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Universidade estadual de Maringá 
 
Plano de estudo didática 
Bruna Fertonani, Bianca Afonso, Lais de Paula Jolio, Vitória Goularte 
 
Tema 
A automedicação em profissionais e estudantes de saúde. 
 
Contexto 
A aula será executada para alunos do primeiro ano de enfermagem na Universidade 
Estadual de Maringá, no dia 18 de setembro de 2019. 
 
Objetivos 
● Informar sobre os problemas causados pela automedicação; 
● Conscientizar os futuros profissionais da saúde na educação e orientação quanto ao 
uso correto de medicamentos; 
● Impactar de forma positiva e reflexiva a visão dos futuros profissionais da saúde; 
como também na sua prática diária e da saúde pessoal. 
 
Conteúdos: 
● Conceito de automedicação; 
● Fatores que levam a automedicação; 
● Automedicação em profissionais e estudantes da saúde; 
● Efeitos colaterais dos fármacos mais utilizados. 
 
Metodologia: 
● Aula teórico-prático com auxílio de slides; 
● Atividade interativa​. 
 
Recursos 
● Questionário sobre a automedicação. 
 
Referências: 
AQUINO DS; et. al.​ A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. ​Rev. Ciência & 
Saúde Coletiva, 15(5):2533-2538, 2010. 
RIVEROS ER; LIENQUEO AR; MEDINA LB. ​Uso de drogas em profissionais de saúde e 
técnicos / administradores: situação da prescrição. ​Enfermería: Cuidados Humanizados, 
Vol. 7, nº 2. ISSN: 1688-8375, 2018. 
TOMASI E; et. al. ​Condições de trabalho e automedicação em profissionais da rede 
básica de saúde da zona urbana de Pelotas, RS. ​Rev Bras Epidemiol 10(1): 66-7, 2007. 
 
DRAMIM ​BARROS, Aline Reis Rocha; GRIEP, Rosane Harter; ROTENBERG, Lúcia. 
Automedicação entre os trabalhadores de enfermagem de hospitais públicos. Revista 
Latino-Americana de Enfermagem, v. 17, n. 6, 2009. 
Dentre os medicamentos, os mais consumidos foram paracetamol e dipirona (48,8%), 
seguidos da cefalexina (6,0%) e complexo B (8,3%). Entre os antimicrobianos, os mais 
utilizados foram cefalexina (55,6%), amoxicilina (22,2%), ampicilina (11,1%) e 
azitromicina (11,1%). 
CONTINUAÇÃO DOS SLIDES 
1. Como a medicação é uma importante forma de cuidado pessoal e é a forma mais 
comum de respostas a sintomas. assim, diversos fatores contribuem para práticas 
irracionais da utilização dos medicamentos, entre elas está as estratégias 
promocionais da indústria farmaceutica, sendo esta um dos capitais mais lucrativos. 
com isso muitas vezes a imagem do farmacêutico é confundida com o de um 
atendendente ou vendedor, pois estão mais interessados na venda do que na 
orientação do produto. 
2. No Brasil estudos apontam que pelo menos 35% dos medicamentos adquiridos são 
devido a automedicação, ainda que a magnitude do fenômeno seja desconhecida no 
nordeste. ​Muitos estudos são feitos sobre a automedicação em estudantes 
e profissionais saúde e constatou-se que a automedicação é maior em 
estudantes de enfermagem, medicina e ondotologia. Porém há muitos 
mais estudos de automedicação em estudantes de enfermagem, pois 
relaciona-se o impacto do estresse sobre o trabalho, evidenciando 
maiores riscos de automedicaçõ 
3. O uso frequente da medicação em profissionais e estudantes da saúde pode ser 
explicada por diversos motivos, estre eles estão: 
● acesso as amostras médicas e exames laboratoriais 
● o estabelecimento de confiança e contato direto com o profissional médico, 
facilitando a obtenção de amostras ou medicamentos​. 
● Também apresentam maior conhecimento e acesso mais rápido aos 
medicamentos, assim estes nao fazem consulta oportuna com o profissional 
de referência, levando a um comportamento de consumo de drogas sem 
receita médica. 
4. A falta de tempo para consultar um médico foi um dos motivos apontados pelos 
estudantes. De modo geral, nas universidades públicas brasileiras, estudantes da área 
de saúde, inclusive os de enfermagem, cumprem regime acadêmico integral, aspecto 
que pode, de fato, impactar na disponibilidade de tempo para procurar atendimento 
à saúde(2). Um quarto dos estudantes apontou dificuldade de acesso aos serviços de 
saúde como justificativa da prática da automedicação. 
5. Fatores que influenciam Trabalhadores da area da enfermagem a se automedicarem: 
● Na sua prática diária, manuseiam vários tipos de medicamentos e o acesso 
facilitado pode favorecer a autoprescrição e automedicação​(7)​. 
 
