
• A redação de concursos difere 
essencialmente das redações 
produzidas no Ensino Médio pelo 
fato de não haver a necessidade 
de “criatividade” nos certames 
direcionados para os concursos 
públicos. Evidentemente, a superação 
do senso comum em um texto 
argumentativo é fundamental, porém 
os examinadores buscam apenas um 
texto com progressão e lógica. Além 
disso, os temas atualmente são mais 
específicos e voltados para a área 
específica do concurso.
5. Que tipo de texto mais aparece em 
concurso público?
• O texto de natureza dissertativa é 
praticamente uma unanimidade. 
Nele é possível avaliar a capacidade 
argumentativa ou expositiva dos 
candidatos.
6. Como eu sei que serei capaz de 
escrever uma boa redação?
• A capacidade de escrever uma boa 
redação congrega dois fatores: 
o primeiro é o conhecimento 
relacionado ao assunto de que o texto 
trata; e o segundo é a competência 
para estruturar um texto, ou seja, 
entender como explicar, exemplificar, 
introduzir, argumentar e concluir em 
um texto. Se um desses dois itens 
faltar, a probabilidade de o texto não 
ser bom é grande. 
7. Como e quanto praticar da redação?
• Deve-se praticar a escrita todos os 
dias, ao menos um texto por dia. Desse 
modo, aprende-se a escrever com 
velocidade (o que conta muito no dia 
da prova) e segurança. É aconselhável 
que você tenha alguém que o possa 
acompanhar na análise dos textos, 
pois a opinião de outrem pode ajudar 
a reconhecer o que a leitura particular 
não percebe. É claro que isso é o 
cenário ideal, mas – se você não tiver 
tempo para escrever todos os dias 
– ao menos trate de trabalhar com 
resumos simples ao menos duas vezes 
por semana. Isso não deve tomar mais 
de uma hora do seu dia. 
Cuidados estruturais para o texto
1. Rascunho (tempo e momento de 
fazer).
• O rascunho SEMPRE deve ser feito. 
Jamais entregue uma redação sem 
ter feito o rascunho previamente. Ele 
serve para que você tenha capacidade 
de discernir entre boa ou má escrita 
e que haja a possibilidade de corrigir 
4
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
algo que não tenha ficado bom. O 
rascunho é sempre o primeiro item 
que deve ser resolvido na prova, afinal, 
se não entregar a redação, não passa 
no concurso. Deixe para fazer a versão 
definitiva depois de ter passado o 
gabarito da parte objetiva, assim você 
terá tempo de “ler o seu texto com 
outros olhos”. 
2. Tipo de caneta.
• Sempre faça redações com caneta 
esferográfica de cor PRETA. Não 
questione, apenas siga essa 
informação! Se preciso for, leve 10 
canetas para o dia da prova. 
3. Erros.
• Caso você erre na grafia de alguma 
palavra, o recurso a ser usado é o 
“tachado”, ou seja, passe um traço 
apenas sobre a palavra.
4. Letra.
• O critério para a análise da letra em 
uma prova discursiva é apenas o da 
legibilidade. Isso quer dizer que sua 
letra não deve ser bonita, apenas 
legível. Recomenda-se não misturar 
registros de letras, mas se sua caligrafia 
sempre utilizar isso, não há problema. 
5. Hífen.
• O hífen deve sempre ser colocado 
ao lado da palavra, nunca o coloque 
abaixo.
6. Parágrafos.
• Faça uma divisão equânime de 
seus parágrafos: tente equilibrar a 
quantidade de linhas, seguindo a 
lógica: 3 – 4 para uma introdução; 5 
– 7 para um desenvolvimento e 4 – 5 
para uma conclusão. Esses valores são 
calculados para um texto com até 30 
linhas. 
7. Extensão do texto. 
• Tente utilizar períodos curtos e em 
ordem direta. Eles facilitam a leitura 
e deixam a correção mais agradável. 
Lembre-se de que você não está 
tentando ser um novo Graciliano 
Ramos, apenas quer passar no 
concurso. 
8. Título do texto.
• Coloque título em um texto apenas 
se a banca solicitar, do contrário, não 
coloque título em sua redação. 
9. Cópia de trechos do texto.
• Algumas bancas proíbem cópias do 
texto motivador. Uma maneira de 
burlar isso consiste em usar apenas 
a estrutura do texto base, ou mesmo 
a estrutura dos textos da prova de 
Língua Portuguesa. Isso serve para 
os desesperados que não fazem ideia 
de como começar um texto ou como 
introduzir uma sentença. A banca 
FCC não costuma fornecer um texto 
motivador tão longo que possa servir 
para copiar algo.
10. Margens (texto justificado). 
• Busque não deixar muitos espaços 
no fim das linhas. É importante que 
você busque entregar um texto com 
uma referência estética, ou seja, bem 
apresentável. 
Esses são alguns dos cuidados essenciais 
que você deve ter no momento de 
compor uma redação em uma prova de 
concurso público! Essesmeros detalhes 
podem fazer a diferença entre um texto 
simplório e um texto fantástico. 
5
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
 Convém conhecer quais são as 
características de algumas tipologias 
textuais para não se confundir na hora de 
escrever uma redação no seu concurso. 
