Buscar

Apont. Int. Fil.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
Faculdade de Letras e Humanidades 
Departamento de Letras e Humanidades
Curso de Filosofia
Cadeira: Introdução á Filosofia
Lição nº 01-03
Apresentação do docente e estudantes;
Apresentação do plano analítico (2020);
Breve consideração sobre o plano analítico da disciplina.
UNID.1.Tentativa de Definição de Filosofia
Introdução
O curso de Licenciatura em Ensino de Filosofia, é um curso a ser administrado pela Faculdade de Ciências Sociais, Departamento de Filosofia da UP, cujo objectivo principal é a formação de professores e técnicos para o ensino da disciplina de Filosofia no Ensino Secundário Geral e outras instituições de ensino superior.
Objectivos específicos:
-explicar a problemática da definição de Filosofia; 
- analisara definição de Filosofia com base no tempo em vários autores;
- compreender o objecto, objectivos e métodos de estudo de filosofia.
Estratégias Metodológicas: Conferência e debate.
1.1 Problemática em torno da definição de Filosofia
A Filosofia é definição pela prática?
A Filosofia assim como qualquer disciplina faz-se sempre do objecto, métodos e objectivos. É necessidade de determinar os métodos e os objectivos de modo a não confundir das outras ciências (disciplinas).
O que nos parece é que a Filosofia é problemática, porque há discórdia e um desconsenso para definir o conceito, conteúdo algo confuso, mas tem a ver com a prática. Não há filosofia mas filosofias.
Os filósofos não estão separados do contexto social em que vive; da cultura e da civilizaçãode que faz parte. Bem pelo contrário o seu pensamento é o resultado da reflexão que desenvolvem no contexto da época em que vivem, mas que pela sua profundidade de analise procuram um sentido para as questões fundamentais, parecendo que isso que por vezes vão mais longe que os seus conterrâneos. De facto a Filosofia é expressão do pensamento e da cultura duma época. Os problemas que interessam os filósofos são problemas que estão enraizados na sociedade e na cultura em que vivem. 
Definição da Filosofia
Etimologicamente o conceito Filosofia provém do grego Philos – amigo, Sophia – Sabedoria = Literalmente amigo de sabedoria. 
Para Pitágoras segundo a tradição grega a posse de Sophia era somente reservado aos deuses. Somente eles podiam ter a posse certa e total do verdadeiro, por isso, Pitágoras foi lhe passado de chamar a sophia – Sabedoria e preferiu que os seus discípulos o chamassem de Filósofo – amigo de sabedoria, o que entenderia na tradição da Grécia Antiga. 
Na tradição da Grécia antiga considerava-se no sentido lato como um modo de conhecimento com vista a alguma utilidade prática desse saber, todos aqueles que eram peritos ou especialistas em produzir algo, eram considerados Sophia - isto é sábio como carpinteiro, ferreiro, artesão, poeta, estavam todos inclusos no mundo de sábios.
Aristóteles – numa das suas análises distingue três níveis de sabedoria.
1º Empeiria – De Faculdade de conhecimento individual Empeirós;
2º Techné – Habilidade de produzir alguma coisa de acordo as regras universais – Tchnités;
3º Phronesís – Capacidade de pensar próprio de direcção humana – Phrónimos.
Os peritos desses modos de saber eram chamados: Empeirós, Tchnités e Phrónimos
respectivamente filósofos.
A Sophia no sentido restrito em vez de ser um conhecimento com vista a actividade prática no saber é um saber que só busca a si mesmo uma teoria. É esse tipo de sophia que se chamou Gosto de Saber que quer dizer Filosofia.
A Filosofia segundo o sentido etimológico amor a sabedoria não se deve entender que a reflexão filosófica se insere sobre si mesma ao ponto de se desligar em absoluto da vida e das preocupações humanas. A reflexão filosófica refere-se a própria vida com todas as suas flexibilidades e toda a vicissitude.
Para os gregos pré-socráticos, a Filosofia era uma maneira racional de se investigar a origem do universo por meio da formulação de teorias contrárias, muitas vezes, às afirmações dos mitos. Para Sócrates, a Filosofia seria um olhar para dentro de si e uma forma de extrair as ideias verdadeiras sobre aquilo que o próprio ser humano desenvolveu mediante a criação das sociedades.
Para os helenistas, a Filosofia era uma espécie de prática de vida para alcançar a plenitude e a felicidade. Para os medievais, a Filosofia estaria submetida à Teologia, e a sabedoria infinita de Deus teria dado ao ser humano a possibilidade do conhecimento racional.
Já os modernos voltaram-se para a questão do conhecimento e da ciência, além da política e da ética, desenvolvendo um pensamento que resgatava certas características dos gregos, mas as aprimorava. Já na contemporaneidade, a Filosofia abraçou novos problemas, característicos de nossa época, para desenvolver novos problemas e novos conceitos sobre eles.
Vejamos várias formas que muitos pesquisadores apresentam de acordo as épocas.
· Para Aristóteles (384/383 – 322 a.C) o 1º a fazer uma pesquisa rigorosa esquemática a Filosofia – estuda as causas últimas de todas as coisas. 
· Tomas de Aquino (1225 – 1274) a Filosofia é a Ciência de toda a realidade pelas causas mais elevadas ou últimas.
· René Descartes (1596 – 1650) afirma que a Filosofia ensina a racionalizar bem. 
· Hegel (1770 – 1831) entende-a como o saber absoluto.
· Karl Marx (1818 – 1883) defende Filosofia de acção revolucionária transformadora do mundo e sociedade histórica.
· Karl Jaspers (1883 – 1969) – Insiste na ideia de investigação do saber e não a sua posse definitiva.
Além dos autores mencionados existem outros com estudo do valor de conhecimento de indagação do fim último, estudo de linguagem, estudo do ser, da história, da arte, da cultura, da política, etc.
Battista Mondin (1981) afirma que todas as coisas podem ser analisadas ao nível científica e filosófica, assim os homens, os animais, as plantas. A matéria que estudas pode ser também da indagação ou investigação filosófica. Ex.: o que é a existência? Qual é o valor da vida? Qual é a origem do mal?
As ciências estudam estas ou aquelas realidades e a filosofia estuda a realidade. A primeira característica que distingue a Filosofia de qualquer outra forma de saber: ela estuda toda a realidade, ou pelo menos, procura oferecer uma explicação completa e exaustiva de uma esfera particular da realidade.
