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E-book 3
Hamilton Moura
CONTABILIDADE 
GERAL
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
CONTAS E PLANO DE CONTAS ��������������4
O MÉTODO DAS PARTIDAS 
DOBRADAS �������������������������������������������������12
DÉBITOS E CRÉDITOS – POR QUE 
OS LEIGOS NÃO ENTENDEM? ���������������18
REGISTRO CONTÁBIL DAS CONTAS 
PATRIMONIAIS �������������������������������������������19
PREPARAÇÃO DE UM BALANCETE 
DE VERIFICAÇÃO ��������������������������������������27
O que é um balancete de verificação? ����������������� 27
REGISTRO CONTÁBIL DAS CONTAS 
DE RESULTADO ����������������������������������������� 33
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������39
SÍNTESE ������������������������������������������������������ 40
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos começar a estudar como é 
feito o processamento da contabilidade. São muitos 
detalhes que você precisa ir assimilando aos poucos 
para conseguir dominar a linguagem dos negócios.
Estudaremos o que é uma conta e como elaborar um 
plano de contas de uma empresa para que a conta-
bilidade consiga gerar as informações necessárias 
aos seus usuários.
Depois, verificaremos como são efetuados os regis-
tros contábeis das transações feitas pela empresa 
para que se possa elaborar as duas principais de-
monstrações contábeis, balanço patrimonial e de-
monstração do resultado.
Eu estou certo de que logo você vai começar a do-
minar essa nova língua que está aprendendo e con-
seguirá se comunicar muito melhor no mundo dos 
negócios.
3
CONTAS E PLANO DE 
CONTAS
O que é uma conta?
O significado de conta, quando se procura um dicio-
nário, é a ação ou efeito de contar, de avaliar uma 
quantidade�
Para a Contabilidade, conta é o elemento do patri-
mônio ou de resultado que permite realizar a classi-
ficação todas as transações da empresa. Para que 
se consiga fazer essa classificação é necessário 
elaborar um plano de contas e, nesse plano, cada 
elemento patrimonial ou econômico deve ser repre-
sentado em uma conta.
Elementos Patrimoniais do Ativo
• Nomenclatura da Conta:
 � Caixa
 � Bancos
 � Contas a receber
 � Estoques
 � Veículos
 �Máquinas e Equipamentos
 �Móveis e Utensílios
4
Elementos Patrimoniais do Passivo
• Nomenclatura da Conta:
 � Fornecedores
 � Empréstimos
 � Impostos a Pagar
 � Salários e Encargos Sociais a Pagar
Elementos do Patrimônio Líquido
• Nomenclatura da Conta:
 � Capital Social
 � Reserva de Lucros
O plano de contas deve ser desenhado sob medida 
para a empresa, de forma que atenda às necessida-
des de informações de seus usuários sobre todos os 
elementos patrimoniais e econômicos da entidade.
Ainda que dentro de um mesmo ramo de atividade, 
as empresas podem e devem ter planos de contas 
diferentes, pois sempre há algum elemento patrimo-
nial particular ou uma necessidade de informação 
específica para aquela empresa.
Cabe ao contador, junto com o gestor ou proprietário 
da empresa, fazer esse trabalho inicial, planejando 
todas as contas que serão necessárias para o re-
gistro de todas as suas transações e controle dos 
elementos patrimoniais e econômicos, conseguindo 
extrair relatórios úteis para a gestão da empresa.
5
Podcast 1 
Para facilitar o registro, o plano de contas deve ser 
codificado em níveis de contas sintéticas e analíticas. 
As contas sintéticas agruparão outras contas, tendo 
um nível de detalhe menor, e as contas analíticas 
serão aquelas que entrarão no detalhe das transa-
ções. Por exemplo, a conta “fornecedores” englobará 
todas as dívidas com todos os fornecedores, mas 
a contabilidade deverá ter uma conta analítica para 
cada fornecedor, assim, saberá a qualquer momento 
o valor da dívida com um fornecedor específico.
Os planos de contas usam, de forma geral, a seguinte 
estrutura para as contas patrimoniais:
1. Ativo
1.1. Ativo Circulante
1.1.1 Disponibilidades
1.1.2 Contas a Receber
1.1.2.01 cliente x
1�1�2�02 cliente y
 1�1�2�03 ���
1.1.3 Estoques
1.1.3.01 produto x
1.1.3.02 produto y
1�1�3�04 ���
6
https://famonline.instructure.com/files/118403/download?download_frd=1
1.1.4 Veículos
1.1.4.01 veículo x
1.1.4.02 veículo y
1�1�4�03���
 1.2 Ativo não Circulante
 1.2.1 Imobilizado
 1.2.1.1 Máquinas e Equipamentos
1.2.1.1.01 Máquina x...
1.2.1.1.02.1.1 Máquina y
1�2�1�1�02�1�2 ���
1.2.1.1.02.1.3 Equipamento x
1.2.1.1.02.1.4 Equipamento y
1�2�1�1�02�1�5 ���
1.2.1.2 Móveis e Utensílios
1�2�1�2�01�1 Mesas
1.2.1.2.01.2 Cadeiras
1.2.1.2.01.3 Poltronas
1�2�1�2�01�4 ���
2. Passivo
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Fornecedores
7
2.1.1.01 Fornecedor x
2.1.1.02 Fornecedor y
2�1�1�03 ���
2.1.2 Empréstimos
 2.1.2.01 Banco x
 2.1.2.02 Banco y
 2�1�2�03 ���
2.1.3 Impostos a Pagar
 2.1.3.01 Imposto de renda a pagar
 2.1.3.02 ICMS a Pagar
 2.1.3.03 ISS a Pagar
 2�1�3�04 ���
2.1.4 Salários e Encargos Sociais a Pagar
 2.1.4.01 Salários a Pagar
 2.1.4.02 FGTS a Pagar
 2.1.4.03 INSS a Pagar
 2.1.4.04 Férias a Pagar
 2�1�4�05 ���
 2.2 Passivo não Circulante
 2.2.1 Empréstimos de Longo Prazo 
8
 2.2.1.01 Banco x
 2.2.1.02 Banco y
 2�2�1�03 ���
2.2.2 Financiamento de Longo prazo 
2.2.2.01 Financeira x
 2�2�2�02 Financeira y
2.3 Patrimônio Líquido
 2.3.1 Capital Social
 2.3.2 Capital Social a Realizar
 2.3.3 Reserva de Capital
 2.3.4 Reserva de Lucros
3 Resultado Líquido
3.1 Resultado Operacional
 3.1.1 Receitas Operacionais
 3�1�1�1 Receitas de Vendas
 3.1.1.2 Receitas de Prestação de Serviços
 3�1�1�3 ���
3.1.2 Custos Operacionais
3.1.2.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.2.2 Custos dos Serviços Prestados
3�1�2�3 ���
9
3.1.3 Despesas Operacionais
3.1.3.1 Despesas Administrativas
3.1.3.2 Despesas Comerciais
3.1.3.3 Despesas Financeiras Líquidas
3.1.3.4 Despesas Tributárias
3.1.3.5 Amortizações e Depreciações
3�1�3�6 ���
Note que é importante que o plano de contas tenha 
flexibilidade para incluir mais contas que poderão 
ser necessárias para registrar as operações da em-
presa. Deve prever um bom número de contas analí-
ticas para ter um controle detalhado dos elementos 
patrimoniais.
Nesse exemplo simples, consideramos a conta clien-
tes com o código 1.1.2.01 cliente X, isso significa 
que poderemos registrar simultaneamente até 99 
clientes, 01, 02, 03, 04...98, 99. Poderíamos ter criado 
um número mais amplo, dependendo do porte da 
empresa, por exemplo, 1.1.2.001 podendo registrar 
simultaneamente até 999 clientes, de 001 a 999.
Com essa codificação, os sistemas de contabilidade 
conseguem resumir as informações ou entrar nos 
detalhes que seu usuário necessitar. Para elaborar o 
Balanço Patrimonial, as contas mais utilizadas serão 
as contas sintéticas, pois não interessa mostrar no 
balanço patrimonial o saldo de cada cliente, o saldo 
10
de cada fornecedor ou o saldo de cada item do ativo 
imobilizado.
Falamos em necessidades de informações por par-
te dos usuários da contabilidade. Quem são esses 
usuários?
Temos dois tipos de usuários: os internos e os exter-
nos. Os usuários internos são os sócios da empresa, 
seus gestores e colaboradores; esses têm acesso 
a informações mais detalhadas, analíticas dos ele-
mentos patrimoniais. Os usuários externos utilizam 
as informações produzidas para o público externo, 
as demonstrações contábeis publicadas. Abaixo se-
gue alguns usuários externos e sua necessidade de 
informação:
• Credores – precisam ter informações sobre a capa-
cidade da empresa para pagar empréstimos e juros.
• Fornecedores – geralmente dão crédito à empresa 
e querem saber se a empresa terá liquidez (recursos 
para pagar suas dívidas).
• Funcionários – estão particularmente interessados 
na capacidade da empresa de pagar seus salários e 
eventuais participações.
• Clientes – especialmente se forem dependentes de 
um fornecedor, estão interessados na continuidade 
da empresa.
• Governos e seus agentes – informações financeiras 
confiáveis das empresas são usadas como base para 
a tributação.
11
• Sociedade – as demonstrações contábeis publica-das incluem informações relevantes para o interesse 
público, tais como informações ambientais ou políti-
cas sobre o emprego de pessoas com deficiência, etc.
12
O MÉTODO DAS 
PARTIDAS DOBRADAS
Os registros contábeis, para qualquer empresa, de-
vem ser mantidos separados dos negócios pessoais 
dos seus sócios. Esse conceito de que a pessoa jurí-
dica se distingue da pessoa física dos proprietários 
é conhecido como o princípio da entidade.
Por que todas as empresas precisam manter regis-
tros contábeis?
Os registros contábeis acompanham de onde vem 
o recurso e como é aplicado e são obrigatórios por 
lei. Ajudam a manter o controle de bens, direitos e 
obrigações de uma empresa.