Antes de prosseguir, vou definir o que é 
uma tipologia textual. Uma tipologia é uma 
estratégia de classificação que se baseia 
em uma identificação de características 
semelhantes. Logo, pensamos nas 
características semelhantes entre os 
textos. 
NARRAÇÃO: usualmente identificado 
como tipologia centrada em contar algo 
que ocorreu, real ou ficticiamente. 
• O foco de toda narração está nas 
ações, portanto é muito comum ob-
servar relatos com verbos flexionados 
no pretérito. 
• Personagens: um texto narrativo 
possui personagens, que aparecem 
com algum tipo de descrição (física ou 
psicológica) e que praticam as ações 
do texto. 
• Tempo: que mostra a progressão do 
texto. Pode ser bem marcado por datas 
e horas (cronológico), não marcado 
(psicológico) ou obedecer ao fluxo 
do texto – sem marcação precisa (da 
narrativa). 
• Espaço: local (locais) onde ocorre a 
narrativa. Pode ser aberto (ação em 
vários lugares) ou fechado (ação em 
apenas um lugar).
• Trama: sequência de eventos que 
determina uma narrativa. São eles: 
situação inicial, conflito, nó, clímax e 
desfecho. 
Exemplo de texto narrativo: 
O homem nu
(Fernando Sabino)
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar 
a prestação da televisão, vem aí o sujeito 
com a conta, na certa. Mas acontece que 
ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, 
estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a 
mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de 
vigarice, gosto de cumprir rigorosamente 
as minhas obrigações. Escuta: quando ele 
vier a gente fica quieto aqui dentro, não 
faz barulho, para ele pensar que não tem 
ninguém. Deixa ele bater até cansar — 
amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, 
dirigiu-se ao banheiro para tomar um 
banho, mas a mulher já se trancara lá 
dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer 
um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta 
de serviço para apanhar o pão. Como 
estivesse completamente nu, olhou com 
cautela para um lado e para outro antes 
de arriscar-se a dar dois passos até o 
embrulhinho deixado pelo padeiro sobre 
o mármore do parapeito. Ainda era muito 
cedo, não poderia aparecer ninguém. 
Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a 
porta atrás de si fechou-se com estrondo, 
impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a 
campainha e, depois de tocá-la, ficou à 
espera, olhando ansiosamente ao redor. 
Ouviu lá dentro o ruído da água do 
chuveiro interromper-se de súbito, mas 
ninguém veio abrir. Na certa a mulher 
pensava que já era o sujeito da televisão. 
6
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, 
em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá 
dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta 
do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir 
lentamente os andares... Desta vez, era o 
homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada 
entre os andares, esperou que o elevador 
passasse, e voltou para a porta de seu 
apartamento, sempre a segurar nas mãos 
nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: 
ouviu passos na escada, lentos, regulares, 
vindos lá de baixo... Tomado de pânico, 
olhou ao redor, fazendo uma pirueta, 
e assim despido, embrulho na mão, 
parecia executar um ballet grotesco e 
mal ensaiado. Os passos na escada se 
aproximavam, e ele sem onde se esconder. 
Correu para o elevador, apertou o botão. 
Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a 
empregada passava, vagarosa, encetando 
a subida de mais um lanço de escada. Ele 
respirou aliviado, enxugando o suor da 
testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador 
se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, 
sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a 
porta do elevador e daria com ele ali, 
em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho 
conhecido... Percebeu, desorientado, que 
estava sendo levado cada vez para mais 
longe de seu apartamento, começava a 
viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, 
instaurava-se naquele momento o mais 
autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a 
com força entre os andares, obrigando-o 
a parar. Respirou fundo, fechando os 
olhos, para ter a momentânea ilusão 
de que sonhava. Depois experimentou 
apertar o botão do seu andar. Lá embaixo 
continuavam a chamar o elevador. Antes 
de mais nada: "Emergência: parar". Muito 
bem. E agora? Iria subir ou descer? Com 
cautela desligou a parada de emergência, 
largou a porta, enquanto insistia em fazer 
o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta 
vez esmurrando a porta, já sem nenhuma 
cautela. Ouviu que outra porta se abria 
atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no 
batente e tentando inutilmente cobrir-se 
com o embrulho de pão. Era a velha do 
apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, 
confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para 
cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a 
radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram 
ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha 
filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente 
7
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
a porta para ver o que era. Ele entrou como 
um foguete e vestiu-se precipitadamente, 
sem nem se lembrar do banho. Poucos 
minutos depois, restabelecida a calma lá 
fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda 
ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Fonte: (http://www.releituras.com)
DESCRIÇÃO: o texto descritivo é menos 
móvel, pois se preocupa com qualificar 
ou caracterizar referentes.
• Foco nas características: isso quer 
dizer que os verbos de ligação 
costumam aparecer largamente.
• Ênfase nos adjetivos: pois são termos 
que qualificam ou caracterizam.
• Objetiva: uma descrição possui 
focalização objetiva, quando seus 
adjetivos não demonstram uma 
opinião de quem escrever, mas apenas 
a caracterização dos referentes.
• Subjetiva: uma descrição possui 
focalização subjetiva, quando há o 
emprego deliberado de sentimentos, 
emoções e opiniões a respeito do que 
se descreve no texto. 
