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Thales Coutinho – L Procedimentos Básicos de Enfermagem Segurança do Paciente: Paciente certo Medicamento certo Dose certa Via certa Hora certa Orientação do paciente Anotação certa Compatibilidade entre medicamentos Direito à recusa dos medicamento pelo paciente Via Subcutânea (SC): Recomendado para tratamento injetável de Diabetes Insulina e Incretinas Está relacionada a administração do medicamento no tecido conjuntivo, ou seja, a baixo da derme Hipoderme Espessura da pele: média de 1,8 à 2,5 mm (IC90%) A espessura da hipoderme varia nas pessoas conforme o local do corpo (maior em mulheres) Indicações: Medicamentos compatíveis com a via SC Necessidade de absorção lenta e contínua do medicamento Insulina, Anticoagulante (heparina), Vacinas (Sarampo, Caxumba, Rubéola, FA) Volume máximo 1,5mL por local Seringa Tuberculina (insulina) Locais: Deve-se realizar o rodizio doas locais da injeção de forma sistemática, de tal maneira que eles fiquem separados um dos outros por, pelo menos, 1 cm Evitar repetição do local e trauma do tecido Lipo- Hipertrofia (prevalência de 28 à 64%) Thales Coutinho – L Fatores de Risco: Duração do tempo Frequência do rodízio Reutilização da agulha O risco da insulina ser depositada no músculo aumenta conforme o comprimento da agulha Risco de 45% com agulhas 13mm pode ser reduzido para 1% com agulhas mais curtas 4mm Ângulo: 90o ou 45o Atenção: O local deve ser inspecionado antes da injeção. As injeções devem ser administradas em tecido subcutâneo saudável As aplicações devem ser feitas em locais limpos O local deve ser limpo quando necessário ou se o paciente estiver em ambiente propício a disseminação de infecções (hospital/casa de repouso) Caso utilize álcool 70% para limpar, a pele deve secar completamente antes da injeção NUNCA injetar através da roupa Descrição da Técnica: Lavar as mãos (POP) Realizar o preparo da medicação Orientar o paciente/acompanhante sobre o procedimento Selecionar o local apropriado para injeção (SC) Com a sua mão não dominante, segure a pele ao do ponto de injeção com os dedos polegar e indicador, formando uma prega Posicione a agulha com o bisel para cima em caso de aplicação a 45o Insira a agulha em um único movimento, num ângulo de 90o ou 45o NÃO aspirar o embolo para ver se retorna sangue Após a injeção, espere 10s e remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação utilizada para a inserção Soltar a prega. Cubra o local com um chumaço de algodão seco NÃO massageie o local Descartar o material perfuro cortante NUNCA REECAPE AGULHA Thales Coutinho – L Via Intramuscular (IM): É uma via parenteral para administração de medicamentos, com finalidade profilática ou terapêutica, na qual se realiza a punção da pele com uma agulha acoplada a uma seringa para que o medicamento seja administrado profundamente num grande músculo Em virtude do potencial de sequela do nervo axilar (variação anatômica entre pessoas), deltoide nunca deve se o sítio de primeira escolha para injeção IM (reservar para Vacinas/Casos especiais) Envolve uma série de decisões relacionadas ao: Volume a ser injetado Medicação a ser administrada Técnica de administração Seleção do local Avaliação geral do paciente Possíveis complicações: Irritação do local – dor Infecção – abscesso no local da injeção Hematoma – sangramento Fibrose e contratura do músculo esquelético Paralisia Lesão nervosa – neuropatia Nódulos persistentes Como prevenir as complicações: Selecionar o melhor local (músculo), de acordo com as características do paciente/medicamento Conhecer os marcos anatômicos para seleção do sítio de aplicação Promover relaxamento do paciente/músculo Seguir rigorosamente a técnica Rodizio de aplicação no caso de múltiplas doses Avaliação do local: Idade Livre de lesão, infecção, hematoma, cicatriz Massa muscular Vantagens/desvantagens do local Geralmente são 5 músculos Deltóide, Dorsoglúteo, Ventroglúteo, Vasto lateral, Reto Lateral Thales Coutinho – L Avaliar com atenção: Expor o músculo realizando uma prega Agulha correta Realizar a técnica em Z ajuda a reduzir dor e o espace da medicação no local de entrada da agulha Esticar a pele para baixo/lado do local onde se pretende aplicara ainjeção, até o final da administração. Esta move os tecidos cutâneo/subcutâneo por aproximadamente 2,5 a 3,5 cm Ângulo de 90o Após a injeção de 1mL por segundo, esperar 10s antes de retirar Aplicar leve compressão local / NÃO massagear Músculo Deltoide: Indicado, especialmente, para administração de vacinas em adultos Porção média do deltoide Pequena área muscular Número e volume das injeções são limitados Local: Traça-se uma linha imaginária através da axila Outra ao nível da borda inferior do acrômio Traça-se um triangulo invertido 3 a 7 centímetros (no meio) do acrômio Possíveis complicações: Contratura muscular, necrose muscular e lesões do nervo axilar Antes da administração, deve-se avaliar: Músculo