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6 Propriocepção+Pliometria 2019

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Propriocepção ou 
Função Sensório-Motora
Profa. Clarissa Rodrigues Zaitune Nardi
◼ LATIM: proprio = de si mesmo
ceptive = receber
◼ “Sensibilidade profunda do aparelho locomotor”
◼  Integração sensório-motora que através de 
estímulos aferentes (sensitivos) e eferentes 
(motores) proporciona ao sistema neuromioarticular 
a modulação necessária para a manutenção postural 
e estabilização articular.
Propriocepção ou Função Sensório-Motora
Propriocepção ou Função Sensório-Motora
◼ Sherrington (1906): Toda produção neural originada 
nos músculos, articulações, tendões e tecidos 
profundos associados, projetadas a diferentes níveis 
do SNC e avaliadas de acordo com as condições 
estáticas e dinâmicas, equilíbrio e desequilíbrio.
◼ Lephart (1994): Variação especializada da 
modalidade sensorial do tato, que inclue as 
sensações de movimento (cinestesia) e a posição 
articular (artroestesia).
Propriocepção ou Função Sensório-Motora
◼ Toda produção neural originada na pele, articulações e músculos
Etapas da Função Sensório-Motora
◼ 1- Captação das Informações Sensoriais (inputs somatossensitivos)
receptores sensoriais → fibras nervosas aferentes → SNC 
Etapas da Função Sensório-Motora
◼ 2- Análise e Interpretação pelo SNC
aferências sensitivas → projetadas em diferentes níveis do SNC
(medula, estruturas sub-corticais, córtex cerebral)
Etapas da Função Sensório-Motora
◼ 3- Resposta Motora
SNC → fibras nervosas eferentes → respostas motoras (reflexos, tônus, 
cinestesia, artroestesia, postura, equilíbrio, coordenação, estabilização 
articular)
Receptores sensoriais
◼ Fazem parte do sistema sensorial somático, responsável 
pelas diferentes experiências sensoriais captadas e 
interpretadas pelo nosso corpo
◼ Função: prover o SNC com informações sobre o estado 
interno de estruturas orgânicas e do ambiente externo
◼ São eles que definem os sentidos (visão, audição, 
sensibilidade corporal, olfação, gustação)
◼ Temos diferentes tipos de receptores sensoriais, e estes 
podem ser classificados de acordo com a sua função 
(mecanoceptores, termoceptores, fotoceptores, 
quimioceptores e nociceptores) ou pela localizção.
◼ Exteroceptores* (superficiais; ativados por 
agentes físicos como calor, frio, pressão)
◼ Proprioceptores* (profundos; localizados em 
mm, tendões, ligg)
◼ Visceroceptores (vísceras; sensação como 
fome)
Classificação dos Receptores Sensoriais
(de acordo com a localização)
◼ Exteroceptores:
- labirínticos (aparelho vestibular)
- visuais
- auditivos
- mecanorreceptores 
- termorreceptores
- nociceptores
- quimiorreceptores
Classificação dos Receptores Sensoriais
Classificação dos Receptores Sensoriais
◼ Proprioceptores (articulares e musculares):
A) Receptores Articulares
- Tipo 1: Corpúsculos de Ruffini
- Tipo 2: Corpúsculos de Paccini
- Tipo 3: Receptores de Ligamentos
- Tipo 4: Terminações Nervosas Livres
B) Receptores Musculares
Fuso Neuromuscular
Órgão Tendinoso de Golgi 
(OTG)
◼ Proprioceptores:
◼ São receptores que se localizam nos 
músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos 
e articulações cuja função reflexa é 
locomotora ou postural
◼ Localizados na parte externa da cápsula articular (respondem 
a pequenas alterações na tensão da cápsula)
◼ Informa a posição da articulação
◼ Estímulo: mudanças das sobrecargas mecânicas da cápsula 
articular
◼ Adaptação muito lenta (até 60 seg após estímulo inicial)
◼ Resposta: 
- senso de posicionamento estático e dinâmico, de direção, 
amplitude e velocidade do movimento. Está sempre ativo, 
independente da articulação estar parada ou em movimento.
1- Corpúsculos de Ruffini - posturais
◼ Localizados nas camadas profundas dos ligamentos e 
cápsulas
◼ Informa a velocidade dos movimentos das articulações
◼ Estímulo: mudanças bruscas no movimento articular
◼ Adaptação muito rápida (0,5 segundos)
◼ Resposta: 
- Senso de aceleração e desaceleração.
- “Silencioso” na articulação imóvel
2- Corpúsculo de Paccini - dinâmicos
◼ Localizados nas cápsulas articulares
◼ Informa a posição das articulações
◼ Estímulo: alongamento no final da amplitude
◼ Adaptação muito lenta (agem por vários minutos após 
estímulo inicial)
◼ Resposta: 
◼ promoção da sensação cinestésica e postural, facilitação 
dos tônus muscular, regulação da pressão articular
3- Receptores de ligamentos (Receptores 
de Golgi) - inibidores
◼ Localizados na maioria dos tecidos
◼ Informa a sensibilidade à dor; ativados durante a inflamação 
articular 
◼ Estímulo: deformação ou tensão mecânica acentuada; 
irritação mecânica ou química direta
◼ Adaptação muito lenta
◼ Resposta: contração muscular tônica
4- Terminações nervosas livres - nociceptores
Receptores Sensoriais Articulares 
Classificação dos Receptores Sensoriais
◼ Proprioceptores:
B) Receptores Musculares
Fuso Neuromuscular
Órgão Tendinoso de Golgi (OTG)
Receptores musculares
◼ Fuso muscular: 
Detecta: Alongamento do músculo
Velocidade da mudança do comprimento muscular.
◼ Órgão Tendinoso de Golgi: 
Detecta: Tensão, contração muscular.
Níveis da Função Sensório-Motora
◼ CONSCIENTE: receptores sensoriais
(voluntária) 
córtex cerebral cinestesia 
(área somestésica) artroestesia
(Permite o indivíduo ter percepções corpo, da 
atividade muscular e mov. articular) 
Níveis da Função Sensório-Motora
◼ INCONSCIENTE: receptores sensoriais
(reflexa)
 
