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A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO Faculdade de Minas 2 Sumário FACULESTE.................................................................................................... 3 A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO. ................................. 4 HISTÓRIA DA GEOMETRIA ........................................................................... 7 GEOMETRIA NA NATUREZA. ...................................................................... 10 A IMPORTÂNCIA DE ENSINAR GEOMETRIA NOS ANOS INCIAIS ........... 16 A DIFICULDADE DE ENSINAR GEOMETRIA .............................................. 19 A DIFICULDADE DE ENSINAR MATEMATICA ............................................ 22 REFERÊNCIAS: ............................................................................................ 30 Faculdade de Minas 3 FACULESTE A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a FACULESTE, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. Faculdade de Minas 4 A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO. INTRODUÇÃO A geometria está em tudo. A natureza é uma fonte inesgotável de recursos a ser utilizado no ensino da geometria, através de observações o aluno pode reconhecer as regularidades das formas, um exemplo disso é o favo de mel, o casco da tartaruga, a teia de aranha e algumas espécies de flores. Por meio dessa observação podemos identificar e explorar os conceitos e propriedades geométricas, além de possibilitar um trabalho interdisciplinar com ciências. A harmonia existente na natureza mostra que muitas de suas formas são aproximadamente simétricas, um exemplo disso são as asas das borboletas. Uma figura simétrica é quando podemos dividi-la em partes, sendo essas partes perfeitamente iguais quando fica sobrepostas, a simetria mais comum é a axial, ou seja, é aquela em que uma figura é espelhada em relação a uma reta. EXEMPLOS DE ATIVIDADES: https://brainly.com.br/tarefa/351956 https://brainly.com.br/tarefa/351956 Faculdade de Minas 5 OBSERVAÇÃO DA NATUREZA A partir da atividade de observação o aluno pode reconhecer a proporção, o padrão e a regularidade, a beleza, o equilíbrio encontrado na natureza, como podemos observar nas imagens a seguir. ATIVIDADE PARA TRABALHAR SIMETRIA AXIAL Solicitar às crianças que completem figuras desenhadas sobre papel quadriculado supondo as simetrias. Reprodução de imagens Atividades de identificação de figuras geométricas, quadrado Nessa atividade o aluno tem que pintar somente as figuras quadradas, o objetivo dessa atividade e o reconhecimento das figuras quadradas. Outra atividade interessante é um passeio pela cidade, esse tipo de atividade proporciona às crianças fazerem observação de placas de trânsito que indicam como pedestres e motoristas podem se movimentar, além de observação de fachadas de casas, prédios e igrejas, bem como do formato das praças. Nesse passeio as crianças podem fazer observações sobre as formas geométricas encontradas em diversos locais. As imagens a seguir, outros exemplos são apresentados: muros com detalhes retangulares, placas circulares, igreja composta por diferentes formas geométricas, mesas hexagonais entre outros. Faculdade de Minas 6 A partir da imagem o professor pode pedir para as crianças reproduzirem através de desenhos ou maquetes para assim poderem explorar as formas geométricas existentes nas imagens. O professor pode desenvolver também atividades com tangram . Primeiro o professor pode começar contando a história do tangram, em seguida mostrar aos alunos como construir um me posteriormente iniciar a atividade. Com o material construído, pedir para que os alunos manipulem o material e depois de darmos alguns exemplos, pedir para eles realizarem a seguinte atividade: 1- Montar um quadrado com: a) duas peças b) três peças c) quatro peças d) cinco peças Verifique se é possível montar um quadrado com seis peças. 