Buscar

AULA 01 - CONCEITOS INICIAIS

Prévia do material em texto

Mariana Politti Manzatto
Plano de recuperação 
de áreas degradadas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CRB 8a/6189)
Manzatto, Mariana Politti
 Plano de recuperação de áreas degradadas / Mariana Politti 
Manzatto. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2018. (Série 
Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-2562-8 (ePub/2018)
 e-ISBN 978-85-396-2563-5 (PDF/2018)
 1. Gestão ambiental 2. Meio ambiente 3. Planejamento ambien-
tal 4. Reabilitação e restauração de áreas degradadas 5. Planos de 
Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs) I. Título. II. Série.
18-853s CDD-363.7
 658.408
 BISAC BUS099000
 NAT011000
Índice para catálogo sistemático
1. Gestão ambiental 658.408
2. Meio ambiente 363.7
3. Meio ambiente : Reabilitação e restauração 
de áreas degradadas 363.7
4. Meio ambiente : Planos de Recuperação de 
Áreas Degradadas (PRADs) 363.7
M
at
er
ia
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.
PLANO DE RECUPERAÇÃO 
DE ÁREAS DEGRADADAS
Mariana Politti Manzatto
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
M
at
er
ia
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
Coordenação Editorial/Prospecção 
Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br)
Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br)
Administrativo
João Almeida Santos (joao.santos@sp.senac.br)
Comercial
Marcos Telmo da Costa (mtcosta@sp.senac.br)
Acompanhamento Pedagógico
Ana Cláudia Neif
Designer Educacional
Anny Frida Silva Paula
Revisão Técnica
Marlon Cavalcante Maynart 
Colaboração
Josivaldo Petronilo da Silva
Coordenação de Preparação e Revisão de Texto
Luiza Elena Luchini
Preparação de Texto
AZ Design Arte e Cultura
Revisão de Texto
Bianca Rocha
AZ Design Arte e Cultura
Projeto Gráfico
Alexandre Lemes da Silva 
Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
Natalia Saj Fernandes Pereira
Ilustrações
Natalia Saj Fernandes Pereira
Imagens
iStock Photos
E-pub
Ricardo Diana
Proibida a reprodução sem autorização expressa.
Todos os direitos desta edição reservados à
Editora Senac São Paulo
Rua 24 de Maio, 208 – 3o andar 
Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP
Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486
E-mail: editora@sp.senac.br 
Home page: http://www.editorasenacsp.com.br
© Editora Senac São Paulo, 2018
Sumário
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Capítulo 1 
Conceitos iniciais, 7
1	 Áreas	degradadas, 8
2 Recuperação, restauração 
e	reabilitação, 11
3 Processos de sucessão 
ecológica, 13
4	 Erosão	e	assoreamento, 15
Considerações	finais, 20
Referências, 20
Capítulo 2 
Aplicação dos Planos de 
Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRADs), 23
1	 Determinações	legais, 24
2 Planejamento para uso e 
ocupação, 30
3 Vida útil de empreendimentos 
e	etapas	de	recuperação, 32
4 Aprovação do PRAD pelos 
órgãos	licenciadores, 33
Considerações	finais, 35
Referências, 35
Capítulo 3 
Etapas de um PRAD, 37
1	 Recuperação	de	solo	e	água, 38
2 Revegetação com espécies 
nativas, 39
3 Uso de processos naturais de 
sucessão	ecológica, 41
4 Enriquecimento vegetal e 
aumento	da	biodiversidade, 41
5 Uso de geotecnia e 
geossintéticos, 43
Considerações	finais, 53
Referências, 53
Capítulo 4 
Principais dificuldades de 
implantação, 55
1 Tempo de restabelecimento das 
características físicas e biológicas 
do	solo, 56
2 Condições de desenvolvimento 
das espécies pioneiras, 
secundárias	e	climácicas, 61
3 Recolonização por fauna 
silvestre, 66
4 Monitoramento e 
redirecionamento	do	processo, 70
Considerações	finais, 71
Referências, 72
Capítulo 5 
Recuperação de áreas 
degradadas em setores 
específicos, 75
1	 Setor	minerário, 76
2	 Setor	agropecuário, 82
3 Setor energético, 85
4 Setor de resíduos sólidos, 88
Considerações	finais,	94
Referências, 94
Capítulo 6 
Monitoramento e fiscalização, 97
1 Principais modos de 
monitoramento	e	fiscalização, 98
2 Sistemas de informações 
geográficas	e	
geoprocessamento, 100
3 Análise da efetividade da 
execução	de	PRADs, 103
Considerações	finais, 106
Referências, 106
Sobre a autora, 109
M
at
er
ia
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.
