Buscar

AVA - Aula 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMBIENTES VIRTUAIS DE 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Armando Kolbe Júnior 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Na sociedade contemporânea, podemos observar um acelerado 
desenvolvimento tecnológico. Nesse contexto, precisamos compreender os 
Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo e Aprendizagem (SGCA) on-line, mais 
conhecidos como AVA, com um mínimo de conhecimento que permita uma 
atuação livre de medos e crenças, voltada para aprendizagem aberta. É uma 
bagagem que deve ser levada em todas as viagens efetuadas pelos agentes 
educacionais, pelos complexos meandros do ensino e aprendizagem em 
ambientes virtuais ou nos ambientes tradicionais enriquecidos com a tecnologia. 
TEMA 1 – ENSINANDO E APRENDENDO EM AMBIENTES VIRTUAIS 
Seguindo a linha de raciocínio adotada por Saviani (2013), a aplicação de 
diferentes ideias pedagógicas, nos primórdios da transmissão de conhecimentos 
entre os seres humanos, teve início no ambiente familiar. Com o aumento da vida 
social e profissional das pessoas, a educação dos filhos foi entregue para as 
escolas. O centro de discussões saiu do autoritarismo patriarcal e foi parar nas 
mãos e mentes de profissionais que estudaram especificamente sobre a 
educação, dos que agora podem ser mais bem nomeados como “filhos da 
sociedade”. 
Essa evolução ocorrida em um passado não muito distante começou a 
aceitar, ainda que de forma relutante, a intervenção tecnológica. O fator 
resistência inicial foi grande. Na atualidade, é possível pontuar as modificações 
das ideias pedagógicas e a sua aplicação como algo inelutavelmente ligado à 
evolução tecnológica. Essa evolução criou locais de ensinar e aprender 
estabelecidos em ambientes virtuais. Neles, a atividade educacional pode ocorrer 
diuturnamente. Ela não é mais restrita pela necessidade de encontros presenciais. 
Eles podem ocorrer com maior ou menor grau de necessidade, na dependência 
da área de conhecimento envolvida e das necessidades de aplicação 
supervisionada da teoria na prática. 
De acordo com Seeger, Canes e Garcia (2012), foi a partir desse momento 
que a busca de estratégias tecnológicas se uniu à incessante procura de novas 
ideias pedagógicas. Esse momento pode ser considerado como um ponto de 
inflexão importante na diminuição radical do fator resistência pedagógico, até 
 
 
3 
então existente. Os autores consideram importante ressaltar que a simples 
utilização da tecnologia não garante qualidade ao processo educacional em foco. 
Essa garantia pode ser assegurada via uma mudança de práxis, tanto docente 
quanto discente, incentivada pela mudança dos locais tradicionais de ensino e 
aprendizagem: os ambientes virtuais. 
É possível somar a essa recomendação a aceitação das novas formas de 
comunicação exigidas por uma nova geração digital. Segundo Mattar (2017), ela 
apresenta formas diferenciadas que iniciam uma nova era de comportamento no 
relacionamento entre professores e alunos. Segundo Miranda (2015), a ligação 
entre professores e alunos estão em franca decadência, em todos os ambientes, 
nos quais mudanças não estejam em andamento. Isso acontece em todos os 
demais ambientes e não apenas nos ambientes presenciais tradicionais. 
O que está sendo nomeado como novos locais de ensino e aprendizagem 
são as salas de aula eletrônicas. Elas são estabelecidas nos ambientes virtuais 
de ensino e aprendizagem. São citadas na bibliografia pertinente como locais de 
efetivação de momentos não presenciais, que podem ser parciais (no caso da 
efetivação do blended learning – aprendizagem mista) ou totais (no caso da 
efetivação do e-learning – aprendizagem eletrônica). 
Na atualidade, esses locais também são utilizados para ampliação do 
contato entre professores e alunos, em ambientes tradicionais de ensino e 
aprendizagem, na convivência da sala eletrônica com a sala de aula presencial. 
Todos esses ambientes são, então, denominados ambientes de aprendizagem 
(virtuais ou não) enriquecidos com a tecnologia. 
As metodologias inovadoras são desenvolvidas tendo em conta que a 
presença desses ambientes pode incentivar novas formas de ensinar a aprender. 
Elas são caracterizadas por uma mudança significativa no relacionamento entre 
instituições de ensino, corpo administrativo, corpo docente e corpo discente das 
instituições de ensino. São colocadas em marcha iniciativas que recebem um 
nome genérico: aprendizagens ativas. 
Das instituições de ensino, é exigido que elas reconheçam que a escola, 
com a estrutura ainda vigente na atualidade, passa por uma fase de transição 
profunda, mas na qual não se deve abrir mão de ainda continuar, segundo posição 
defendida por Luckesi e Malanga (2009, p. 15) a “[...] sinalizar os caminhos e 
compreender a necessidade de mudança, contribuindo com a produção e 
 