Exemplo de texto descritivo: 
 
Cadeira Travel Max Mb-C300 Desenvolvida 
em espuma; aço e polipropileno, super-
resistente, traz toda qualidade para se 
acomodar com segurança. 
Uma excelente cadeira para proporcionar 
conforto e ainda deixar o seu escritório 
sofisticado com muito estilo.
(Fonte: http://www.toctech.com.br)
DISSERTAÇÃO: o texto de tipologia 
dissertativa possui a característica de 
apresentar algum tipo de debate ou 
discussão a respeito de alguma temática.
• A focalização está em conceitos e / 
ou opiniões. 
• No texto dissertativo é importante 
apresentar conceitos e argumentos 
que fundamentem o que está escrito. 
• Algumas provas exigem que se 
coloque o ponto de vista a respeito 
do assunto, ou seja, pedem um 
posicionamento. É preciso lembrar 
que o posicionamento deve ser claro 
e não pode ferir os direitos humanos.
• Estratégia de escrita: o candidato 
precisa definir de que maneira vai 
apresentar as ideias de seu texto 
previamente, para que seja possível 
fazer um texto com progressão e 
coesão. 
Tipologia mais comum
• Dissertativa
Qual a razão?
• Usa-se comumente o texto dissertativo 
para poder avaliar a capacidade de 
argumentação dos candidatos.
8
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Como o texto é avaliado pelo corretor?
• Os corretores avaliam a pertinência 
dos argumentos, bem como a 
estrutura dissertativa – no caso deum texto argumentativo. Já, no caso 
de um texto expositivo, avalia-se o 
prendimento à temática proposta e a 
correção dos itens de resposta. 
Como posso pensar a respeito de minha 
nota e de meus resultados na prova 
discursiva?
• É preciso saber que não se “ganha” 
nota na redação. Parte-se da nota 
máxima e, a cada “erro” ou “equívoco” 
redacional, o corretor faz decréscimos 
– os quais podem compor uma fórmula 
ou um desconto de simples valoração. 
Tipos de texto dissertativo: 
 Há dois tipos principais de 
texto dissertativo: o expositivo e 
o argumentativo. Vejamos suas 
características fundamentais.
• Dissertativo – expositivo:
• Conceitual: o propósito desse tipo 
de texto é informar, ou seja, expor 
e explicar conceitos.
• Perguntas e respostas: geralmente, as 
propostas de textos dissertativos dessa 
natureza trazem questionamentos 
que devem ser respondidos ao longo 
o texto.
• Mais específico: não há espaço para 
divagação ou acréscimo de situações. 
Os textos expositivos tendem a 
ser mais específicos e cobrarem 
particularmente os assuntos do edital.
• Tendência no nível superior: como 
é muito comum surgirem estudos 
de caso, o texto expositivo está 
se tornando algo corriqueiro em 
concursos de nível superior. 
• Essa é uma modalidade que não busca 
a persuasão, apenas o esclarecimento. 
Expositivo
 Já conhece o RIC? É o Registro de 
Identificação Civil, que deverá começar a 
ser implantado no país até o fim do ano. 
Ele vem com objetivo de unificar em um 
registro único todos aqueles documentos 
que a gente tem que ter.
 O documento conterá um chip 
semelhante aos que atualmente 
encontramos nos cartões de crédito. 
Nele estarão armazenadas informações 
tais quais: nome completo, filiação, sexo, 
data de nascimento, local de nascimento 
e a imagem da impressão digital do 
portador. Todos esses dados seguirão 
um padrão internacional criado para 
cartões desse tipo, a norma ISO 7816, e 
serão criptografados, além de conter a 
assinatura de um certificado digital que 
garantirá sua autenticidade.
 As impressões digitais serão 
coletadas por aparelhos similares a 
scanners, chamados AFISs (sigla para 
Sistema Automatizado de Identificação 
de Digitais em inglês). Você já deve tê-
los visto por aí, o Governo já o utiliza 
desde 2004. Eles leem as digitais, e as 
armazenam em servidores em Brasília, 
com backups em todos os estados. 
Quando um novo documento é criado, 
as digitais são comparadas com aquelas 
do banco de dados. Assim se garante que 
9
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
a mesma pessoa não criará mais de um 
documento. Como os dados são também 
armazenados no chip contido no RIC, 
eles podem ser verificados comparando-
os com a leitura de um desses scanners 
de digitais, o que permite a verificação 
de que o portador é, de fato, o dono do 
documento, mesmo sem se conectar com 
o banco de dados central.
(Extraído de: https://tecnoblog.net/24129/
conheca-as-tecnologias-da-nova-carteira-
de-identidade/) Com adaptações.
Dissertativo – argumentativo:
• É o tipo de texto que exige o 
posicionamento em relação a alguma 
temática, ou seja, necessita de um 
ponto de vista concernente a algum 
assunto.
• O posicionamento em questão não 
precisa ser aquele em que você acredita 
essencialmente, deve ser aquele que 
será mais facilmente defendido pela 
argumentação do texto. 
• Deve-se buscar o desenvolvimento das 
ideias com base argumentativa. Isso 
quer dizer que é fundamental explicar 
o posicionamento, exemplificar, criar 
relações de causa e consequência e 
enumerar pontos de atenção do texto. 