2- Montar um retângulo com: a) três peças b) quatro peças c) cinco peças 3- Montar um triângulo com: a) duas peças b) três peças c) quatro peças Faculdade de Minas 7 HISTÓRIA DA GEOMETRIA COMO DESPERTAR O INTERESSE PELA GEOMETRIA. As questões geométricas costumam despertar o interesse dos alunos de forma natural e espontânea além de ser um campo vasto de situações-problema que favorecem o desenvolvimento das capacidades para argumentar, construir conceitos. Quando a criança se apropria desse tipo de conhecimento isso faz com que ela compreenda e transporte para a realidade. Atualmente não podemos admitir que o ensino da geometria seja norteado por preleções tediosas que não valorizam o caráter utilitário que ela tem. Faculdade de Minas 8 As primeiras ideias geométricas surgiram com a necessidade humana de buscar alternativas para resolver problemas de ordem prática no seu cotidiano, dessa maneira Grando esclarece: Buscando a origem do desenvolvimento da geometria nos primórdios, com o homem primitivo, podemos imaginar que o conhecimento das configurações do espaço, formas e tamanhos tenham se originado, possivelmente, com a capacidade humana de observar e refletir sobre os deslocamentos, com a construção de estratégias de caça e colheita de alimentos, com a criação de ferramentas e utensílios, visando satisfazer suas necessidades básicas. Ao fixar moradia, com a divisão do trabalho, outras necessidades foram surgindo e a produção do conhecimento geométrico se ampliando. A necessidade de fazer construções, delimitar a terra levou à noção de figuras e curvas e de posições como vertical, perpendicular, paralela. (GRANDO, 2008, p. 7). Para Kaleff (1994), a Geometria surgiu das necessidades dos habitantes que viviam às margens dos rios Nilo, Eufrates e Ganges. Essas sociedades precisavam medir terras Faculdade de Minas 9 devido às inundações desses rios e, também, pela necessidade de calcular os impostos referentes a essas áreas. Foi da necessidade do Homem em compreender e descrever o seu meio ambiente (físico e mental), que as imagens, representadas através de desenhos, foram lentamente conceitualizadas até adquirirem um significado matemático, na Geometria e uma forma, nas Artes (KALLEFF, 1994, p. 19). Dessa forma a geometria tem um papel fundamental para a leitura do mundo que nos rodeia, não pode ser restringido somente ao uso social, é necessário construir de forma gradual com o aluno sua terminologia especifica para ser usada não somente na matemática, mas também nas diversas áreas de ciências e tecnologia. O professor desde o ciclo de alfabetização deve proporcionar condições para que o aluno possa compreender sobre a distinção entre os vários significados dos termosusuais no cotidiano e os conceitos de geometria. Os conteúdos geométricos conduzem Faculdade de Minas 10 o educando a resolução de situações do seu cotidiano. [...] As crianças provenientes de um ambiente estimulante podem estabelecer relações entre os sujeitos e entre os objetos que os rodeiam e expressam tais relações dizendo: „em cima de‟,sobre‟ e outras. “Isto tem a ver por um lado, com seu domínio do espaço, mas também com suas competências linguísticas”. (DUHALDE e CUBERES, 1998, p. 69). Segundo Duhalde e Cuberes (1998) os estudos piagetianos constaram que a criança une as geometrias topológica, projetiva e euclidiana na construção do espaço. Segundo o estudioso as crianças desenvolvem em um primeiro momento, as noções topológicas, depois as projetivas e as euclidianas simultaneamente. GEOMETRIA NA NATUREZA. Primeiramente serão discutidas as primeiras noções de geometria, posteriormente analisaremos sua importância no ciclo de alfabetização e como devem ser trabalhadas essas noções geométricas, em seguida a utilização da cartografia e para finalizar como mostraremos é feita a conexão da geometria com o ensino de artes. O presente estudo tem como objetivo mostrar como deve ser usada a geometria nas series iniciais do ensino fundamental e como o professor pode potencializar esse ensino, possibilitando aos alunos um maior conhecimento acerca do que é a geometria. No Brasil a geometria surgiu a partir da década de 80, a secretaria da educação recomenda que o trabalho com a geometria deva ser valorizado desde as séries iniciais do ensino fundamental. Segundo Toledo e Toledo (1997) a