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Cinesioterapia: Mobilização Articular

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Cinesioterapia. Aula 1. Mobilização articular.
Amplitude de movimento: Movimento completo possível (Sem restrição) em uma articulação.
A ADM é a modalidade diagnóstica essencial para definir os parâmetros de tratamento.
· Quanto de ADM o paciente possui? 
· Quanto deveria ter para o padrão de normalidade.
· Quanto está ganhando nas sessões através do tratamento proposto- o tratamento está sendo efetivo.
O movimento de uma articulação, ou seja, de um osso se movimentando em relação ao outro é gerada de duas formas:
I. Contração muscular.
II. Força externa.
Para que uma articulação mantenha sua ADM normal (Completa) é necessária que tanto as estruturas articulares como muscular sejam movimentadas periodicamente.
· Estruturas articulares > Movimento > Produção de liquido sinovial > Lubrificação da articulação e nutrição da cartilagem articular > Mantém a integridade articular. 
· Estruturas musculares > Movimento > Mantem a contratilidade, a elasticidade e a extensibilidade do tecido muscular.
· Integridade articular, elasticidade, contratilidade, extensibilidade muscular são necessários para que haja ADM normal de uma articulação.
Conhecimentos prévios:
· Insuficiência ativa: Quando um musculo encurta em sua amplitude máxima, ou seja, esse é extremo ativo de sua amplitude.
· Insuficiência passiva: Quando um musculo é alongado em sua amplitude máxima, ou seja, esse é o extremo passivo de sua amplitude.Osteocinemática: Movimentos que o paciente pode fazer voluntariamente. 
Artocinemática: Não podem ser realizados ativamente pelo paciente. Inclui separação, deslizamento, compressão, rolamento e giro das superfícies articulares. O termo artocinemático é usado quando são descritos esses movimentos das superfícies ósseas dentro da articulação. 
· Relação comprimento X Tensão.
ADM articular: Quantidade de movimentação disponível na articulação. 
· Artrocinemática: Movimento das superfícies articulares.
· Osteocinemática: Movimentos dos ossos.
· Flexibilidade dos tecidos periarticulares. 
Movimentos das superfícies articulares:
Artrocinemática:· Separação ou tração.
· Compressão.
· Rolamento ou balanço.
· Deslizamento ou escorregamento.
· Rotação ou giro.
Giro: Rotação de um segmento sobre um eixo mecânico estacionário e pode ocorrer tanto no sentido horário como anti-horário. Um exemplo de giro é o movimento da cabeça radial na articulação umerorradial, como ocorre na pronação e na supinação do antebraço. 
Rolamento: Ocorre quando um a série de pontos em uma superfície articular entra em contato com outra série de pontos em outra superfície articular. Côndilos femorais arredondados rolando sobre o platô tibial plano e estático. Sempre ocorre no sentido do movimento. 
Deslizamento e translação: Ocorre quando um ponto específico em um a determinada superfície articular entra em contado com uma série de pontos em outra superfície, ou seja, do ponto de vista anatômico o deslizamento ou translação ocorreria durante o teste de gaveta anterior no joelho, quando o platô tibial plano desliza anteriormente em relação aos côndilos femorais arredondados e fixos. O deslizamento ocorre simultaneamente com o rolamento, porém não necessariamente na mesma proporção e nem no mesmo sentido, a direção na qual o deslizamento ocorre depende se a superfície que estás e movendo é côncava ou convexa.
Osteocinemática:· Adução.
· Rotação.
· Flexão.
· Extensão.
· Abdução.
Fatores que podem diminuir a ADM:· Agressões cirúrgicas.
· Agressões traumáticas.
· Inatividade ou imobilização.
· Doença sistêmicas.
· Doença articulares.
· Doença musculares.
Ciclos vicioso da imobilidade plasticidade dos tecidos.
Lei de Wolff: A remodelagem dos tecidos se processa em conformidade com sobrecargas que lhe são impostas.· Diferentes respostas dos tecidos.
· Alterações das propriedades estruturais e mecânicas dos tecidos.
· > Sobrecargas.
· < Sobrecargas.
Efeitos da imobilização e remobilização sobre os tecidos:
Musculo: Posição e composição da atrofia da fibra muscular especifica. Perde funcional >Perda da massa muscular. Redução da atividade elétrica excedendo a atrofia. Aumento do tecido conjuntivo. Aumento do deposito de gordura subitâneo.
Remobilização: Reabilitação prolongada e necessária para restaurar o desemprenho muscular, especialmente com imobilização mais longa. O estresse mecânico controlado aumenta a força tênsil e a capacidade de absorção de energia, facilita o deslizamento normal e as relações com os tecidos moles, previne a formação excessiva de cicatriz. Pode restaurar as propriedades estruturais e mecânicas dos ligamentos porem leva mais tempo do que o período de imobilização original. Os efeitos são dependes do tempo e da carga, deterioração articular progressiva pode suceder com cargas inadequada pós-imobilização.
Imobilização X Músculo: Menor atividade neurológica e menor funcionalidade = perda de força.
· Exemplo: Imobilização quadríceps 6 semanas. Menor força (30-40%). Menor secção transversal (20-30%).
Efeito da mobilização X Músculo:
· Previne a perda de massa e força muscular.