 
4 
transmissão do conhecimento para o desenvolvimento econômico, social e 
cultural da sociedade. 
Ao corpo administrativo, geralmente ausente do conhecimento da evolução 
da aprendizagem on-line e de características diferenciadas de atendimento, se 
coloca como desafio inovar na busca da retenção do aluno e de sua recuperação. 
Agora cabe a eles desenvolver uma parte interna de atividades de tutoria que, se 
não entra em contato direto com o aluno, dá elementos voltados para que os 
professores tutores melhorem a sua ação e prática profissional. 
Para os professores, são imperativas as necessidades das mudanças dos 
relacionamentos de poder com os alunos. É preciso também uma mudança na 
forma de desenvolver sua atividade de ensino, trocada por uma nova forma de 
agir. Nessa perspectiva, ele abandona a transmissão de conteúdos prontos e 
acabados e assume uma posição de orientador, que leva os alunos a uma 
caminhada para a descoberta dos novos conhecimentos. A aceitação da 
efetivação da aprendizagem adaptativa (Bilic, 2015) e da aprendizagem 
significativa (Moreira, 2012) se mostram como inadiáveis. Fato que surge quando 
se tem em mente o aumento da qualidade de ensino, como consequência direta de 
novos comportamentos adotados pelos agentes educacionais que atuam nos AVA. 
Todas as providências citadas até o momento perdem grande parte de sua 
eficácia se o aluno não abandonar o papel de receptor passivo e transformar sua 
atividade em aprendizagem ativa. É uma atitude que pode o levar a um nível superior 
de participação nas atividades previstas pelos projetos instrucionais de curso. 
A manutenção do interesse do aluno, durante todo o desenvolvimento de 
qualquer processo educacional, está posta como um desafio para a IE, seu quadro 
administrativo e seu quadro docente. Todos eles são, no objetivo comum, porto 
para os ambientes centrados no aluno: a obtenção de um elevado nível de 
satisfação e, consequentemente, a apresentação como resultado uma educação 
de qualidade. 
TEMA 2 – REPENSANDO A FORMA DE OFERTA DE CONTEÚDO 
Um dos primeiros desafios para a IE e para os profissionais que vão 
trabalhar com atividades de ensino e aprendizagem é uma necessária forma de 
adequação do conteúdo necessário à linguagem dos meios. Agora, para além da 
preocupação com o conteúdo, a forma de apresentação se soma para aumentar 
 
 
5 
a complexidade, de forma significativa, da oferta de materiais didáticos 
diferenciados. 
A preocupação filosófica e psicológica com a interface entre o ser humano 
e a máquina (MMI – Man Machine Interface) ocorre em tempos de previsões do 
surgimento da web 4.0, quando ainda não foi bem compreendido o que é a web 
3.0. Essa situação traz o que para muitos representa uma ameaça: o avanço dainteligência artificial (IA) e das questões de web semântica levadas a um ponto 
nunca imaginado e repudiado por cientistas que trabalham em perspectivas 
sociais. 
Essas considerações são, muitas vezes, contrapostas ao interesse e bem-
estar do ser humano, como é possível enxergar no discurso das pessoas que 
trabalham em perspectivas tecnológicas. Elas trabalham na perspectiva de 
enxergar o elemento humano não mais como protagonista, mas sim como 
elemento coadjuvante de menor importância. É uma visão que não agrada a 
muitas pessoas, mas que se torna cada vez mais real. Essa realidade é analisada 
por Masamune (2018) em sua controversa obra. 
Antes de seguir adiante, é necessária uma visão da evolução da grande 
rede. Segundo Nicolas Windpassinger (2017), apresenta-se uma evolução 
iniciada com a web 1.0, que apresentava as localidades da grande rede em 
operação com sites corporativos, direcionados por páginas estáticas. A segunda 
geração apontou no horizonte e marcou o ponto de nascimento dos sites de 
relacionamento, nos quais usuários se reuniam em comunidade. 
Surgiram os prossumidores (aqueles que são, ao mesmo tempo, autores e 
consumidores de informações e conhecimentos). O usuário passa a ter voz ativa. 
A internet ganha o status de maior fenômeno de comunicações criado pelo ser 
humano. 
A terceira geração aprofundou a organização e sistematização das 
informações. Surgem as primeiras pesquisas e discussões acadêmicas sobre a 
web semântica. Essa geração ainda se encontra ativa, mas se observa, na 
atualidade, um tempo de quarta geração. Sua presença ainda não é reconhecida 
por muitos. A web 4.0 tem como destaque atual a utilização da IoT – Internet of 
Things, traduzida como Internet das Coisas e ainda não muito bem compreendida 
na totalidade de suas possibilidades, grande parte ainda inexploradas. 
A Internet das Coisas é um conceito o qual dispõe que a maioria dos 
dispositivos que utilizamos diariamente está conectado entre si e pela internet. 
 
