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VIAS DA DOR, LIMIAR, MODULAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

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1) DESCREVER AS VIAS DA DOR, RECEPTORES E 
NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS. 
A transmissão da sensação de dor decorre do processo de excitação e sensibilização de 
receptores chamados terminações nervosas livres, responsáveis pela sensação dolorosa. 
São duas sensações de dor, a Rápida (ou pontual, ou dor em agulhada, ou dor aguda e ou 
elétrica), e a dor Lenta (pulsátil, persistente, crônica, nauseante e ou queimação). 
A dor rápida, é sentida quando há queimadura, corte ou choque elétrico na pele, e não é 
sentida nos tecidos mais profundos. 
A dor lenta, relacionada a destruição tecidual, celular, ocorre ne região de pele, maioria 
dos órgãos e tecidos profundos. 
Os receptores (terminações nervosas livres) estão dispersos além da pele, no periósteo, 
parede de artérias, superfícies articulares e a foice, tentório da abóboda do crânio e tecidos 
profundos. Esses receptores não possuem adaptação rápida ou nem se adaptam, possuem 
aumento da sensibilidade (hiperalgesia). 
-Estímulos a dor: 
 -Dor rápida: geralmente estimulações mecânica e térmica. 
 -Dor crônica: excitada por estímulo mecânico, térmico e químico. 
A dor química é desenvolvida geralmente na dor lenta (crônica) na maioria das vezes por 
lesão tecidual que é como isquemia, dor estimulada por bradicinina, serotonina, 
histamina, íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas proteolíticas. Essa dor é 
sensibilizada por prostaglandinas e substância P. 
Quanto a temperatura, a pele humana começa a ter lesão tecidual com temperaturas a 
baixo dos 5º C e a cima dos 45ºC, e a dor sentida está relacionado ao dano q ocorreu e a 
intensidade do evento e, ainda, relacionada a processos posteriores como infecção que 
provocam a estimulação química. 
A dor química, está diretamente relacionada aos produtos presentes nas células dos 
tecidos. Entre eles temos, a bradicinina que acredita-se ser a responsável pela indução da 
dor após o dano, já a intensidade relaciona-se a maior nível de íons potássio, enzimas 
proteolítica, que proporcionam excitação das terminações nervosas por tornarem as 
membranas desses receptores mais permeáveis a íons causadores de despolarização. 
Em relação ao processo isquêmico, aponta-se para o acúmulo de ácido láctico nos tecidos 
pelo processo anaeróbico, como responsável pela excitação dos receptores, além de, 
bradicinina e enzimas proteolíticas. 
VIAS: 
Ambas as vias terminam no corno dorsal da medula espinal, para então realizar o 
processamento da dor para o SNC. 
-RÁPIDA: fibras Aδ tipo pequeno, com velocidade de transmissão de 6 a 30m/s dos 
nervos periféricos para a medula espinal. Em dor súbita, essa dor possui função de avisar 
sobre o perigo, já que, as duas vias são acionadas. VIA NEOESPINOTALÂMICA, as 
fibras Aδ terminam na Lâmina I (marginal) no corno dorsal, e partir daí excitam a segunda 
ordem de neurônios que cruzam a comissura anterior para o LADO OPOSTO e 
prosseguem pelas colunas anterolaterais. A maioria das fibras seguem até o tálamo no 
complexo ventrobasal (caminho seguido também pelas sensações táteis pela coluna 
dorsal-lemnisco medial), algumas fibras finalizam-se no grupo nuclear posterior do 
tálamo, na qual enviam informações para o córtex somatossensorial, algumas fibras 
terminam na formação reticular. Quanto a capacidade de localização, quando somente 
receptores para dor são estimulados, fica difícil reconhecer com precisão o local do dano, 
isso só ocorre quando receptores táteis do trato coluna dorsal-lemnisco medial também 
são ativados. O GLUTAMATO pode ser o neurotransmissor responsável pela progressão 
da informação já que ele é amplamente utilizado pelo SNC para excitação e tem rápida 
atividade na fenda sináptica. 
 