O conceito de filosofia
O conceito de "filosofia" sofreu, no transcorrer da história, várias alterações e restrições em sua abrangência. As concepções do que seja a filosofia e quais são os seus objectos de estudo também se alteram conforme a escola ou movimento filosófico. Essa variedade presente na história da filosofia e nas escolas e correntes filosóficas torna praticamente impossível elaborar uma definição universalmente válida de filosofia. Definir a filosofia é realizar uma tarefa metafilosofia. Em outras palavras, é fazer uma filosofia da filosofia. O sociólogo e filósofo alemão Georg Simmel ressaltou esse ponto ao dizer que um dos primeiros problemas da filosofia é o de investigar e estabelecer a sua própria natureza. Talvez a filosofia seja a única disciplina que se volte para si mesma dessa maneira. O objecto da Física não é, certamente, a própria ciência da física, mas os fenómenos ópticos e eléctricos, entre outros. A Filologia ocupa-se de registos textuais antigos e da evolução das línguas, mas não se ocupa de si mesma. A filosofia, no entanto, move-se neste curioso círculo: ela determina os pressupostos de seu método de pensar e os seus propósitos através de seus próprios métodos de pensar e propósitos. Não há como apreender o conceito de filosofia fora da filosofia; pois somente a filosofia pode determinar o que é a filosofia.
Platão e Aristóteles concordam em caracterizar a filosofia como uma actividade racional estimulada pelo assombro ou admiração. Mas, para Platão, o assombro é provocado pela instabilidade e contradições dos seres que percebemos pelos sentidos. A filosofia, no quadro platónico, seria a tentativa de superar esse mundo de coisas efémeras e mutáveis e apreender racionalmente a realidade última, composta por formas eternase imutáveis que, segundo Platão, só podem ser captadas pela razão. Para Aristóteles, ao contrário, não há separação entre, de um lado, um mundo apreendido pelos sentidos e, de outro lado, um mundo exclusivamente captado pela razão. A filosofia seria uma investigação das causas e princípios fundamentais de uma única e mesma realidade. O filósofo, segundo Aristóteles, “conhece, na medida do possível, todas as coisas, embora não possua a ciência de cada uma delas por si”.A filosofia almejaria o conhecimento universal, não no sentido de um acúmulo enciclopédico de todos os factos e processos que se possam investigar, mas no sentido de uma compreensão dos princípios mais fundamentais, dos quais dependeriam os objectos particulares a que se dedicam as demais ciências, artes e ofícios. Aristóteles considera que a filosofia, como ciência das causas e princípios primordiais, acabaria por identificar-se com a teologia, pois Deus seria o princípio dos princípios.
As definições de filosofia elaboradas depois de Platão e Aristóteles separaram a filosofia em duas partes: uma filosofia teórica e uma filosofia prática. Como reflexo da busca por salvação ou redenção pessoal, a filosofia prática foi gradativamente se tornando um sucedâneo da fé religiosa e acabou por ganhar precedência em relação à parte teórica da filosofia. A filosofia passa a ser concebida como uma arte de viver, que forneceria aos homens regras e prescrições sobre como agir e como se portar diante das inconstâncias do mundo. Essa concepção é muito clara em diversas correntes da filosofia helenística, como, por exemplo, no estoicismo e no neoplatonismo.
As definições de filosofia formuladas na Antiguidade persistiram na época de disseminação e consolidação do cristianismo, mas isso não impediu que as concepções cristãs exercessem influência e moldassem novas maneiras de se entender a filosofia. As definições de filosofia elaboradas durante a Idade Média foram coordenadas aos serviços que o pensamento filosófico poderia prestar à compreensão e sistematização da fé religiosa; e, desse modo, a filosofia passa a ser concebida como “serva da teologia” (ancilla theologiae). Segundo São Tomás de Aquino, por exemplo, a filosofia pode auxiliar a teologia em três frentes: (1) ela pode demonstrar verdades que a fé já toma como estabelecidas, tais como a existência de Deus e a imortalidade da alma; (2) pode esclarecer certas verdades da fé ao traçar analogias com as verdades naturais; e (3) pode ser empregada para refutar ideias que se oponham à doutrina sagrada.
Os medievais também mantiveram a acepção de filosofia como saber prático, como uma busca de normas ou recomendações para se alcançar a plenitude da vida. Santo Isidoro de Sevilha, ainda no século VII, definia a filosofia como “o conhecimento das coisas humanas e divinas combinado com uma busca pela vida moralmente boa”.
Tanto na Idade Média como em qualquer outra época da história ocidental, a compreensão do que é a filosofia reflecte uma preocupação com questões essenciais para a vida humana em seus múltiplos aspectos. As concepções de filosofia do Renascimento e da Idade Moderna não são excepções. Também aí as noções do que seja a filosofia sintetizam as tentativas de oferecer respostas substantivas aos problemas mais inquietantes da época. O advento da era moderna fez ruir as próprias bases da sabedoria tradicional; e impôs aos intelectuais a tarefa de encontrar novas formas de conhecimento que pudessem restabelecer a confiança no intelecto e na razão. Para Francis Bacon - um dos primeiros filósofos modernos - a filosofia não deveria se contentar com uma atitude meramente contemplativa, como queriam os antigos e medievais; ao contrário, deveria buscar o conhecimento das essências das coisas a fim de obter o controlo sobre os fenómenos naturais e, portanto, submeter a natureza aos desígnios humanos. Para Descartes, a filosofia, na qualidade de metafísica, é a investigação das causas primeiras, dos princípios fundamentais. Esses princípios devem ser claros e evidentes, e devem formar uma base segura a partir da qual se possam derivar as outras formas de conhecimento. É nesse sentido, entendendo-se a filosofia como o conjunto de todos os saberes e a metafísica como a investigação das primeiras causas, que se deve ler a famosa metáfora de Descartes: “Assim, a Filosofia é uma árvore, cujas raízes são a Metafísica, o tronco a Física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências”.
Após Descartes, a filosofia assume uma postura crítica em relação a suas próprias aspirações e conteúdos. Os empiristas britânicos, influenciados pelas novas aquisições da ciência moderna, dedicaram-se a situar a investigação filosófica nos limites do que pode ser avaliado pela experiência. Segundo a orientação empirista, argumentos tradicionais da filosofia, como as demonstrações da existência de Deus, da imortalidade da alma e de essências imutáveis seriam inválidos, uma vez que as ideias com que operam não são adequadamente derivadas da experiência. De maneira análoga, Kant, ao elaborar sua doutrina da Filosofia transcendental, rejeita a possibilidade de tratamento científico de muitos dos problemas da filosofia tradicional, uma vez que a adequada solução deles demandaria recursos que ultrapassam as capacidades do intelecto humano.