Orientação do fabricante Risco de lesão nervosa (axilar, braquial, radial, ulnar) por irritação química/mecânica da agulha Lesão vascular Posicionamento do Paciente: Sentado, em pé ou deitado Braço relaxado e com cotovelo flexionado ou com a mão na cintura Região Dorsoglútea: Músculo glúteo máximo CONTRA INDICADO PARA CRIANÇAS QUE NÃO DEAMBULAM ATÉ PELO MENOS 1 ANO Próximo a grandes vãos (artéria glútea) e nervos (ciático) OMS não recomenda utilização desse local por alto risco de lesionar N/A Recoberto por grande camada de tecido adiposo (+mulheres) Local: 1o Método: Thales Coutinho – L Linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior até o trocânter do fêmur A injeção fica 2,5 cm acima do ponto médio 2o Método: Linha imaginária vertical e horizontal na prega interglútea Injeção no quadrante superior externo Posicionamento do Paciente: DV (melhor) – apontar os dedos dos pés para dentro DL – flexão do quadril e joelho da perna que esta em cima Em pé – direcionar os dedos dos pés para dentro Região Ventroglútea: Fácil acesso Complicações são raras Local mais seguro para injeções IM Local: Coloca-se a palma da mão na porção lateral do glúteo (região trocantérica), o dedo indicador estendendo – se até a crista ilíaca ântero superior e o dedo médio deve ser afastado no sentido posterior (formando um V) A injeção é aplicada no centro do V (indicador/médio), direcionando a agulha discretamente para a direção da crista ilíaca Para aliviar a dor, pode direcionar os pés para dentro Músculo Vasto Lateral: Localizado na região anterolateral da coxa Local para aplicar IM nos Lactantes, já que representa a maior massa muscular dessa faixa etária Também é uma boa opção para injeção IM em adultos saudáveis Local: Traçar uma linha média na parte anterior da coxa Traçar uma linha média na parte lateral da coxa Traçar uma linha horizontal na cabeça do trocanter e no joelho Dividir a distância em 3 partes iguais Distender a pele com o polegar e indicador Aplicar no centro do terço médio Introduzir a agulha dirigida para a região podálica formando um ângulo de aproximadamente 60o Reto Femoral Mesma delimitação do Vasto latera, só que na região anterior da coxa Pode ser usado tanto em crianças quanto em adultos quando há contraindicação de outros locais Pode ser utilizado para Automedicação Desvantagem: borda medial próxima ao nervo ciático/vasos sanguíneos importantes Via Endovenosa: É a administração deuma solução estéril diretamente na veia O efeito é imediato, sendo sua administração escolhida quando: Thales Coutinho – L Situações de emergências Os níveis das drogas no sangue precisam ser mantidos em um nível terapeuticamente consistente Administração de drogas e fruídos por tempo prolongado Administração de hemoderivados Soluções mais utilizadas Soluções isotônicas: PO = sangue Soro Glicosado (glicose, dextrose) 5% em água Não contém eletrólitos Indicação: manutenção ou reposição de H2O Contra indicação: não deve ser administrado com sangue 1000mL fornecem 170Kcal Soluções hipotônicas: PO < sangue H2O destilada Soluções hipertônicas: PO > sangue Indicações: Repor déficitis de líquidos e eletrólitos SG 10%, SG 50% Só pode ser administrado por via EV (SC pode levar à necrose tecidual) Dispositivos: Agulha 25 x 0,80 Agulha 30 x 0,80 Scalp (cateter agulhado) Numeração – 19, 21, 23, 25 27 (maior número, menor o tamanho) Cateteres para punção venosa periférica Jelcos (cateter não agulhado) EVITE MEMBROS INFERIORES Neles há risco de estagnação do medicamento na circulação periférica coágulo, trombo/flebites Totalmente contra-indicado para pacientes com lesões neurológicas Garrote: A finalidade de aplicar o garrote é dilatar a veia Outras técnicas também ajudam a evidenciar as veias, como: Colocar o membro pendendo por alguns segundos Friccionar a pele na direção do torniquete Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão Aplicar calor local (SN) Thales Coutinho – L Técnica Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, se não estiver presente, alivie o garrote e reaplique-o com menor tensão para impedir a oclusão arterial Coloque ele cerca de 10 – 15 cm do local a ser puncionado O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e formação de hematomas Scalp: Embora menos indicado, o scalp também é utilizado para punção venosa Dispositivo de agulha rígida Constituído por uma agulha, tubo transparente e conector. É mais indicado para terapia I.V. de curta Duração (<24horas). A desvantagem é a maior incidência de infiltrações por ser um dispositivo rígido Com ângulo de 15°-25° de introdução, deve ser realizada antissepsia, colocado garrote. Deve-se utilizar os EPIs e proceder a fixação do cateter após a punção e identificação Nesta técnica não retiramos a agulha como é feito com o cateter flexível, uma vez que esta permanecerá na veia do paciente até a sua retirada Tecnica: Reúna todo o material em uma bandeja (com a medicação preparada na sala própria), com