-LENTA: fibras tipo C, promovem a transmissão da dor geralmente pelo tipo químico, 
com velocidade de 0,5 a 2m/s. VIA PALEOESPINOTALÂMICA, as fibras desta dor em 
sua maioria terminam nas Lâminas II e III dos cornos dorsais, onde realizam sinapse com 
neurônios curtos que terminam na Lâmina V, onde realiza-se sinapse com axônios longos 
que cruzam a comissura anterior, e seguem pela via anterolateral da medula espinal em 
direção ao encéfalo. A maioria das fibras se encerram no tronco cerebral, poucas (1/10 a 
¼) das fibras seguem até o tálamo. No tronco cerebral os axônios se encerram nos núcleos 
reticulares do bulbo (região que filtra informações relevantes de irrelevantes e as 
transmite ao córtex cerebral), na área tectal do mesencéfalo e na região cinzenta 
periaquedutal (modulação descendente da dor e comportamento defensivo). Dessas 
regiões alguns neurônios transmitem através dos núcleos intralaminar e ventrolateral do 
tálamo informação da dor para o hipotálamo e outras regiões encefálicas. A localização 
dessa dor é imprecisa por ter conectividade multissináptica difusa. Acredita-se que pela 
maior conectividade com o tronco encefálico pela formação reticular e com o tálamo, a 
consciência da dor esteja mais vinculada a estas regiões, enquanto que o córtex 
somatossensorial, esteja mais relacionado a qualidade da dor. Áreas reticulares e núcleos 
intralaminares promovem atividade neural encefálica, fazendo parte do sistema de alerta, 
por isso, é difícil um indivíduo dormir ao desenvolver dor crônica. 
 
Obs.: Cordotomia, cirurgia realizada para diminuir dor grave e intratável, na qual vias 
neurais são cortadas em alguns pontos. 
 
Região das lâminas do corno dorsal, da comissura anterior e via anterolateral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) ENTENDER O LIMIAR DA DOR. 
 
É essencial que uma força que ultrapasse um determinado nível para acionar a 
dor, assim, algumas formas de contato são percebidas pelo indivíduo, porém, não 
ocasionam dor. Para que ocorra a dor, é necessário que o contato ultrapasse um 
limiar, uma intensidade, para que o cérebro passe a perceber aquele estímulo como 
dor. Essa forma de sensibilização está presente em todo os sujeitos como parte 
normal do Sistema Nervoso. Como exemplo, o contato com a água, é percebido 
que trata-se de um liquido, como parte da propiocepção, mas, quando essa água 
ultrapassa extremos como 5ºC ou 45ºC, nociceptores térmicos são estimulados. 
Esses estímulos aferem pelas terminações nervosas rápidas mielinizadas (A) e 
não-mielinizadas. A PGI2, por exemplo, quando presente diminui o limiar da dor 
pelas terminações nervosas, ocasionando potencialização do sintoma, evento esse 
diminuído com uso de anti-inflamatórios não esteroidais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) CARACTERIZAR OS MECANISMOS DE SENSIBILIZAÇÃO E 
MODELADORES DA DOR. 
MODULADORES: 
Três regiões, Áreas Periventricular e da 
substância cinzenta Periaquedutal do 
mesencéfalo e região superior da Ponte 
próximos ao aqueduto de Sylvius e regiões do 
terceiro e quarto ventrículo possuem 
neurônios que enviam sinais ao Núcleo 
Magno da Rafe, inferior a Ponte e superior ao 
Bulbo, ao Núcleo Reticular 
Paragigantocelular laterl ao Bulbo. Desses 
núcleos neurônios transmitem sinais pelas 
colunas dorsalaterais da medula espinal para 
o Complexo Inibitório da Dor, nos Cornos 
Dorsais. Nessa região dos cornos dorsais 
podem haver inibição do sinal de dor para o 
encéfalo. 
A excitação da área cinzenta periaquedutal, núcleo magno da rafe, e de áreas encefálicas 
que excitam substancia cinzenta periaquedutal, como os núcleos periventriculares do 
hipotálamo (próximo ao 3º ventrículo) e fascículo prosencefálico medial (hipotálamo), 
podem suprimir dores fortes. Encefalina secretada por fibras dos núcleos 
periaventriculares, da substância cinzenta periaquedutal e por fibras no núcleo magno da 
rafe. Dessa área enviam sinais para os cornos dorsais, na qual secretam serotonina, que 
promove secreção de encefalina no corno dorsal, sendo a encefalina a provável inibição 
da dor nas sinapses das fibras Aδ e C. 
Encefalinas no tronco cerebral: leuencefalina e metencefalina. Outras substâncias 
opioides:beta-endorfina (hipotálamo e hipófise), dinorfina(mesmas regiões que 
encefalina, porém, em menor quantidade). 
 