O empirismo britânico e o idealismo de Kant acentuam uma característica frequentemente destacada na filosofia: a de ser um "pensar sobre o pensamento"ou um "conhecer o conhecimento". Essa concepção reflexiva da filosofia, do pensamento que se volta para si mesmo, influenciará vários autores e escolas filosóficas, tanto do século XIX como do século XX. A fenomenologia, por exemplo, considerará a filosofia como um empreendimento eminentemente reflexivo. Segundo Edmund Husserl (1859 – 1938)- o fundador da fenomenologia - a filosofia é uma ciência rigorosa dos fenómenos tal como nos aparecem, ou seja, tal como é a nossa consciência deles. Para descrevê-los, o filósofo deve pôr entre parênteses todas as suas pressuposições e preconceitos (até mesmo a certeza de que os objectos existem) e restringir-se apenas aos conteúdos da consciência. Edmund Husserl – afirma que o objecto da Filosofia é a Fenomenologia da Consciência. Há necessidade de estudar a vida da consciência enquanto lugar onde nasce todo o sentimento para o mundo.
Com a virada linguística do início do século XX, muitos filósofos passam a considerar a filosofia como uma análise de conceitos. Para Wittgenstein, os problemas filosóficos tradicionais são todos resultantes de confusões linguísticas; e a tarefa do filósofo seria a de esclarecer o modo como os conceitos são empregados a fim de explicitar tais confusões. Numa abordagem mais positiva sobre a actividade filosófica, Strawson considera que a filosofia é análoga à gramática: assim como os estudiosos da gramática explicitam as regras que os falantes inconscientemente empregam, a filosofia explicitaria conceitos-chave que, na construção de nossas concepções e argumentos, adoptamos sem ter plena consciência de suas implicações e relações.
A lista de concepções da filosofia propostas ao longo de sua história pode ser estendida indefinidamente. Sua variedade é tão grande que dificilmente se pode encontrar um elemento que perpasse todas as concepções em todas as épocas. Mas não se pode esquecer que as antigas concepções de filosofia tornaram-se algo obsoletas frente ao avanço de outras disciplinas que antes se abrigavam à sombra, excessivamente vasta, da filosofia. As concepções de autores antigos e medievais, e mesmo de alguns modernos, consideravam indiscriminadamente como filosóficas investigações que hoje denominamos simplesmente de científicas. Assuntos como as leis do movimento, a estrutura da matéria e o funcionamento dos processos psicológicos – que hoje consideramos como temas da física, da química e da psicologia, respectivamente – eram todos reunidos na noção de Filosofia natural. Após a revolução científicado século XVII, as investigações da filosofia natural foramgradualmente se desvencilhando da filosofia e se constituíram em domínios específicos e independentes de pesquisa. De certa forma, os problemas clássicos da filosofia formam hoje um conjunto de assuntos elusivos que não se dobraram à metodologia indutiva e experimental das ciências. Mas isso não implica dizer que a filosofia actual seja mero resíduo do processo de crescimento e consolidação da ciência moderna. Dizer isso seria esquecer o aspecto profundamente dinâmico e reflexivo da filosofia. A reflexão filosófica não é algo que ocorra num limbo intelectual: ela acompanha de perto a evolução das ciências, da política, da religião e das artes. Essa evolução tende a apresentar novos problemas e desafios que, por escaparem ao estrito domínio da disciplina em que surgiram, podem ser chamados de "filosóficos".
Talvez não haja uma resposta categórica à pergunta “O que é filosofia?”. Os filósofos divergem entre si sobre o que fazem, os problemas filosóficos ramificam-se indefinidamente e os métodos variam conforme a concepção do que seja o trabalho filosófico. Talvez a afirmação de Simmel de que só é possível entender a filosofia no âmbito da filosofia possa ser tomada como uma advertência quando contrastada com o amplo espectro de conceitos sobre a sua natureza: ao adoptar uma das diferentes orientações filosóficas, tratamos de determinados problemas e adoptamos determinados métodos para tentar esclarecê-los; mas, dado que há outras concepções, conforme outros métodos e conforme outras finalidades, devemos modestamente reconhecer que essas concepções alternativas têm o mesmo direito de ostentar o título de “filosofia” que a nossa concepção.
De acordo com as definições de filosofia, para o positivista Augusto Comte (1798 – 1857) – afirma que ela não é uma ciência e nem tem estatuto autêntico, visto que concede a humanidade a ignorância, a ciência deve passar por três estados: 
1º Estado Teológico Fictício
No estado original a humanidade era incapaz de explicar o fenómeno pelas suas causas. Ultrapassando esta fase a humanidade começou a questionar, mas a explicação era atribuída a seres divinos (Deuses) – Estado teológico.
2º Estado Metafísico
A humanidade já não se apoiava aos seres divinos para explicar os fenómenos, mas sim as entidades abstractas, categorias ou conceitos e essência.
A Filosofia pretende um conhecimento de teoria abstracta que apenas da explicação teológica.
3º Estado Positivo ou Real
A explicação do surgimento da experiência de ciência experimental passou a explicar os fenómenos a partir das suas relações. Comte – apesar de experimentação, observação e verificação conclui que a Filosofia não reúne condições para se estudar como ciência, carece de confirmação.
Perspectiva Positiva de Comte
O homem coloca a ciência no lugar de Deus trouxe vantagens que são por ex: o homem desloca até a lua, conhece vários aparelhos. Desvantagens a guerra, a fome, a destruição, etc.
Método da filosofia
O método da filosofia não é simples de verificação nem discrição fantasiosa, nem de experimentação. O método de filosofia é de justificação lógica racional a razão (coordenação – meios e fins).
Em filosofia nem só temos o método de justificação lógico racional, mas também existem: de análise crítica racional, o método fenoménico, o hermenêutico, indutivo, dedutivo, etc.
O objectivo da filosofia é puramente teorético na busca do conhecimento ou seja contemplativo. Não procura a verdade por algum motivo utilitário, mas procura a verdade pela verdade.
A filosofia tem como objectivos o abando a ingenuidade e os preconceitos do senso comum; não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos; buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história; conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política; dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas acções numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos. Visando o esforço da razão pura para questionar problemas humanos e discernir entre o certo e o errado através da própria razão humana.
Para que serve a Filosofia? 
Hegel dizia que a filosofia é a única disciplina que coloca o problema de todos os problemas, a questão de todas questões. A filosofia pode servir para a formação do espírito crítico, com excepção da filosofia dogmática, essencialmente afirmativa; pode servir à análise reflexiva da situação do nosso estudante e do nosso professor e, sobretudo, daqueles a quem é negado pensar ou frequentar a escola (GADOTTI, 1998:28).
