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Aula 1 História da Unidade de Terapia Intensiva 2020

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História da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
O termo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) refere-se à “área crítica destinada à internação de pacientes graves, que necessitam de cuidado multiprofissional especializado de forma contínua, sendo necessários materiais específicos e tecnologia para o diagnóstico médico, bem como a monitorização e terapia”. (BRASIL, 2010).
Florence Nightingale
Foi a idealizadora da UTI.
Em 1854 ela foi convidada a organizar um hospital na Guerra da Criméia, que possuía uma taxa de mortalidade de cerca de 40%; após 3 meses de intensa dedicação, a taxa de mortalidade caiu para 2%.
Florence passou a classificar os pacientes de acordo com sua gravidade e quadro clínico, instituindo cuidados intensivos para os que mais necessitavam. Incorporou rotinas de limpeza, higiene e cuidados nutricionais a todos os pacientes.
Em 1926 foi criada a primeira UTI, na cidade de Boston, Estados Unidos, pelo médico neurocirurgião, Dr. Walter Edward Dandy (MEDICINA INTENSIVA, 2015).
O Dr. Peter Safar é considerado o primeiro médico intensivista: era anestesiologista e, na década de 50, instituiu o atendimento de urgência e emergência; criou a ventilação artificial boca a boca e a massagem cardíaca.
 Criou a primeira UTI cirúrgica, na cidade de Baltimore, Estados Unidos. Foi cofundador da Sociedade de Medicina do Cuidado Crítico (SCCM), nos Estados Unidos (MEDICINA INTENSIVA, 2015).
Estrutura física e organização de uma UTI
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma autarquia reguladora independente vinculada ao Ministério da Saúde. Sua atuação ocorre através de Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC), publicadas online e no Diário Oficial da União.
Em relação à estrutura física e organizacional das UTIs, existem atualmente as RDCs n. 07, de 24 de fevereiro de 2010, que estabelece os padrões mínimos para o funcionamento de uma UTI, e a RDC n. 189, de 18 de julho de 2003, que regulamenta os procedimentos de análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos dos serviços de saúde.
Estrutura física e organização de uma UTI
Segundo a RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, todos os hospitais de nível terciário, os hospitais de nível secundário com número de leitos maior que 100, e os hospitais especializados que prestam atendimento a pacientes graves são obrigados a possuírem uma UTI; os serviços de saúde que atendem gravidez e/ou partos de alto risco, devem possuir uma UTI adulto e neonatal (BRASIL, 2002).
Estrutura física e organização de uma UTI
Em relação à estrutura hospitalar em que a UTI está inserida, a RDC n.07 estabelece que o serviço de saúde deve possuir centro cirúrgico, centro radiológico e serviço de ecodopplercardiografia próprios (BRASIL, 2010).
Art. 27. Os critérios para admissão e alta de pacientes na UTI devem ser registrados, assinados pelo Responsável Técnico e divulgados para toda a instituição, além de seguir legislação e normas institucionais vigentes.
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
1 Posto de enfermagem para cada área coletiva ou conjunto de quartos, independente do número de leitos. Quando houver mais de um posto de enfermagem, ao menos um deles deve ter 6 m2 de tamanho;
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
a UTI deve possuir, no mínimo, 5 leitos (em formato de quartos ou áreas coletivas), conforme critério do serviço de saúde. O número de leitos da UTI deve corresponder, no mínimo, a 6% do número total de leitos do estabelecimento de saúde. 
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
a distância entre paredes e leito deve ser de, pelo menos, 1 m; 
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
leitos de isolamento: 1 quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI. O quarto de isolamento deve ter a dimensão mínima de 9 m2.
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
quando o leito da UTI tiver a conformação de box, este deve possuir, no mínimo, 3 m de largura. Os leitos devem possuir, entre si, uma distância mínima de 2 m, com uma separação entre eles. 