● Mesmo com conhecimento teórico e prático sobre o uso dessas substâncias e 
suas implicações, muitas vezes estão apenas tentando se livrar de situações 
incômodas para enfrentar a jornada de trabalho​(8)​. 
● A realidade de trabalhadores de enfermagem, envolvendo múltiplas jorndas, 
associada à complexidade do trabalho hospitalar, torna possível considerar 
que esses podem enfrentar momentos de dificuldades e/ou crises, tornando o 
consumo de fármacos como possibilidade para facilitar a condução de suas 
vidas​(8)​. 
6. Pessoas de níveis de escolaridade mais elevados tendem a utilizar mais 
frequentemente a automedicação​(3,6)​. As razões para isso têm sido atribuídas a fatores 
tais como: 
● maior conhecimento sobre os medicamentos, 
● maior poder econômico, 
● menor confiança nos médicos e 
● maior sentimento de autonomia pessoal diante de decisões sobre a própria 
saúde​(6)​. ta igual - artigo vi 
 6. O estresse do trabalho como fator de risco para o adoecimento e a automedicação dos 
trabalhadores: está principalmente relacionada aos profissionais que são excessivamente 
comprometidos com o seus trabalho e mesmo durante o período de lazer ou folga continuam 
a pensar em seus empregos. 
“Chama a atenção a alta prevalência identificada entre aqueles profissionais 
excessivamente comprometidos com o trabalho, que não conseguem parar de pensar no 
trabalho mesmo durante a folga. É reconhecida a importância do estresse do trabalho como 
fator de risco de adoecimento dos trabalhadores​(3,6)​. 
8. Problemática: 
Fica difícil, portanto, esperar que estes universitários e profissionais da saúde, em especial 
especialmente os estudantes de medicina e enfermagem e profissionais enfermeiros, 
orientem seus pacientes quanto ao uso correto dos medicamentos, se eles próprios parecem 
não ter consciência dos riscos. estamos diante de futuros profissionais coniventes com a 
prática da automedicação e do uso incorreto dos medicamentos. Porém, os estudantes não 
são de todo culpados; além da herança cultural que trazem consigo, as instituições de ensino 
pouco têm feito nas suas formações para que eles possam assumir o papel de acolhedores e 
orientadores de seus pacientes. Para reverter este quadro, faz-se necessário a incorporação 
de práticas educativas quanto ao uso correto dos medicamentos, riscos, benefícios, 
superdosagem, intoxicações, reações adversas, gastos para o sistema de saúde decorrentes de 
internações devido a problemas relacionados a medicamentos. Só assim, espera-se que a 
população possa receber cuidados de saúde de qualidade de profissionais competentes e 
preocupados em preservar a sua saúde. 
CONCLUSÃO 
 
Acredita-se que esse conhecimento, ainda pouco estudado entre trabalhadores e estudantes 
da saúde, possa subsidiar projetos de intervenção que busquem a melhoria das condições de 
trabalho e da saúde da equipe de enfermagem e, como consequência, da população em geral, 
cuidada por eles. 
9. O que fazer? 
Embora pareça inevitável a prática da automedicação, a autoridade e os profissionais devem 
educar a população sobre os riscos e buscar estratégias que aumente o uso seguro e eficiente 
de medicamentos por meio de intervenções direcionadas à equipe de saúde, farmácias e 
consumidores, conscientizando para evitar o uso dessa prática pessoal. 
 