Condições que Determinam o Surgimento da Filosofia
Para o surgimento da filosofia desempenharam o papel importante, os poetas da sociedade grega que tinham uma missão preponderante na educação espiritual, como tal abordaremos da: Arte, religião condições sócio políticas e económicas.
1 – Arte
Poemas de Homero e Hesíodo foram elementos que influenciaram o seguimento da Filosofia.
a) O 1º elemento estruturação– tinham a estrutura do pensamento na base de um sentimento de harmonia de proporção limite e de medida, estes aspectos permitiram a Filosofia formular categorias do princípio Ontológico (que estuda o ser enquanto ser) Ex: Protágoras. O homem é toda unidade de todas coisas.
b) O 2º Elemento Motivação - a presença constante da motivação onde se propõe uma perspectiva para além dos casos em busca do nível mítico fantástico. Este pressuposto levou a cabo o princípio do porque último de todas coisas.
c) O 3º Elemento Totalidade – procurava-se apresentar a realidade na sua totalidade, Deus, Céu e homem, guerra e paz, alegria e mal, a totalidade que rege a vida do homem, esta totalidade permitiu os filósofos formular o seu objecto como sendo a totalidade de tudo. 
d) O 4º Elemento Géneses – a explicação mítica poético e fantástico da Géneses do universo e dos fenómenos cósmicos, a partir de caos original que foi o 1º a gerar-se. Os primeiros Filósofos utilizavam a razão para explicar estes fenómenos.
2 - A RELIGIÃO (a Religião Pública e Religião Mistério -Orfismo)
a) 1º Elemento Importância da Religião Pública – Hierofanea – a religião pública Hierofânica tudo é divino, tudo era explicado por Deuses.
b) 2ºElemento Antropomorfia– a religião pública é Antropomorfica porque a divindade é apresentada de forma humana, os deuses representam sob forma física. 
c) 3º Elemento Naturalista – para a religião pública agir de acordo com as leis da natureza é agir de acordo com os deuses. Ele pede ao homem para que siga a sua própria natureza fazer em honra os deuses aquilo que esta em conformidade com sua natureza. A religião é naturalista porque os 1º filósofos eram naturalistas. 
3 - A religião de Mistério
O núcleo das crenças – órficas.
a) No homem se hospeda um princípio devido o demónio (alma) que caiu no corpo (tumba) em virtude de uma culpa original.
b) Esse demónio não morre estando destinado em reencarnar no corpo sucessivo através de uma série de nascimentos para espiar aquele.
c) Com o seu rito e a sua prática a vida órfã é a única em pôr fim o ciclo das reencarnações libertando, assim a alma do corpo.
d) Para que se purifique os iniciados dos mistérios órficos há prémios no além, da mesma forma que há punição para o mal.
 Domínio (alma)
 Homem Corpo (tumba)
CONDIÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS 
Nos séc.(VII- VIII a.C) operou-se na Grécia antiga a transformação estrutural considerável ao nível social económico de um país predominantemente agrícola. A Grécia passou a desenvolver de forma crescente a indústria artesanal e o comércio. Entre os elementos que favoreceram são:
a) Escrita – permitia um exame do que foi escrito abrindo horizontes para os pensamentos distanciando o vivido e favorecendo o confronto das ideias e a ampliação da crítica.
b) Moeda em função da projecção do comércio, a moeda apareceu como elemento para a facilitaçãodos negócios impulsionando deste modo o nascimento do pensamento racional e o exercício de valores de trocas.
c) A lei o direito escrito a noção de justiça dependia do rei, da vontade divina, essa forma de justiça e substanciada pela lei e direito escrito é o que permitiu na Grécia a eliminação de certos males.
d) Polis –(cidade estado) – houve o surgimento de liberdade política, dando a instituição da liberdade edo cidadão. O nascimento da cidade estado alterou as relações sociais entre os homens, separando-se os dominantes e privados em polis ou seja do ideal do valor de sangue restrito ao grupo privilegiado em função do nascimento ou seja sobre põe justiça e sobre põe do direito do cidadão. A polis faz se pela autonomia da palavras não mais pela palavra mágica das muitas palavras dadas pelo canto.
Há uma libertação do homem dos exclusivos desígnios divinos para ele próprio determinar na praça pública dos destinos o saber deixar, de ser sagrado e passa a ser objecto da discussão dando origem aos cidadãos de polis.
DIFERENÇA ENTRE MITO E FILOSOFIA
Pensamento mítico 
O que é Mito? Sabemos que muitos autores realizam pesquisas sobre o mito, procurando muitas vezes através da problematização conceitual, planificação da sua origem, sua importância e classificação.
1.Problematização conceitual segundo Gurdorf
O mito é conduta de regresso a ordem que intervêm como o político de equilíbrio do universo, como fórmula da integração. A consciência mítica que permite constituir um envulcro no produtor do interior do qual o se encontra.
Para Eliade, o mito é história do que se passou do tempo primordial da narração daquilo que os deuses fizeram nos tempos de começo. O mito proclama a aparência de uma constituição cósmica ou de um acontecimento primordial.
Cassirer – afirma que o mito é fio de emoção e o seu fundo emocional emprega todas as suas produções com a sua própria cor específica. A fiação mais fundamental do mito não é uma direcção especial da imaginação humana, o homem mítico não atribuiu um lugar privilegiado e o único na escola da natureza.
Na óptica de Levi – Strauss – é um modo de pensamento cuja finalidade atinge uma compressão geral do universo, não só geral, mas também total.
Trata-se de um princípio de que se não se compreende tudo não se pode explicar coisa alguma, isto esta internamente em contradição com o modo de proceder científico que consiste em avanço etapa por etapa tentando dar explicações para determinado número e assim em diante. Em todo caso o pensamento mítico dão ao homem a ilusão extremamente importante de que lhe pode entender o universo e de que ele entende o universo como é evidente tratar-se de ilusão.
Classificação dos Mitos
Os investigadores na problematização conceitual, normalmente classificam os mitos daquilo que narram: 
- Teogónicos – origem de deuses; 
- Cosmogónicos – origem dos universos;
- Escatológicos – o fim do mundo;
- Etiológicos – origem das coisas.
Os Etnólogos Históricos da região tem investigado e narrado os mitos com objectivo de procurar encontrar neles a consciência que dará a origem do mito, de modo geral. Para sustentar esta tese apresenta-se quatro aspectos a saber:
1º Diante do problema do mundo, a vida é a morte que sustenta a atitude do homem mítico é a sacralização. 