7
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Capítulo 1
Conceitos iniciais
Este capítulo trata dos conceitos iniciais relacionados a áreas de-
gradadas, esclarecendo não só o que é uma degradação ambiental, 
mas também quais são suas causas e consequências. Além disso, são 
abordados	os	significados	dos	conceitos	de	restauração,	recuperação	e	
reabilitação de uma área degradada, visando a uma melhor tomada de 
decisão dependendo do cenário de degradação encontrado. 
8 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.Um dos principais e mais evidentes tipos de degradação ambiental 
é a remoção da vegetação nativa, trazendo sérios danos ao solo, como 
erosão e perda de fertilidade, além de alterar todo o equilíbrio do ecos-
sistema local. Diante disso, é preciso entender o processo de sucessão 
ecológica para o planejamento da recomposição da vegetação suprimi-
da, lembrando que esse processo pode variar de bioma para bioma. 
Identificando o cenário de degradação, bem como suas origens 
e extensões, e sabendo quais são as alternativas mais adequadas 
para a sua correção, elabora-se um Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRAD), que tem o objetivo de documentar os procedi-
mentos a serem executados pelo empreendimento que deu origem 
à degradação, bem como documentar o seu compromisso com a 
recuperação ambiental.
1 Áreasdegradadas
Os PRADs são relatórios técnicos elaborados segundo procedimen-
tos	específicos	contidos	na	legislação	ambiental	e	em	normas	técnicas,	
sob	responsabilidade	de	um	profissional	habilitado	e	entregues	ao	ór-
gão ambiental para aprovação, sendo que os custos referentes ao estu-
do	devem	ficar	às	expensas	do	empreendedor	interessado.	O	relatório	é	
uma forma de compromisso em reparar o dano causado por sua ativi-
dade ao meio ambiente. Ele compõe a documentação necessária para 
o processo de licenciamento de diversas atividades, porém, sendo mais 
conhecido e utilizado no setor de mineração.
O plano de recuperação de área degradada visa elencar todas as 
possíveis degradações do meio em que está ou será operada uma ati-
vidade e com isso propor medidas que visem corrigir ou minimizar os 
danos causados, buscando estimular ou devolver o máximo equilíbrio 
àquele ambiente. 
9Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
A	degradação	ambiental	 acontece	por	meio	das	modificações	 im-
postas pelo homem aos ecossistemas naturais, alterando suas caracte-
rísticas físicas, químicas e biológicas, trazendo prejuízos muitas vezes 
bastante	significativos,	comprometendo	a	qualidade	e	o	equilíbrio	natu-
ral ali existentes.
O conceito de áreas degradadas pode, mesmo assumindo-o como 
um estado negativo de conservação do ambiente, ser entendido de ma-
neiras	diferentes	por	profissionais	de	áreas	distintas.	Tomando	como	
base a matriz solo, um engenheiro civil considera a degradação do solo 
por meio da estrutura física, levando em conta fatores como estabili-
dade, processos erosivos, entre outros. Já o biólogo vê o solo do ponto 
de vista da fertilidade e da quantidade de nutrientes, associando-os a 
sua capacidade produtiva. Então, uma área que pode ser considerada 
degradada para um pode não estar degradada do ponto de vista do ou-
tro.	A	seguir,	será	apresentada	a	definição	dada	pelo	Ibama,	em	que	é	
assumido o conceito de área degradada ou alterada na forma padrão. 