 
6 
Considera-se que o seu crescimento poderá alterar de forma significativa a forma 
como as pessoas interagem com diversos elementos tecnológicos de uso comum 
no seu dia a dia. 
Em seu contexto, surgem conceitos cada vez menos palpáveis e reais. Eles 
incluem temas tais como a mobilidade total e ubiquidade. São iniciativas que 
acabam por transformar a internet em algo diferente, como prometiam os 
desenvolvedores do sistema operacional experimental denominado Google Brillo, 
utilizado de forma interna pela sua fabricante. 
Segundo a visão de Newitz (2015), tudo na rede se transformará em 
componentes de um grande sistema operacional dinâmico e “inteligente”. Ele será 
capaz de, por si mesmo, ter condições de interpretar as informações e dados 
disponíveis, capazes de darem ao público uma nova forma de aceleração na 
tomada de decisões. 
Dessa forma, se prevê um aumento ainda maior da velocidade de 
processamento. A consequência é trazer, ao elemento humano, o receio de sua 
superação e o ingresso da humanidade na “era das máquinas”, algo repudiado 
por todos os sociólogos atentos aos efeitos que a tecnologia causa no contexto e 
nas pessoas. 
Esse projeto foi inicialmente criado como uma experiência interna de uma 
das gigantes do setor tecnológico. Na atualidade, ele evolui para outras fronteiras. 
Grande parte delas foi apresentada na conferência internacional da Google 
(Goggle I/O). Nela, foram expandidas as visões iniciais e trazidas novidades, 
algumas das estão com aplicação já iniciada (IoT) ou a iniciar em um futuro bem 
próximo. 
Em tal contexto, é fácil compreender porque muitas ações e práticas 
docentes não têm mais funcionalidade. Isso se deve ao fato de terem sido 
desenvolvidas em perspectivas que jogam os professores em um século passado, 
defasados do que acontece na evolução social subjacente. As iniciativas 
educacionais encontram obstáculos representados pelo desafio de repensar as 
formas de oferta de conteúdo e do próprio conteúdo. É uma proposta complexa e 
que traz consigo a exigência da efetivação de novos comportamentos. 
Somente o diálogo no material didático impresso não é mais suficiente. A 
conversão desse material para formato impresso, por maiores que sejam os 
cuidados como dialogicidade e interação, também não se mostram eficazes, como 
captadores e mantenedores da atenção do aluno. É na concentração multimídia, 
 
 
7 
acompanhadas por atitudes inovadoras, que se antevê uma solução favorável à 
obtenção da qualidade em iniciativas educacionais. 
O tratamento individualizado do aluno, que leva até a aprendizagem 
adaptativa, aparece como uma atitude desejável. Também se mostra necessária 
uma maior aproximação mercadológica. Ela pode vir a efetivar aprendizagem 
significativa. Contudo, todas essas medidas somente ganham consistência com 
as mudanças de comportamento de todos os envolvidos. O engajamento do aluno 
nas atividades de ensino e aprendizagem é fundamental e necessário, efetivando 
a aprendizagem ativa. 
Toda a tecnologia em movimentação representa uma construção complexa 
que inclui, como apresentado, mudanças extensivas e intensivas. Elas ocorrem 
de uma forma amplificada no ciberespaço, a designação considerada mais 
apropriada para a localidade sem tempo e sem espaço na qual os ambientes 
virtuais de aprendizagem (VLE – Virtual Learning Environments) são criados e se 
expandem em um processo contínuo. 
É inegável que essa situação afeta todas as pessoas que neles vão 
desenvolver a sua ação e prática profissional. É esta complexidade que impõe 
uma distinção entre as atividades de ensino e aprendizagem tradicionais, 
consideradas “normais”, daquelas que devem ser desenvolvidas para criação de 
ambientes virtuais de aprendizagem diferenciados. Eles deixam de serem vistos 
apenas sob um ponto de vista tecnológico e ensejam a criação e evolução de 
metodologias didáticas e pedagógicas diferenciadas. 
TEMA 3 – AMBIENTES VIRTUAIS E A FILOSOFIA DO USO DA TECNOLOGIA 
EM EDUCAÇÃO 
Muitos estudos desenvolvidos sobre os ambientes virtuais de 
aprendizagem não atingem a completude. Esse fato ocorreu devido ao fato de 
ignorarem a necessidade de um olhar com viés filosófico, mais profundo, sobre a 
utilização e influência da utilização da tecnologia em iniciativas educacionais. 
Essa visão é necessária para compreender porque muitos dos fatores de sucesso 
nessa iniciativa tratam de aspectos cognitivos, mesclados com aspectos que 
envolvem a psicologia pessoal. Feenberg e Beira (2015) destacam a importância 
desse tipo de abordagem. 
 