· Previne encurtamento.
· Desenvolve força em músculos fracos.
Tendão:
· Redução do tamanho e do número das fibras de colágeno.
· Fibras de colágeno mais finas e desorganizadas. 
· Redução do conteúdo de agua e de GAC.
· Aumento da síntese e de degradação do colágeno.
· Redução da força tênsil, rigidez elástica e peso tecidual total.
Ligamento: Efeito da imobilização e da remobilização sobre o ligamento e locais de inversão.
Efeitos da imobilização e da remobilização sobre o ligamento e locais de inserção.
· Redução da massa de colágeno total.
· Redução da força e rigidez do ligamento.
· Redução da carga até a falha.
· Encurtamento do ligamento.
· Aumento da rigidez da articulação associada.
· Aumento desproporcional no colágeno jovem, imatura.
· Reabsorção e enfraquecimento ósseo nos locais de inserção.
· Aumento das taxas de avulsão.
Cartilagem: Efeitos da imobilização e mobilização sobre a cartilagem articular.
· Aumento do conteúdo de água.
· Redução do conteúdo de proteoglicanas.
· Redução da espessura e rigidez da cartilagem articular.
· Amolecimento da cartilagem articular.
· Divisão e fibrilação das fibras de colágeno.
· Divisão e fibrilação das fibras de colágeno.
· Esclerose óssea subcondral.
· Desenvolvimento de ostéofitos.
Efeitos da mobilização X Cartilagem: 
· Prevenção da agregradação da cartilagem e ostéoartrite.
· Prevenção de aderências.
· Promove nutrição cartilagem articular.
· Maior produção líquido sinovial. 
Osso: Efeito da imobilização e remobilização sobre osso:
· Redução da massa óssea.
· Redução da síntese óssea.
· Redução do volume do osso trabécula.
· Perda de osso de sustentação do peso corporal excede a perda de osso que não sustenta o peso corporal.
Remobilização: Depende da qualidade do osso antes da imobilização, pode retornar ao normal mais rapidamente ou as alterações ósseas podem não ser reversíveis.
Imobilização X Ossos:· Osteopenia.
· Osteoporose.
· Aumenta a reabsorção óssea.
· Diminui a densidade óssea.
Alterações de mobilidade:
· Hipomobilidade:
· Hipermobilidade: Assintomático, instabilidade. Sem controle muscular protetor, sintomático.
Síndrome do imobilismo: Conjunto de alterações que ocorrem em indivíduos que permanecem acamados por um longo período. Estas alterações podem afetar todos os sistemas do corpo e seus efeitos comprometem a funcionalidade do paciente, impedindo a interação e participação deste indivíduo na sociedade, podendo também modificar seu estado emocional.
Dor Cinesiofobia Inatividade Déficit de força e flexibilidade Diminuição da flexibilidade Alteração do sono e fadiga Depressão ansiedade.
Avaliação do paciente:
Anamnese: Informações subjetivas.
Exame clinico: Informações objetivas. Inspeção/Palpação/Movimento.
· Amplitude de movimento passiva.Mobilização e manipulação são exercícios passivos acessórios de amplitude de movimento executados por terapeutas. Existe m dois tipos de exercícios passivos que podem ser executados por terapeutas: movimentos acessóriose movimentos fisiológicos. 
 Movimentos fisiológicos: São executados quando uma articulação é movida dentro dos três planos cardinais cinesiológicos (corona l, sagita l, e transverso). Os movimentos fisiológicos são: extensão, flexão, rotação, adução, abdução, pronação e supinação. 
 Movimentos acessórios: Podem a penas ser executados pelo terapeuta. Os movimentos acessórios são: a aproximação, separação, deslizamento, rolamento, e o girar. 
· Amplitude de movimento ativa.
Conhecimento prévio:
· Fisiologia da mobilidade normal.
· Cinesiologia: Articulações X Movimentos.
· Amplitudes de movimentos fisiológicos.
· Propriedades dos tecidos moles.
· Biomecânica.
· Fisiopatologia.
· Avaliação do paciente.
Avaliação X Metas da mobilização:
· Objetivos.
· Aumento da amplitude de movimento.
· Manutenção.
Ganho de mobilidade:Mobilizar não é sinônimo de alongar.
Condutas: Alongar e mobilizar. 
Técnicas de mobilização:
Mobilização passiva: Indicações: Em casos onde a pessoa é incapaz de produzir a ADM ativa por paralisia muscular (Força grau 0), por fraqueza muscular grave (Força grau 1) ou quando a ADM é dolorosa.
Metas:
· Manter a integridade da articulação e tecidos moles.
· Evitar a circulação de contratura.
· Assistir à circulação, evitando a formação de trombos.
· Melhora o movimento sinovial para nutrir as cartilagens articulares.
· Diminuir ou inibir a dor.
· Auxilia o processo de cicatrização após cirurgia e evitar aderências.
· Ganha e/ou manter a ADM da articulação.
Limitações: Prevenir atrofia muscular. Ganhar força ou resistência muscular.
Mobilização ativo-assistida: Indicações: Em casos onde a pessoa tem ADM ativa porem não consegue completar a ADM. O paciente se automobiliza utilizando o membro normal para mobilizar o membro envolvido. Os posicionamentos variando entre decúbito dorsal, sentado e em pé. Associar com recursos (Bola, bastão, polia, escadas de dedos toalhas, etc.).