Área degradada: aquela impossibilitada de retornar, por uma trajetó-
ria natural, a um ecossistema que se assemelhe a um estado conhecido 
antes, ou para outro estado que poderia ser esperado; área alterada ou 
perturbada: aquela que, após o impacto, ainda mantém meios de re-
generação biótica, ou seja, possui capacidade de regeneração natural 
(IBAMA, 2011).
Diversas são as formas de danos causados ao meio ambiente, como 
a degradação do solo, da água, do ar e dos recursos bióticos. Da mesma 
maneira, várias são as causas de degradação, sendo a mais acelerada 
e impactante negativamente aquela desencadeada por ação antrópica, 
que é determinada exclusivamente pela ação do homem sobre a natu-
reza. Podemos citar como exemplo a contaminação do solo por vaza-
mento de produtos químicos, a perda de qualidade de um rio causada 
por despejo de esgotos, a compactação do solo provocada pelo manejo 
inadequado de culturas agrícolas, entre outros fatores. 
10 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.Praticamente toda atividade humana causa prejuízos ao meio am-
biente, sendo inúmeras as formas de degradação. Também podemos 
citar algumas atividades que causam efeitos negativos diretos, como 
agricultura insustentável, queimadas, desmatamento, mineração, dis-
posição de resíduos sólidos, supressão de vegetação, compactação do 
solo, erosão, entre outros. Os postos de combustíveis são as maiores 
fontes de contaminação do solo nas áreas urbanas, transformando 
essa atividade na maior causa de degradação ambiental nessas áreas. 
Ainda em relação às áreas urbanas, existem os chamados 
brownfields	 (figura	 1):	 áreas	 industriais	 abandonadas,	 as	 quais	 apre­
sentam riscos potenciais de contaminação do solo e da água com 
produtos químicos e metais pesados, caracterizadas muitas vezes pela 
ausência de responsável pelos danos ali instalados. Essas áreas são 
também conhecidas como áreas mortas (SANCHES, 2014).
Figura 1 – Exemplo de um brownfield
Após entendidos os conceitos de degradação ambiental, bem como 
o que são áreas degradadas e as formas como se manifestam, além 
de conhecer o objetivo da elaboração de um PRAD, é preciso também 
11Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
compreender as distinções entre os conceitos relacionados à recupera-
ção ambiental.
2 Recuperação, restauração e reabilitação
Quando se fala em recuperação de áreas degradadas, deve ser as-
sumido o conceito de restauração ecológica, cujo objetivo seja devolver 
ao meio ambiente um ecossistema equilibrado, capaz de manter-se e 
desenvolver-se sem o auxílio do homem. Dentro dessa ideia, algumas 
definições	sobre	os	procedimentos	de	recuperação	devem	ser	esclare-
cidas, gerando um melhor entendimento conceitual, favorecendo o cor-
reto planejamento e elaboração de um PRAD. Levando isto em conside-
ração,	é	preciso	compreender	o	significado	dos	termos	“recuperação”,	
“restauração”	e	“reabilitação”	de	áreas	degradadas,	que	têm	sido	defini-
dos e utilizados de forma cada vez mais particular nas diversas legisla-
ções	ambientais	e	nas	bibliografias	que	tratam	dos	meios	de	correção	
da degradação ambiental. Esses três termos possuem características 
distintas, mas um mesmo objetivo: transformar uma área degradada 
em uma área não degradada.
O conceito de restauração remete ao objetivo da reprodução das 
condições naturais originais, exatamente antes da alteração ou degra-
dação. Esse procedimento possibilita que o ambiente retorne às suas 
condições físicas, químicas e biológicas originais, estabelecidas antes 
da intervenção antrópica. Por exemplo: uma área de vegetação nativa 
em equilíbrio é suprimida para dar lugar a uma determinada atividade; 
neste caso, o processo de restauração visa devolver exatamente as 
mesmas características de solo e drenagem, o mesmo tipo de vege-
tação, predominantemente as mesmas espécies, e o retorno da fauna 
e	flora	nos	estágios	de	sucessão	no	mesmo	padrão	em	que	se	encon-
travam antes da supressão (BRASIL, 2000).