2º Para homem mítico o sagrado é homem misterioso que provoca pasmo, medo, temor, o que se diz por homem o irracional, mas através dos acontecimentos.
3º O carácter especifico do sagrado que é intencionalidade vem lhe da noção tempo.
4º Há o tempo primordial chamado grande tempo e há o tempo em que o homem vive – Chamado o tempo histórico, que serve de modelo e fundamento do tempo actual. O grande tempo é de acção criadora de deus, foi esse tempo que deus revelasse aos homens.
1- Perspectiva Histórica 
Nesta perspectiva iremos abordar os autores vários de todas épocas, a começar com:
Clássica – Temos Sócrates, Platão e Aristóteles.
Medieval – Tomas de Aquino, St. Agostinho, Maquiavel, Lutero, Isidoro.
Moderno – Descartas, John Locke, D. Hume, Kant, Hegel.
Contemporâneo – Marx, Freud, Husserl, Heidegger 
Racionalista e Empirista – Bacon
Lógica – Karl Popper 
Positivista – Augusto Comte 
Existencialistas – Gabriel Marcel, Jean-Paul Sartre, Karl Jasper, Martin Heidegger, Sören Kierkegaard, Edmund Husserl e Friedrich Nietzsche
1. Perspectiva Sistemática 
Perspectiva 1
a) A filosofia como contemplação e investigação dos princípios e das últimas coisas.
Para Aristóteles (384 – 322 a. C), define que a Filosofia é um saber contemplativo e desinteressado em que predomina o saber pelo puro gosto e curiosidade de saber. 
Perspectiva 2
b) A filosofia como prudência e sensata, uma Filosofia prática. 
Aristóteles acrescentou também um outro ideal: o ideal do saber que caracteriza o homem prudente e sensato que conduz a sua vida em conformidade com o que dita a razão. A Filosofia pode também ser definida como a ciência que estuda a base da acção virtuosa, somente ela permite ao ser homem a distinção do que é bom ou mau para o homem, do que é conveniente ou inconveniente, do que é razoável e justo. Permite a formulação e emissão de juízos reflexivos e maduros isentos de paixão e de precipitação.
Perspectiva 3 
c) A Filosofia como ciência dos fins últimos da razão 
Emmanuel Kant (1724 – 1804) Clarifica a sua visão de Filosofia distinguindo um conceito escolar de um conceito geral ao cósmico da Filosofia.
1º De acordo com o conceito escolar – a Filosofia é "o sistema dos conhecimentos Filosóficos ou dos conhecimentos racionais a partir dos conceitos".
2º De acordo com o conceito geral ou cósmico – a Filosofia é antes "a ciência dos fins últimos da razão humana". Significa que todas as ciências e todos os conhecimentos devem ser posto ao serviço dos fins últimos da razão com vista a realização de uma humanidade mais livre, o que implica a submissão da racionalidade científica e teológica a racionalidade total regida por fins.
Perspectiva 4 
d) A Filosofia como prática de transformação social e política.
Segundo K. Marx (1818 – 1883) – insatisfeito e inconformado critica as filosofias tradicionais por serem puramente especulativas que se limitavam a oferecer interpretações ou visões do mundo, na maior parte dos casos inócuas e legitimadoras do Status quo da alienação em que vivem as classes trabalhadoras do seu tempo. Marx propõe uma Filosofia de praxis social e politicamente comprometida na acção revolucionária e transformadora. 
Perspectiva 5
e) A Filosofia como demanda e nunca como posse da verdade.
Karl Jasper (1883 – 1969) – Crítica como um saber expresso em dogmas definitivos, perfeitos e doutrinais. Filosofia significa estar a caminho. As investigações são mais importantes do que as respostas e cada uma delas transforma-se em uma interrogação.
Perspectiva 6 
f) A Filosofia como análise e clarificação da linguagem.
L. Wittgenstein (1889 – 1951) – É um dos representantes da filosofia analítica, define a filosofia: "o objecto da filosofia é a clarificação lógica dos pensamentos. A filosofia não é uma doutrina, mas uma actividade. Um trabalho filosófico consiste essencialmente em elucidações.
O resultado da Filosofia não é proposição Filosófica mas sim o esclarecimento de proposições. 
A Filosofia deve tornar claro e delimitar rigorosamente os pensamentos, que do outro modo são como turvos e vagos. 
Perspectiva 7
g) A Filosofia como análise e clarificação da existência. 
As Filosofias da existência suas múltiplas representantes coincidir na afirmação que a Filosofia: Caracteriza-se na análise da existência e entendida como o modo de estar do homem no mundo, radicalmente distinto no modo de ser de estar e de existir das demais realidades. É a singularidade humana vivida e não a totalidade abstracta da humanidade em geral que deve estar na origem do Filosofar. O que existe verdadeiramente não é a totalidade na qual as realidades singulares se dissolveriam, mas antes o sigilar, a realidade concreta e pessoal de cada existência humana. Na base destes pressupostos são os temas de individualidade,da liberdade, da dor e do sofrimento, da morte e da angústia.
2. Atitude Filosófica 
Uma atitude filosófica é uma atitude de não aceitar nenhum conceito sem antes questiona-lo;
O ensino do filosofar distingue-se de qualquer outro tipo de ensino, pois é um ensino filosófico. Exige da parte do professor a consciência da atitude filosófica. Em vez de conteúdos expressos em doutrinas, teorias e sistemas consignados na História da Filosofia, o "objecto" da ensinabilidade e da apropriação é uma atitude. Kant nos ensinou que "a educação é uma arte, cuja prática deve ser aperfeiçoada por muitas gerações" (apud PERINE, 1987: 17).
No diálogo platónico "Sofista", Sócrates caracteriza a filosofia como a purificação da alma pela formação crítica, ponto culminante na educação dos cidadãos.
"É justamente por tais motivos, Teeteto - afirma Sócrates - que a respeito da crítica deve-se dizer que ela é, em última análise, a mais importante das purificações e a mais soberana; deve-se entender, ao contrário, que o homem que não tiver sido submetido à crítica, mesmo se fosse o grande Rei, é aquele que não foi purificado das maiores impurezas" (PLATÃO: 230-1).
1- Espanto, admiração espontaneidade – Característica exemplar da criança;
2- Universidade – valida por todos;
3- Emancipação, autonomia de razão;
4- Radicalidade – um Filosofo deve questionar sempre. 