• Superação do senso comum: consiste 
em não redigir ideias que não possuem 
fundamento. Deve-se buscar escrever 
algo que seja comprovável, a fim de 
que o texto não fique superficial.
• Esse é um tipo de texto que exige 
capacidade de convencimento, ou 
seja, os argumentos devem visar à 
persuasão do leitor que, no caso, é o 
corretor da redação. 
Vejamos alguns exemplos de textos 
dissertativos, a fim de clarear os conceitos 
descritos. 
Argumentativo
 Há quem defenda o “financiamento 
público de campanha” como forma 
de acabar com a farra dos “recursos 
não contabilizados” e de combater 
a influência do poder econômico nas 
eleições. Ledo engano. Por um lado, 
porque é inegável que grande parte das 
campanhas já é financiada por verbas 
públicas, o que nunca inibiu as legendas de 
buscar fontes privadas, lícitas ou ilícitas, 
para se sustentarem. A proposta de criar 
o segundo fundo apenas acrescenta outra 
mordida no bolso do eleitor, sem que isso 
sacie a fome pantagruélica por dinheiro 
dos partidos e de seus militantes.
 Mas não deveria ser assim. Os 
partidos deveriam se sustentar com os 
recursos oferecidos voluntariamente 
por aqueles que compartilham dos 
mesmos ideais e plataformas – itens 
que, é verdade, são coisa rara na maioria 
das legendas atuais. O insulto ao eleitor 
é ainda maior quando se sabe que, pelo 
mero fato de existir, um partido tem 
garantida uma parcela fixa de recursos 
do Fundo Partidário, independentemente 
de sua representatividade. Isso faz da 
criação de legendas um ótimo negócio.
(Extraído de: http://www.gazetadopovo.
co m.b r/o p in iao/e d i to r ia is /a - f ar r a -
d o - f i n a n c i a m e n t o - p a r t i d a r i o -
1izcvppwctubhywoj098v3zjf) Com 
adaptações.
 
10
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Critérios de textualidade
 Existem critérios que garantem que 
um texto seja, de fato, um texto. Vejamos 
quais são:
• Situacionalidade: que consiste em 
adequar a escrita à situação proposta. 
No caso do concurso, deve-se 
considerar a situação de avaliação da 
escrita de um texto. 
• Infomatividade: que consiste na 
capacidade de transmissão de uma 
informação pontual no texto. É preciso 
ter cuidado e equilibrar, ou seja, não 
é recomendável haver informação 
demais nem informação em falta 
dentro de um texto.
• Intertextualidade: que consiste na 
capacidade de um texto dialogar 
com outros textos, ou seja, de 
apresentar estruturas comuns a um 
texto dissertativo, citações, reflexões 
provenientes de outras leituras.
• Aceitabilidade: que consiste em o 
texto poder ser “aceito” na situação. 
Atenção à proposta, à tipologia e à 
temática são essenciais para garantir 
a aceitabilidade do texto.
• Coesão: consiste na “amarração” dos 
elementos no texto por termos que 
garantam suas conexões. Isso se dá no 
emprego de pronomes, sinônimos etc.
• Coerência: consiste na capacidade de 
não se contradizer e escrever um texto 
condizente com a lógica da temática, 
que possua progressão e ordem nas 
ideias. 
Coesão
Como mencionado anteriormente, a 
coesão é um tipo de amarração dos 
termos de uma sentença, de modo que 
fiquem conectados e permitam ao texto 
progredir. Basicamente, estabelece-se 
coesão do texto utilizado pronomes, 
conjunções, sinônimos e outros 
elementos textuais de retomada. 
Exemplo 1: 
 No país, há uma situação de 
preocupação relacionada ao PIB, o que 
gerou movimentação e apreensão por 
parte do Governo Federal.
 Diante disso, surgiu a estratégia 
de crescimento que visava à isenção 
tributária para empresas que 
conseguissem aumentar a produtividade. 
Exemplo 2:
 Dizem que Karl Marx descobriu o 
inconsciente três décadas antes de Freud. 
Se a afirmação não é rigorosamente 
exata, não deixa de fazer sentido, uma vez 
que Marx, em O Capital, no capítulo sobre 
o fetiche da mercadoria, estabelece dois 
parâmetros conceituais imprescindíveis 
para explicar a transformação que o 
capitalismo produziu na subjetividade. 
São eles os conceitos de fetichismo 
e de alienação, ambos tributários da 
descoberta da mais-valia — ou do 
inconsciente, como queiram.
Coerência
A coerência de um texto consiste 
basicamente no sentido da construção. 
Esse sentido deve ser uno (único) e 
garantido pela relação estabelecida entre 
os elementos do texto, pela progressão 
de ideias, pelo aprofundamento 
11
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
de conceitos, pelo critério de não-
contradição no momento de construir 
os argumentos, pela fundamentaçãode 
ideias, pela consistência e pela relevância 
dos argumentos apresentados. 
Em uma divisão simples, é possível 
dizer que a coerência se divide em duas 
partes mais simples: a coerência externa 
e a coerência interna. A coerência interna 
diz respeito ao arranjo das ideias que 
compõem o texto, ou seja, ao fato de não 
haver contradição entre aquilo que se 
defende / critica durante a composição 
da redação.