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
lavatórios: 1 a cada 5 leitos não isolamento. As torneiras devem possuir comando que dispense o uso das mãos para seu fechamento, além da presença de sabão líquido degermante, papeleira para secagem das mãos e um antisséptico próximo as pias;
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
o quarto deve possuir uma iluminação geral que não incomode o paciente, quando este estiver deitado; além disso, devem constar uma lâmpada junto à parede (arandela), na cabeceira da cama e iluminação de vigília, a 50 cm do piso, nas paredes e banheiros;
A RDC n.50 define também os seguintes parâmetros relacionados ao dimensionamento físico da UTI:
tomadas: a RDC n.50 preconiza o mínimo de 8 tomadas por leito (lembrando que é importante a presença de tomadas com voltagem de 110 v e 220 v); - em relação aos gases medicinais: por leito, a RDC n.50 estabelece 2 saídas de oxigênio, 1 saída de vácuo e 2 saídas de ar comprimido (BRASIL, 2002).
Principais equipamentos em UTI
A RDC n.7 estabelece que todos os materiais e equipamentos inerentes à assistência de alta complexidade devem estar íntegros, limpos e disponíveis para uso na UTI; além disso, devem ser mantidas, na unidade, cópias das manutenções preventivas realizadas pelo setor de Engenharia Clínica do Hospital, de todos os equipamentos da UTI (BRASIL, 2010).
Os materiais mínimos que devem existir, para cada leito de UTI:
Camas hospitalares: devem permitir ajustes na posição do paciente, além de possuírem grades laterais e rodízios, 
 Material para reanimação cardiopulmonar: 1 dispositivo bolsa-válvula-máscara por leito, com reserva operacional de 1 dispositivo para cada 02 leitos,
 Estetoscópio,
Conjunto para nebulização;
4 equipamentos para infusão contínua (“bomba de infusão”) por leito, com reserva operacional de 1 equipamento para cada 3 leitos,
Fita métrica,
equipamentos de monitorização contínua de frequência cardíaca, oximetria de pulso, temperatura e pressão arterial não invasiva;
Monitor de UTI beira leito mostrando FC (em verde), PA invasiva (em vermelho) e saturação de oxigênio (em azul escuro).
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes materiais para uso, quando necessário:
materiais para punção lombar;
oftalmoscópio;
otoscópio; 
máscara facial que permita diferentes concentrações de oxigênio: 01 (uma) para cada 02 (dois) leitos;
materiais para aspiração traqueal em sistema aberto e fechado; 
aspirador a vácuo portátil; 
equipamento para mensurar pressão de balonete de tubo/cânula endotraqueal ("cuffômetro");
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes materiais para uso, quando necessário:
1 capnógrafo para cada 10 leitos; -
1 ventilador pulmonar mecânico para cada 2 leitos, com 1 aparelho de reserva operacional para cada 5 leitos; cada equipamento de, no mínimo, 02 (dois) circuitoscompletos,
1 equipamento para ventilação pulmonar mecânica não invasiva para cada 10 leitos;
materiais para drenagem torácica em sistema fechado; -
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes materiais para uso, quando necessário:
materiais para realização de traqueostomia; - foco cirúrgico portátil; 
 materiais para acesso venoso profundo; 
materiais para flebotomia; - materiais para monitorização de pressão venosa central; 
1 equipamento (como os respectivos materiais) para monitorização de pressão arterial invasiva para cada 5 leitos, com reserva operacional de 1 equipamento para cada 10 leitos; 
1 eletrocardiógrafo portátil para cada 10 leitos;
materiais para punção pericárdica;
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes materiais para uso, quando necessário:
“carrinho” para atendimento às emergências, contendo materiais e medicamentos: 1 para cada 5 leitos; 
1 desfibrilador e cardioversor com bateria para cada 5 leitos; - marcapasso cardíaco temporário, eletrodos e gerador: 01 (um) equipamento para cada 10 (dez) leitos;
1 aparelho para dosagem da glicemia capilar para cada 5 leitos; 
materiais para curativos; 
materiais para cateterismo vesical de alívio e de demora; -
dispositivo para elevar, transpor e pesar o paciente; 
1 Poltrona com revestimento impermeável, destinada ao
 uso dos pacientes, para cada 5 leitos; 
A UTI deve possuir, no mínimo, os seguintes materiais para uso, quando necessário:
1 maca para transporte, com grades laterais, suporte para soluções parenterais e suporte para cilindro de oxigênio, para cada 10 leitos; 
1 ventilador mecânico para transporte, com bateria, para cada 10 leitos; 
 1 maleta de transporte, contendo materiais e medicamentos para uso em atendimentos de emergência, para cada 10 leitos; -
1 cilindro de oxigênio para transporte de pacientes; 
relógios e calendários posicionados de forma a permitir visualização em todos os leitos.
 refrigerador, com temperatura entre 2 a 8o C, para guarda de medicamentos, com a monitorização e registro diários da temperatura (BRASIL, 2010).