Conteúdo 2: 
Conjunto de mecanismos que inibem ou amplificam os potenciais nociceptivos, em nível 
central ou periférico. Dentre esses, o corno posterior da medula espinhal é a região mais 
importante e relevante para que ocorra estes mecanismos. Os sistemas inibitórios 
descendentes se localizam em quatro regiões do Sistema Nervoso Central: Sistema 
Cortical e Diencefálico, Sistema Mesencefálico (Substância Cinzenta Pariaquedutal e 
Periventricular), Núcleos Adjacentes e da Rafe Mediana e Corno Posterior da Medula 
Espinhal. Todas estas regiões comunicam-se. Núcleo da Rafe Mediana recebe impulsos 
excitatórios da substância cinzenta periaquedutal e envia fibras adrenérgicas e 
serotonérgicas para o corno posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PAG, ativa um sistema inibidor de dor endógena, mediada por opióides nas entradas 
nociceptivas. Essa região recebe entradas de neurônios ascendentes do corno espinhal. A 
mediação da dor ocorre principalmente por conexões reciprocas com a medula 
rostroventromedial (RMV). O RMV inclui o núcleo serotoninérgicos rafe magnu (NRM), 
núcleo reticular gigantocelular – para e alfa e núcleo paragiganto-celular lateral, ele 
recebe insumos do tálamo, região parabraquial e locus coeruleus noradrenérgico, projeta-
se ao corno dorsal espinal. Opióides inibem células o n-off e excitam on-cell, que produz 
analgesia. RMV libera serotonina nos cornos dorsais da coluna, nos terminais das 
projeções diretas ou interneurônios espinhais. A 5- hidroxitriptamina espinal (5-HT) pode 
ser pronociceptiva ou antinociceptiva, dependendo do receptor. Sendo antinociceptivo 5-
HT1A, 5-H1B, 5-HT1D e 5-HT7. 
São moduladores da dor, peptídeos opioides, monoaminas, neurotensina e aminoácidos 
excitatórios. 
-PEPTÍDEOS OPIOIDES: dinorfina, β-endorfina e encefalina. Localizados na substância 
cinzenta periaquedutal, opioides e estimulação elétrica nesse local, provoca analgesia. 
Ainda, encefalinas estão localizadas no núcleo da rafe e núcleos adjacentes. Neurônios 
Encefalinérgicos, Dinofinérgicos e receptores opioides estão localizados corno posterior. 
-SEROTONINA: inibitporia. Corpos celulares serotonérgicos localizados nos núcleos da 
rafe e bulbopontinos, enviando axônios para regiões corticais, diencefálicas e medular, 
principalmente nas lâminas I, II, V, VI, VII. 
-NORADRENALINA: corpos celulares noradrenérgicos são localizados nos núcleos 
pontobulbares, locus cerúleo e núcleos subcerúleos, alcançando medula espinhal em 
lâminas I, II, IV, VI e X. atividades espinhais gerenciadas por receptores alfa-2 e supra-
espinhais por receptores alfa-1 e alfa-2. Projeções descendentes para os cornos dorsais 
surgem de A5 do locus coeruleus (A6) e do núcleo noradrenergico pontinho de Kölliker-
Füse (A7), que se comunicam com o RMV e o PAG, e liberam noradrenalina no loquido 
cefalorraquidiano da coluna, produzindo antinocepção por ativar receptores alfa e p-
adrenérgicos. 
-AMINOÁCIDOS EXCITATÓRIOS: alguns neurônios excitatórios da substância 
cinzenta periaquedutal projetam-se no 
bulbo rostral ventromedial, mas 
promovem resposta antinocicepção. 
-NEUROTENSINA: localizada nos 
neurônios que projetam-se da 
substância cinzenta periaquedutal até o 
bulbo rostral ventromedial, com 
atividade antinociceptiva. 
- ÁCIDO γ-AMINOBUTÍRICO 
(GABA): terminações do GABA estão 
localizadas no bulo rostral 
ventromedial, diminuindo atividade na 
substância cinzenta periaquedutal 
mesencefálica, núcleo magno da rafe e 
núcleo reticular gigantocelular. 
Quando ativado a substancia cinzenta 
periaquedutal (PAG) e também de áreas 
bulbares por aminoácidos excitatórios 
(Peptídeos opioides) promove a 
ativação de um fluxo inibidor 
descendente bulboespinhal que possui 
como mediadores serotonina e 
noradrenalina, liberadas por 
terminações nervosas espinhais. A 
PAG é região cerebral antinocicepção, 
região está abundante em endorfinas, 
encefalinas e receptores opioides. 
Opioides endógenos, promovem 
desinibição na PAG, bloqueiam a 
inibição provocada pelo GABA. 
 