Omeprazol 
é indicado no tratamento de casos em que ocorra uma produção excessiva de ácido 
no estômago, como úlceras no estômago e intestinos, refluxo gastroesofágico ou 
doença de Zollinger-Ellison, e no tratamento de úlceras associadas a infecções 
causadas pela bactéria ​Helycobacterpylori, ​em adultos e crianças. 
Efeitos Colaterais 
Mais comuns: dor de cabeça, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal, náusea, 
gases, vômito, refluxo, infecção respiratória, tontura, erupção na pele, fraqueza 
excessiva, dor nas costas ou tosse. 
https://www.bulario.com/omeprazol/ 
Paracetamol 
O Paracetamol é um remédio analgésico e antitérmico, usado para baixar a 
febre e aliviar dores leves a moderadas como dores de cabeça, dores 
menstruais ou dor de dentes, por exemplo, em adultos e crianças.Efeitos 
colaterais do Paracetamol 
Os efeitos colaterais: 
 
https://www.bulario.com/omeprazol/
-alterações do humor, anemia hemolítica, cansaço, coceira na pele, cólica 
abdominal, confusão mental, dano do fígado, diarreia, dificuldade ou dor ao urinar, 
diminuição da quantidade de urina, febre, fraqueza, cor amarelada da pele, 
náuseas, paralisia repentina, perda do apetite, sangramento, urina escura ou com 
sangue, urticária, vermelhidão na pele e vômitos. 
https://www.cn1.com.br/noticias/11/43284,os-perigosos-efeitos-colaterais-de-tomar-
paracetamol-em-excesso.html 
Dipirona 
Indicação 
Indicado para aliviar a dor e para baixar a febre. 
Efeitos Colaterais: 
mais frequentes: são alergia com coceira, ardor, vermelhidão, urticária, inchaço ou 
falta de ar, alterações no batimento cardíaco e nos valores do exame de sangue, 
podendo aparecer anemia. 
https://www.bulario.com/dipirona/ 
Cefalexina 
Indicação 
Cefalexina é indicada para o tratamento da sinusite bacteriana, otite média e para 
infecções do trato respiratório, do trato geniturinário, da pele, dos tecidos moles, 
ósseas e dentárias, em crianças e adultos. 
Efeitos Colaterais 
-náusea, vômito, diarreia, má digestão, dor abdominal, urticária na pele, 
angioedema, coceira anal e genital, monilíase genital, vaginite e corrimento vaginal, 
tontura, fadiga, dor de cabeça, agitação, confusão, alucinações, artralgia, artrite e 
doenças articulares. 
Advertências e Precauções 
 
https://www.cn1.com.br/noticias/11/43284,os-perigosos-efeitos-colaterais-de-tomar-paracetamol-em-excesso.html
https://www.cn1.com.br/noticias/11/43284,os-perigosos-efeitos-colaterais-de-tomar-paracetamol-em-excesso.html
https://www.bulario.com/dipirona/
Antes de usar Cefalexina​, deverá falar com o seu médico se estiver grávida ou 
amamentando. 
Cefalexina corta o efeito do anticoncepcional? 
Sim, Cefalexina pode cortar o efeito do anticoncepcional, pois é um antibiótico e 
pode alterar a eficacia do anticoncepcional oral, sendo recomendado que utilize 
outros métodos contraceptivos. 
https://www.bulario.com/cefalexina/ 
Complexo B 
Indicação 
Para que serve? 
Hipovitaminose do complexo B, coadjuvante da terapêutica antibacteriana, 
convalescença. Dieta de ulcerosos e diabéticos. Estomatite, glossite, distúrbios 
gastrintestinais, colite, doença celíaca, esteatorréia, espru, alcoolismo crônico. 
Efeitos Colaterais 
As mais comuns com o uso do produto injetável caracterizam-se por dor e 
vermelhidão no local de aplicação do produto em alguns pacientes. 
Advertências e Precauções 
A administração parenteral de qualquer medicamento que contenha vitamina B1 
pode determinar, em casos isolados, choque anafilático, embora essa eventualidade 
seja muito rara quando a via utilizada é a intramuscular. 
V​itaminas do Complexo B 
são eficazes para os casos de convalescenças e estados de ​desnutrição​; 
coadjuvante de terapêutica antibacteriana, pois ajudam o restabelecimento da flora 
 