bolas de algodão embebidas em álcool, garrote, esparadrapos já cortados, scalp, luvas de procedimento, óculos, caneta Oriente o paciente quanto ao procedimento/medicação Observe bem a veia de escolha (comece pelas distais e menos tortuosas) De preferência para a mão não dominante Coloque as luvas Em crianças, idosos ou peles sensíveis proteja a pele do garrote para não provocar lesão Fazer antissepsia com movimento circular, firme e único do centro para fora Deixar secar completamente Fazer antissepsia ativando o retorno venoso, do dista para proximal Estique a pele para fixar a veia Segure nas abas do scalp com bisel para cima, com um ângulo de 15o – 25o com a pele ATENÇÃO: a canula do scap deve estar preenchida com SF 0,9% ou AD previamente à punção, para a retirada de todo ar Avise o paciente no momento exato da punção Penetre a agulha, caso retorne sangue, insira toda agulha e adapte o equipo ou seringa, retire o garrote, abra o solução Técnica com Jelco: Explique o procedimento ao paciente Avalie as condições da rede venosa do paciente e selecione a veia que será puncionada Higienize as mãos e prepare a intermediário e se necessário o equipo Organize o material na bandeja e transporte-o até o paciente Ajude o paciente a ocupar a posição adequada para a punção, garanta boa iluminação local Abra parcialmente a embalagem do cateter não agulhado selecionado e deixe-o protegido Thales Coutinho – L Prepare parcialmente o dispositivo de fixação que será utilizado (filme transparente, micropore entre outros); Coloque os óculos de proteção Calce as luvas de procedimento Coloque o garrote de 10 cm a 15 cm acima do local a ser puncionado Faça antissepsia da pele do local selecionado para punção com algodão embebido em álcool a 70% (movimento circular, firme e único, do centro para a extremidade) Remova o protetor do dispositivo intravenoso Estique a pele com a mão não dominante; Puncione a veia do paciente, com o bisel voltado para cima, num ângulo de 15º a 25º (compatível com a profundidade da veia) Observe o refluxo de sangue MANTER O MANDRIL FIXO COM A MÃO DOMINANTE E INTRODUZA O CATETER TEFLON SIMUTENEAMENTE Estabilize o cateter com a mão dominante e solte o garrote com a outra Aplique leve compressão acima do local da inserção do cateter Atenção: preencher previamente o intermediário e se necessário o equipo com SF 0,9% Conecte o dispositivo de conexão/intermediário preparado previamente e, aspire certificando-se que há retorno sanguíneo Injete de 3 a 5 ml de SF 0,9% Ou three way (torneirinha de 3 vias) Cole a primeira tira de fixação sobre o canhão do cateter Finalize a fixação do dispositivo venoso de acordo com o protocolo da instituição (filme transparente, micropore entre outros) Identifique a punção com data, horário, nº do dispositivo utilizado e nome do profissional que a realizou. Retire os óculos de proteção e as luvas de procedimento Coloque o paciente em posição confortável Organize o material utilizado Descarte no local certo ATENÇÃO: – Quando for necessário conectar soro/administrar medicamento: abra uma das vias do dispositivo Conecte o equipo/seringa Controle o gotejamento/injete o medicamento Ao término da infusão do medicamento/soro, salinize o cateter venoso a fim de manter sua permeabilidade. Registre no prontuário: Data - hora - Puncionada na segunda tentativa veia dorsal superficial da mão esquerda, utilizado cateter flexível Jelco nº20 conectado a torneira de 3 vias e fixado com curativo transparente IV Fix. Nome do profissional, FMIT, nº CFM-MG. Thales Coutinho – L Higienização das Mãos: Os 5 Momentos: Antes de tocar o paciente Antes de realizar procedimento limpo/asséptico Após o risco de exposição a fluidos corporais Após tocar o paciente Após tocar as superfícies próximas ao paciente Como Higienizar as Mãos com Água e Sabonete: Apenas quando estiverem visivelmente sujas; Caso contrário preparações alcoólicas Duração 40 à 60s Thales Coutinho – L Como fazer a Fricção Anti-Séptica das Mãos com Preparações Alcoólicas: Duração 20 à 30s Os seguintes comportamentos devem ser EVITADOS: Uso simultâneo de sabonete líquido e água e produtos alcoólicos Uso de água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água Calçar luvas com as mãos molhadas, uma vez que isso pode causar irritação Higienizar as mãos além das indicações recomendadas Uso de luvas fora das recomendações Os seguintes princípios deve ser SEGUIDOS: Friccionar as mãos até a completa evaporação da preparação alcoólica Secar cuidadosamente as mãos após lavar com sabonete líquido e água Manter as unhas naturais, limpas e curtas Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes Aplicar regularmente um creme protetor para as mãos (uso individual). Lembre-se: “Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura” não é uma escolha, mas um direitobásico de cuidado dos pacientes. Mãos limpas evitam o sofrimento e salvam vidas”.
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