Uma pessoa jurídica, quando constituída, não tem 
dinheiro, o proprietário é que investe os recursos (co-
nhecido como capital próprio) e talvez tome recursos 
emprestados também, e esse dinheiro é usado para 
comprar ativos que devem trazer benefícios financei-
ros futuros para a empresa. Se for uma empresa de 
varejo, esses ativos podem ser instalações, equipa-
mentos e mercadorias para revenda. Uma empresa 
de serviços pode precisar apenas de um escritório, 
móveis e computadores. Já uma empresa industrial 
tem um investimento elevado em ativos imobilizados 
(máquinas, equipamentos, veículos, etc.), pois pre-
cisa comprar matéria-prima, fabricar seus produtos, 
formar estoques e vender.
13
Os registros contábeis separam os recursos coloca-
dos na empresa pelo proprietário (capital próprio) e 
o recurso emprestado (as dívidas que precisam ser 
pagas). Os registros contábeis também separam 
os ativos comprados, do financiamento usado para 
comprar os ativos. A empresa só pode ter tantos 
ativos quanto os recursos financeiros disponíveis. 
Os registros contábeis, consequentemente, sempre 
refletirão que:
Ativos = patrimônio líquido + passivos (ou seja, 
financiamento dos sócios + financiamento de 
terceiros)
O que são ativos, passivos e patrimônio líquido?
Os Ativos são os recursos econômicos pertencen-
tes a uma empresa. Ativos podem ser dinheiro em 
caixa ou em conta bancária da empresa, ou itens 
como imóveis, móveis e utensílios, equipamentos, 
veículos e ações de outras empresas, mercadorias 
para revenda, entre outros. Um ativo importante nas 
empresas que vendem bens ou serviços a prazo é 
o que é devido à empresa pelos seus clientes. Este 
ativo é conhecido como Contas a Receber ou Valores 
a Receber�
Os Passivos são as dívidas da empresa. Os principais 
tipos de obrigações são os credores (dinheiro devido 
pela empresa a fornecedores de bens e serviços), 
tributos, empréstimos bancários, entre outros.
O Patrimônio Líquido representa o valor do inves-
timento na empresa pelos sócios. É essa parte da 
14
empresa que pertence ao proprietário; é classificado 
como patrimônio líquido – tudo o que a empresa tem, 
menos o que ela deve a terceiros.
REFLITA
Uma empresa no final de seu primeiro ano de 
atividades tem ativos de R$ 100.000,00 e passi-
vos de R$ 80.000,00. Que informação importante 
está contida na diferença entre estes dois itens?
Ativos de R$ 100.000,00 menos passivos de R$ 
80.000,00 significam que a empresa tem ativos 
líquidos de R$ 20.000,00. Outra maneira de dizer 
que a empresa tem um patrimônio líquido de R$ 
20.000,00 pertencente aos proprietários. Qual-
quer que seja o tamanho e a natureza da empre-
sa, os ativos menos os passivos sempre serão 
iguais ao capital pertencente aos proprietários.
Vamos analisar agora o efeito de algumas transa-
ções sobre o patrimônio da empresa que estamos 
estudando.
José Roberto montou uma pequena empresa 
de entregas a JR Serviços de Entregas Ltda. em 
03/12/2018. Na tabela abaixo, mostraremos o efeito 
das transações sobre o seu patrimônio.
Cada transação terá um efeito positivo (+) e / ou 
negativo (-) nos ativos ou passivos em questão.
• Os ativos ou passivos devem ser subdivididos no 
tipo de ativo ou passivo que sofre a alteração po-
sitiva ou negativa.
15
• Para cada transação, bem como para o efeito glo-
bal de várias transações, o valor patrimônio líquido 
refletirá a equação do patrimônio: A – P = PL.
Transações Ativos 
R$
Passivos 
R$
PL R$
1� Os sócios iniciam a em-
presa com R$ 200.000 depo-
sitados em uma conta ban-
cária em 03/12/2018
+ 200.000 
(bancos)
+ 200.000
(capital 
social)
2� A empresa compra um 
veículo por R$ 50.000, 
paga R$ 25.000 com 
cheque e financia o 
restante junto ao ban-
co, em 04/12/2018
+ 50.000
(veículos)
- 25�000
(bancos)
+ 25.000
(financiamen-
to)
0
3� A empresa adquire 
suprimentos no valor de 
R$ 10.000 a prazo, em 
05/12/2018
+ 10.000
(suprimen-
tos)
+ 10.000
(fornecedores)
0
4� A empresa adquire mó-
veis no valor de R$ 20.000, 
pagando 40% com cheque e 
o restante em 4 parcelas, em 
06/12/2018.
+ 20.000
(bancos)
+ 20.000
(fornecedores)
0
5� A empresa prestou um 
serviço no dia 06/12/2018 
no valor de R$ 1.000,00, com 
prazo de 30 dias.
+ 1.000
(Contas a 
Receber)
0 + 1.000
(receita de 
serviço)
Total 281.000 80.000 201�000
Tabela 1: Efeitos sobre o patrimônio. 
Como as alterações na tabela acima estão relacio-
nadas à equação contábil?
Aplicando a equação contábil, A – P = PL, obser-
vamos que a variação global dos ativos no período 
(+ R$ 281.000,00) menos a variação no passivo no 
período (+ R$ 80.000,00) é igual à mudança no patri-
mônio líquido no período. (+ R$ 201.000,00).
16
O que é perceptível na equação contábil após cada 
transação na tabela acima?