https://www.bulario.com/cefalexina/
https://consultaremedios.com.br/vitaminas-do-complexo-b/bula/para-que-serve
https://minutosaudavel.com.br/desnutricao/
intestinal; nas dietas dos ulcerosos e de diabéticos; nos casos de ​estomatite​, 
glossite, ​colite​, doenças celíaca, esteatorréia, espru, ​alcoolismo​ crônico, coma 
hepático, insuficiência hepática, inclusive as de natureza grave, toxicoses exógenas 
e endógenas, ​anorexia​ e astenia. Herpes-zoster. Lesão miocárdica de origem 
infecciosa, tóxica ou carencial,Geriatria. 
Quais as contraindicações do Vitaminas do Complexo B? 
Hipersensibilidade a qualquer uma das vitaminas do produto, principalmente a 
Tiamina. 
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Vitaminas do Complexo 
B? 
Nas doses indicadas o produto é bem tolerado. 
Se ocorrer superdosagem podem manifestar-se sintomas gastrintestinais como 
diarréia, náusea, vômito e cólicas abdominais e reações cutâneas como urticárias e 
prurido, ou mesmo letargia. 
https://consultaremedios.com.br/vitaminas-do-complexo-b/bula/para-que-serve​’ 
Amoxicilina 
Indicação 
-tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis à Amoxicilina, como 
infecções urinárias, de ouvido ou respiratórias, amigdalite, sinusite ou vaginite, em 
adultos e crianças. 
Quais os males que pode me causar? 
Alguns dos efeitos colaterais de Amoxicilina 500 mg podem incluir diarreia, urticária, 
bolinhas vermelhas, vermelhidão e coceira na pele. 
Contraindicações 
Amoxicilina 500 mg está contraindicada para pacientes com historial de alergia a 
antibióticos betalactâmicos, como penicilinas e cefalosporinas e para pacientes com 
alergia à Amoxicilina ou a algum dos componentes da fórmula 
 
https://minutosaudavel.com.br/estomatite-aftosa-e-viral-tratamento-sintomas-e-causas/
https://minutosaudavel.com.br/colite/
https://minutosaudavel.com.br/alcoolismo-o-que-e-sintomas-tratamento-medicamentos-tem-cura/
https://minutosaudavel.com.br/anorexia/
https://consultaremedios.com.br/vitaminas-do-complexo-b/bula/reacoes-adversas
https://consultaremedios.com.br/vitaminas-do-complexo-b/bula/reacoes-adversas
https://consultaremedios.com.br/vitaminas-do-complexo-b/bula/para-que-serve
https://www.bulario.com/amoxicilina_500_mg/ 
Ampicilina 
Indicação 
-tratar infecções sensíveis à Ampicilina, como infecções urinárias, respiratórias, 
digestivas, biliares, bucais, assim como infecções causadas por intervenções 
cirúrgicas, em adultos e crianças. 
Além disso, a ampicilina também é indicada no tratamento de infecções localizadas 
ou sistêmicas especialmente causadas por microorganismos do grupo enterococos, 
Haemophilus, Proteus, Salmonella e E. coli. 
Efeitos Colaterais 
Quais os males que pode me causar? 
-vermelhidão de pele, urticária, coceira, náuseas, vômitos ou diarreia. 
https://www.bulario.com/ampicilina/ 
Azitromicina 
Indicação 
- tratar infeções causadas por bactérias sensíveis à azitromicina que possam causar 
infeções nos brônquios, pulmões, nariz, faringe, laringe e traqueia, assim como no 
tratamento da sinusite, amigdalite e otite. 
Pode ser usado também para tratar infecções da pele e músculos, doenças 
sexualmente transmissíveis em homens e mulheres ou cancro na pele causado por 
bactéria ​Haemophilus ducreyi. 
Efeitos Colaterais 
mais comuns: náusea, vômito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal, 
alteração no funcionamento do fígado com aparecimento de icterícia, perda de 
 
https://www.bulario.com/amoxicilina_500_mg/
https://www.bulario.com/ampicilina/
audição devido a toxicidade no ouvido, alterações nos valores do exame de sangue 
como redução das células de defesa ou plaquetas, alterações no batimento 
cardíaco, baixa da pressão arterial, tontura, sonolência e perda de apetite. 
Contraindicações 
A Azitromicina não deve ser usada em mulheres grávidas ou que estejam a 
amamentar ou pessoas com alergia a qualquer componente da fórmula. 
Advertências e Precauções 
O que devo saber antes de usar? 
Durante o tratamento podem surgir reações alérgicas ao medicamentos com 
vermelhidão, coceira e inchaço da pele, boca, garganta ou nariz. 
No caso de existir problema grave de fígado, a utilização deste remédio deve ser 
feito muito cuidadosamente. 
https://www.bulario.com/azitromicina/ 
 
https://www.bulario.com/azitromicina/

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