Metas:
· Idem às da ADM passiva.
· Ganho de força muscular em músculos com grau de força 2, e as vezes com grau 1.
· Manutenção do trofismo.
Mobilização ativa: Indicações: Em casos onde a pessoa tem ADM ativa completa da articulação.
Metas:
· Idem às da ADM passiva.
· Manutenção da força muscular em músculos com grau de força 3.
Progressão dos exercícios: Respeita a tolerância do paciente, velocidade e a angulação.
Passiva Ativa Ativo assistido.
Seleção da técnica: Critérios:
· Estagia cicatrização.
· Tempo de imobilização.
· Tecido afetado.
· Lesão ou cirurgia específicas.
· ADM do paciente.
Contraindicações: Mobilização ativa:Mobilização passiva:
· Movimento: Prejuízo da cicatrização.
· Instabilidade.
· Prejuízo da cicatrização.
· Contração muscular proibida.
· Condição cardiovascular instável.
· Instabilidade.
Atenção: Sinais da mobilização excessiva ou incorreta. Aumenta a dor e a inflamação. Precauções:
· Velocidade de movimento, ritmo, uniforme, constante.
· Compressões e alinhamento do paciente e do fisioterapeuta.
· Movimentos X Biomecânica articular.
· Preensão do terapeuta.
· Mão distal e proximal.
Realização dos movimentos:
· Contra a gravidade ou com a mesma eliminada.
· Planos de movimentos anatômicos frontal, sagital, transverso.
· Padrões funcionais: Movimentos usados em atividades de vida diária.
· Dentro da ADM disponível sem dor suave e rítmico até o ponto de resistência dos tecidos.
· 5 a 10 repetições por movimentos (Ou depende dos objetivos).
· Associados ou não a recursos: Bolas, bastões e cordas.
Agentes coadjuvantes: Eletrotermofototerapia.
Aula 2. Características funcionais dos músculos. 
Componentes anatômicos: Ventre (Parte contrátil)Tendões (Forma de fita)Aponeuroses (Laminares)Prendem o musculo ao esqueleto.
Estrutura do músculo esquelético: Cada músculo: Milhares de fibras musculares. Fascículos: Podem conter até 200 fibras musculares.
Tecido conjuntivo que envolve o musculo: Endomísio (Fibras)Perimísio (Fascículo)Epimísio (Músculo)Fáscia.
Curiosidades: O diâmetro das fibras musculares varia entre 10 e 80 μm, sendo que o maior músculo humano (Em relação a área transversa) é o glúteo. No andar, se utiliza cerca de 200 músculos, sendo que o corpo humano possui mais de 600 músculos, o andar envolve atividade de cerca de 40% da nossa musculatura. O músculo capaz de realizar o movimento mais rápido no corpo humano é aquele responsável pelo movimento das pálpebras.
Componentes do músculo: 
Componentes elásticos: São aqueles que retornam a sua forma original após o relaxamento. Ex: Miofilamentos e o tecido conjuntivo.
Componentes plásticos: São aqueles que não retornam à forma original cessada a contração, se não houver influência externa. Ex: Mitocôndrias, Retículo Sarcoplasmático e Sistema Tubular.
Componentes mecânicos dos músculos: Componentes contráteis (CC): Actina e Miosina. Componentes elásticos em paralelo (PEC): Endomísio (fibra), Perimísio (fascículo), Epimísio (músculo). Componentes elásticos em série (SEC): Tendão.
Característica PEC e SEC: Resistem à tração. Capacidade de acumular e restituir energia elástica.
· Epimísio: Transmite tensão muscular para o tendão e depois para o osso.
· Perimísio: Protege as fibras musculares e cria caminhos para os nervos e vasos sanguíneos. Junto com o endomísio, dão ao músculo sua capacidade de alongamento e retorno ao comprimento inicial.
· Endomísio: Bainha que leva os capilares e nervos que nutrem e inervam cada fibra muscular; é um isolante para a atividade neurológica dentro do músculo.
Fibra muscular: Citoplasma rico em proteínas contráteis (Actina e miosina). Sarcômero – unidade contrátil (Actina desliza em direção a miosina). Deslizamento de muitos sarcômeros: Alterações tamanho e geração força
Unidade motora: Neurônio motor (+ axônio) + fibras musculares. Consiste em um único neurônio motor e todas as fibras musculares inervadas por ele. Placa motora terminal: conexão de cada ramificação do neurônio motor com a fibra inervada.
Divisões microscópicas = placa motora. Impulso nervoso passa através do nervo – placa motora transmite impulso às células musculares = CONTRAÇÃO.
Características funcionais: 
Irritabilidade: Capacidade para responder à estimulação, feita por um neurotransmissor químico (Potencial de ação do nervo). 
Contratilidade: Capacidade de um músculo encurtar-se quando o tecido muscular recebe estímulo suficiente.
Extensibilidade: Capacidade do músculo para alongar-se além do comprimento de repouso.
Elasticidade: Capacidade da fibra muscular para retornar ao seu comprimento de repouso após a força de alongamento do músculo ser removida.