 
8 
Na atualidade, vivemos um tempo de superação das dúvidas colocadas 
sobre a utilização da tecnologia em educação. Inicialmente, o fator resistência 
atrasou em muito a necessidade que a IE acompanhasse o mercado de trabalho. 
Dessa forma, foi criada uma defasagem entre o profissional egresso da academia 
e o profissional desejado pelo mercado. Sem esse obstáculo, se torna mais 
facilitada a atividade de reflexão, em termos de analisar de forma mais profunda 
os efeitos que a adoção dessa proposta tem em comportamentos e atitudes dos 
agentes educacionais. 
Um dos primeiros destaques é a necessidade de uma mudança na 
perspectiva da formação de professores. Quando observamos e comparamos as 
grades curriculares de diferentes cursos de formação de pedagogos, vemos que 
ainda há um tratamento inexistente ou superficial, sobre as formas de utilização 
das tecnologias. 
Esse fato retira de muitos bons professores a capacidade de desenvolver 
conteúdo adaptado à linguagem dos meios. Essa incapacidade inicial se estende 
à ausência de uma expertise necessária para que os professores possamdesenvolver atividades de utilização de um vasto ferramental, hoje colocado à sua 
disposição em ambientes virtuais de aprendizagem. 
Esse fato faz com que alguns professores, para evitar o constrangimento 
do enfrentamento de alunos mais capacitados tecnologicamente, acabem por 
omitir a utilização das tecnologias existentes. É um procedimento que 
desconsidera os benefícios didáticos e pedagógicos que poderiam advir em 
benefício do aumento da qualidade das atividades de ensino e aprendizagem em 
ambientes enriquecidos com a tecnologia. Barbosa Filho (2015) considera que a 
ligação existente entre a tecnologia e crescimento econômico destaca ainda mais 
o erro dessa abordagem. 
Segundo o autor, o relacionamento da IE com o mercado corporativo se 
mostra como uma necessidade inadiável, pois ela ainda pode ser considerada 
como o local em que há maiores possibilidades de aquisição de conhecimentos, 
afastado de fatores de dominação política. Do exposto pelo autor, decorre que 
quanto maior a utilização correta dos ambientes virtuais de aprendizagem, maior 
e mais qualitativo o conhecimento adquirido e a evolução econômica, na busca 
do bem-estar social (Welfare State). 
Felizmente, na visão do autor, há aumento da colaboração da tecnologia 
da informação. Quando ela é aplicada à aquisição de novos conhecimentos, pode 
 
 
9 
ser considerada como tecnologia educacional. Sua meta é colaborar na melhoria 
da qualidade e no aumento do volume de transferência de tecnologia, com maior 
disseminação de conhecimentos nos países em desenvolvimento. A expectativa 
de retorno é obter uma diminuição sensível do abismo tecnológico que ainda é 
possível perceber no contexto da sociedade contemporânea. 
Voltando aos estudos de Feenberg e Beira (2017), é importante reconhecer 
a colocação dos autores, quando colocam a tecnologia educacional como parte 
integrante do estudo da filosofia da ciência e orientam no sentido de que ela pode 
ser vista a partir de diferentes ângulos. O que mais interessa nesse nosso estudo 
é o destaque dado a uma visão utilitária, maior que a preocupação com a busca 
da verdade, ou com seus efeitos políticos, mesmo que seja aceita a posição de 
que a tecnologia não é neutra. 
Os autores consideram que a preocupação maior da tecnologia é com a 
utilidade do resultado que pode ser obtido com a aplicação de um ferramental 
tecnológico diferenciado. Esse “divórcio”, se aceito, não diminui o resultado dos 
estudos ao prescindir de incluir aspectos políticos e sociais no resultado. Essa 
visão representa o aprofundamento filosófico necessário no estudo dos ambientes 
virtuais de aprendizagem enriquecidos com a tecnologia. 
Esse posicionamento permite focar a busca na capacidade que deve ter a 
interface proposta para motivar e manter aceso o interesse do aluno, durante todo 
o percurso de alguma iniciativa educacional. A usabilidade ganha lugar de 
destaque e é um dos principais fatores de valorização de uma boa interface entre 
o ser humano e a máquina. 
Questões de ergonomia cognitiva podem, então, serem enfocadas em 
localizar como os processos mentais, relacionados com a percepção, memória, 
raciocínio e resposta motora, podem afetar em maior ou menor grau as interações 
entre o ser humano e as máquinas. Aspectos políticos, sociais e relacionados com 
crenças, são deixados de lado, sem que se reflitam na qualidade do resultado, 
quando se tem em mente a utilidade do resultado, conforme foi destacado 
anteriormente. Não se descarta a consideração de tais aspectos em outros tipos 
de estudo desenvolvidos. 
Essa racionalidade, diretamente relacionada com a utilidade da interface, 
deve estar dosada no sentido de evitar um desvio de consideração da tecnologia 
como predominante sobre qualquer outro aspecto. Essa não é a proposta de focar 
o estudo dos ambientes virtuais, além de ser prejudicial ao adotar um tecnicismo 
 
