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RESUMO SOBRE DENGUE

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O vírus dengue é classificado como um 
arbovírus mantendo-se na natureza pela 
multiplicação em mosquitos hematófagos do gênero 
Aedes. É um vírus RNA, pertencem à família 
Flaviviridae, a mesma do vírus da febre amarela. 
Existem quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 
e DENV-4, e todos podem causar tanto a forma 
clássica da doença, quanto formas mais graves. 
É uma doença sazonal, ocorrendo com 
maior frequência em períodos quentes e de alta 
umidade, já que tais condições favorecem a 
proliferação do mosquito transmissor 
Ciclo de Transmissão 
Há o início quando o mosquito Aedes aegypti, vetor 
da doença, pica uma pessoa infectada que está no 
período de viremia (vírus no sangue) > este período 
de viremia começa um dia antes do surgimento da 
febre e vai até o sexto dia de doença > O vírus 
multiplica-se no intestino médio do vetor e infecta 
outros tecidos chegando finalmente às glândulas 
salivares. Uma vez infectado o mosquito é capaz de 
transmitir enquanto viver > Uma vez infectada a 
fêmea do mosquito inocula o vírus junto com a sua 
saliva ao picar a pessoa sadia > Depois de inoculado 
no hospedeiro humano, o vírus entra nas células, se 
replica, produz genitores virais e se inicia, então, a 
fase de viremia, com posterior distribuição do vírus 
para todo o organismo. 
A replicação viral estimula os monócitos e, 
indiretamente, linfócitos a produzirem citocinas. 
Algumas delas vão ter efeito pró-inflamatório e vão 
ser responsáveis pelo aparecimento de sintomas 
como a febre. Outras estimulam a produção de 
anticorpos, que se ligam aos antígenos virais 
formando Imunocomplexos. 
 Os anticorpos IgM anti-dengue começam a 
ser produzidos a partir do quinto e sexto dia. Eles 
são capazes de neutralizar o vírus de forma que seu 
aparecimento marca o declínio da viremia. 
 Os anticorpos IgG anti-dengue surgem após 
um período de sete a 10 dias de evolução, sobem 
muito na convalescença e voltam a cair, persistindo 
em títulos baixos por toda a vida, conferindo 
imunidade sorotipo específica. Na infecção 
secundária, devido os linfócitos de memória, a 
produção de IgG começa mais precocemente e 
atinge níveis mais elevados. 
Período de Incubação 
A transmissão compreende dois ciclos: um 
intrínseco, que sucede no ser humano, e outro 
extrínseco, no vetor. 
O período de incubação intrínseco da dengue 
ocorre, em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4 a 10 
dias. 
Aspectos clínicos 
A infecção pelo vírus da dengue pode ser desde 
assintomática até ocasionar doença grave que 
coloque em risco a vida do paciente. 
 Infecção primária x infecção secundária: 
O risco de doença grave na infecção secundária é 
maior do que na infecção primária. Isso ocorre, 
porque na infecção primária o paciente produz 
anticorpos que são neutralizantes para o sorotipo 
específico dessa infecção (imunidade homóloga) e 
que vão permanecer por toda a vida. Porém, esses 
anticorpos vão conferir proteção contra os outros 
sorotipos (imunidade heteróloga) por apenas alguns 
meses (três a seis meses). Depois desse período, se 
o paciente for infectado por sorotipo de vírus 
diferente daquele que ocasionou a infecção primária, 
esses anticorpos ligam-se ao vírus, mas não 
conseguem neutralizá-lo. 
Idade 
O risco de febre hemorrágica da dengue diminui 
com o aumento da idade, principalmente após os 11 
anos 
 
Dengue 
Fatores genéticos 
Estudo realizado em Cuba mostrou que a FHD 
ocorre mais em brancos do que em negros. 
As principais formas clínicas da dengue são: 
 Dengue Clássica: se caracteriza por febre 
alta de início súbito acompanhada de 
manifestações como: cefaleia, dor retro-
orbitária, prostração, mialgia intensa, artralgia, 
anorexia, náuseas, vômitos, exantema e 
prurido cutâneo 
 Dengue com Complicações; 
 Febre Hemorrágica da Dengue: febre ou 
história de febre recente de até 7 dias, 
trombocitopenia (contagem plaquetária 
menor que cem mil), tendências 
hemorrágicas evidenciadas por um ou mais 
dos seguintes sinais: prova do laço positiva, 
petéquias, quimoses ou púrpuras, 
sangramento de mucosas do tgi e outros 
 Choque da dengue (mais grave) 
Classificação da dengue MS/OMS: 
 Grupo A: paciente com dengue clássica 
(“leve”); 
 Grupo B: paciente com dengue com 
sangramentos (induzidos ou espontâneos) e 
com sinais de alarme; 
 Grupo C: paciente com dengue com sinais 
de alarme com ou sem hemorragia; 
 Grupo D: paciente com sinais de choque ou 
com disfunção orgânica. 
Vetor 
O tempo decorrido entre a eclosão do ovo e o 
mosquito adulto é cerca de 10 dias, sendo influenciado 
por fatores como a temperatura, que acelera esse 
processo; 
O ovo do mosquito sobrevive por até um ano fora 
da água, aguardando condições ambientais 
favoráveis para se desenvolver. 
 