Arquitetura das fibras:
Corte transversal fisiológico: 
*Músculos fusiformes: A força da fibra é na mesma direção da musculatura, oferece potencial para grandes quantidades de encurtamento e movimentos de alta velocidade no corpo, encurta-se em distâncias maiores, mas tem menos força. Ex: sartório, bíceps braquial, braquial.
*Músculos peniformes: A força da fibra é em uma direção diferente da força muscular. Criam movimentos mais lentos e não são capazes de produzir movimentos de grande ADM. Mais força que os fusiformes. Ex: tibial posterior, reto femoral, gastrocnêmio, sóleo, vastos L e M.
Tamanho do musculo: Músculos maiores são mais fortes nos sujeitos normais. A força total é proporcional aos números de sarcômeros em paralelo. A velocidade é proporcional a quantidade de sarcômeros em série.
Recrutamentos das unidades motoras e frequência de disparos: Treinamento de carga aumenta força de 3 maneiras:
· Na quantidade de unidades motoras recrutadas.
· Na velocidade de disparo de cada unidade motora.
· Na sincronização da unidade motora em disparo.
Tipos de contração muscular: 
Isométrica: Fi = Fe (Exercício estático). Ausência de movimento. Sem alteração no comprimento total.
Isotônica: Exercício dinâmico, ocorre movimento articular.
· Excêntrica: Fi < Fe→ Deformação
· Concêntrica: Fi > Fe → Encurtamento
Isocinético (tipo de movimento): Velocidade angular do movimento não varia, é constante.
Ações muscular: Se tivermos que classificar as ações musculares,da mais forte para a mais fraca, teríamos a seguinte ordem:
Excêntrica, isométrica, concêntrica. As ações musculares excêntricas produzem uma força de 30 a 40% maior do que durante uma ação concêntrica.
Por que a força excêntrica produz mais força? Por que ela envolve não só a força proveniente da interação da actina com a miosina. Há produção de força “passiva” proveniente da resistência oferecida pelos elementos constituintes do músculo.
Velocidade de contração: Concêntrica > velocidade, < tensão. Excêntrica > velocidade, > tensão.
Alavancagem do musculo: Comprimento do braço de alavanca maior. Maior força para sustentar um peso no ângulo correto.
Músculos monoarticulares X biarticulares: Biarticulares
· Músculos longos.
· Fusiformes na maioria.
· Controle e direcionamento de grandes amplitudes de movimento.
· Mais propensos a lesões.
Monoarticulares
· Cruzam uma articulação.
· Produtores de força.
· Estabilização articular.
· Controle de movimento.
· Penados na maioria.
Classificação quanto a tarefa: Agonistas ou motores primários: Músculos responsáveis diretamente pelo movimento. Perfazem a maior parte do esforço.
· Antagonistas: Músculos que se opõem ao movimento. Desempenham importante papel, pois desaceleram o movimento.
· Sinergistas: Atuam auxiliando o movimento, são responsáveis pela coordenação motora fina na atividade minimizando movimentos indesejados.
Hipertrofia: Aumento no volume celular (Ex: Células de gordura). 
Hipótese: Aumento da quantidade de fibras musculares pela divisão de fibras em resposta ao treinamento
Consenso geral: Número de fibras é determinado geneticamente e não parece aumentar com o treinamento.
Miofilamentos de actina e miosina aumentam em tamanho e quantidade. São elementos contráteis do músculo. Aumento do diâmetro transversal da fibra – ocorre também aumento do sarcoplasma (aumento de substância nutrientes e metabólicas como, glicogênio, lipídeos e mitocôndrias).
O QUE ACONTECE NO MÚSCULO É HIPERTROFIA!!!
Fatores que geram hipertrofia (Produção de proteínas no musculo esquelético: Estímulo mecânico (Contração) = EXERCÍCIO!! Ação do hormônio anabólico, Insulina. Hormônio do crescimento (GH) e Testosterona.
Células satélite: Células progenitoras mononucleares encontradas em músculos maduros entre a lâmina basal e o sarcolema. Estas células são capazes de se diferenciar e se fundir para aumentar o número de fibras musculares existentes e formar novas fibras. Estão envolvidas no crescimento muscular normal, assim como na regeneração após lesão ou doença.
Células que estão no estado quiescente (latente) na membrana plasmática, são ativadas quando há microlesão muscular, decorrente do exercício resistido ou quando há lesão muscular, geram aumento no diâmetro da fibra.
Trofismo: HipertrofiaSíntese proteica X Degradação. Tem que haver mais síntese do que degradação e isso resultara em uma hipertrofia, ao contrário se a degradação for maior haverá uma atrofia.
Receptores musculares: Fornecem informações sobre o estado dos músculos: Fuso muscular e órgão tendinoso de golgi (Mais os quimiorreceptores): Para que o SN controle os movimentos dos músculos – retroalimentação sensorial contínua do músculo que está se contraindo: informações referentes à tensão do músculo e avaliação do comprimento muscular. Estão fora do SNC e levam a informação para o mesmo.
Órgão tendinoso de golgi: Monitoram continuamente a tensão produzida pela contração muscular. Localizam-se no tendão, em continuidade com as fibras músculo- esqueléticas. Servem como dispositivos de segurança, que ajudam a impedir a força excessiva durante a contração muscular. Tendão não aumenta ou diminui, (Força demais causa lesão), deposito de segurança para evitar macrolesões. 