A equação contábil permanece em equilíbrio, pois 
cada transação deve alterar ambos os lados da equa-
ção, A – P = PL, pelo mesmo valor. Isso pode ser 
mostrado observando as seis transações acima, da 
seguinte maneira:
1. R$ 200.000,00 – 0 = R$ 200.000,00
2. R$ 25.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 0
3. (R$ 10.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 0
4. R$ 20.000,00 – R$ 20.000,00) = R$ 0
5. R$ 1.000,00 – R$ 0 = R$ 1.000,00 (ambos os lados 
da equação aumentam em R$ 1.000,00)
Cada transação acima é registrada duas vezes para 
manter a equação do patrimônio em equilíbrio. Este 
efeito duplo é conhecido como método das partidas 
dobradas e é o princípio básico associado à produção 
do balanço patrimonial.
Qual é, então, o conceito das partidas dobradas e 
como ele se relaciona com a equação contábil?
O conceito das partidas dobradas é que toda tran-
sação tem dois aspectos que devem ser iguais para 
manter em equilíbrio a equação contábil, A – P = PL.
Como é que as empresas apresentam suas infor-
mações no balanço patrimonial?
Os balanços patrimoniais são geralmente prepara-
dos em formato vertical, fornecendo aos proprietá-
17
rios informações claras sobre os ativos líquidos da 
empresa.
O balanço patrimonial é normalmente produzido no 
final de cada exercício e é uma fotografia da posição 
patrimonial e financeira da empresa no último dia do 
exercício contábil. Para fins de aprendizagem, vamos 
voltar ao balanço da JR Serviços de Entregas Ltda. 
no final do seu sexto dia de operações.
Um formato de balanço patrimonial simples poderia 
ser assim:
JR Serviços Patrimoniais Ltda.
Balanço Patrimonial em 06/12/2018
Ativos R$
Bancos 167.000,00
Contas a Receber 1.000,00
Suprimentos
Móveis
Veículos
 10.000,00
 20.000,00
 50.000,00
248.000,00
Passivos
Fornecedores 22.000,00
Empréstimos bancários 25.000,00
Total dos passivos 47.000,00
Patrimônio Líquido (A - L) 201.000,00
Tabela 2: Balanço Patrimonial. Fonte: Elaboração própria.
18
DÉBITOS E CRÉDITOS – 
POR QUE OS LEIGOS NÃO 
ENTENDEM?
Normalmente, as pessoas pensam em débito como 
algo negativo e crédito como algo positivo, mas na 
contabilidade isso não faz sentido.
Quando você recebe seu extrato bancário, se seu 
saldo é credor, significa que você tem dinheiro dis-
ponível no seu banco. Mas o contador do banco não 
está fazendo a sua contabilidade, ele faz a do banco. 
Quando você faz um depósito no banco, significa 
que ele está devendo para você e, por isso, o saldo 
é credor. Quando o banco recebe seu depósito, é 
como se ele tivesse contraídouma dívida, ele tem 
a obrigação de devolver esse “empréstimo” assim 
que você solicitar.
SAIBA MAIS
Para aprofundar mais seus conhecimentos em 
débitos e créditos, assista ao vídeo “Débitos e 
Créditos em Razonetes”, com o Prof. Leonardo 
José Seixas Pinto, clicando no link abaixo: https://
www.youtube.com/watch?v=423lNHtKJvU.
19
https://www.youtube.com/watch?v=423lNHtKJvU
https://www.youtube.com/watch?v=423lNHtKJvU
REGISTRO CONTÁBIL DAS 
CONTAS PATRIMONIAIS
Como as contas são registradas em partidas 
dobradas?
No método das partidas dobradas, cada conta em 
duas partes, ou dois lados, da seguinte forma:
Nome da Conta
Figura 1: Conta “T”.
Esta aparência de um “T” levou à denominação de 
contas “T”, ou também conhecida como “razonete”, 
uma simplificação do livro Razão, que são utilizadas 
para fins didáticos.
A convenção – que não muda há centenas de anos 
– prescreve que sempre o lado esquerdo de uma 
conta “T” é chamado de débito, e o lado direito é 
chamado de crédito.
Nome da Conta
Débito (D) Crédito (C)
Figura 2: Conta “T” – débito e crédito. 
20
Qual é o principal motivo pelo qual todas as contas 
são divididas em um lado esquerdo ou de débito e 
um lado direito ou de crédito?
Como estudamos, por causa da escrituração por 
partidas dobradas, se uma conta é alterada como 
resultado de uma transação financeira, outra conta 
também precisa ser alterada para manter a equação 
contábil em equilíbrio. Isso é mostrado no “razonete” 
ou conta “T” registrando cada transação duas vezes, 
uma conta sendo debitada e outra sendo creditada. 
Isso é feito de acordo com regras convencionadas 
há muito tempo, que tratam contas de ativos de ma-
neira diferente das contas de passivo e da conta de 
patrimônio líquido.
Figura 3: Registros Contábeis. Fonte: Pixabay.
21
https://pixabay.com/photos/archive-files-register-office-3859388/
Quais são as regras da escrituração por partidas 
dobradas?