Ex: Criança – Questionamento – Fundamento Epistemológico Falibilidade – Criança.
5- Comunicação (dimensão argumentativa)
3. Função/ Tarefas da Filosofia 
Até pouco tempo pensava-se que a filosofia não servia para nada...(e actualmente não serve mesmo. Já pensou que profissão, além de filósofo, poderia obter com a Filosofia?), mas hoje está constatado que a filosofia serve para separar em duas classes as pessoas: Aquelas pessoas que fingem ou que acham que entendem a filosofia, e aquelas que não entendem e que acham que os filósofos não passavam de doidos que inventavam frases para fazer fama.
Portanto, como funções da filosofia temos: criticar, problematizar, esquematizar, questionar, duvidar, orientar, subsidiar informações, confrontar as ideias, etc. 
Tarefas da Filosofia
É basicamente a tarefa de poder nos dar imagens de nós mesmos com as quais possamos estar mais aptos às necessidades do futuro. A tarefa da filosofia seria a de colaborar com um discurso que nos convencesse continuamente de que podemos ter versões melhores de nós mesmos;
Ajudar na formação da consciência crítica das pessoas;
Filosofar é pensar, questionar, duvidar, justificar tudo que existe ou acontece inerente a capacidade racional humana.
1- Uma actividade de configuração de sentido, acerca do homem, da vida, de existência da sociedade e da política.
2- Sistematização da nossa experiência. 
A Filosofia aparece como sistema da nossa existência individual e composta e do saber que a configura as outras ciências que dedicam saberes particulares.
3- A Filosofia ser Instância Crítica. 
A Filosofia aparece como instância crítica da nossa realização de forma de organização social, política, estâncias espirituais como moral, direito, a ciência, a literatura, a arte e a religião.
4- A Filosofia como espaço de diálogo e confrontos relativamente as nossas crenças e convicções aos nossos valores e atitudes aos nossos códigos e padrões de comportamento individual e colectivo.
5- A Filosofia como esfera de imaginação e utopia – para a elaboração de novos projectos de homem da sociedade de modelos de convivência social e política e de novas propostas para assegurar a paz e justiça.
4. Saber da filosofia/ Filosofia como sabedoria 
1- Saber instrumental do técnico é habilidade de fazer realizar uma obra. Ex: Carpinteiro, Pedreiro.
2- Saber práxico e prudencial.
A inteligência, a prudência prática o saber relativo a praxes ou inteligência humana.
3- Saber teórico e contemplativo 
Aqui a sabedoria identifica-se como a ciência dos primeiros princípios, temos Aristóteles que designou – Fronesis.
4- Sobre teórico prático – o homem sábio é aquele que reúne um vasto saber teórico e um legado do saber prático e não tanto teórico. O sábio é aquele que possui o saber virtuoso, este é o ideal de sabedoria que vem a ser admitido como característico da filosofia daquele que pode designar Filosofo. 
Resumo 
A pluralidade que Filosofia Tem:
a) Uma diversidade de saber, uma pluralidade de áreas de investigação tradicionalmente organizada em disciplinas.
b) Uma multiplicidade de abordagens empreendidas por diversos autores e escolas.
Disciplina da Filosofia e Filosofia no Mundo da Ciência
1. Aristóteles: Foi o 1º a fazer a divisão das ciências
		 - Matemática 
	 - Teoréticas	- Física Dedicam-se ao estudo desinteressado das ciências 
		- Metafísica 
Disciplina de		
Filosofia 	- Moral
	 - Práticas	 - Economia Visão a direcção dos actos do homem
		 - Política
		
	 - Poesia
	- Poéticas		 - Retórica	 Produção de obras literárias 
	- Dialéctica
	
2. J. Bonifácio Ribeiro e José Silva e outros 
	- Psicologia 	
	- Lógica
São disciplinas de	- Moral
 Filosofia	- Estética 
	- Teoria do conhecimento	- Geral/ Ontologia	
	-Metafísica 	- Cosmologia Racional
 - Especial 	- Psicologia Racional
	- Teologia Racional/ Teodiceia
3. René Descartes – Compara a filosofia como se fosse uma árvore. 
	- Medicina 	folhas
	- Mecânica 	flores
Disciplina da Filosofia	- Moral 	frutos
	- Física 	caule
	- Metafísica 	raízes
4. Thomas Hobbes – define a Filosofia como Ciência dos corpos.
	- Civil (estado) – Corpos artificiais 
Filosofia Ciência dos Corpos 
	- Natureza – Corpos – Natureza 
5. Immanuel Kant
	- Que posso saber? Metafísica
	- Que devo saber? Moral
Sistema Kantiano	- Que me é permitido esperar? Teologia 
	- Que é o homem? Antropologia
6. Wilhelm Hegel 
	- Lógica – Ideia (logos) – Tese 
Disciplina de Filosofia	- Filosofia na Natureza – Natureza – Anti-tese
	- Filosofia do Espírito – Síntese
7. Classificação Escolástica da Ciência 
	 - Gramática
	- Trivium	 - Retórica
- Dialéctica
Temos: Sete Artes Liberais
 - Aritmética
	- Quadrivium -Música	Parte Científica
 - Geometria
 - Astronomia
8. Francis Becon
	- História Natural 
	- Memoria 	- História Literária
	- História Política
	- História Civil
		- História Sagrada
- Poesia
Ciências	- Imaginação - Estética
				 - Artes
	
	- Teologia (Deus) 
	- Razão Filosofia 	- Fil. Humana (Homem)
	- Fil. Natural (Natureza)
9. Classificação da Ampere
	- Matemática
 - Da matéria orgânica 
	- Física
	- Cosmologia (natural) 	
		 - Naturais 
	- Da matéria viva
	 - Medicas 
Ciências
	- Filosofia 
	- Do espírito individual	- Diagramática
	- Noológicas (espírito) 
	- Da estrutura espírito	- Etnologia 
	- Política
10. Classificação do Wolff
	- Propedêutico	- Lógica 
		- Teoria do Conhecimento
	- Metafísica Geral
	- Ontologia
	- Cosmologia 
	- Teorética 	- Fil. Natureza 
Filosofia	- Psicologia
 - Teologia Natural/ Teodiceia
	
	- Direito Nacional 
	- Fil. Moral (ética) 
	- Política	- Fil. Política
	- Economia	 - Gramática 
	- Fil. Das Artes
 - Retórica e 
 - Poética
Seminários
Unid. III. As disciplinas da filosofia: 
3.1. Filosofia da natureza, é a parte da filosofia que trata o conhecimento das primeiras causas e dos princípios do mundo material.