Fuso muscular: Monitoram continuamente a tensão produzida pela contração muscular. Localizam-se no tendão, em continuidade com as fibras músculo- esqueléticas. Servem como dispositivos de segurança, que ajudam a impedir a força excessiva durante a contração muscular. AlongamentoAumento do tamanho do musculo (Contração excêntrica), informação do SNC, o SNC envia uma contração para prevenir a lesão, tem que este relaxado para evitar um estiramento e para alongar.
Aula 3. Exercício resistido. Fortalecimento muscular. 
· Conceito de exercício resistido: Forma de exercício ativo na qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa (manual ou mecânica). Força, potência e resistência.
· Desempenho muscular: Capacidade de o músculo realizar trabalho (força x distância).
Metas e indicações do exercício resistido: Aumento da força muscular. Aumentar a resistência muscular à fadiga. Aumento de potência muscular.
Força muscular: 
· Força: Quantidade de tensão que um musculo em contração pode produzir na atividade física passando por um período neural e outro mecânico. Já o mecânico no período de 1 mês. 
· Adaptações neurais: Aumento recrutamento de unidades motoras e sincronização de disparos. O ganho neuronal vem nos primeiros 15 dias
· Treino: Cargas elevadas com poucas repetições. 2 Meses seria o platô do ganho para continuar ganhando força tem que haver mudança no treino.
· Treino de força hipertrófica seletiva das fibras do tipo II. 
Resistencia muscular: É a habilidade de desenvolver exercícios repetitivos de baixa intensidade por um período prolongado de tempo. Capacidade de manter a contração por um longo tempo. Pouca carga e com muitas repetições, manter a contração por mais tempo. 
· Treino: Carga baixa e muitas repetições.
Potência muscular: Potência é uma medida do desempenho muscular e é definida como FORÇA X VELOCIDADE. Quanto maior a intensidade do exercício e quanto mais curto o período de tempo necessário para gerar a força, maior a potência muscular. Com carga alta e pouca repetições em alta velocidade, com carga baixa e muita repetições em alta velocidade. Quanto mais contração o musculo maior será seu potencial.
Princípios que influenciam no treino de força: 
I. Predisposição Genética: Distribuição dos tipos de fibras e o biótipo (Ectomorfo, mesoformo, endomorfo).
II. Especificidade do treinamento: Os efeitos do treinamento são específicos, portanto os exercícios devem simular as demandas funcionais. Movimentos específicos, velocidade, no séries e repetições. Especificidade x transferência de treinamento ou treinamento cruzado.
III. Intensidade do treinamento: Um músculo precisa ser sobrecarregado até um nível limiar particular antes que responda e se adapte ao treinamento. O estímulo para a força é a quantidade de tensão (Carga imposta) no músculo e não o número de repetições. A quantidade de sobrecarga é determinada por uma % da quantidade máxima de tensão que um músculo pode desenvolver.
· Sobrecarga: A força muscular se desenvolve quando as cargas do treino provocam tensões superiores àquelas experimentadas no dia-a-dia. Não devem causar dor. Intensidade = quantidade de resistência, carga do exercício. No máximo 1 RE (Repetição máxima), carga máxima que o musculo suporta para fazer o exercício, apenas uma vez.
Cargas de exercício submáximas x máximas: Objetivo, fase do treinamento, tipo de população (idade, estágio lesão, preparo físico), indivíduo com comprometimentos x saudáveis.
Carga submáxima: Indicações: Intensidade moderada a baixa, estágios iniciais de regeneração, após períodos de imobilização (Cartilagem e osso ainda, não capazes de suportar grandes forças compressivas), maioria dos idosos e crianças. Objetivo = resistência muscular e aquecimento e desaquecimento. Aumento de força e potência associado à hipertrofia, adultos saudáveis, fase final da reabilitação, nível competitivo, fisiculturismo. Todo exercício que não for RE. 
IV. Repouso: Repouso do músculo durante o treinamento. Entre as séries (30 a 60 segundos), entre os dias de treinamento (24 a 48 horas) e antes da competição. 
· Durante a recuperação: As reservas de energia são repostas. O ácido lático é removido do músculo esquelético e do sangue cerca de uma hora após o exercício. As reservas de oxigênio são repostas. Oglicogênio é reposto durante vários dias.
V. Reversibilidade: Interrupção do treinamento = perdas = reversibilidade = descondicionamento físico. A redução do desempenho muscular começa dentro de uma semana ou duas depois de cessados os exercícios resistidos e continua até que os efeitos do treinamento sejam perdidos. 
Treino de força para não atletas: Não atleta: Os princípios de treino de força são aplicáveis à reabilitação, ao idoso, às crianças e indivíduos não condicionados. Mesmos princípios com adaptações!!!
Idoso: Ocorre uma diminuição acentuada de força e da massa muscular com a idade. Contrabalançar a atrofia do tecido ósseo. Moderar a progressão de alterações degenerativas. Especial cuidado na osteoporose, risco de fraturas.
Jovem/Crianças: As placas epifisárias no jovem são susceptíveis a lesão sob condições de cargas pesadas. Sistema esquelético em estágio de formação. Contrações concêntricas com altas repetições e resistências relativamente baixas podem aprimorar a força muscular de crianças.