 
SENSIBILIZAÇÃO: 
Sensibilização Periférica: atividade neural nos nociceptores. Ocorre pela liberação de 
substâncias por lesão local e pela atividade do sistema imune nessa região também, que 
gera uma sopa inflamatória (bradicinina, ácido araquidônico, histamina, serotonina, 
prostaglandinas, etc.). Essas moléculas, agem nos receptores, ativando, inibindo ou 
facilitando a despolarização de terminações nervosas nociceptivas, promovendo um sinal 
elétrico nociceptivo. Prótons H+ resultantes da lesão tecidual, a adenosina trifosfato 
(ATP) e a adenosina, ligam-se aos receptores nas membranas dos nociceptores, 
despolarizando-os, gerando um sinal nociceptivo. Canais iônicos P2X2 do ATP, canais 
iônicos sensíveis a acidez – ASIC para próton H+ geram essa despolarização. Já, 
serotonina, histamina, bradicinina e prostaglandinas diminuem sensibilidade, diminuem 
o limiar do nociceptor, aumentando a resposta a dor. Esses receptores não possuem em 
sua estruturas canais iônicos, são ligados a proteína G, que promove segundos 
mensageiros, Fosfolipase C, Proteína Cinase C (PKC) ou adenociclase, Proteína Ciclase 
A (PKA), que sensibilizam os nociceptores, fosforilam seus canais iônicos depdnentes de 
voltagem. A presença de Fatores de Crescimento (NGF e GDNF) na sopa inflamatória, 
faz com eles se liguem a receptores nociceptivos (TrkA e GNDFRa1) ocasionando uma 
transdução lenta que internaliza complexo neurotrofina receptor, e uma transdução que 
altera canais iônicos e devida localização na membrana pela fosforilação de outros 
receptores de membrana. Complexo NGF-TrkA é transportado até o núcleo do 
nociceptor, que promove a transcrição de mais receptores para as terminações 
nociceptivas. Receptores TRP estão envolvidos na despolarização da memebrana, um 
subtipo TRPV1 pode estar relacionado a transdução de estímulos nóxicos químicos como 
a acidez e térmicos provocando hiperalgesia térmica, TRPV3 e 4 relacionados a 
sinalização de temperaturas mornas, TRPM8 sinaliza o frio e TRPA1mecanossensitivo. 
A sensibilização central ocorre em região de tálamo, córtex sensitivo primário e 
principalmente medula espinal, provocada pela atividade de nociceptores, que geram uma 
hiperexcitabilidade na região da coluna espinhal. Um efeito importante na sensibilização 
da dor, é o Wind-up, que promove aumento progressivo de disparos dos neurônios do 
corno posterior pela ativação de baixa frequência das terminações nervosas nociceptivas, 
resultando em efeito somativo. Esses mecanismo ocorre pela ativação de receptores de 
cálcio tipo L dependentes de voltagem e rmeoção de Mg2+ dos receptores N-metil-
aspartato (NMDA) (subtipo de receptor de glutamato), que induz expressão de genes 
rápidos que promovem maior sensibilização. 
A potenciação a longo termo da dor (LTP), aumento duradouro da potência sináptica em 
fibras aferentes primarias C e Ad e neurônios espinhais da lâmina 1, esses neurônios 
participam da hiperalgesia após inflamação ou dor neuropática. Conforme cicatrização, 
diminui a sensibilização. 
O SNC apresenta mudanças estruturai e funcionais, chamadas de palasticidade. Fibras 
amielínicas C terminam nas camadas superficiais do corno posterior e elas transmitem a 
sensibilização ao SNC. Aumentando responsividade a impulsos aferentes, diminui limiar, 
descargas longas com estímulos repetidos e aumenta campos receptivos periféricos dos 
neurônios do corno dorsal. Isso leva a sentimentos de dor por mecanorreceptores debaixo 
limiar, por fibras Aβ. Glutamato e Aspartato, neurotransmissores liberados nos terminais 
aferentes primários, muito encontrados no gânglio dorsal, que atuam em receptores de 
aminoácidos e taquicininas. Esses neurotransmissores excitatórios,ativam receptores 
AMPA, que são envolvidos na localização e quantificação da dor. Receptores NMDA, 
ativados por aspartato e modulados por substância P, atuam rapidamente. Receptores 
neurocininas (NK1, NK2 e NK3) ativados pelas taquicininas no corno dorsal, acoplados 
a proteína G. Substância via NK1 e neurocinina via NK2. NMDA e Neurocininas 
sensibilizam neurônios do corno posterior. 
Glutamato pelos aferentes primários, ativa receptores AMPA. Estimulação frequente e 
intensa ativa também NMDA. Isso, desloca o magnésio que bloqueia esses receptores, 
permitindo entrada de cálcio, prolongando despolarização levando ao Wind-up. Esse 
aumento do cálcio, transduz cascata intracelular e leva a alterações de propriedades 
funcionais nos neurônios nociceptivas, ativa ainda, óxido nítrico sintetase (NOS) que 
promove liberação de glutamato e altera genes do corno posterior da medula, proto-
oncogenese. 
Proto-oncogeneses c-fos e c-jun, encontrados nas lâminas I, II e V na medula espinhal, 
acredita-se que eles interajam com opioides, sobre expressão dos genes de pré 
proencefalina e prodinorfina, sintetizando dinorfinas, gerando atividade antinociceptiva. 
Receptores NMDA fosforilam tirosina que age como mantenedor da hipersensibilidade 
por inflamação. NDMA principal sensibilizador do corno posterior, dmiminui limiar, 
aumenta impulsos aferentes, etc. 
 
Sensibilização Central: atividade nos neurônios do SNC;

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