geometria desperta o interesse na maioria dos alunos e por isso é um campo muito fértil para se trabalhar com os conceitos geométricos contribuindo, assim, para a aprendizagem de números e medidas no ensino de matemática. De acordo com Lopes (1998) [...] os primeiros passos para a aprendizagem da Geometria, um conhecimento essencialmente visual, devem privilegiar o que se apreende com os olhos e com as mãos. Não com os ouvidos (LOPES, 1998, p. 5). Faculdade de Minas 11 As crianças precisam visualizar e manejar objetos, formas, pois inicialmente aprender através da visualização e não apenas ouvindo falar sobre algo que ainda não conseguem abstrair. Segundo Lopes (1998, p.5) houve um tempo em que se acreditava que, para aprender os conceitos geométricos, as crianças precisavam prestar muita atenção às definições explicadas pelos professores e decorar cada formulação. Faculdade de Minas 12 Ainda de acordo com Lopes (1998, p.9) as crianças podem explorar tarefas geométricas, como montar, desmontar, construir, compor, decompor ou desenhar esses objetos em tamanho natural. Dessa forma cabe ao educador possibilitar o desafio geométrico ao aluno, para que ele possa desenvolver plenamente esse tipo de conhecimento, transgredindo o mero estudo das figuras geométricas, para a sua real importância no seu dia a dia. Pois os educandos necessitam do desafio e de recursos que o levem a pôr em prática o que sabem, desenvolvendo tentativas que o levem a construir novos conhecimentos. Pois as crianças aprendem observando, manipulando e representando, ou seja, as crianças aprendem geometria transformando objetos ou construindo ideias, hipóteses, visualizando, mexendo, criando representações escritas, mentais etc. Nós, professores, sabemos que, em geral, as crianças têm contato com as formas geométricas desde antes de ingressarem na escola através de brinquedos pedagógicos, da interação com a família ou mesmo de desenhos na televisão. Por essa razão, desde as séries iniciais já é iniciado um trabalho voltado para o ensino de geometria. Então por que no Ensino Fundamental e até mesmo no Ensino Médio os alunos apresentam dificuldade de identificar ou classificar algumas formas geométricas? https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-importancia-geometria-nas-series-iniciais.htm Faculdade de Minas 13 A resposta para essa pergunta para é simples: apesar de estarem cercados por polígonos e outras formas a todo o tempo, muitos alunos não conseguem associar, por exemplo, que uma janela tem a forma de um retângulo porque ficam presos a uma figura que viram no livro de Matemática. Mas isso pode ser mudado se o aluno passar por uma abordagem diferenciada das formas geométricas na Educação Infantil com vistas à compreensão das formas, bem como de suas diferenças e semelhanças. Em vez de estimular os “decorebas”, a aula deve visar ao real entendimento sobre as formas. Uma alternativa é trazer para a sala de aula brinquedos pedagógicos com as formas geométricas que a escola possua. Outra proposta é que o professor, junto à turma, realize a confecção de formas geométricas através de materiais como o isopor ou o emborrachado. No caso do isopor, o professor pode cortar as figuras e pedir aos alunos que pintem cada forma de acordo com determinado padrão. Por exemplo: figuras com três lados devem ser coloridas de amarelo; as figuras que possuam quatro lados, de azul; entre outras variações. Confeccionadas as formas, os alunos devem tocá-las, e o Faculdade de Minas 14 professor pode fazer perguntas como: “Você conhece essa forma?”, “Qual é a diferença desta com aquela outra forma?”