12 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.Na recuperação, busca-se para o local alterado o retorno das qua-
lidades próximas ao que eram antes das intervenções e, com isso, o 
retorno ao equilíbrio dos processos ambientais. Não é necessário que 
as condições sejam exatamente iguais às originais, mas sim o retorno 
ao equilíbrio ecológico. Podemos citar as áreas degradadas com a ati-
vidade de agropecuária: nesse caso, o processo de recuperação visa 
à implementação de sistemas agrossilvopastoris,1 consorciando dife-
rentes tipos de cultura, respeitando o período de pousio2 do solo e in-
tercalado	com	fragmentos	florestais,	possibilitando	o	retorno	daquele	
ambiente às condições de qualidade do solo, da água e das áreas co-
bertas por vegetação (BRASIL, 2000). 
A reabilitação caracteriza um cenário em que amelhor alternativa 
ou solução para a área degradada é o desenvolvimento de uma ati-
vidade que seja adequada à demanda humana, possibilitando o uso 
diferente e alternativo do solo sem, necessariamente, reproduzir o ce-
nário existente antes da degradação. Um exemplo disso pode ser ca-
racterizado por uma área de aterro sanitário com sua vida útil atingida. 
Dado que essa área jamais voltará a ser como era antes do aterramen-
to dos resíduos, ela poderá ser destinada a outros usos, como parques 
e jardins, espaços vegetados ou até áreas de lazer. A mesma prática 
pode ser observada em atividades de mineração. Considerando um 
cenário de área contaminada, a reabilitação tem a função de promover 
ações de intervenção visando atingir um nível de risco tolerável para 
o uso futuro ou declarado da área (CONAMA, 2009), como descrito na 
figura	2.
1	Agrossilvopastoril:	integração	de	agricultura,	pecuária	e	florestas.
2 Pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por 
no máximo cinco anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou estrutura física do solo. Lei 
no 12.651	de	2012,	Novo	Código	Florestal.
13Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Figura 2 – Ações de restabelecimento do equilíbrio ecológico diferenciadas para cada um dos 
conceitos relacionados à área degradada
Novo uso futuro.
Ex.: remoção de
contaminantes.
De volta ao 
equilíbrio ecológico. 
Ex.: correção da 
fertilidade do solo.
Retorno das 
condições originais. 
Ex.: recomposição 
da mata ciliar.
Área 
degradada
Reabilitação
Recuperação
Restauração
Para a correta elaboração de um PRAD, é preciso investigar com de-
talhes a origem e a fonte do dano, bem como o correto dimensionamen-
to da sua extensão, contribuindo, assim, para a escolha mais adequada 
das medidas propostas de recuperação, restauração ou reabilitação.
Apresentados os conceitos teóricos sobre a degradação ambiental e 
os diferentes processos de recuperação do ambiente a uma forma não 
degradada, somados ao entendimento da função de um PRAD, aborda-
remos como funcionam os processos de sucessão ecológica.
3 Processos de sucessão ecológica
Sucessão ecológica é o processo de desenvolvimento de comuni-
dades, desde a fase inicial, caracterizada pela colonização, formação 
de novo substrato e implantação de espécies pioneiras, passando pela 
fase	intermediária,	até	atingir	o	equilíbrio	final	entre	seus	componentes,	
denominado clímax. Esse processo envolve alterações na composição 
das espécies ao longo do tempo, culminando sempre no aumento da 
diversidade dos organismos. 
14 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.Muitos	são	os	fatores	que	exercem	influência	sobre	a	dinâmica	su-
cessional, tanto bióticos (organismos e matéria viva) como abióticos 
(parcela física e química, sem vida), tornando o meio favorável para o 
desenvolvimento de espécies que se adaptam a determinado clima, re-
levo, solo, disponibilidade hídrica e de nutrientes. 