Se uma transação aumentar uma conta de ativo, o 
valor desse aumento deverá ser registrado no lado 
de débito ou esquerdo da conta do ativo. Se, no en-
tanto, uma transação diminuir uma conta do ativo, 
o valor dessa redução deverá ser registrado no cré-
dito ou no lado direito da conta do ativo. O inverso 
dessas regras aplica-se às contas do passivo e às 
contas patrimônio líquido, conforme mostrado nas 
três contas “T” abaixo:
Contas de ativo
Débito (D)
Aumento de ativos
Crédito (C)
Diminuição de ativos
Contas de passivo
Débito (D)
Diminuição de passivos
Crédito (C)
Aumento de passivos
Contas do patrimônio líquido
Débito (D)
Diminuição do P.L.
Crédito (C)
Aumento do P.L. 
Figura 4: Regras de débito e crédito nas contas patrimoniais. 
Essas regras precisam ser memorizadas inicialmente, 
pois não são intuitivas. Ao ver como eles funcionam 
na prática e fazendo exercícios, elas se tornarão au-
tomáticas como depois de aprender a andar de bici-
22
cleta, você não fica pensando como vai se equilibrar 
na bicicleta, simplesmente pedala e anda.
O saldo em uma conta de ativo é sempre devedor. O 
saldo em uma conta de passivo ou patrimônio líquido 
é sempre credor. Há algumas exceções que serão 
estudadas mais à frente.
A melhor maneira de entender como funcionam as 
regras dos registros contábeis de partidas dobra-
das é através de um exemplo. Vamos agora registrar 
as seis transações realizadas pela JR Serviços de 
Entregas Ltda. nas devidas contas “T” (razonetes).
Exemplos de contabilização de transações:
O proprietário inicia o negócio com R$ 200.000,00 
depositados em uma conta bancária em 03/12/2018.
Bancos
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
Crédito (C)
Capital Social
Débito (D) Crédito (C)
(03/12) 200.000,00
Figura 5: Contabilização do capital social. 
A empresa compra um veículo por R$ 50.000,00, 
pagando R$ 25.000,00 em cheque e financiando o 
restante em 04/12/2018.
23
Veículos
Débito (D)
(04/12) 50.000,00
Crédito (C)
Bancos
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
Financiamento
Débito (D) Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
Figura 6: Contabilização da compra de um veículo. 
Veja que essa transação envolveu três contas, a 
aplicação do recurso em um veículo no valor de R$ 
50.000,00 e as origens que vieram de duas fontes: pa-
gamento de R$ 25.000,00 (reduzindo a conta Bancos) 
e aumentando uma obrigação, financiamento de R$ 
25.000,00 (aumentando a conta de passivo). Um dé-
bito de R$ 50.000,00 e dois créditos de R$ 25.000,00.
A JR adquire suprimentos de seus fornecedores, a 
prazo, no valor de 10.000,00 em 05/12/2018.
24
Suprimentos 
Débito (D)
(05/12) 10.000,00
Crédito (C)
Fornecedores
Débito (D) Crédito (C)
10.000,00 (05/12)
Figura 7: Contabilização da compra de suprimentos a prazo. 
Em 06/12/2018 empresa adquire móveis e equipa-
mentos para seu escritório, no valor de R$ 20.000,00, 
pagando 40% à vista e o restante em quatro parcelas.
Móveis e equipamentos
Débito (D)
(06/12) 20.000,00
Crédito (C)
Bancos
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
8.000,00 (06/12)
Fornecedores
Débito (D) Crédito (C)
10.000,00 (05/12)
12.000,00 (06/12)
Figura 8: Contabilização da aquisição de móveis e equipamentos. 
25
A empresa presta um serviço de entregas a um clien-
te, no dia 06/12/2018, no valor de R$ 1.000,00 com 
prazo de recebimento de 30 dias.
Contas a Receber
Débito (D)
(06/12) 1.000,00
Crédito (C)
Receitas de Serviço
Débito (D) Crédito (C)
1.000,00 (06/12)
Figura 9: Contabilização de receita de serviços. 
Em 20/12/2018, a empresa paga 20% da dívida com 
o fornecedor de suprimentos.
Fornecedores
Débito (D)
(20/12) 2.000,00
Crédito (C)
10.000,00 (05/12)
12.000,00 (06/12)
Bancos
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
8.000,00 (06/12)
2.000,00 (20/12)
Figura 10:  Contabilização de pagamento ao fornecedor de supri-
mentos. 
26
Registramos as consequências dessas transações 
para a JR Serviços de Entregas Ltda. Você achou fácil 
fazer isso? Como havia apenas seis transações, pro-
vavelmente não foi muito difícil. No entanto, muitas 
empresas precisam registrar centenas de transações 
por dia. Ter contas “T” para cada conta patrimonial 
torna muito mais fácil obter as informações de tipos 
diferentes de transações, no entanto, tudo isso é feito 
eletronicamente. A seguir, explicaremos o que é feito 
com os saldos em cada uma dessas contas.
27
PREPARAÇÃO DE 
UM BALANCETE DE 
VERIFICAÇÃO
O que é um balancete de 
verificação?