. Os alunos devem escolher uma das figuras e compará- la com a dos demais. Em outro momento, o educador pode vendar um dos alunos ou simplesmente deixá-lo de costas para o restante da turma. Em seguida, basta escolher uma das formas para que os demais alunos descrevam a figura para o que está vendado ou de costas. Com a descrição, ele deve fazer um desenho da forma descrita pelos colegas ou realizar a sua confecção através de materiais simples, como massa de modelar. Essa atividade deve ser repetida até que todos os colegas tenham participado pelo menos uma vez. Com esse tipo de aula, os alunos conseguem compreender as diferenças básicas entre as formas geométricas, pois devem encontrar uma maneira de diferenciar polígonos semelhantes, como é o caso do quadrado, losango e retângulo. Faculdade de Minas 15 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS Se os alunos já estão na 1ª fase do Ensino Fundamental, o professor pode colar formas geométricas no quadro e pedir para que os alunos escrevam no caderno todas as características de cada uma, esmiuçando todos os detalhes possíveis. Feito isso, eles devem escrever na lousa, junto às figuras, as características que julgarem mais adequadas. Após conseguirem detalhar bem essas formas, os nomes de cada uma delas podem ser apresentados. Além disso, pode ser sugerido que os alunos procurem essas figuras pela escola ou na rua e façam desenhos ou tirem fotos delas para apresentar para a turma.Uma alternativa para ampliar a abordagem das propostas para o ensino de geometria acima discutidas é propor aos alunos que eles tentem fazer as formas trabalhadas através do geoplano — uma importante ferramenta no ensino da geometria — ou ainda através de objetos simples como canudinhos ou palitos de picolé. https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/geoplano.htm https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/o-uso-palitos-sorvete-canudinhos-nas-aulas-geometria.htm Faculdade de Minas 16 A IMPORTÂNCIA DE ENSINAR GEOMETRIA NOS ANOS INCIAIS Os estudos iniciais sobre geometria abordam situações relacionadas à forma, dimensão e direção. O objetivo de ensinar geometria aos alunos do 1º ao 5º ano está ligado ao sentido de localização, reconhecimento de figuras, manipulação de formas geométricas, representação espacial e estabelecimento de propriedades. Uma base consolidada objetiva uma maior facilidade nos conteúdos do 6º ao 9º ano. Por isso, os profissionais das séries iniciais devem trabalhar de formaestruturada. O grande problema desse ramo da matemática se divide em dois: a sensação de que o conhecimento seja intuitivo e que as informações fazem parte do cotidiano do aluno. Não devemos encarar dessa forma, pois alguns alunos precisam ser monitorados, pois não conseguem criar uma relação entre a geometria e o mundo ao seu redor. Analisando pelo lado construtivista, o aluno estabelece seu espaço na medida em que o pensamento cognitivo seja colocado em ação. Dessa forma, os alunos que possuem um maior grau de habilidade se destacam, relacionando a geometria a outros contextos. É Faculdade de Minas 17 com base nesse caso que a escola deve acionar mecanismos, a fim de fornecer o conhecimento de forma gradual, atendendo a todos os alunos de forma igualitária. O professor deve aproveitar os diferentes pontos de vista e opinião dos alunos, criando um ambiente de discussão de ideias, debates e formulação de novas definições. Trabalhos assim valorizam o aluno, pois ao utilizar conceitos particulares nas aulas, sua autoestima é valorizada. Alguns conteúdos possuem afinidade com a geometria, como os mapas, as figuras, os sólidos, as planificações entre outros. Com o auxílio dos mapas, o aluno utiliza de formas bidimensionais no estudo de situações tridimensionais. O sentido de localização é colocado em prática e termos como latitude, longitude e altitude são relacionados às coordenadas geográficas de países, estados e cidades. Essa seria uma boa oportunidade para a formação de uma parceria com o professor de Geografia, colocando em prática a interdisciplinaridade entre as ciências exatas e humanas. As figuras e os sólidos são primordiais para o sucesso do aluno nas séries seguintes. Podemos relacionar novamente as formas bidimensionais e tridimensionais através da planificação dos objetos. Todo sólido pode ser apresentado na forma de figura plana, denominada planificação, que possui como característica principal demonstrar o número de vértices, arestas e faces do sólido. Com isso a aluno está apto a classificar e nomear as figuras espaciais existentes e discutir os procedimentos a serem adotados na Faculdade de Minas 18 resolução