A sequência de comunidades que vão substituindo umas às outras 
é chamada de série, enquanto as comunidades transitórias são chama-
das de estágios. O processo de sucessão desenvolve-se em três fases, 
conforme	apresentado	na	figura	3:	
Figura 3 – Fases do processo de sucessão ecológica
ECESE
Fase pioneira
SERAL
Fase intermediária
CLÍMAX
Fase final
1
2
3
A vegetação primária é a de máxima expressão local, com grande 
diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, 
a	ponto	de	não	afetar	significativamente	suas	características	originais	
de estrutura e de espécies. Já a vegetação secundária é resultante de 
processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial de 
vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, poden-
do ocorrer remanescentes de vegetação primária, que ainda se sub-
dividem em três estágios de regeneração: inicial, médio e avançado. 
15Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
O estágio inicial de regeneração possui, entre outras características, 
árvores	de	porte	pequeno,	de	até	5	metros	de	altura,	diâmetros	finos	
com espessura de menos de 8 centímetros, além de não serem en-
contradas serrapilheira e trepadeiras, e possui pouca diversidade 
biológica. No estágio médio de regeneração, já é possível observar a 
presença de árvores maiores, chegando a atingir até 15 metros; co-
meçam a aparecer serrapilheira e trepadeiras, bem como o aumento 
da	diversidade	biológica.	Por	fim,	no	estágio	avançado	de	 regenera-
ção,	as	características	da	 formação	florestal	secundária	ficam	mais	
próximas das características de uma vegetação primária, em que as 
árvores chegam a atingir grandes alturas, com grande quantidade de 
matéria	orgânica	e	elevada	diversidade	biológica (CONAMA, 1993). 
No decorrer da sucessão ecológica, percebe-se que ocorre estímulo 
e	aumento	das	relações	interespecíficas	entre	os	organismos,	principal-
mente o mutualismo. Na medida em que a comunidade se aproxima 
do clímax, as relações internas tornam-se cada vez mais complexas e 
indispensáveis. Durante o avanço sucessional, a independência do sis-
tema em relação ao meio externo se dá pelo fechamento do ciclo de 
nutrientes, exemplo disso é o balanço de energia pela fotossíntese e 
respiração. 
4 Erosão e assoreamento
Erosão e assoreamento são os principais tipos de degradação am-
biental que atingem o solo. Também podem ser encontrados em ro-
chas, porém com velocidade muito mais lenta, na maioria das vezes 
não	 trazendo	prejuízos	significativos	ao	meio	ambiente.	Desta	 forma,	
apresentaremos a seguir os principais tipos de degradação de ordem 
física nos solos intimamente ligados, que são a erosão e o assoreamen-
to, pois um é consequência da existência do outro. 
16 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.
4.1 Erosão
Na maioria das vezes, a erosão está associada a algum tipo de 
degradação ambiental, podendo se tornar mais grave na medida em 
que	se	desenvolve.	Pode	ser	classificada	de	várias	maneiras,	como	a	
geológica,	ocorrendo	de	maneira	lenta,	processada	sob	influência	ape-
nas de agentes naturais e tendendo a estabelecer um equilíbrio entre a 
remoção e a formação de solo, não caracterizando assim um impacto 
ambiental negativo. Já a erosão antrópica ocorre de forma acelerada e 
é originada das atividades do homem sobre um determinado ambien-
te, causando prejuízos como perda de quantidade e qualidade do solo, 
nutrientes, fertilidade e estabilidade física. 