A coerência externa é a relação das ideias 
defendidas com o mundo em si, ou seja, 
a necessidade de se trabalhar com ideias 
plausíveis, não radicais e que não atentem 
contra os direitos humanos. 
Há outros tipos de coerência, que – na 
realidade – são subdivisões daquilo que 
já foi expresso. 
• Coerência sintática: está relacionada 
com a estrutura que se emprega para 
a construção do texto. Isso quer dizer 
que é a parte da coesão que garante 
a coerência do texto. A eliminação de 
ambiguidades é um exemplo disso, 
bem como o emprego correto dos 
elementos de conexão. 
• Coerência semântica: trata-se a 
análise da não contradição dos 
conceitos apresentados em um texto. 
Para garantir a coerência semântica, a 
revisão cuidadosa deve sempre estar 
presente. 
• Coerência temática: aquilo que 
se coloca em um texto deve ter 
relevância para a temática com que 
se trabalha. Trechos irrelevantes 
são desconsiderados pelo corretor, 
uma vez que não concorrem para a 
construção da argumentação ou dos 
sentidos do texto. 
• Coerência pragmática: trata-se da 
concepção da intenção por trás do 
texto. Em um texto argumentativo, 
empregamos estruturas com a 
intenção de convencer alguém de 
alguma ideia ou de algum conceito. 
Nesse sentido, é importante tornar 
evidente a intenção comunicativa na 
composição da redação.
• Coerência estilística: é relativa à 
variedade linguística que deve ser 
empregada na composição do texto. 
Como se trata de um texto para ser 
avaliado pelo corretor, a linguagem 
a ser empregada é a do padrão culto, 
sem apelar para preciosismos ou 
rebuscamentos desnecessários. 
• Coerência genérica: trata-se da 
escolha do gênero textual a que o 
texto deve pertencer. Isso depende 
do comando da redação na sua prova, 
mas usualmente se exige um texto 
dissertativo-argumentativo que 
solicita um posicionamento a respeito 
de algum assunto. 
Exemplos de sentenças incoerentes:
• A violência não é a saída, porque não 
podemos ser violentos. 
• O ser humano é ganancioso, só pensa 
em si e não divide nada com os demais. 
• O problema é que as pessoas não 
colocam a mão na consciência e não 
têm Jesus no coração. 
12
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Estrutura do texto dissertativo
 A estrutura de um texto dissertativo 
é extremamente simples, porém essa 
simplicidade pode passar despercebida 
pelo candidato na hora da prova. 
1.Introdução: que deve conter a 
apresentação do tema. Deve ser simples 
e direta, de modo a evitar “enrolações”. 
2. Desenvolvimento: a parte substanciosa 
do texto, pois contém as explicações (no 
caso de expositivo) ou os argumentos (no 
caso de um argumentativo).
3. Conclusão: a parte em que o texto 
deve retomar a introdução e reafirmar 
o que se discute nos parágrafos do 
desenvolvimento. 
Introdução 
Consiste nas boas-vindas do texto. A 
exigência da introdução é a clareza, ou 
seja, deve ficar evidente para o corretor 
do que o texto há de tratar. Não se deve 
confundir isso com mera cópia do tema, 
o que é proibido. Deve-se apresentar o 
assunto da redação e, se o texto exigir 
um posicionamento, que ele já apareça o 
início do texto. 
Proibições da introdução 
• Iniciar com a mesma sentença do 
tema (cópia).
• Iniciar o texto com pronome 
demonstrativo. 
• Escrever um parágrafo de 
“preparação”.
• Iniciar o texto com a palavra 
“atualmente”.
• Iniciar o texto com a expressão “No 
Brasil contemporâneo”. 
Estratégias de introdução
 A seguir algumas estratégias para 
auxiliar na composição da introdução de 
um texto. 
Declaração: 
• “Não há como negar que o assunto 
relativo ao pleito eleitoral representa 
algo de relevante para a o cidadão 
brasileiro.”
Questionamento: 
• Existe um questionamento presente 
a cada eleição no Brasil: quais são 
os critérios para a escolha de um 
representante?
Relação de opostos:
• Há dois pontos distintos bem claros 
na sociedade brasileira com relação à 
redução da maioridade penal: a defesa 
da não-consciência do resultado da 
ação por parte do indivíduo e a ideia 
de que a idade proposta já é suficiente 
para a maturidade.
Referência histórica: 
• O problema relativo à violência urbana 
não é de hoje. Desde o ano de XXXX, 
registra-se um índice de ocorrências 
que supera a expectativa para um país 
como o Brasil. 
Palavra-chave:
• Obsolescência. Ao que parece, esse é 
o termo que melhor resume a cultura 
na sociedade de consumo. 
O desenvolvimento
 O desenvolvimento é a parte 
mais importante do texto, pois é nele 
que os elementos de avaliação estarão 
em sua maior parte. Argumentos e 
13
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
explicações devem estar nessa parte, 
para que o corretor possa avaliar com 
mais precisão. É preciso lembrar que 
deve haver progressão no assunto, ou 
seja, não é possível falar apenas sobre 
um item do tema, é preciso desenvolvê-
lo. Deve haver lógica no desenvolvimento 
da argumentação, observando o critério 
de não-repetição e não-contradição. 