de problemas. A esse conjunto de conteúdos, que devem ser abordados desde as séries iniciais, estão associados os conceitos geométricos pertencentes ao Ensino Médio. A junção de toda a estrutura do Ensino Fundamental I e II, envolvendo os conceitos geométricos, será utilizada na Geometria Analítica, onde o aluno tomará conhecimento de que todas as formas possuem fundamentos e estruturação matemática. Por isso devemos incluir em nossos planos os temas relacionados ao ensino da geometria, com o objetivo de conscientizar o aluno de sua extrema importância curricular. A proposta deve ir além da manipulação de sólidos e da observação de figuras, a fim de acabar de vez com a ruptura que existe entre a aprendizagem de representações planas e de sólidos tridimensionais, como se ambos não estivessem presentes simultaneamente na vida da criança. Faculdade de Minas 19 Confira dicas para ajudar seus alunos a conhecerem cada figura geométrica. A DIFICULDADE DE ENSINAR GEOMETRIA Apesar dos avanços da educação no tocante a educação inclusiva, ainda se observa na pratica docente na maioria dos professores de matemática, certa insegurança para ensinar matemática em especial à geometria. Conclui-se que a geometria é uma parte da matemática que estuda as formas planas e especiais com as suas propriedades, ela está ausente ou quase ausente da sala de aula devido à dificuldade de alguns professores para ensinar tal disciplina, por falta de matéria didática pedagógica e quando é ensinada torna-se difícil compreensão e até mesmo sem significado para aprender, contribuindo assim para o desinteresse dos alunos. Percebe-se que a importância de ensinar a geometria no ensino fundamental e médio é cada vez significativa para o educando, pois a geometria está em tudo ao nosso redor e se a mesma for ensinada nas séries iniciais a criança poderá desenvolver os conceitos Faculdade de Minas 20 básicos, facilitando para uma melhor compreensão e no futuro não terá problema de introduzir a teoria com a prática no seu dia-a-dia. A geometria é um ramo da matemática que analisa as formas planas e especiais, com as suas características, ela está alheia ou quase alheia na sala de aula devido ao despreparo de alguns professores para ensinar tal disciplina, por falta de materiais didáticos pedagógicos e quando é ensinado, torna-se de difícil compreensão e até mesmo sem significado para aprender, contribuindo assim para o interesse do aluno. A importância de ensinar a geometria em sala de aula é porque ela está em tudo, ou seja, sempre presente em nossas vidas e se esta for ensinada nas séries iniciais, a criança irá desenvolvendo os conceitos básicos, facilitando para uma melhor compreensão e no futuro não terá problema de introduzir a teoria com a prática. Vale ressaltar a importância de que cada escola seja estadual, particular e municipal, na qual os educadores proponham um proposto didático pedagógico que permita o desenvolvimento dos enfoques citados. Desse modo, o educando ao fim do ensino médio, pode consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos. Atualmente ainda existem dificuldades de ensinar a geometria em sala de aula no aprendizado do educando, aplicando seus conhecimentos adquiridos na geometria nas atividades cotidiana, na atividade tecnológica e na interpretação da ciência. É necessário que o educador estabeleça conexões e integração entre diferentes temas da geometria e outras áreas do currículo e do conhecimento. Como problemática na matemática do ensino fundamental e médio, deve-se levar em conta seu caráter formativo (desenvolver capacidades específica), seu aspecto instrumental (as aplicações na realidade e na ciência) e seu status como ciência (métodos próprios de pesquisa avaliação, bem como sua organização). É percebida a relação de mão dupla em matemática e tecnologia, a primeira como instrumento para ingresso no universo tecnológico e a segunda como fonte de transformação na educação matemática. Faculdade de Minas 21 A hipótese atualmente constata-se que, alguns livros já trazem a geometria relacionada com cada conteúdo matemático, exigindo assim que os professores, além