 
10 
indesejável que em nada contribui com o propósito de evitar, a todo o custo, que 
estudos que incluem a tecnologia, venham a desviar para a tecnocracia. 
O fato de o estudo estar inserido em uma sociedade de base tecnológica, 
aumenta a importância das considerações que estão sendo efetuadas. Elas são 
tidas como consequência de uma abordagem mais aprofundada do tema 
escolhido, de acordo com princípios relacionados com o método científico, mas 
sem ceder à utilização exclusiva de uma visão positivista nem submissão a algum 
sistema de crenças. É importante, então, saber escolher a forma mais correta de 
analisar os efeitos da tecnologia no trato educacional, exatamente o que exige 
uma visão mais aprofundada sobre o tema. 
Uma proposta com essas características facilita a obtenção de ideias 
inovadoras. Seu estudo, como objeto de um estudo filosófico mais aprofundado, 
apresenta resultados mais favoráveis para a obtenção de sucesso ao definir os 
componentes que devem apresentar um ambiente virtual de aprendizagem e 
quais as ações mais eficazes resultantes de um planejamento estratégico mais 
detalhado e analisado em suas consequências. 
TEMA 4 – CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO APOIADO NA INTERNET 
A evolução da internet e seu estabelecimento como maior fenômeno na 
área de comunicações em toda a história da evolução humana sugeriu a sua 
utilização como possíveis locais nos quais seria possível a construção do 
conhecimento. Dessa forma, a grande rede passou a integrar o elenco de 
sistemas baseados no conhecimento, praticamente todos eles apoiados em 
tecnologias exponenciais que, segundo Serrate (2017), são aquelas que superam 
a limitação do pensamento linear, tais como inteligência artificial, robótica, biologia 
sintética e nano materiais. 
Há um reconhecimento tácito da comunidade que, com a tecnologia de 
ponta na qual está imersa, a grande rede, abrangendo diferentes técnicas, 
metodologias e estabelecimento de paradigmas a cada inovação que surge, se 
reafirma como um local adequado para criação de novos conhecimentos. Um dos 
exemplos mais citados no campo da educação são os tutores inteligentes on-line 
(TIO), que baseiam a sua ação e resposta apoiados nos fundamentos da 
inteligência artificial. 
 
 
11 
Há diversos outros exemplos que podem ser citados. Para além da 
indústria voltada para atividades educativas, diversos outros campos podem ser 
beneficiados com o elevado barateamento dos custos que ela apresenta, 
principalmente no caso de aplicações massivas em todas as áreas do 
conhecimento, independentemente do grau de individualização exigido pelos 
clientes. 
Outra área de grande interesse, focada no mercado corporativo, são os 
sistemas de apoio à decisão, apoiados em sistemas cada vez mais elaborados e 
que tratam da indústria big data, fazendo da profissão de analista de dados uma 
das mais promissoras em termos de ganhos financeiros na área da tecnologia da 
informação. Ganham os sistemas de informações gerenciais a ponto de somente 
poderem ser efetuadas previsões de curto prazo, sobre a sua evolução. 
Os exemplos se sucedem e as estatísticas assustam. Aquelas que 
levantam o montante de dados na grande rede apontam que ele dobra a cada 20 
meses. Outros dados levantados pelo instituto Big Data Business Hakima (2017) 
são impressionantes. Há outras linhas de pesquisa que analisam um 
direcionamento do mercado de trabalho em direção ao home working, que cria 
novas formas de relacionamento entre patrões e empregados, trazendo aumento 
significativo na economia informal. 
A combinação dos elementos de destaque, analisados pelo relatório citado 
(internet, inteligência artificial, robótica, biologia sintética e nano materiais) é 
explosiva e apresenta muito a oferecer em nível de aumento de conhecimentos.Cada vez mais a internet se mostra imprevisível e um campo fértil para que os 
escritores de ficção científica liberem a sua criatividade, com sugestões que 
podem se tornar realidades nunca antes imaginadas. 
A pesquisa de dados (data mining), a consequente atividade de 
armazenamento (data warehousing), com analistas de um volume de informações 
nunca processada (Data Analisys). O volume de dados coletados traz, sem 
paralelo e de forma global, um crescimento acelerado na atividade do aprender 
pela pesquisa. Essa é uma linha metodológica inovadora, postulada por muitos 
pesquisadores como uma das formas mais eficientes de aprender a aprender. O 
aluno busca fontes confiáveis, recolhe os dados relevantes e passa a ter 
condições de processamento de um elevado volume de informações que se 
transformam em novos conhecimentos. 
 