Treinamento de força Atletas x não atletas: Os atletas tentam trabalhar na porcentagem mais alta de sua capacidade máxima. Não atletas: esforços submáximos. A magnitude da resistência variará entre o atleta, idoso, jovem.
Precauções: 
*Cardiovasculares: Manobra de Valsalva: Esforço respiratório contra a glote fechada, PA, isométricos ou resistidos pesados, e pacientes graves (hipertensos, infartados).
*Fadiga muscular local: Diminuição da resposta de um músculo a um estímulo repetido. Diminuição nas reservas de energia, oxigênio e acúmulo de ácido lático. Diminuição na condução de estímulos na placa mioneral (principalmente fibras rápidas).
*Fadiga muscular global: Diminuição da resposta de uma pessoa durante uma atividade física prolongada (andar, correr). Diminuição da glicose sanguínea e glicogênio. Depleção de potássio (pacientes idosos). Atenção para pacientes portadores de doenças. 
Recuperação do exercício: Reabastecimento das reservas de energia, remoção do ácido lático (1 hora após exercício), reposição do glicogênio (vários dias), exercícios leves durante a recuperação aceleram o processo.
Movimentos substitutivos: Pacientes graves (hérnia de disco, cirurgia abdominal, osteoporose etc).
Dor muscular associada ao exercício: Dor muscular imediata e dor muscular tardia.
Contraindicações: Processo inflamatório agudo, dor. VERIFICAR O TIPO ADEQUADO DE EXERCÍCIO!!!
Tipos de exercícios resistidos: 
-Exercício Isotônico: Força, resistência muscular e potência. Resistência manual ou mecânica. Resistência constante ou variável. Forma concêntrica ou excêntrica. Cadeia cinética aberta ou fechada. 
-Exercício com resistência manual: Resistência feita pelo terapeutaNão pode ser medida quantitativamenteÚtil nos estágios iniciais de um programa de exercíciosÚtil quando a ADM articular precisa ser bem controlada A quantidade de resistência aplicada é limitada apenas pela força do terapeuta.
-Exercício com resistência mecânica: Resistência feita por equipamentos ou aparelhos mecânicosA resistência pode ser mensurada quantitativamente e progredir com o tempoÚtil quando é necessária uma resistência maior do que o terapeuta pode aplicar.
-Exercício isométrico: Exercícios de estabilização (CCF) ou (CCA). Sem movimento articular visível. As contrações devem ser mantidas por pelo menos 6 segundos. 
-Exercício Isocinético: É uma forma de exercício dinâmico em que a velocidade de encurtamento ou alongamento do músculo é controlada. Velocidade constante e resistência variável “Exercício resistido de acomodação”.
Programas de treinamento: 
Carga: Os estímulos para aumento da massa muscular e aprimoramento das funções ocorrem mesmo com esforço Submáximo. Intensidade inicial = % de uma 1 RM (repetição máxima de DeLorme). 
Repetição máxima: 1 RM= a maior quantidade de peso que um indivíduo pode erguer por meio da ADM completa apenas uma vez. Teste de 1 RM: Não recomendada para alguns pacientes. Uma outra alternativa para os pacientes, 75% de 1 RM.
Objetivo: Força – Resistencia – Potencia.
Potência: ⇑ velocidade. Movendo-se uma carga elevada por um pequeno número de repetições, ou, movendo-se uma carga pequena por um número alto de repetições até o ponto de fadiga muscular.
Adaptações: Diminuição braços de alavancas, posicionamentos x ⇓Força de gravidade, ⇓ Amplitude de movimento, > cuidado ao prescrever um exercício para um músculo com grau de força muito diminuído.
O exercício resistido deve progredir para uma atividade funcional.
Regimes específicos de exercícios resistidos: Técnica de DeLorme: Obs: a carga deve ser aumentada semanalmente à medida que a força aumenta.
· Resistência Progressiva.
· Determinar a 10 RM.
· 10 repetições com 1⁄2 de 10 RM.
· 10 repetições com 3/4 de 10 RM.
· 10 repetições 10 RM completas.
Técnica de Oxford: Obs: deve-se realizar aquecimento. Visa diminuir os efeitos da fadiga.
· Determinar a 10 RM.
· 10 repetições 10 RM completas.
· 10 repetições com 3/4 de 10 RM.
· 10 repetições com 1⁄2 de 10 RM.
Técnica de exercício resistido progressivo ajustado diariamente: Knight: Determinar a 6 RM.
I. 10 repetições com 1⁄2 de 6 RM.
II. 6 repetições com 3⁄4 de 6 RM.
III. Quantas repetições forem possíveis com 6 RM.
IV. Quantas repetições forem possíveis no “Peso de trabalho ajustado”.
V. Será determinado baseado na etapa anterior e será utilizado no dia seguinte (ideal 5 a 7 repetições).
Fortalecimento: Exemplo de exercício: Elástico impõe mais resistência que os halteres, intrínsecos da mão não usa theraband e halteres e sim usa digiflex (teclas de piano). Ponte é o exercício mais seguro para a coluna. 
Usando este método de nomeação, temos as seguintes definições de classificações de mobilização conjunta:
Grau I: Qualquer intervalo inicial de movimento (pequena amplitude).