do conhecimento especifique a geometria. Conclui-se que, o estudo permite ao aluno fazer reflexões sobre suas possibilidades de conhecer e aprofundar conhecimentos científicos considerados importantes para formação plena de qualquer cidadão. Sabemos alguma característica da geometria espacial serve como referência para uma proposta pedagógica de trabalho: fornecer instrumentos eficazes para compreender e atuar no mundo que nos cerca; instrumento de comunicação por ser uma linguagem precisa, concisa, rigorosa, universal e faz parte do patrimônio cultural que a humanidade vem acumulada. A secretaria de Ensino Fundamental do MEC elaborou os Parâmetros Curriculares e aponta a necessidade de revisão na formação de professores para a efetiva implantação de novas alternativas. Embora os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) destaquem a importância de se resgatar o trabalho com geometria no Ensino Fundamental, a maioria dos professores não sabe claramente o que fazer. Os PCN (1998) enfatizam a importância da geometria no quarto ciclo (7ª e 8ª série) e da importância da construção de situações-problema que favoreçam o raciocínio dedutivo e a introdução da demonstração, apresentando verificações empíricas: Os problemas de geometria vão fazer com que o aluno tenha seus primeiros contatos com a necessidade e as exigências estabelecidaspor um raciocínio dedutivo. Isso não significa fazer um estudo absolutamente formal e axiomático da geometria. Embora os conteúdos geométricos propiciem um campo fértil para a exploração dos raciocínios dedutivos, o desenvolvimento dessa capacidade não deve restringir-se apenas a esses conteúdos. A busca da construção de argumentos plausíveis pelos alunos vem sendo desenvolvida desde os ciclos anteriores em todos os blocos de conteúdos. PCN (1998, p.86) Diante desse quadro, inúmeras pesquisas tiveram (e ainda têm) como foco o estudo de fatores que interferem no processo de ensino e de aprendizagem da geometria. Tendo em vista que, o desenvolvimento está na capacidade na construção de argumentos da metodologia implantada do professor, pois, o mesmo tem o papel de mediador na exploração do contexto estabelecido pelas normas contidas na matemática. Faculdade de Minas 22 A DIFICULDADE DE ENSINAR MATEMATICA Percebe-se que, muitos tópicos de matemática não são planejados ou não são ensinados, portanto não são prendidos ao nível das séries iniciais. Segundo Duval (1988, p.57), diz que, os problemas de geometria apresentam uma grande originalidade em relação a muitas outras tarefas que podem ser propostas aos alunos. Ainda falando em dificuldades de ensinar a modalidade em estudo, a relação do professor com o saber matemático depende da sua formação e de sua experiência profissional. Omissão geométrica: a primeira é que muito professores do ensino fundamental, não possuem os conhecimentos necessários em Geometria para aplicar em suas atividades pedagógicas. A segunda causa deve-se a exagerada importância que o livro didático. Para tanto LORENZATO (1993, 1995), apresenta duas grandes evidências como causas da desempenha, quer devido à má formação de nossos professores, quer devido à estafante jornada de trabalho a que estão submetidos desempenhar, quer devido à má formação de nossos professores, quer devido à estafante jornada de trabalho a que estão submetidos de trabalho a que estão submetidos. E assim essas evidências como possíveis causas da omissão geométrica, certamente contribuem no fracasso da geometria, consequentemente no fraco desempenho dos alunos de geração à geração. Nesse entendimento, diversos trabalhos de pesquisadores brasileiros, entre eles Dante (1988). Já Perez (1991) e Pavanello (1993), afirma que, reconhecem também esses problemas, os quais persistem até as novas gerações. Nesse contexto, os cursos de formação de professores de matemática têm um papel importante, no sentido de preparar professores qualificados para o ensino dessa disciplina, bem como investimentos em metodologias adequadas para atender esse ensino. Faculdade de Minas 23 Para DUVAL (1988, p.57), os problemas de geometria apresentam uma grande