Transporte de Pacientes
Art. 29. Todo paciente grave deve ser transportado com o acompanhamento contínuo, no mínimo, de um médico e de um enfermeiro, ambos com habilidade comprovada para o atendimento de urgência e emergência.
Art. 32. Em caso de transferência inter-hospitalar por alta da UTI, o paciente deverá ser acompanhado de um relatório de transferência, o qual será entregue no local de destino do paciente;
Parágrafo único. O relatório de transferência deve conter, no mínimo:
I - dados referentes ao motivo de internação na UTI e diagnósticos de base;
II - dados referentes ao período de internação na UTI, incluindo realização de procedimentos invasivos, intercorrências, infecções, transfusões de sangue e hemoderivados, tempo de permanência em assistência ventilatória mecânica invasiva e não-invasiva, realização de diálise e exames diagnósticos;
III - dados referentes à alta e ao preparatório para a transferência, incluindo prescrições médica e de enfermagem do dia, especificando aprazamento de horários e cuidados administrados antes da transferência; perfil de monitorização hemodinâmica, equilíbrio ácido-básico, balanço hídrico e sinais vitais das últimas 24 horas.
Art. 37. Devem ser cumpridas as medidas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) definidas pelo Programa de Controle de Infecção do hospital.
Recursos humanos
A assistência de Enfermagem a pacientes críticos demanda atividades complexas, que requerem dos profissionais envolvidos no cuidado uma alta competência técnico-científica. Assim, é extremamente importante que a equipe de Enfermagem seja adequadamente qualificada e dimensionada para este cuidado, para que possa desenvolver as atividades assistenciais com segurança e qualidade (INOUE; MATSUDA, 2010).
Recursos humanos
Entende-se por dimensionamento da equipe de Enfermagem como o processo inicial que visa garantir o provimento quantitativo e qualitativo dos profissionais de Enfermagem, de forma que a assistência possa ser prestada de acordo com as especificidades da clientela e dos estabelecimentos de saúde, garantindo que as ações de Enfermagem sejam seguras para os profissionais e para os pacientes (FUGULIN, F.M.T., GAIDZINSKI, R.R., CASTILHO, V., 2010).
Recursos humanos
Estudos têm demonstrado que os aspectos quantitativo e qualitativo dos profissionais de Enfermagem têm relação direta com os indicadores de qualidade da assistência; assim, equipes com quadro de pessoal de Enfermagem subestimado proporcionam aumento das taxas de mortalidade, pneumonias, quedas, infecções, aumento do tempo de estadia na UTI e de extubação acidental. (VERSA, G.L.G.S. et al., 2011).
Recursos humanos
Atualmente, a legislação sobre o dimensionamento dos profissionais de Enfermagem está amparada na Resolução da ANVISA n.07, de 24 de fevereiro de 2010, e na Resolução do COFEN n. 293, de 21 de setembro de 2004.
Segundo a RDC/ANVISA n.7, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensivas e estabelece quais são as atribuições de todos os profissionais envolvidos no cuidado ao paciente internado na UTI, toda UTI deve contar com um Responsável Técnico Médico, um Enfermeiro Coordenador da equipe de enfermagem e um Fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia.
Recursos humanos
I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal;
II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno.
III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em cada turno.
IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação;
V - Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno;
VI - Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade;
VII - Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno.
Recursos humanos
Art. 16. Todos os profissionais da UTI devem estar imunizados contra tétano, difteria, hepatite B e outros imunobiológicos, de acordo com a NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde estabelecida pela Portaria MTE/GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005.
Recursos humanos
Art. 17. A equipe da UTI deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo:
I - normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade;
II - incorporação de novas tecnologias;
III - gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na unidade e segurança de pacientes e profissionais.
IV - prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
§ 1º As atividades de educação continuada devem estar registradas, com data, carga horária e lista de participantes.
§ 2º Ao serem admitidos à UTI, os profissionais devem receber capacitação para atuar na unidade.

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