A	erosão	é	caracterizada	pela	remoção	das	camadas	superficiais	do	
solo provocada pelas ações da água da chuva (em maior escala) e pela 
ação do vento, envolvendo os processos de degradação física e química, 
fazendo com que o solo seja destacado e transportado para outro am-
biente que não o seu de origem. A erosão pluvial, ou seja,causada pela 
chuva, é motivo de maior preocupação, comparando-se com a erosão 
eólica; esta última geralmente traz prejuízos em compartimentos bas-
tante	específicos	como	a	movimentação	de	dunas	e	em	áreas	de	solo	
bastante arenoso. Por outro lado, a erosão pluvial geralmente transporta 
camadas de solo de forma laminar, ou seja, removendo teores de solo em 
quantidade uniforme por unidade de área. 
A forma de erosão considerada mais severa é a linear, que é caracte-
rizada pela remoção do solo na forma de sulcos, chamados de ravinas, 
onde aparecem caminhos preferenciais de percolação da água de chu-
va cada vez mais evidentes.
Sulcos e ravinas podem dar origem às voçorocas, um tipo de erosão 
linear que atinge necessariamente o lençol freático e começa a aumen-
tar substancialmente suas dimensões de forma lateral, sendo observa-
dos desde alguns buracos nessas regiões até grandes crateras. Existe, 
17Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
também,	um	tipo	de	erosão	subterrânea	chamada	pipping, ocorrendo de 
forma que a água que percorre o solo acaba removendo partículas para 
outros horizontes ou compartimentos, provocando o aparecimento de 
pequenos	túneis	no	subsolo.	As	figuras	4	e	5	ilustram	os	tipos	de	erosão	
em sulcos e a erosão em voçoroca (ARAUJO; ALMEIDA; GUERRA, 2008).
Figura 4 – Erosão em sulcos ou ravinas Figura 5 – Erosão do tipo voçoroca
A erosão também pode ocorrer ao longo das margens dos rios, em 
que	a	alta	velocidade	do	fluxo	d’água	acaba	 levando	parte	do	material	
sólido das margens desprotegidas. Os processos erosivos são bem mais 
pronunciados em solos sem cobertura vegetal e com maior grau de decli-
vidade. Os impactos mais comuns associados à erosão são a diminuição 
na qualidade e na quantidade do solo, assim como a redução de nutrien-
tes e fertilidade, além de problemas de estabilidade. 
Dentre	os	fatores	que	mais	influenciam	os	processos	erosivos,	po-
demos citar a erosividade (determinada pela intensidade da chuva), a 
erodibilidade (determinada pela característica do solo), a declividade do 
terreno, além do uso e da ocupação do solo na região. 
Atualmente, é possível determinar a perda de solo por erosão lami-
nar. Existe um modelo empírico que calcula quantas toneladas de solo 
são removidas pela erosão em uma determinada área. Esse modelo é 
conhecido como Equação Universal de Perda do Solo (Universal Soil 
Loss Equation – USLE), em que A = R * K * L * S * C * P, sendo:
• A: perda anual de solo em toneladas por hectare por ano;
• R: fator de erosividade climática, determinado pela chuva;
18 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
. • K: fator de erodibilidade do solo;
 • L: comprimento do declive;
 • S: declividade;
 • C: fator de uso e manejo do solo;
 • P: fator antrópico. 
Com base nisso, a perda de solo pode ser dividida em classes 
de erosão:
 • A < 3: muito baixa;
 • 3 < A < 5: baixa;
 • 5 < A < 10: tolerável;
 • 10 < A < 15: alta;
 • A > 15: severa.
Esse modelo de previsão de perda de solo por erosão laminar pas-
sou a ser muito utilizado em estudos no Brasil, pois possibilita a adap-
tação dos valores do manejo do uso do solo e fatores antrópicos, que 
geralmente variam de região para região. Além disso, tem sido o mo-
delo universal mais adotado para esse tipo de estimativa. 
PARA SABER MAIS 
Para mais detalhes, consulte a página 92 do livro Gestão ambiental 
de áreas degradadas, dos autores Gustavo Henrique de Sousa Araujo, 
Josimar Ribeiro de Almeida e Antonio José Teixeira Guerra (2008).