Grau II: Amplitude de movimento ativa completa (grande amplitude).
Grau III: Amplitude de movimento passiva completa (grande amplitude).
Grau IV: Amplitude de movimento na jogada conjunta (geralmente movimento não-axial) com oscilações lentas (pequena amplitude).
Grau V: Intervalo de movimento na jogada articulada (geralmente movimento não-axial) com impulso rápido (pequena amplitude).
Os graus IV e V são idênticos, exceto pela velocidade da mobilização (oscilações lentas vs. impulso rápido). A mobilização de grau V é frequentemente descrita como uma manipulação ou ajuste de quiropraxia, ou mobilização / manipulação de impulso de baixa amplitude de alta velocidade.
Aula 4. Alongamento.
Flexibilidade: Capacidade motora determinada pela genética e pelo meio ambiente. É expressa pela maior medida possível de movimento de um grupo musculo articular, sem provocar lesões”. Importante atributo da aptidão física. Parte integrante de programas com fins de:
· Reabilitação.
· Promoção da saúde.
· Rendimento esportivo.
Presença comum em programas de aquecimento, com os objetivos de: Prevenção de lesões e melhora no desempenho.
Alongamento pós-exercício: Uso frequente, com objetivos de: Prevenção de encurtamentos e contraturas musculares, diminuição da tensão muscular de repouso e diminuir dor tardia.
Treinamento: Grande impulso no final dos anos 70: Bob Anderson (Stretching/Alongue-se). Estudos científicos publicados nos últimos 10 anos questionam várias práticas que já fazem parte do senso comum.
Alongamento: “É a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular”. “Exercício físico que tem por finalidade manter ou desenvolver a flexibilidade”. (Manobra terapêutica: Elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles encurtados e assim aumentar a amplitude de movimento.
Recupera o comprimento dos músculos com redução da tensão e aumento da flexibilidade, permitindo movimentos mais coordenados e eficientes (Marques et al., 1994).
Quanto maior o comprimento muscular Maior capacidade contrátil do músculo Melhor rendimento, porém não mais forte Portanto, a manutenção e recuperação da elasticidade muscular garante um maior desempenho muscular.
Pode ocasionar deformação:
· Elástica: Recupera a extensão originaldo tecido após liberar a tensão.
· Plástica: Não retorna o tecido a seu tamanho original após liberar a tensão.
Definições:
· Flexibilidade: Capacidade biomotora.
· Alongamento: Método de treinamento da flexibilidade.
Fatores Limitantes: Condições que podem levar a uma diminuição da ADM. Estrutura óssea da articulação. Tecido cartilaginoso. Comprimento dos ligamentos. Elasticidade muscular. Contato dos músculos, gordura e outros tecidos, comprimidos entre os segmentos articulares. Idade. Sexo. Tipo corporal. Temperatura ambiente. Umidade. Aquecimento.
Variação circadiana (ritmo biológico). Stress psicológico. Execução do exercício (passivo ou ativo).
Tecidos moles X ADM: Contribuição relativa dos tecidos moles na limitação da amplitude do movimento. 
	Estrutura:
	Resistência à flexibilidade (%do total):
	Cápsula articular
	47
	Músculo
	41
	Tendão
	10
	Pele
	2
Hipoflexibilidade: 
· Imobilização prolongada: Gesso ou tala.
· Mobilidade restrita: Repouso prolongado ou uso de cadeira de rodas.
· Doenças: Neuromusculares ou traumas: Paralisia, espasticidade, fraqueza, dor etc.
Doenças do tecido conectivo (Doenças do colágeno) ou articulares (AR, osteoartrite): Processos patológicos nos tecidos. Trauma, inflamações, edema, isquemia, queimaduras, cirurgia etc – pode haver formação de tecido fibroso (substitui o tec. mole normal). Deformidades ósseas congênitas ou adquiridas. Sedentarismo.
Amplitude de movimento em excesso em uma ou mais articulações em direção fisiológica normal do movimento, em direção anormal ou em ambas.
· Exemplo: Síndrome de Ehlers- Danlosou Cutis elástica (grupo de doenças hereditária do tecido conjuntivo, causada por um defeito na síntese de colágeno (tipo I, III ou V)).
Contratura: Encurtamento de um músculo ou outros tecidos moles que cruzam uma articulação. Resulta em limitação na mobilidade articular ativa e passiva.
Tipos de Contratura:
Contratura miostática: A unidade músculotendínea está adaptativamente encurtada e há uma diminuição da ADM. Sem patologia muscular específica. Retração (necessidade de alongamento!!!).
Contraturas Artrogênicas e Periarticulares: Patologia intra-articular (Aderências, proliferação sinovial, efusão articular, irregularidades na cartilagem ou formação de osteófitos). Tecido conjuntivo que cruza ou se insere na articulação ou cápsula torna-se rígido.
Contratura Fibrótica e Contratura irreversível: Tecido muscular normal e o tecido conjuntivo organizado são substituídos por grandes quantidades de aderências fibróticas e tecido cicatricial. (Tecido imobilizado por muito tempo, mobilidade normal). Perda permanente da extensibilidade nos tecidos moles.
Contratura pseudomiostática: Limitação da ADM causada por lesão no SNC. Hipertonicidade (espasticidade).