 
12 
Os pesquisadores se tornam a cada momento mais sofisticados. 
Reconhecimento de fala, o acompanhamento inteligente e recursos multimídia 
dão aos usuários as ferramentas que antes, devido ao seu alto custo, somente 
eram utilizadas por pessoas com recursos ou grandes empresas. O nivelamento 
que ocorre é por cima e todos passam a ter chances igualadas, não mais 
determinadas pela supremacia financeira. 
Nesse aspecto, a grande rede revela uma face altamente democratizada. 
Porém, o fato de a rede em banda larga (alta velocidade) não existir em nível 
global ainda faz com que muitas dessas promessas não possam ser cumpridas. 
Vivemos a era dos programas aplicativos, os conhecidos APPs abrem para 
os telefones celulares inteligentes a posse de um potente computador manual 
miniaturizado. Diversão, trabalho e compromissos dos mais diferentes teores 
confirmam a ubiquidade, também relacionada como uma das características da 
evolução da internet. 
Com esses pequenos programas aplicativos, os usuários podem rodar 
localmente todo um conjunto de aplicações colocados à disposição em um nível 
global. Os antes estreitos domínios de aplicações disponíveis para a internet se 
abrem em um leque extenso de aplicações, as mais diferenciadas possíveis. 
A interface entre o ser humano e a máquina passa a ter maior aceitação e 
despertar o interesse de usuários diminuindo resistências em todas as áreas, tais 
como, por exemplo, a leitura em meios digitais, cada vez menos rejeitada. Há toda 
uma série de cuidados recomendáveis para os usuários dos telefones inteligentes 
Tais precauções não limitam a utilização extensiva desses meios, que trazem a 
mobilidade total para todas as pessoas que têm acesso a um desses dispositivos 
móveis e a uma largura de banda que suporte diferentes tipos de aplicações. 
A queda da privacidade das pessoas, em um nível nunca presenciado, traz 
novamente a imagem do grande irmão (Orwel, 2009) a lume, por meio da pena 
dos escritores de ficção científica, para os quais se abre um futuro cada vez mais 
promissor. Em meio a tantas vantagens, o problema da pirataria aumenta em uma 
proporção que nunca encontrou terreno tão fértil e a internet equipara atitudes 
politicamente corretas com atitudes politicamente corretas, em igual peso. Gates 
(1999) acertou nas previsões e na denominação da internet como a estrada do 
futuro, pela qual circulariam todas as informações criadas pelo ser humano. 
Aplicativos e arquivos encontram na “computação em nuvem” recursos de 
armazenamento e processamento praticamente incomensuráveis. Uma das 
 
 
13 
gigantes da tecnologia coloca à disposição dos usuários um guia de orientação e 
considera essa tecnologia como sendo o fornecimento de serviços de computação 
(servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software) colocados à 
disposição de todo, com ou sem custo na dependência do serviço e seu volume. 
Ela representa uma grande mudança (uma disrupção no sentido estrito) na 
forma tradicional de pensar os serviços da tecnologia da informação que são 
oferecidos para empresas do mercado corporativo e para instituições de ensino. 
Podem ser consideradas como presentes a diminuição de custos com compra de 
softwares e com dispositivos de armazenamento: o aumento de velocidade, a 
racionalização no acesso a dados, sem necessidade de transporte entre 
diferentes localidades, são as suas grandes atrações. 
O aumento da largura de banda e o barateamento de serviços e 
armazenamento, traz a idade do streaming para uma nova realidade. Os 
dinossauros da tecnologia da informação observam cada vez mais assustados a 
evolução na oferta de músicas, vídeos, filmes completos, a um baixo custo ou 
oferecidos como pirataria, indústria que definitivamente se incorpora no panorama 
social atual. 
O pagamento por demanda se estabelece como uma nova forma de 
negociar. O usuário paga apenas por aquilo que ele realmente utiliza. Essa é uma 
das razões do barateamento de diversos serviços web disponíveis para os 
usuários. 
A internet das coisas traz grandes promessas e seu “casamento” com as 
tecnologias vestíveis e computação móvel promete cuidados médicos e serviços 
de acompanhamento a distância. Com relação ao segmento educacional, as 
diferentes formas de efetivação do ensino e aprendizagem a distância ganham 
consistência e aceitação do mercado. 
Um pouco menos assustadora que a evolução da inteligência artificial, um 
dos seus ramos, o conhecimento armazenado por sistemas especialistas 
apresenta uma evolução sem paralelo em nenhum tempo anterior. Os serviços de 
raciocínio baseados em casos progridem e grandes bases de dados históricas, 
com informações facilmente recuperáveis, são colocadas à disposição. Parece 
não estar distante o tempo de armazenamento digitalizado de todo o 
conhecimento criado pela humanidade, desde que as informações passaram a 
ser registradas. 
 