Exame 
Exames específicos: 
• Pesquisa de anticorpos IgM por testes 
sorológicos (ELISA) 
• Pesquisa de vírus (tentativa de isolamento 
viral); 
• Pesquisa de genoma do vírus da dengue por 
reação em cadeia da polimerase de 
transcrição reversa; 
• Pesquisa de antígeno NS1; 
• Estudo anatomopatológico seguido de 
pesquisa de antígenos virais por imuno-
histoquímica 
Exames inespecíficos: 
Hematócrito, contagem de plaquetas e dosagem de 
albumina são as mais importantes para o diagnóstico 
e acompanhamento dos pacientes com dengue, 
especialmente os que apresentarem sinais de alarme 
ou gravidade, e dos pacientes em situações 
especiais, como crianças, gestantes, idosos, entre 
outros. 
Prevenção 
 Cuidados relacionados aos reservatórios de 
água; 
 Não olhe apenas “para baixo”, ovos e larvas 
do Aedes também podem ser encontrados 
em bandejas de ar-condicionado e em 
calhas; 
 Descarte pneus velhos, vire garrafas em 
área descoberta de cabeça para baixo, 
elimine pratinhos com água embaixo dos 
vasos de planta 
Curiosidades 
 Houve um estudo desenvolvido pela Fiocruz, 
o qual mostrou que as fêmeas do Aedes 
aegypti têm maior atividade locomotora 
quando estão infectadas pelo vírus da 
dengue. Este teste foi realizado apenas com 
mosquito com sorotipo 2, não há a 
possibilidade de afirmar se a alteração 
verificada no estudo ocorre também com 
mosquitos infectados por outros sorotipos do 
vírus; 
 Aedes infectado vive menos de acordo com 
estudo; 
 No Brasil, o sorotipo 3 do vírus da dengue 
predominou na grande maioria dos estados 
entre 2002 e 2006; 
 Além disso, a fêmea também faz a 
transmissão transovariana do vírus para a sua 
prole, favorecendo a expansão da doença. 
 Não existe transmissão da doença através do 
contato entre indivíduos doenças e pessoas 
saudáveis. 
Objetivos da Vigilância Epidemiológica 
 Investigar oportunamente os óbitos suspeitos 
ou confirmados de dengue, mediante 
identificação de seus possíveis 
determinantes e definição de estratégias 
para aprimoramento da assistência aos casos, 
evitando a ocorrência de novos óbitos; 
 Reduzir a magnitude de ocorrência de 
dengue, por meio da identificação precoce 
de áreas com maior número de casos, 
visando orientar ações integradas de 
prevenção, controle e organização da 
assistência; 
 Monitorar a ocorrência de casos graves de 
dengue e fornecer indicadores 
epidemiológicos que apoiem a definição de 
grupos e áreas prioritárias para uso de novas 
tecnologias de controle, seguras e efetivas 
Definição de caso 
Suspeito 
Indivíduo que resida em área onde se registram 
casos de dengue, ou que tenha viajado nos últimos 
14 dias para área com ocorrência de transmissão de 
dengue. Deve apresentar febre usualmente entre 2 
e 7 dias, e duas ou mais das seguintes manifestações: 
1) Náusea e/ou vômito; 
2) Exantema; 
3) Mialgia e/ou artralgial; 
4) Cefaleia com dor retro-orbital; 
5) Petéquias; 
6) Prova do laço positiva; 
7) Leucopenia 
Também pode ser considerado caso suspeito toda 
criança proveniente de área com transmissão de 
dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 
2 e 7 dias, e sem foco de infecçãoaparente. 
Caso suspeito de dengue com sinais de alarme 
É todo caso de dengue que, no período de 
defervecência da febre, apresenta um ou mais dos 
seguintes sinais de alarme: 
1) Dor abdominal intensa (referida à palpação) 
e contínua; 
2) Vômitos persistentes; 
3) Acúmulo de líquidos (ascites, derrame 
pleural, derrame pericárdico); 
4) Hipotensão postural e/ou lipotimia; 
5) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do 
rebordo costal; 
6) Sangramento de mucosa; 
7) Aumento progressivo do hematócrito 
Caso suspeito de dengue grave 
Todo aquele que apresentar uma ou mais das 
condições abaixo: 
1) Choque devido ao extravasamento grave de 
plasma, evidenciado por taquicardia, 
extremidades frias e tempo de enchimento 
capilar igual ou maior a 3 segundos, pulso 
débil ou indetectável, pressão diferencial 
convergente (sistólica baixa e diastólica alta) 
2) Sangramento grave; 
3) Comprometimento grave de órgãos. 
Caso confirmado 
É todo caso suspeito de dengue confirmado 
laboratorialmente. Nos óbitos, pode-se confirmar por 
imuno-histoquímica 
 
Caso descartado 
Todo caso suspeito de dengue que possui um ou 
mais dos seguintes critérios: 
1) Diagnóstico laboratorial negativo (sorologia 
IgM); 
2) Diagnóstico laboratorial positivo para outra 
doença; 
3) Caso sem exame laboratorial, cujas 
investigações clínica e epidemiológica são 
compatíveis com outras doenças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abaixo seguem os links onde foram encontradas 
todas as informações 
• http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/sobr
eovirus.html 
• https://agencia.fiocruz.br/sites/agencia.fiocruz.
br/files/RM24pag18a31Capa.pdf 
• http://revista.fmrp.usp.br/2010/vol43n2/Simp6
_Dengue.pdf 
• 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gui
a_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf

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