Um balancete é uma lista de todos os saldos nas 
contas contábeis. Ele serve como uma conferência 
para garantir que, para cada transação, cada débito 
registrado em uma conta contábil tenha sido cor-
respondido com um crédito em outra conta. Se as 
partidas dobradas foram corretamente executadas, 
o total dos saldos devedores sempre será igual ao 
total dos saldos credores. Além disso, um balancete 
constitui a base para a preparação das principais 
demonstrações financeiras, do balanço e da demons-
tração do resultado.
Como podemos preparar um balancete?
Para preparar um balancete, primeiro precisamos 
apurar os saldos das contas contábeis. Em seguida, 
produzimos o balancete, listando os saldos finais 
das contas em colunas de saldo devedor e saldo 
credor. Abaixo estão as contas “T” da JR Serviços 
de Entregas Ltda. Precisamos calcular o saldo de 
cada uma dessas contas para compilar o balancete.
28
Figura 11: Relatório Contábil. Fonte: Pixabay.
Bancos
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
200.000,00
saldo 165.000,00
Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
8.000,00 (06/12)
2.000,00 (20/12)
35.000,00
Figura 12: Bancos. 
Observe que, na conta Bancos, tivemos um único 
débito de R$ 200.000,00 e, no crédito, temos três 
valores que somam R$ 35.000,00. Então, o saldo é R$ 
200.000,00 – R$ 35.000,00 = R$ 165.000,00. Como o 
total do débito é maior que o total do crédito, temos 
um saldo devedor.
29
https://pixabay.com/photos/accounting-report-credit-card-761599/
Capital Social
Débito (D)
(03/12) 200.000,00
Crédito (C)
200.000,00 (03/12)
200.000,00 saldoFigura 13: Capital Social. 
Na conta Capital Social, tivemos um único lança-
mento a crédito de R$ 200.000,00, portanto, temos 
um saldo credor nesse mesmo valor.
Veículos
Débito (D)
(04/12) 50.000,00
saldo 50.000,00
Crédito (C)
Figura 14: Veículos. 
Na conta veículos, temos um único lançamento a 
débito no valor de R$ 50.000,00, portanto, temos 
um saldo devedor no mesmo valor.
Financiamento
Débito (D) Crédito (C)
25.000,00 (04/12)
25.000,00 saldo
Figura 15: Financiamento. 
30
Na conta financiamento, temos um único lançamento 
a crédito, no valor de R$ 25.000,00, portanto, temos 
um saldo credor no mesmo valor.
Suprimentos 
Débito (D)
(05/12) 10.000,00
saldo 10.000,00
Crédito (C)
Figura 16: Suprimentos. 
Na conta suprimentos, temos um único lançamento 
a débito, no valor de R$ 10.000,00, portanto, temos 
um saldo devedor no mesmo valor.
Fornecedores
Débito (D)
(20/12)2.000,00
2.000,00
Crédito (C)
10.000,00 (05/12)
12.000,00 (06/12)
22.000,00
20.000,00 saldo
Figura 17: Fornecedores. 
Na conta fornecedores, temos duas compras a prazo, 
que somam R$ 22.000,00 e um pagamento de R$ 
2.000,00, portanto, temos um saldo credor de R$ 
20.000,00.
31
Móveis e equipamentos
Débito (D)
(06/12) 20.000,00
saldo 20.000,00
Crédito (C)
Figura 18: Móveis e equipamentos. 
Na conta Móveis e equipamentos, temos um único 
lançamento a débito, no valor de R$ 20.000,00, por-
tanto, o saldo é devedor no mesmo valor
Contas a receber
Débito (D)
(06/12) 1.000,00
saldo 1.000,00
Crédito (C)
Figura 19: Contas a receber. 
Em contas a receber, temos um único lançamento 
a débito, no valor de R$ 1.000,00, portanto, o saldo 
é devedor no mesmo valor.
Receitas de serviços
Débito (D) Crédito (C)
1.000,00 (06/12)
1.000,00 saldo
Figura 20: Receitas de serviços. 
32
Na conta receitas de serviços, temos um crédito, no 
valor de R$ 1.000,00, portanto, o saldo é credor no 
mesmo valor.
Fazendo uma lista dos saldos apurados acima, pro-
duzimos um balancete como segue.
JR Serviços de Entregas Ltda.
Balancete de Verificação
20/12/2018
Contas Saldos devedores Saldos credores
Bancos R$ 165.000,00
Capital Social R$ 200.000,00
Veículos R$ 50.000,00
Financiamento R$ 25.000,00
Suprimentos R$ 10.000,00
Fornecedores R$ 20.000,00
Móveis e 
Equipamentos
R$ 20.000,00
Contas a Receber R$ 1.000,00
Receitas de 
Serviços
R$ 1.000,00
Totais 246.000,00 246.000,00
Tabela 3: Balancete de Verificação. 
Podemos observar que o total de saldos devedores 
é igual ao total de saldos credores. Isso demonstra 
que, para cada transação, seguimos o princípio bá-
sico da escrituração das partidas dobradas – “para 
cada débito existe um crédito”.
33
REGISTRO CONTÁBIL DAS 
CONTAS DE RESULTADO
Qual é o principal objetivo da atividade empresarial?
De modo geral, a principal razão para a existência de 
uma empresa é gerar um lucro para os sócios, duran-
te determinado período (Obviamente, uma empresa 
pode ter outros objetivos, e precisa trabalhar dentro 
da legislação).