A sugestão é que haja de dois a três 
parágrafos de desenvolvimento para um 
texto de até 30 linhas. 
Estratégias de desenvolvimento
 Veja algumas estratégias para 
desenvolver um texto dissertativo.
Relação de causa e consequência:
• Como existe grande dificuldade de 
entender o que é uma plataforma 
política, a população fica sem 
referência na época das eleições. Isso 
faz com que a ideia de alheamento 
politico comece a se desenvolver mais 
fortemente, afinal, há uma tendência 
a repudiar aquilo que não se entende. 
Enumeração de fatores.
Tema: Quais são as vantagens da 
utilização da tecnologia na educação em 
um contexto no qual é grande o número 
de analfabetos?
• É preciso saber que há vantagens. Não 
se pode contradizer a proposta.
• Tecnologia quebra barreiras espaciais 
de aprendizagem.
• Pode haver auxílio no desenvolvimento 
de indivíduos com dificuldades 
cognitivas. 
Proposta de texto
Introdução:
Não há como negar que há vantagens na 
utilização dos recursos tecnológicos no 
âmbito educacional. Isso se percebe com 
as possibilidades de desenvolvimento 
das habilidades cognitivas quando esses 
recursos são bem empregados. 
Desenvolvimento: 
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que 
os recursos tecnológicos podem romper 
algumas barreiras de aprendizagem. A 
educação virtual é um belo exemplo 
disso. Outrora não era possível propiciar 
ao grande público o que havia de 
ensino qualificado. Hoje, em virtude dos 
ambientes virtuais de aprendizagem, já 
é possível “democratizar” o ensino que, 
em outros momentos, era apenas elitista. 
Em segundo lugar, as tecnologias – 
quando bem empregadas – podem auxiliar 
até quem possui dificuldades cognitivas. 
Existem softwares desenvolvidos 
para o trabalho específicos com 
crianças que possuem algum distúrbio 
de aprendizagem. Nesse cenário, a 
tecnologia deixa de ser um monstro para 
ser um aliado na atividade docente. 
Outras estratégias
• Alusão histórica.
• Fala de especialista (discurso 
autorizado).
O parágrafo dissertativo para o 
desenvolvimento de um texto
Para escrever um paragrafo de texto 
dissertativo, é preciso saber que há 
limites (características) impostos pela 
estrutura dissertativa. Tais são:
14
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Tópico frasal: a ideia central do parágrafo. 
Deve ser clara e, preferencialmente, em 
ordem direta. O tópico frasal
Deve conter apenas uma ideia.
• Deve ser curto e objetivo.
• Deve ser claro.
• Deve ser sólido. 
• Deve ser coerente.
• Deve ter boa pontuação.
• Deve permitir o desenvolvimento de 
outras ideias. 
Comprovação: se o texto trouxer algum 
tipo de declaração, deve haver algo que 
a comprove.
Explicação: no caso de um textoexpositivo, é preciso explicar as respostas 
que são colocadas ao longo do parágrafo.
Como conectar os elementos dentro de 
um texto
Para iniciar o desenvolvimento:
• Inicialmente;
• Primeiramente;
• Em primeiro lugar;
• Em primeira análise;
• Em primeiro plano;
• Antes de tudo;
• Desde já;
Para conectar o desenvolvimento
• Sequencialmente;
• Posteriormente;
• Em segundo lugar;
• Acresce que;
• Em segunda análise;
• Em segundo plano;
• Do mesmo modo;
• Além disso.
Empregando conectivos dentro de um 
texto
 Muita gente faz propaganda sobre 
o emprego dos conectivos, sem explicar 
como isso deve ser feito. Isso acontece 
tanto que hoje é comum ler um texto 
com conectivos que não se explicam ao 
longo de um texto. Quero dizer que não 
basta saber como escrever a palavra para 
que ela seja conveniente a um texto. É 
necessário conhecer seu significado e sua 
maneira de empregar. 
 Suponha que estejamos escrevendo 
sobre o assunto violência contra a mulher 
– muito comum em provas de redação. 
Partamos de uma sentença simples: 
- A violência contra a mulher persiste 
(ideia sobre a qual se está escrevendo, é 
preciso ampliá-la).
Vejamos as possibilidades de fazer essa 
ampliação, fazendo uso dos conectivos:
• Porque há um comportamento social 
de afirmação masculina. (causa)
• Embora haja esforços para combatê-
la. (concessão)
• Como um mal social que mancha 
a relação entre os seres humanos. 
(comparação)
• Conforme fica evidente pelos números 
registrados nas delegacias da mulher. 
(conformidade)
15
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
• Para que o homem possa se afirmar 
em uma posição de superioridade. 
(finalidade)
• Quando a sociedade autoriza a 
discriminação em relação à figura 
feminina. (tempo, situação)
 Quando o candidato aprende a usar 
esses conectivos, tem mais consciência 
a respeito da ideia que pretende 
veicular. Esse é o ponto de partida para a 
composição de um parágrafo coerente. 
 Vale lembrar que cada ideia 
desenvolvida em um parágrafo deve ser 
dividida em introdução, desenvolvimento 
e conclusão, como fosse um pequeno 
texto dissertativo dentro de outro texto 
dissertativo. 