 
19Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
A USLE é muitas vezes utilizada conjuntamente com softwares de 
sistemas	de	informações	geográficas	(SIG),	aliando­se	à	contextualiza-
ção espacial e temática somada à coleta de dados em campo. Um exem-
plo prático é o estudo realizado no município de Paraíso das Águas, no 
Mato Grosso do Sul, em que, com o modelo matemático USLE, associa-
do ao uso do software gratuito QGIS 2.0 (QGIS Development Team), foi 
verificada	a	perda	de	solo	para	diferentes	regiões,	chegando­se	à	con-
clusão de que aproximadamente 91% do território apresentou erosão 
nula ou moderada; em contrapartida, apenas 0,28% do território estuda-
do apresentou erosão severa, possibilitando assim a espacialização de 
áreas com menor ou maior susceptibilidade erosiva. Ainda foi possível 
a confecção de diferentes mapas a partir do fator adotado, sendo de-
clividade, cobertura e uso do solo, erosividade, entre outros, levando-se 
em consideração cada um dos fatores para a elaboração dos diferentes 
mapas (BARBOSA et al., 2015). 
Outro estudo de aplicação da Equação Universal de Perda do Solo foi 
realizado na Bacia do Igarapé da Prata, no Pará, obtendo como resultados 
valores elevados de perda de solo mesmo em região de relevo plano, com 
solo de erodibilidade média e prática conservacionista relacionada a cor-
dões de vegetação permanente. Os altos valores de perda de solo foram, 
então, derivados da intensa antropização da área e da alta erosividade 
das chuvas intensas que normalmente ocorrem nessa região (GOMIDE; 
BLANCO; SOARES, 2010). 
4.2 Assoreamento
O assoreamento também é um problema de degradação ambiental 
e ocorre sempre como consequência do processo erosivo, uma vez que 
o solo removido, transportado de um local onde ocorreu erosão, acaba 
sendo depositado em outro local, na maioria das vezes em rios e lagos, 
causando o acúmulo de sedimentos, caracterizando o assoreamento. 
20 Plano de recuperação de áreas degradadas Ma
te
ria
l p
ar
a 
us
o 
ex
cl
us
ivo
 d
e 
al
un
o 
m
at
ric
ul
ad
o 
em
 c
ur
so
 d
e 
Ed
uc
aç
ão
 a
 D
is
tâ
nc
ia
 d
a 
Re
de
 S
en
ac
 E
AD
, d
a 
di
sc
ip
lin
a 
co
rre
sp
on
de
nt
e.
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
 e
 o
 c
om
pa
rti
lh
am
en
to
 d
ig
ita
l, s
ob
 a
s 
pe
na
s 
da
 L
ei
. ©
 E
di
to
ra
 S
en
ac
 S
ão
 P
au
lo
.Dentro do próprio corpo hídrico, o transporte do sedimento pode ain-
da continuar por processos de suspensão, arraste e saltação, podendo 
ser depositado em locais bem distantes da sua origem. 
Os principais problemas relacionados ao assoreamento são: aumen-
to da turbidez da água, perda de volume do reservatório, redução de pro-
fundidade que provoca cheias mais frequentes, além de deterioração da 
qualidade das águas, retenção de poluentes quando carregados junto 
com	o	solo	e	também	perda	de	eficiência	das	obras	hidráulicas.	
Considerações finais
Este capítulo abordou os conceitos iniciais referentes à recuperação 
de áreas degradadas, contribuindo para a um melhor entendimento so-
bre	 como	 iniciar	 a	 elaboração	de	 um	PRAD,	 com	a	 identificação	dos	
cenários e suas variáveis, para que se prossiga na sua correta elabora-
ção.	Para	isso,	é	preciso	entender	o	que	significa	e	como	se	manifesta	
a degradação ambiental, quais são suas origens e qual é sua extensão 
e	evolução	no	tempo,	bem	como	o	que	significa	restaurar,	recuperar	e	
reabilitar um ambiente, entendendo também como ocorre o processo 
de sucessão ecológica, no caso de ambientes onde a vegetação natural 
foi suprimida. 