medula espinhal cerebelo
(arco reflexo miotático) (equilíbrio, coordenação)
Déficit Sensório-Motor
◼  Lesão Ortopédica = supressão (eliminação) de 
informações aferentes provindas de receptores 
sensoriais
Qual a implicação desta informação para 
um fisioterapeuta?
◼ Após uma lesão articular e/ou ligamentar, os receptores 
proprioceptivos também são danificados
◼ A informação que é normalmente enviado para o cérebro
fica prejudicada.
◼ Isto pode deixar a pessoa propensa a se lesionar 
novamente, ou diminuir a sua coordenação durante o 
esporte ou qualquer atividade
◼ Fisio: pode tornar o cérebro mais atento às informações 
proprioceptivas e ensiná-lo a responder rapidamente a elas
Reeducação Sensório-Motora
◼ Sequência de procedimentos com objetivo de restaurar a 
função ou alterar as experências de percepção através de um 
novo programa neuromotor. 
◼ Função: potencializar a função aumentando a proteção articular 
e diminuindo o risco de recidiva de lesões.
◼ Facilitar o processo inconsciente de interpretar e integrar as 
sensações periféricas recebidas pelo SNC a respostas motoras 
condizentes
Reeducação Sensório-Motora
◼ Pré-requisitos: - dor mínima ou ausente
- sem sinais de inflamação
- ADM e flexibilidade adequadas
- força e resistência muscular compatíveis
◼ Complementa a reabilitação tradicional, por meio do 
treinamento proprioceptivo e equilíbrio e promove um retorno 
mais fácil à atividade funcional
Treinamento Sensório-Motor
◼ Uso de estímulos proprioceptivos que excitam as 
terminações nervosas.
◼ Atividades repetitivas, com aumento da dificuldade 
de forma controlada e de caráter evolutivo.
Solo estável → Solo instável
Bipodal → Unipodal
Olhos abertos → Olhos fechados
Estático → Dinâmico
Treinamento Sensório-Motor
◼ 1-) Fase Fixa (solo estável): * descarga de peso
* treino de marcha
◼ 2-) Fase Instável (s tipos de solo): * treino de equilíbrio
◼ 3-) Fase Funcional (atividades diversas):
* corridas
* saltos
* circuitos proprioceptivos
* aceleração / desaceleração
* gestual desportivo
Treino equilíbrio estático x dinâmico
◼ Equilíbrio estático: A base de suporte se mantém fixa 
enquanto o centro de massa corporal se movimenta
◼ Equilíbrio dinâmico: Tanto o centro de massa quanto a base 
de suportam se movimentam e o centro de massa jamais se 
alinha à base de suporte durante a fase de apoio unipdal.
◼ Treino dinâmico: correr, saltar, aterrissar, driblar, rodarem 
torno de um eixo . Exige que o indivíduo perca e recupere o 
equilíbrio para poder realizar a atividade. Aceleração, 
desacelaração, coordenação, ritmo
Conclusões
* Princípios da reeducação proprioceptiva: 
◼ O reparo dos elementos de contenção estáticos ou dinâmicos e 
o fortalecimento dos músculos apropriados não preparam uma 
articulação para as modificações bruscas na posição.
◼ Portanto não é eficiente o fortalecimento de um músculo 
específico ou um grupo muscular sem que haja a integração 
deste músculo com o resto do corpo trabalhando 
funcionalmente.
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
◼ SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS
Pliométricos
◼ Exercícios em alta intensidade e velocidade que 
enfatizam o desenvolvimento da potência e 
coordenação
◼ Estágios avançados de reabilitação
◼ Força e resistência à fadiga
◼ Movimentos rápidos e potentes em um ciclo de 
alongamento – encurtamento
◼ CCA ou CCF
Ciclo Alongamento-Encurtamento
◼ Se a ação muscular 
concêntrica, ou de 
encurtamento, for 
precedida por uma ação 
muscular excêntrica, ou 
de pré-alongamento, a 
ação concêntrica 
resultante será capaz 
de gerar maior força
Ciclo Alongamento-Encurtamento
◼ O melhor desempenho é explicado através da potencialização 
reflexa, mecânica e elástica do músculo esquelético.
Ciclo Alongamento-Encurtamento
◼ Reflexa = fuso muscular 
◼ Mecânica = comprimento muscular: actina /miosina
◼ Elástica = quando o músculo aumenta o seu comprimento 
ocorre um armazenamento de energia potencial.
Colby, Kisner (2016); Brody (2001)
Referências bibliográficas
◼ Peccin MS, Pires L. Reeducação sensoriomotora. In: Cohen M, 
Abdalla RJ. Lesões nos esportes.Rio de Janeiro: Revinter; 2003. 
◼ Colby LA; Kisner C. Exercícios terapêuticos: fundamentos e 
técnicas. 3a ed. São Paulo: Manole, 2016 
◼ Hall CM, Brody LT. Exercício terapêutico: na busca da função. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
◼ Harrelson GL, Dunn DL. Introdução à reabilitação. In: Andrews J, 
Harrelson GL, Wilk KE. Reabilitação física das lesões desportivas. 
2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
◼ Abdallah Achour Jr, Exercícios de alongamento: anatomia e 
fisiologia. 2ª edição. São Paulo: Manole, 2006.

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