Conclusão
A conclusão possui três funções básicas:
1. Retomar a introdução.
2. Caso seja necessário reapresentar 
soluções para o problema do texto.
3. Arrematar as ideias do texto.
Quais elementos usar na conclusão?
• Em suma,
• Finalmente,
• Pode-se, diante disso, entender que,
• Conclui-se que,
• Assim, é possível reafirmar que,
• Em razão do exposto, nota-se que.
Exemplos de conclusão: 
• Em suma, é possível afirmar a respeito 
do tema discutido que o voto facultativo 
não pode ser considerado uma forma 
de expressão livre e democrática, pois 
atenta contra um dos princípios mais 
básicos da democracia: a necessidade 
de se fazer uma escolha. 
• Pode-se, diante disso, entender que 
as causas da violência urbana são 
multifacetadas. Isso exige uma análise 
conjuntural do problema a fim de que 
seja possível combater de maneira 
séria e coerente cada causa desse 
fenômeno. 
Exemplos de textos para a análise
 Vamos inserir alguns textos 
escritos para que eu possa mostrar como 
a correção é realizada e como você pode 
analisar seu próprio texto, a fim de que 
possa questionar a respeito da qualidade 
de sua produção. 
Texto 1
Tema: civilização contemporânea frente 
às drogas. 
Texto: 
 Ao se pensar a cerca da civilização 
contemporânea frente às drogas, 
mostra-se um grande desafio a fim de 
erradica-las ou até mesmo controlá-las. 
Drogas sempre existiram e foram alvo do 
homem e de debates mundiais, a questão 
principal sobre isso é se elas realmente 
podem comprometer a saúde pública, 
a organização do Estado e o bem-estar 
social. 
16
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
 Primeiramente, deve-se abrir uma 
análise a respeito das drogas ilícitas e 
as suas devidas ligações com o crime 
organizado global. Nesse sentido, pode-
se fazer uma observação que a maioria 
dos atos praticados por uma organização 
criminosa são mediante o comércio de 
drogas ilegais, as quais fortalecem capitais 
ilícitos. Estes usados para a subsistência 
dos próprios grupos criminosos a fim de 
lavar o dinheiro sujo e ir de frente aos 
tributos e as finanças que deveriam ser 
arrecadados pelo Estado. 
 Ainda assim, outro ponto a ser 
observado diz a respeito da relação 
existente entre o tráfico de drogas e a 
violência. É evidente a reação que uma 
droga desperta no organismo humano, 
um exemplo é o usuário de heroína, o qual 
perde seus sentidos e posteriormente 
violenta a qualquer pessoa que o cerca. 
Embora não sejam todas as drogas 
que acarretem a violência, o medo e a 
incerteza acarretados consequentemente 
restringem a socialização tanto das 
famílias quanto a própria sociedade 
perante ao usuário violento. 
 Diante disso, deve haver uma 
política alternativa à denominada guerra 
às drogas. Fazendo um paralelo, por 
exemplo, entre o Brasil e a Holanda, 
nesta, as drogas proibidas daquela 
são lícitas e controladas. Lá, existem 
estabelecimentos próprios para o uso 
de drogas, as quais são tuteladas pelo 
Estado e fomentam segurança ao povo, 
diferentemente do Brasil. Disso, uma 
alternativa seria uma nova política de 
drogas, a qual mostrar-se-ia ao mundo 
que todo o uso e comércio de droga pode 
ser controlado e benéfico, gerando lucro 
ao Estado e segurança para o cidadão. 
 Por fim, diante dos fatos expostos, 
pode-se concluir que as drogas 
geram incertezas e medo no mundo 
contemporâneo. É um assunto delicado, 
que necessita de uma atenção em especial 
para que se obtenha uma compreensão 
e educação plena, se realmente fazem 
bem ou mal ao homem se preservam a 
dignidade da pessoa humana. 
Considerações sobre o texto: 
Ao se pensar a cerca da civilização 
contemporânea frente às drogas, 
mostra-se um grande desafio a fim de 
erradica-las ou até mesmo controlá-las. 
Drogas sempre existiram e foram alvo do 
homem e de debates mundiais, a questão 
principal sobre isso é se elas realmente 
podem comprometer a saúde pública, 
a organização do Estado e o bem estar 
social.
Comentários: a expressão “acerca de” deve 
ser grafada junta, não separada como está 
no texto. Existe um problema de coesão no 
período, pois segunda sentença “mostra-
se...controlá-las” não está corretamente 
conectada. Você deve ter sentido um pouco 
de dificuldade para ler. Isso acontece quando 
há erro de coesão na sentença. Além disso, 
há um problema de coerência na composição 
do trecho, pois a expressão “erradicá-las” 
vem antes de “controlá-las”. Ora, isso é 
ilógico, pois – se forem erradicadas – nem 
há que se pensar em controla-las. Note que, 
logo após o ponto final, há uma informação 
de cunho generalizador (a ideia de que as 
drogas SEMPRE existiram). Logicamente 
falando, isso é impossível, uma vez que não 
se pode precisar sequer qual foi a origem da 
humanidade, quanto mais dizer que as drogas 
sempre estiveram lá. Há mais uma informação 
incoerente no período: o questionamento a 
respeito de as drogas poderem comprometer 
17
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
a saúde pública. O autor talvez tenha tentado 
significar algo como “a saúde das pessoas”. O 
problema é que “saúde pública” é uma parte 
da Administração Pública, ou seja, não faz 
sentido dizer que as drogas comprometeriam 
a saúde pública.