Figura 21: Objetivo da atividade empresarial. Fonte: Pixabay.
O lucro, ao longo de um período, é alcançado pela 
negociação com sucesso, ou seja, uma empresa é 
capaz de vender bens ou serviços por mais do que 
as despesas incorridas para produzi-los no mesmo 
período. Uma perda em um período, por outro lado, 
é quando uma empresa só pode vender bens ou ser-
viços por menos do que as despesas incorridas para 
produzi-los no mesmo período.
A receita é um conceito mais amplo do que as ven-
das, pois inclui todos os ganhos em um período. As 
receitas incluem os juros recebidos, os rendimen-
tos recebidos, etc., bem como as vendas à vista e 
a prazo.
34
https://pixabay.com/illustrations/profit-business-businessman-hand-2210588/
Qual é a diferença entre obter lucro e gerar caixa em 
um período contábil?
Preste muita atenção ao que vou falar agora: o lu-
cro é quando a receita auferida, à vista ou a prazo, 
é maior que as despesas incorridas, pagas ou não, 
no mesmo período contábil.
A geração de caixa durante um período contábil, ao 
contrário, é quando as entradas de caixa são maiores 
do que as saídas de caixa no mesmo período. As 
entradas e saídas de caixa em um período podem 
ser completamente desvinculadas das receitas e des-
pesas. Podem, também, ser baseadas, por exemplo, 
em um evento financeiro não relacionado a receitas e 
despesas, como um aumento de capital, uma retirada 
ou diminuição do capital da empresa.
Estudamos que é possível para uma empresa obter 
lucro em um período, mas não ter caixa no mesmo 
período. A razão para isso é que as diferentes transa-
ções nas atividades têm diferentes efeitos no lucro 
auferido e no caixa gerado no mesmo período.
Podcast 2 
Na tabela abaixo, estão indicados o efeito (nenhum, 
aumento ou diminuição) no lucro e / ou em caixa de 
oito transações.
35
https://famonline.instructure.com/files/118404/download?download_frd=1
Efeito no Lucro Efeito no 
Caixa
Recebimento de um 
empréstimo
+
Compra de ações à 
vista
-
Venda à vista + +
Recebimento de um 
cliente
+
Compra de ações a 
prazo
+
Pagamento por ações 
compradas a prazo
-
Pagamento de um 
empréstimo
-
Tabela 4: 
Como o lucro de uma empresa se relaciona com o 
patrimônio líquido?
Nós já aprendemos que o capital de uma empresa 
é o valor do investimento feito pelo(s) sócio(s). Se a 
empresa obtém lucro, o patrimônio líquido aumenta. 
A melhor maneira de entender como isso funciona é 
observar o efeito do lucro na equação contábil.
O efeito do lucro na equação contábil
Abaixo temos um balanço abreviado de uma em-
presa, no início de um período contábil, e antes de 
qualquer negociação ter ocorrido.
36
Balanço Patrimonial
Empresa Comercial Imaginária Ltda.
Em 1 de janeiro de 2019
Ativos R$
Instalações e equipamentos 300.000,00
Total de estoque de 80.000,00
Total de ativos (A) 380,000,00
Passivos R$
Empréstimos 120.000,00
Total do passivo (P) 120.000,00
Ativos líquidos (A-P) 260.000,00
Patrimônio Líquido (C) 260.000,00
Tabela 5: Balanço Patrimonial: Ativos e Passivos. 
Incluído na conta de estoque da empresa, no início do 
ano, estão dez itens que custam R$ 8.000,00 cada. 
No segundo dia do ano, a empresa vende um desses 
itens por R$ 10.000,00 em dinheiro. A empresa terá 
assim ganhado R$ 2.000,00 nessa transação.
Como essa venda com fins lucrativos é refletida na 
equação contábil?
Se analisarmos a transação, a Comercial Imaginária 
Ltda. recebeu R$ 10.000,00 em dinheiro do cliente, 
o que significa que os ativos líquidos aumentaram 
em R$ 10.000,00.
(Patrimônio líquido de 260.000,00 + 10.000,00 = 
270.000,00)
37
Ao mesmo tempo, um ativo desapareceu. O estoque 
será reduzido em um item e isso deve ser refletido 
nas contas.
(Ativos líquidos de 260.000,00 + 10.000,00 em 
dinheiro – 8.000,00 de redução de estoque = 
262.000,00)
Se você se lembra, estabelecemos que o objetivo 
principal da empresa era gerar lucro para os pro-
prietários. Isso é o que aconteceu aqui, a empresa 
ganhou R$ 10.000,00 com a venda de um item que 
custou R$ 8.000,00. Em outras palavras, a transação 
resultou em uma receita de R$ 10.000,00 e uma des-
pesa de R$ 8.000,00. A transação criou assim um 
lucro de R$ 2.000,00 (R$ 10.000,00 – R$ 8.000,00) 
para os sócios, assumindo-se que não há outras 
despesas.
(Patrimônio líquido de 262.000,00 = capital social 
de 260.000,00 + lucro de 2.000,00; ou aumento do 
patrimônio líquido)
A equação contábil, portanto, equilibra, mas a empre-
sa tem outras despesas que precisam ser levadas 
em consideração. Suponha que a empresa pague R$ 
500,00 por publicidade. Isso reduzirá o lucro criado 
em R$ 500,00, além de reduzir o caixa.