 
14 
Os serviços 24 x 7 x 365 também proliferam e garantem disponível e 
garantidas as informações armazenadas nessa perspectiva. A segurança é o 
grande problema. Há considerações consistentes que afirmam que nada do que 
é colocado na grande rede tem defesa. Tudo pode ser pirateado. Apesar das 
negativas dos fabricantes dos mais diversos produtos da tecnologia da 
informação, esta parece ser uma realidade inquestionável. 
TEMA 5 – CIBERPEDAGOGIA OU PEDAGOGIA DIGITAL 
Os termos ciberpedagogia ou pedagogia digital começaram a ser tratados 
na virada do século passado, quando a evolução da internet faz com que sua 
utilização fosse efetivada, de forma extensiva, em diferentes segmentos do 
conhecimento humano. Até hoje, os termos são utilizados como sinônimos o que 
nos levou, devido à uma preferência deixada manifesta pelos próprios 
professores, a tratar o tema com a nomenclatura de menor impacto: pedagogia 
digital. 
Para qualquer termo, é possível obter uma definição tão simples quanto se 
queira; o que vamos fazer com relação ao termo pedagogia digital, deixando o 
desmonte da complexidade para a evolução do tratamento do conteúdo desse 
capítulo. Dessa forma, é possível assinalar que a pedagogia digital representa a 
ciência ou arte de ensinar em ambientes virtuais de aprendizagem enriquecidos 
com a tecnologia (Aparici, 2009). 
Os estudos no campo estão concentrados nos métodos que venham a 
tornar mais racional a utilização de metodologias inovadoras. Essa é a proposta 
colocada como desafio para os professores (salas de aula invertidas, 
aprendizagem baseada em problemas, aprender pelo erro, entre outras das 
denominadas metodologias ativas). O tratamento separado da pedagogia digital, 
em relação à pedagogia tradicional, é necessário devido a uma maior 
complexidade, que apresenta o trabalho de ensinar com utilização da mediação 
tecnológica, do que aquele desenvolvido nos ambientes tradicionaisde ensino e 
aprendizagem. 
No início da utilização do termo, apesar do interesse demonstrado por 
alguns professores, a grande maioria ainda apresentava um grande fator 
resistência. Era uma consequência devida ao medo do desconhecido e a um 
insuspeitado e injustificado medo de perda da zona de conforto, na qual muitos 
 
 
15 
docentes trabalhavam, escondidos da utilização da mediação tecnológica. 
Comentários mais radicais consideravam que professores que tinham medo de 
perder seu lugar para as metodologias tecnológicas já se encontravam fora do 
mercado. 
Ainda assim, muitos sobreviveram e dão continuidade a desenvolver seus 
trabalhos com utilização das metodologias tradicionais. Essa é uma das situações 
a ser superada, pois os resultados de tal decisão são prejudiciais sob todos os 
aspectos, tanto para os professores quanto para os alunos. 
A utilização da tecnologia em iniciativas educacionais inicia, então, uma 
escalada que a trouxe até hoje com uma aceitação quase que total no segmento 
acadêmico. A docência digital representa, ainda que cercada de outras razões e 
justificativas, a efetivação da mediação diferenciada a ser efetivada pelos 
professores entre os alunos e o conteúdo, com intervenção da tecnologia. 
A prática recebeu a designação de comunicação didaticamente guiada. Ela 
foi uma das primeiras teorias que deu sustentação à efetivação do ensino a 
distância. Tal fato ocorreu quando foi desenvolvido um estudo com a comunidade 
europeia por um grupo de pesquisadores (Sewart; Keegan; Holmberg, 2005). 
O trabalho desenvolvido produziu um referencial teórico sustentável para o 
setor, que estava sob suspeição de falta de qualidade, sendo relegada a um 
segundo plano acadêmico. O ensino a distância era tido como ensino por 
correspondência, processo de qualidade inferior, quando comparado com a 
formação acadêmica em ambientes tradicionais de ensino e aprendizagem. 
O ensino a distância atingiu estabilidade no Brasil, como decorrência de um 
posicionamento dos órgãos reguladores da educação. A principal medida foi a 
regulação e controle da qualidade nos polos de apoio presenciais, um dos 
elementos de sustentação da arquitetura EaD, como ela foi criada e é mantida em 
nosso país. Outro aspecto de vital importância ganhou destaque: a formação 
diferenciada dos professores. 
A partir daí o termo docência digital ganhou destaque e superou as 
resistências, se não totalmente, pelo menos para um bom número de professores, 
felizmente a maioria. Essa necessidade decorre de um meio de campo mais 
complexo para o ensino a distância do que aquele necessário para o 
desenvolvimento da docência tradicional. Um dos frutos do trabalho dos 
pesquisadores, autores desse trabalho, foi a montagem de uma proposta 
 