As origens da Filosofia Natural remontam à Grécia antiga, na filosofia pré-socrática adoptada pelos filósofos pluralistas, tendo seu consolidar com o atomismo de Leucipo e Demócrito de Abdera; muito embora seus esboços já se revelassem muito antes com Empédocles de Agrigento – que inovou a filosofia jónica com a identificação do arké, Parménides, Heráclito,e Anaxágoras.
Objectivos:é o questionar acerca das coisas com a qual convive e interage visando obter um conhecimento mais acertado sobre as origens de todos os elementos e as regras que os regem. Obter um conhecimento aprofundado sobre as causas primeiras e os princípios que regem o mundo material em especial no que tange á essência dos entes o ser de todas as coisas corpóreas especialmente as animadas com destaque para o homem.
Métodos de estudo:indução, dedução, argumentação lógica, a crítica sistemática, histórico, analítico, fenomenológico etc.
Metafísica, ocupa-se da elaboração de teorias sobre a realidade e sobre natureza fundamental de todas as coisas. A palavra metafísica possui origem grega e significa: meta: depois de, além de e física/physis: natureza ou físico, e trata-se de um ramo da filosofia que se ocupa em estudar a essência do mundo. O termo metafísica foi consagrado por Andrónico de Rodes a partir da ordenação dos livros aristotélicos referidos à ciência dos primeiros princípios e primeiras causas do ser.
Pode ser definida como o estudo do ser ou da realidade, e se destina a buscar respostas para perguntas complexas como: O que é realidade? O que é a vida? O que é natural? O que é sobre-natural? O que nos faz essencialmente humanos?
Uma das subáreas da metafísica é a ontologia (literalmente, a ciência do "ser"), cujo tema principal é a elaboração de escalas de realidade. Nesse sentido, a ontologia buscaria identificar as entidades básicas ou elementares da realidade e mostrar como essas se relacionam com os demais objectos ou indivíduos - de existência dependente ou derivada.
Objectivos: Ora, o objectivo da metafísica é fornecer uma visão abrangente do mundo – uma visão sinóptica que reúna em si os diversos aspectos da realidade.
Métodos de estudo: crítica, especulativo, interpretativo, histórico, analítico, indutivo, racional, etc.
Epistemologia ou teoria do conhecimento: é a área da filosofia que estuda a natureza do conhecimento, sua origem e seus limites. Dessa forma, entre as questões típicas da epistemologia estão: “O que diferencia o conhecimento de outras formas de crença?”, “O que podemos conhecer?”, “Como chegamos a ter conhecimento de algo?”.
Objectivos: compreender a possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível o ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno. Compreender a natureza, a origem e validade do conhecimento, e estudar o grau de certeza do conhecimento científico nas suas diferentes áreas, para estimar a sua importância para o espírito humano.
Métodos de estudo:indução, dedução, argumentação lógica, a crítica sistemática, histórico, analítico,
Estética, ou filosofia da arte: entre as investigações dessa área, encontram-se aquelas sobre a natureza da arte e da experiência estética, sobre como a experiência estética se diferencia de outras formas de experiência, e sobre o próprio conceito de belo.
Objectivos: Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo. Ora, a Estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo como realidade humanizada.
Métodos de estudo: indução, dedução, argumentação lógica, a crítica sistemática, histórico, analítico,
Ética, é a área da filosofia que trata das distinções entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Procura identificar os meios mais adequados para aprimorar a vida moral e para alcançar uma vida moralmente boa. Também no campo da ética dão-se as discussões a respeito dos princípios e das regras morais que norteiam a vida em sociedade, e sobre quais seriam as justificativas racionais para adoptar essas regras e princípios.
Objectivos: Analisar o conceito de Ética e sua operacionalização no quotidiano; Reflectir sobre o senso de responsabilidade e a atitude crítica autónoma diante da realidade Social; Expor os princípios fundamentais do pensamento ético planetário; Cultivar o senso ético nas relações entre professor e alunos a fim dar a contribuição para um planeta mais humano; Situar o problema da Ética em uma perspectiva histórica, filosófica e política; Promover a reflexão e a crítica sobre a natureza e os fundamentos da ética profissional; Examinar as disposições que regulamentam a profissão de Pedagogo;
Métodos de estudo: indução, dedução, argumentação lógica, a crítica sistemática, histórico, analítico,
A antropologia filosófica é um ramo da filosofia que investiga a estrutura essencial do Homem.Concentra-se no estudo das estruturas fundamentais do homem. Estuda, também, o carácter biopsicológico do homem, verifica o que o homem faz com suas disposições bioquímicas dentro de seu ambiente biológico que possa diferenciá-lo de outros animais.
“A reflexão sobre nós próprios, reflexão sempre renovada que o homem faz para chegar a compreender-se”Bernar Groethuysen.
“Explicação conceitual da ideia do homem a partir da concepção que este tem de si mesmo em determinada fase de sua existência.”Landsberg.
Objectivos: Mostrar exactamente como a estrutura fundamental do ser humano, estendida na forma pela qual a descrevemos brevemente (espírito; homem), “explica todos os monopólios, todas as funções e obras específicas do homem: linguagem, consciência moral, as ferramentas, as armas, as ideias de justiça e de injustiça, o Estado, a administração, as funções representativas das artes, o mito, a religião e a ciência, a historicidade e a sociabilidade, a fim de ver se há algo nessas actividades, bem como em seus resultados, que seja especificamente humano. Seu objectivo é colocar no centro de sua reflexão a questão: que é o ser humano? 
Métodos de estudo: a reflexão filosófica que parte do princípio do cogito, hermenêutico, histórico, analítico.
Hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. A hermenêutica tradicional - que inclui hermenêutica Bíblica - se refere ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito. A hermenêutica moderna, ou contemporânea, engloba não somente textos escritos, mas também tudo que há no processo interpretativo. Isso inclui formas verbais e não-verbais de comunicação, assim como aspectos que afectam a comunicação, como proposições, pressupostos, o significado e a filosofia da linguagem e a semiótica. A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-Georg Gadamer como desenvolvida em sua obra "Verdade e Método" (Wahrheitund Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur. Consistência hermenêutica refere-se à análise de textos para explicação coerente. Uma hermenêutica (singular) refere-se a um método ou vertente de interpretação.
Objectivos: Hermenêutica tem por objectivo o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das interpretações.
Métodos de estudo: método interpretativo, histórico alegórico, analítico, sintético, etc.