(Patrimônio líquido de 262.000,00 – 500,00 
(redução em dinheiro) = patrimônio líquido de 
261.500,00)
38
Qual seria o efeito no balanço das duas transações 
acima?
Depois disso, um novo balanço pode ser elaborado 
mostrando ativos líquidos de 261.500,00. A empresa 
obteve lucro de R$ 1.500,00 desde o balanço anterior. 
O balanço patrimonial,no entanto, não apresenta 
uma discriminação do lucro em receitas e despe-
sas e, para isso, precisamos da demonstração do 
resultado.
Qual é a nova equação contábil uma vez que a re-
ceita (R) e as despesas (D) estão incluídas?
O valor das receitas menos despesas é calculado 
no final do período contábil na conta de apuração 
do resultado. Este valor líquido, seja lucro ou perda, 
é então transferido para patrimônio líquido. A equa-
ção contábil pode ser estendida para mostrar essa 
alteração no capital: A – P = PL + (R – D).
Assim como nos itens ativos e passivos, os itens de 
receita e despesa são registrados em contas contá-
beis, de acordo com as regras estabelecidas. As des-
pesas são sempre registradas no débito e as receitas 
são sempre registradas no crédito das contas “T”.
39
Caixa
Débito (D)
(Venda) R$ 10.000,00
Crédito (C)
R$ 500,00 (publicidade)
Receitas de Vendas
Débito (D) Crédito (C)
R$ 10.000,00 (caixa)
Estoque
Débito (D)
(saldo) 80.000,00
Crédito (C)
R$ 8.000,00 (custo)
Custo de Vendas
Débito (D)
(estoque) R$ 8.000,00
Crédito (C)
Despesa de Publicidade
Débito (D)
(caixa) R$ 500,00
Crédito (C)
Figura 22: Conta "T".
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, avançamos um pouco mais na apren-
dizagem da linguagem dos negócios; já sabemos 
que as empresas de qualquer atividade econômica 
devem ter um plano de contas personalizado, antes 
de iniciar suas atividades�
Após desenhar o seu plano de contas, o contador 
poderá classificar qualquer transação feita pela em-
presa utilizando as contas do seu plano. Mas, para 
fazer a contabilização, não basta um plano de contas, 
é preciso um método.
O método que faz o equilíbrio da equação contábil é 
o método das partidas dobradas, que registra sempre 
os dois lados de uma operação, a origem do recurso 
e sua aplicação.
Após fazer todos os registros das transações de um 
período contábil, deve-se fazer um balancete, que 
é o resumo do saldo de todas as contas; se o total 
dos saldos devedores for igual ao total dos saldos 
credores, significa que os lançamentos obedeceram 
ao método das partidas dobradas.
Estudamos, por fim, o registro das contas de resul-
tado, um item muito importante para a apuração do 
resultado que será analisado com mais profundidade 
no próximo módulo.
41
Síntese
Transações – registro em débito ou crédito?
É preciso um método para obter informações 
com os registros. Origens X Aplicações de 
recursos - como registsrar?
Plano de Contas 
não há débito sem crédito correspondente na 
mesma transação.
Método das partidas dobradas 
Aplicações de recursos.
Ativo 
origens dos recursos.
Passivo + Patrimônio Líquido 
Caixa, Bancos, Estoques, Valores a Receber, 
Móveis e Utensílios, Veículos, Máquinas...
Contas patrimoniais 
Receita de Vendas, Receita Financeira, 
Despesa de Salário, Despesa de Publicidade, 
Custo das Vendas...
Balanço Patrimonial reflete a situação 
patrimonial e financeira em determinada 
data. Demonstração do Resultado reflete o 
resultado econômico durante determinado 
período.
Contas de resultado 
Constituição da empresa 
CONTABILIDADE GERAL
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; 
SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu. 
Contabilidade: Teoria e Prática. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2011.
GELBECKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo 
dos; IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu. 
Manual de Contabilidade Societária. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]
IUDÍCIBUS, Sergio de. et al. Contabilidade 
Introdutória. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2019. [Minha 
Biblioteca]
IUDÍCIBUS. Sergio de; MARION, José Carlos. Curso 
de contabilidade para não contadores: para as 
áreas de administração, economia, direito e en-
genharia. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019. [Minha 
Biblioteca]
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 12� 
ed. São Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 
16. ed. São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Introdução à Contabilidade 
para não contadores. 2. ed. São Paulo: Cengage 
Learning, 2016. [Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade 
básica: contabilidade introdutória e intermediária. 
10. ed. São Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]
PINTO, Leonardo José Seixas. Débito e Crédito 
em Razonetes. Vídeo disponível em: https://www�
youtube.com/watch?v=423lNHtKJvU. Acesso em: 
27 jul. 2019.
	INTRODUÇÃO
	Contas e Plano de Contas
	O Método das Partidas Dobradas
	Débitos e Créditos – Por que os leigos não entendem?
	Registro Contábil das Contas Patrimoniais
	Preparação de um balancete de verificação
	O que é um balancete de verificação?
	Registro Contábil das Contas de Resultado
	Considerações finais
	Síntese

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