 
16 
diferenciada de formação, em um curso de pós-graduação que seguirá a grade 
curricular apresentada na Tabela 1. 
Tabela 1 – Montagem de proposta de formação diferenciada 
Unidade Descrição Carga horária 
01 A sociedade e a economia do conhecimento 60 horas 
02 Novos locais de ensino e aprendizagem 60 horas 
03 Aprendizagens e formas de aprender 60 horas 
04 Aprendizagens ativas 60 horas 
05 Novos papeis docentes na sociedade digital 60 horas 
06 Tecnologia educacional 60 horas 
 Trabalho de conclusão de curso 
Fonte: Sewart; Keegan; Holmberg, 2005. 
O curso deve ser desenvolvido com suporte de um ambiente de alta 
tecnologia e, aos alunos, será proposto um processo de imersão total no ambiente 
virtual enriquecido com a tecnologia, com assistência tutorial desenvolvida na 
modalidade de aplicação dos fundamentos do coaching educacional, 
desenvolvido nos mesmos moldes que o coaching executivo, para o qual se 
espera resultados igualmente positivos. 
Em termos de metodologia diferenciada, as aprendizagens ativas, também 
objeto de estudo, serão aplicadas, tornando o estudo reflexivo e autoaplicado, a 
ser vivenciado pelos alunos como aplicação da teoria que estarão estudando, 
diretamente na prática e ação desenvolvida na fase de estudos. A aprendizagem 
baseada em problemas, o incentivo à aprendizagem em grupos e apoio de 
tecnologia de ponta, completam um quadro que se espera venha a ser favorável 
em termos de obtenção de um resultado altamente qualitativo ao final do processo 
de formação proposto. 
O projeto prevê um nivelamento administrativo, docente e discente na 
utilização das tecnologias para esses agentes educacionais envolvidos no 
processo. Com essa proposta, se afasta qualquer receio que o docente venha a 
enfrentar problemas com relação a alunos que tenham uma formação anterior 
mais apurada, nos conhecimentos tecnológicos necessários. 
 
 
17 
Tanto esse primeiro módulo quanto o acompanhamento de um trabalho 
monográfico, não mais obrigatório, mas que pode ser escolhido pelo aluno como 
uma alternativa à solução de um problema escolhido de forma individual ou por 
grupos de trabalho, não constam da carga horária obrigatória. Se essa for a opção 
do aluno, ela será registrada na grade curricular final. A flexibilidade prevista 
oferecerá ao aluno a possibilidade de escolha da forma que ele deseja ser 
avaliado (solução do problema, entrega de monografia ou entrega, apresentação 
com defesa da monografia de conclusão do curso). 
Ao adotar essa linha de raciocínio, de proporcionar ao corpo administrativo, 
aos professores e aos alunos, um programa de nivelamento tecnológico, a 
instituição de ensino atua em uma linha de investimento no seu próprio capital 
intelectual. É uma das providências que revela, quando ignorada a extensão da 
falha, que provoca elevadas taxas de evasão em cursos ofertados na modalidade 
EaD. Elas podem ser observadas independentemente do tamanho que venham a 
ter as salas de aula eletrônicas, o local de ensino utilizado pelas escolas digitais, 
tema de estudo de nosso capítulo seguinte. 
 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
MATTAR, J. Metodologias ativas para a educação presencial blended e a 
distância. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017. 
MIRANDA, G. S. S. Tecnologia, interação e interatividade: desafios para o 
docente em ambientes virtuais de aprendizagem. 121 f. Dissertação (Mestrado 
em Educação) – Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre, 2015. 
Disponível em: <http://www.univas.edu.br/me/docs/dissertacoes2/17.pdf>. 
Acesso em: 3 dez. 2018. 
MOREIRA, M. A. O que é afinal a aprendizagem significativa? Qurriculum, La 
Laguna, 2012. Disponível em: <http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf>. Acesso 
em: 3 dez. 2018. 
MUNHOZ, A. S. O estudo em ambientes virtuais de aprendizagem: um guia 
prático. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
SAVIANI, D. A história das ideias pedagógicas no Brasil. São Paulo: Autores 
Associados, 2013. 
SEEGGER, V.; CANES, S. E.; GARCIA, C. A. X. Estratégias tecnológicas na prática 
pedagógica. Monografias ambientais, Santa Maria, v. 8, n. 8, p. 1.887-1.899, ago. 
2012. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/view/6196/3695>. 
Acesso em: 3 dez. 2018.

Continue navegando