originalidade em relação a muitas outras tarefas matemáticas que podem ser propostas aos alunos. Ainda segundo o autor, favorecer o desenvolvimento das funções organizadas problemas de geometria matematicamente próximos que solicitem os mesmos conhecimentos, ou seja, determina uma categorização cognitiva indispensável ao aprendizado da demonstração. Para tanto, DUVAL identifica três níveis de problemas: Nível 1: aqueles em que há congruência operatória da figura e um tratamento matemático, neste caso uma apreensão discursiva explicita não é necessária; Nível 2: aqueles em que a apreensão discursiva é necessária, porque não há mais congruência da figura ou porque é explicitamente pedido como justificativa; Faculdade de Minas 24 Nível 3: aqueles que exigem mais que uma apreensão discursiva, o recurso, aos esquemas formais lógicos específicos tais como o raciocínio disjuntivo, o raciocínio por contraposição. Reservamos a expressão práticas docentes ao conjunto das atividades do professor que norteiam suas praticas pedagógicas em sala de aula. As praticas em classe designam tudo o que o professor fala e faz em classe, levando em consideração sua preparação, suas concepções e conhecimentos em matemática, e suas decisões instantâneas, se elas são conscientes. (ROBERT, 2001, p.6566) A análise do discurso e das práticas docentes, assim como do discurso dos alunos sobre as ações pedagógicas vivenciadas, revela importantes indícios de mudanças com relação às concepções iniciais e das práticas pedagógicas dos professores, mas mesmo assim as dificuldades ainda são bem mais evidentes no que se refere à sala de aula. O uso da geometria preconizado nos conteúdos de matemática do ensino fundamental está intimamente ligado com os outros aspectos da escola como um todo, quando se pensa em interdisciplinaridade e contextualização. A maioria dos professores sente dificuldades em conduziras atividades de resolução de problemas na sala de aula, particularmente na fase de discussão. Faculdade de Minas 25 Sendo assim é necessário desenvolver, por um lado, materiais que tirem partido do uso da geometria e, por outro, formar professores para o uso delas. Incentivar a auto formação dos professores, para a introdução ao uso da tecnologia na sala de aula. Para muitos uma parte das dificuldades dos alunos a propósito de problemas geométricos está no vocabulário: leitura (compreensão dos enunciados) e redação (formulação de argumentos). Dessa forma, aluno pode até raciocinar corretamente e enxergar a solução de um problema de geometria e ter dificuldade em responder com argumentos precisos. Percebe-se que em muitos alunos a leitura incorreta de definições leva a não compreensão dos objetos matemáticos envolvidos nessa definição. Faculdade de Minas 26 Na verdade, para justificar a necessidade de se ter a Geometria na escola, bastaria o argumento de que sem estudar Geometria as pessoas não desenvolvem ou pensa geométricos os raciocínios visuais e, sem essa habilidade, elas dificilmente conseguirão resolver as situações de vida que forem geometrizadas; também não poderão se utilizar da Geometria como fator altamente facilitador para a compreensão e resolução de questões de outras áreas de conhecimento humano. Sem conhece Geometria, a leitura interpretativa do mundo tornas incompleta, a comunicação das ideias fica reduzida e a visão da Matemática torna-se distorcida. Onde colocar o ponto de equilíbrio dinâmico entre o intuitivo e o dedutivo, o concreto e o abstrato, o experimental e o lógico, tendo em vista uma aprendizagem significativa da geometria? Será também necessário modificar os currículos, investir fortemente no Faculdade de Minas 27 aperfeiçoamento do professor em exercício e lançar novas publicações destinadas tanto a alunos como a professores. Para tanto LORENZATO diz: GEOMETRIA NA NATUREZA A Geometria está por toda parte..., mas é preciso conseguir enxergá-la... Mesmo não querendo, lida-se no cotidiano com as idéias de paralelismo, perpendicularismo, semelhança, proporcionalidade, medição (comprimento, área, volume), simetria: Seja pelo visual (formas), seja pelo uso no lazer, na profissão, na