 
Primeiramente, deve-se abrir uma 
análise a respeito das drogas ilícitas e 
as suas devidas ligações com o crime 
organizado global. Nesse sentido, 
pode-se fazer uma observação que a 
maioria dos atos praticados por uma 
organização criminosa são mediante 
o comércio de drogas ilegais, as quais 
fortalecem capitais ilícitos. Estes usados 
para a subsistência dos próprios grupos 
criminosos a fim de lavar o dinheiro sujo e 
ir de frente aos tributos e as finanças que 
deveriam ser arrecadados pelo Estado.
Comentários: nota-se que o autor faz uso 
das expressões conectivas textuais para criar 
um encadeamento, a exemplo da palavra 
“Primeiramente”. Isso é positivo para a 
composição do texto. Apesar disso, o autor 
fala que o as drogas ilegaisfortalecem 
capitais ilícitos, pois a concordância 
do pronome relativo foi realizada com 
o substantivo “drogas” e não com o 
substantivo “comércio”. O maior problema 
desse parágrafo surge com a inserção da 
expressão figurada “lavar o dinheiro sujo”, 
pois não está indicada entre aspas (o autor 
deve ter consciência de que está usando uma 
expressão figurada e deve colocá-la entre 
aspas). Além disso, a expressão “ir de frente 
aos tributos” está incoerente, uma vez que 
não possui um sentido definido no texto, ou 
seja, não se sabe o que o autor quis dizer com 
isso. 
Ainda assim, outro ponto a ser observado 
diz a respeito da relação existente entre o 
tráfico de drogas e a violência. É evidente 
a reação que uma droga desperta no 
organismo humano, um exemplo é o 
usuário de heroína, o qual perde seus 
sentidos e posteriormente violenta a 
qualquer pessoa que o cerca. Embora 
não sejam todas as drogas que acarretem 
a violência, o medo e a incerteza 
acarretados consequentemente 
restringem a socialização tanto das 
famílias quanto a própria sociedade 
perante ao usuário violento.
Comentários: o conector “ainda assim” 
indica uma mudança de posicionamento e 
foi mal empregado no início desse parágrafo. 
Talvez a inserção da forma “Posteriormente” 
solucionasse o problema. O argumento 
nesse parágrafo, apesar de parecer bem 
composto, está incoerente, pois a relação 
que deveria ser expressa é a de o tráfico de 
drogas desencadear o fenômeno da violência 
na sociedade, mas não pelo consumo, e sim 
pelas consequências que o comércio pode 
produzir: acerto de contas, guerras entre 
facções etc. 
Diante disso, deve haver uma política 
alternativa à denominada guerra às 
drogas. Fazendo um paralelo, por 
exemplo, entre o Brasil e a Holanda, 
nesta, as drogas proibidas daquela 
são lícitas e controladas. Lá, existem 
estabelecimentos próprios para o uso 
de drogas, as quais são tuteladas pelo 
Estado e fomentam segurança ao povo, 
diferentemente do Brasil. Disso, uma 
alternativa seria uma nova política de 
drogas, a qual mostrar-se-ia ao mundo 
que todo o uso e comércio de droga pode 
ser controlado e benéfico, gerando lucro 
ao Estado e segurança para o cidadão. 
18
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
Comentários: na exemplificação – sempre 
positiva em textos dissertativos –, o 
autor cometeu um equívoco de clareza: 
empregou os pronomes “esta” e “aquela” 
em uma estrutura muito difícil de ler, o que 
compromete a nota final. Além disso, o autor 
disse que as drogas na Holanda fomentam a 
segurança ao povo (claro que não a intenção, 
mas foi o que ele escreveu). Há um erro de 
colocação pronominal em “mostrar-se-ia”, 
pois o antecedente é um pronome relativo “a 
qual”, que puxa para perto de si o pronome 
oblíquo átono. Não é um argumento muito 
sólido dizer, por fim, que o comércio de 
drogas geraria lucro ao Estado. 
 
Por fim, diante dos fatos expostos, pode-se 
concluir que as drogas geram incertezas 
e medo no mundo contemporâneo. É 
um assunto delicado, que necessita de 
uma atenção em especial para que se 
obtenha uma compreensão e educação 
plena, se realmente fazem bem ou mal 
ao homem se preservam a dignidade da 
pessoa humana. 
Comentários: nota-se que, na conclusão, o 
autor deixou de abordar o tema proposto, 
o que é muito ruim do ponto de vista da 
correção. Exigia-se que se falasse a respeito 
da relação entre as drogas e a violência. O 
autor fala que as drogas geram incertezas 
e medo, mas não fala da violência (não se 
pode pressupor que o corretor vá fazer uma 
analogia). Em sua finalização, volta a ficar em 
demonstrar um posicionamento mais efetivo 
a respeito da composição do texto, pois não 
demonstra a opinião, apenas advoga que é 
preciso descobrir se as drogas fazem bem ou 
fazem mal. 
 
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