A elaboração de um PRAD deve ser baseada em procedimen-
tos normativos e legais que podem variarde empreendimento para 
empreendimento. Esses aspectos legais relativos à elaboração de um 
PRAD serão tratados no próximo capítulo.
Referências
ARAUJO, Gustavo Henrique de Sousa; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de; GUERRA, 
Antonio José Teixeira. Gestão ambiental de áreas degradadas. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
21Conceitos iniciais
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
BARBOSA, Amanda Fernandes et al. Aplicação da Equação Universal de 
Perda do Solo (USLE) em softwares livres e gratuitos. Anuário do Instituto de 
Geociências, v. 38, p. 170-179, 2015.
BRASIL. Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, inci-
sos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União. 
2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm>. 
Acesso em: 23 abr. 2018.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Ministério do Meio 
Ambiente. Resolução no 10, de 1o	de	outubro	de	1993.	Estabelece	os	parâme-
tros	básicos	para	análise	dos	estágios	de	sucessão	da	Mata	Atlântica.	Diário 
Oficial da União. 1993. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/
legiabre.cfm?codlegi=135>. Acesso em: 23 abr. 2018.
_____. Ministério do Meio Ambiente. Resolução no 420, de 28 de dezembro de 
2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto 
à	presença	de	substâncias	químicas	e	estabelece	diretrizes	para	o	gerencia-
mento	 ambiental	 de	 áreas	 contaminadas	 por	 essas	 substâncias	 em	 decor-
rência de atividades antrópicas. Diário Oficial da União. 2009. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620>. Acesso 
em: 23 abr. 2018.
GOMIDE, Igor S.; BLANCO, Claudio J. C.; SOARES, Rodolfo Shinji Sato. Aplicação 
do modelo USLE para estimar a perda de solo da Bacia do Igarapé da Prata em 
Capitão Poço. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE SEDIMENTOS, 
9., 2010. Brasília, DF. Anais... Brasília, DF: Associação Brasileira de Recursos 
Hídricos (ABRH), Embrapa Cerrados, Universidade de Brasília, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS 
RENOVÁVEIS (IBAMA). Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa no 4, 
de 13 de abril de 2011. Estabelece procedimentos para elaboração de Planos de 
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD ou Áreas Alteradas. Diário Oficial 
da União. 2011. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exi-
belink.php?numlink=216807>. Acesso em: 23 abr. 2018.
SANCHES, Patrícia Mara. De áreas degradadas a espaços vegetados. São 
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=135
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=135
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=216807
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=216807
	Capítulo 1
	Conceitos iniciais
	1	Áreas degradadas
	2	Recuperação, restauração e reabilitação
	3	Processos de sucessão ecológica
	4	Erosão e assoreamento
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 2
	Aplicação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas - PRADS
	1	Determinações legais
	2	Planejamento para uso e ocupação
	3	Vida útil de empreendimentos e etapas de recuperação
	4	Aprovação do PRAD pelos órgãos licenciadores
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 3
	Etapas de um PRAD
	1	Recuperação de solo e água
	2	Revegetação com espécies nativas
	3	Uso de processos naturais de sucessão ecológica
	4	Enriquecimento vegetal e aumento da biodiversidade
	5	Uso de geotecnia e geossintéticos
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 4
	Principais dificuldades de implantação
	1	Tempo de restabelecimento das características físicas e biológicas do solo
	2	Condições de desenvolvimento das espécies pioneiras, secundárias e climácicas
	3	Recolonização por fauna silvestre
	4	Monitoramento e redirecionamento do processo
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 5
	Recuperação de áreas degradadas em setores específicos
	1	Setor Minerário
	2	Setor agropecuário
	3	Setor energético
	4	Setor de resíduos sólidos
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 6
	Monitoramento e fiscalização
	1	Principais modos de monitoramento e fiscalização
	2	Sistemas de informações geográficas e geoprocessamento
	3	Análise da efetividade da execução de PRADs
	Considerações finais
	Referências