comunicação oral,cotidianamente se está envolvido com a Geometria. (1995, p. 5) A aprendizagem geométrica é necessária ao desenvolvimento da criança, pois inúmeras situações escolares requerem percepção espacial, tanto em Matemática (algoritmos, medições,...) como na leitura e escrita. Aqueles que procuram um facilitador de processos mentais encontrarão na Geometria o que precisam: prestigiando o processo de construção do conhecimento, a Geometria valoriza o descobrir, o conjecturar e o experimentar. Faculdade de Minas 28 Assim como se sabe que são necessários pré-requisitos para a aprendizagem da leitura e da escrita, tais como conhecimentos, atitudes, comportamentos ou aptidões indispensáveis à aquisição de outros conhecimentos, que deles dependem e sem osquais não é possível adquiri-lo, também uma preparação escolar da criança, do jovem, no domínio da geometria, poderá ser um começo para uma aprendizagem significativa. No processo de ensino-aprendizagem tem-se constatado dificuldades de aprendizado em conteúdos onde não é possível presenciar o processo da forma que o mesmo acontece. Nesses casos cabe ao professor usar recursos que permitam ao aluno conhecer algo abstrato aperceber sua ligação com o real. Os métodos de ensino tradicionais baseado em quadro negro e aulas dialogadas podem tornar esse processo cansativo e desmotivar os alunos causando falhas no processo de ensino- aprendizagem. Faculdade de Minas 29 A Geometria é um excelente apoio às outras disciplinas: como interpretar um mapa, sem o auxílio da Geometria? E um gráfico estatístico? Como compreender conceitos de medida sem ideias geométricas? A história das civilizações está repleta de exemplos ilustrando o papel fundamental que a Geometria teve na conquista de conhecimentos artísticos, científico, em especial, matemáticos. Na sequência do texto citado acima, é a mais eficiente conexão didático-pedagógica que a Matemática possui: ela se interliga com a Aritmética e com a Álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela Geometria, que realiza uma verdadeira tradução para o aprendiz. A fim de que esta prática pedagógica possa realmente ocorrer, torna-se necessário um ensino de geometria (assim como de toda a Matemática) que permitas alunos liberdade dê expressão, descoberta, iniciativa, originalidade e crítica, onde a criatividade não seja sufocada, ignorada. E o principal construtor desse ambiente, em sala de aula, é sem dúvida, o professor, que não poderá esquecer-se de que cada criança é um indivíduo com qualidades únicas, com ideias e valores próprios. As dificuldades para trabalhar com a geometria atualmente ainda são muitas. Para que ouso da tecnologia seja uma forma de estimular a atividade e a profundidade do trabalho Faculdade de Minas 30 na sala de aula, esta deverá estar envolvida na resolução de problemas, análise crítica de resultados discussão dos mesmos. Não se pode dinamizar a atividade na sala de aula quem não tem experiência. Não poderá tirar partido da geometria quem não tiver trabalhado exemplos significativos onde à geometria representa uma dimensão nova. Em particular é necessário diálogo entre os utilizadores da geometria nos diversos contextos em que ela pode ser utilizada, dentro dos diversos tipos de atividades matemáticas. REFERÊNCIAS: LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria, Educação em Revista – Sociedade Brasileira Matemática – SBM, ano 3, n. 4 – 13, 1º sem. . DANTE, Luís R. Criatividade e Resolução de problemas na Prática Educativa Matemática, Tese de Livre – Docência, UNESP, Rio Claro, . PEREZ, G. Pressupostos e reflexões teóricos e metodológicos da pesquisa participante no ensino de geometria para as camadas populares. Tese de doutorado – Faculdade de Educação– UNICAMP, . PAVANELLO, R. N. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké, ano 1, n. 1, p. 7-17. UNICAMP, . ROBERT A. Les recherches sur lss pratiques dês en https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/como-ensinar-formas-geo https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/como-ensinar-formas-geo
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