Filosofia da História, é a reflexão sobre a natureza da história ou sobre o pensamento histórico. A expressão foi usada no século XVIII (por exemplo, por Voltaire) para referir o pensamento histórico crítico, que se opõe à mera colecção e repetição de histórias sobre o passado. Em Hegel, a expressão adquire o significado de história universal ou mundial.
Objectivos:
Métodos de estudo:
Filosofia política, é o ramo da filosofia que investiga os fundamentos da organização sociopolítica e do Estado. São tradicionais nessa área, as hipóteses sobre o contrato original que teria dado início à vida em sociedade, instituído o governo, os deveres e os direitos dos cidadãos. Muitas dessas situações hipotéticas são elaboradas no intuito de recomendar mudanças ou reformas políticas aptas a aproximar as sociedades concretas de um determinado ideal político.
Objectivos:
Métodos de estudo:
Lógica, é a área quetrata das estruturas formais do raciocínio perfeito – ou seja, daqueles raciocínios cuja conclusão preserva a verdade das premissas. Na lógica são estudados, portanto, os métodos e princípios que permitem distinguir os raciocínios correctos dos raciocínios incorrectos.
Objectivos:
Métodos de estudo:
IV. Relação entre a filosofia e os outros saberes:
4.1. Religioso, moral, científico e estético.
V. Reflexão filosófica sobre os problemas do mundo contemporâneo:
5.1. Ecologia, bioética, globalização HIV/Sida e Direitos Humanos.
Quero saber o que certos filósofos naturalistas defendiam sobre a filosofia tais como: Tales, Anaximandro?
“Para os primeiros filósofos, pré-socráticos naturalistas, há um princípio primeiro (arché)a partir do qual tudo se origina. Esse princípio é um elemento natural, não personificado em força divina. É a primeira forma de filosofia no ocidente”.
O que certos filósofos naturalistas como o Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Heráclito, Parménides, Zenão, Empédocles, Anaxágoras defendiam sobre a filosofia?
Tales de Mileto
É o marco inicial da filosofia ocidental. Talesconsiderava a água como sendo a origem de todas as coisas. E seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um “princípio único" para essa natureza primordial. Se Tales aparece como o iniciador da filosofia, é porque seu esforço em buscar o princípio único da explicação do mundo não só constitui o ideal mesmo da filosofia como também forneceu-lhe impulso para o seu próprio desenvolvimento.
Anaximandro de Mileto
Discípulo de Tales. Geógrafo, matemático, astrónomo e político. Apesar da raridade das informações biográficas, são-lhes atribuídos notáveis feitos científicos. Foi um notável criador de instrumentos de medida do tempo, sendo-lhe atribuída a descoberta do gnómon, a construção de indicadores de horas para assinalar os solstícios e equinócios. Foi o primeiro a traçar os contornos da Terra e do mar, e a construir uma esfera celeste. Foi historicamente o primeiro a expor a teoria da evolução dos animais: o homem e todas as actuais espécies precedem de um ser marinho escamoso comum.
Anaxímenes
Foi discípulo e continuador de Anaximandro. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. Conserva de seu mestre Anaximandro a idéia de que o princípio do universo é indeterminado: este princípio, como o afirmara Tales, é observável. Para Anaxímenes, tudo provém do ar e retorna ao ar.
Pitágoras
Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas. Afirmou a esfericidade da Terra e dos demais corpos celestes, bem como a rotação da Terra, explicando assim o dia e a noite; e afirmou também a revolução dos corpos celestes em torno de um foco central, que não se deve confundir com o Sol.
Heráclito de Éfeso
Considera que os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim, em um círculo, ou a descida e a subida, em um caminho (pois o mesmo caminho é de descida e de subida); o quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou, dito de outra forma: o quente é o frio depois de mudar, e o frio, o quente depois de mudar, como se ambos, quente e frio, fossem "versões" diferentes da mesma coisa). Para ele, "todas as coisas são uma troca do fogo, e o fogo, uma troca de todas as coisas, assim como o ouro é uma troca de todas as mercadorias e todas as mercadorias são uma troca do ouro", ou seja, todas as coisas transformam-se em fogo, e o fogo transforma-se em todas as coisas.
Empédocles: 
Ele não acreditava em apenas um elemento básico do mundo. Dizia que haviam quatro: terra, ar, fogo e água em diferentes proporções de mistura. O que faz com que esses elementos se misturem são duas forças chamadas amor e disputa: o amor une, a disputa separa.
Anaxágoras: 
Ele acreditava que o mundo era formado por minúsculas partículas invisíveis a olho nu onde há um pouco de tudo. Ele chamava essas partículas de sementes ou gérmens. A força que unia as sementes era chamada de inteligencia.
Demócrito: 
Foi o último grande filósofo da natureza. Ele criou a teoria atômica onde tudo é formado por átomos (a teoria de Demócrito foi aperfeiçoada até os dias de hoje) que não são iguais: alguns são arredondados, outros lisos, outros irregulares etc. Os atomos se uniam porque possuem ganchos ou engates que se encaixam, ou seja, ele não acreditava numa força que os unia.
O Pitágoras trazendo o número como princípio.O principal filósofo foi Pitágoras
nasceu por volta de (570 a.C. e 571 a.C.), recebeu instrução matemática e filosófica de Tales e de seus discípulos. Foi ele quem concebeu os números como princípio das coisas que para ele o princípio de todas as coisas se dava através dos números.
Xenófanes
viveu cerca de (570 a.C. - 460 a.C.), foi um filósofo da escola eleática onde para ele o princípio é a terra.
Parmênides
viveu acerca de (484 - 421 a.C.) no âmbito da filosofia da Pнyѕιѕ se apresentou como um inovador radical na sua escola nasceu a ideia da ontologia do ser onde para ele a ideia de movimento não existe tinha a preocupação com a essência do ser, Segundo ele o ser é e não pode não ser o pensar é condição para o ser você só tem ser se você pensa. Para Parmênides ser e pensar são o mesmo e dessa forma ele afirma a identidade do ser.
Zenão afirmava a unidade do ser.
Melisso de Samos fez uma sistematização da teoria eleata e trabalhou com a ideia de infinito e não finito.
Os físicos pluralistas e os físicos ecléticos.
Empédoclesfoi um filósofo, médico, legislador, professor para ele tudo que existe é a partir desse 4 elementos:água, ar, fogo, terra.
Anaxágoras de Clazômenas
foi o principal responsável pela introdução da filosofia pré-socrática em Atenas.
considerava que a inteligência ordenava as coisas no mundo.
Lêucipo e Demócrito
consideravam que todos fomos feito de átomos.

Continue navegando