Indicações: Quando a ADM estiver limitada. Quando as limitações podem levar as deformidades estruturais. Quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas.
Objetivos: Desenvolver e manter níveis satisfatório de flexibilidade. Desenvolver a consciência corporal. Reduzir os encurtamentos musculares decorrente da falta de movimento e estresse emocional. Diminuir as dores musculares. Corrigir e prevenir problemas posturais.
Benefícios: Relaxamento do estresse e da tensão. Relaxamento muscular, manutenção da mobilidade articular. Reduzir o risco de entorse articular ou lesão muscular. Melhora eficiência do movimento. Melhora da aptidão corporal, postura e simetria. Alívio de câimbras. Diminuir a dor e a sensibilidade dolorosa nos tenders points tratados. Aumentar fluxo sanguíneo que diminui dor e irritabilidade muscular.
Recomendações: Realizar alongamento somente quando houver bem-estar físico. Usar roupas adequadas. Evitar uso de sedativos. Evitar extremo de temperatura e umidade. Iniciar atividade lenta e gradativamente. Para permitir adaptação.
Precauções: Não force passivamente uma articulação além da sua ADM normal (varia entre indivíduos). Fraturas recém consolidadas devem ser protegidas. Cuidados especiais com pacientes com osteoporose, repouso prolongado e com idade avançada. Evite alongamento vigoroso de mm e tecido conectivo imobilizados por período prolongado de tempo combinar exercícios de fortalecimento e alongamento). Diminuir força do alongamento se houver dor articular ou muscular com mais de 24 horas de duração. Evitar alongar tecido edemaciado.
Contraindicações: Quando bloqueio ósseo limita a mobilidade articular. Após fratura recente. Quando houver processo inflamatório ou infeccioso agudo dentro ou ao redor das articulações. Quando houver dor aguda com o movimento articular.
Flexibilidade X Lesões: Senso Comum: Flexibilidade. Risco de Lesão. Relação entre teste de flexibilidade (sentar-e-alcançar) e risco de lesões musculoesqueléticas nos membros inferiores.
Alongamento X Prevenção de Lesões: 
· WIEMANN & KLEE (2000): Ineficaz para elevar temperatura muscular.
· SCHRIER (1999): Não reduz incidência de lesões. 
· VAN MECHELEN et al (1993): Corredores que não alongam experimentam menos lesões.
· LALLY (1994): Maratonistas que alongam têm 35% mais lesões.
· WIEMANN e HAHN (1997): Nem o alongamento estático nem o balístico foram capazes de modificar - de maneira aguda - a tensão muscular de repouso. Programas de treinamento de dez semanas também não foram capazes de modificar essa variável, tida como importante na etiologia das lesões esportivas. Fonte principal da tensão de repouso é a alta rigidez elástica dos filamentos de titina, que não respondem ao alongamento nas amplitudes experimentadas in-vivo.
Alongamento X Esforços Explosivo: 
FOWLES et al (2000): Força contrátil diminuiu e permaneceu 9% abaixo mesmo após 1 hora do término da sessão de alongamentos.
CORNWELL et al (2002): Alongamento provocou diminuição na altura saltada.
Alongamento X Velocidade: NELSON et al (2005): Velocistas – LSU. 11 homens / 5 mulheres. 20m com blocos. 
4 condições experimentais:
· Sem alongamento.
· Alongamento de ambas as pernas.
· Alongamento da perna da frente.
· Alongamento da perna de trás.
Alongamento Pós-Exercício: 
· CABRAL e colaboradores (UPE): 24 acadêmicos / Exercício excêntrico em esteira (-16o, 30’, 60% do VO2 máximo predito). Grupo A: recuperação ativa após o exercício, correndo a 50% da intensidade de treinamento por 10 minutos.
· Grupo B: realizou uma sessão de 10 minutos de alongamento após o exercício. Grupo C (controle) não realizou qualquer atividade. Concentração sanguínea de Creatina Quinase (CK) em repouso, e 24h, 48h, 72h e uma semana após o exercício.
Tipos de Alongamento: 
Passivo: Efeito com ajuda de forças externas (manual ou mecanicamente). Aplica -se uma força externa e controla a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento.
· Vantagens Alongamento Passivo: Com ajuda externa, ajusta, se o membro corporal numa postura ótima para o desenvolvimento da flexibilidade.
· Desvantagens Alongamento Passivo: O executante depende de um companheiro que conheça as técnicas corretas dos exercícios de alongamento.
FNP: Sustentar-relaxar. Contração relaxamento. Sustentar, relaxar com contração do antagonista. Contração do agonista. O Paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento. 
· Vantagem: Mais confortável ao alongamento.
· Técnicas de inibição ativa: Sustentar-relaxar contração-relaxamento, sustentar-relaxar com contração do agonista, contração do antagonista.
Balístico:
Ativo:
Mecanismos neurofisiológicos x alongamento: 
Fuso muscular: Receptor de alongamento (Variação de comprimento e velocidade): Reflexo de estiramento (músculo alongado muito rapidamente).
Órgão Tendinoso de Golgi: sensíveis à tensão muscular causada pelo alongamento passivo ou por uma contração muscular ativa. Inibição Reflexa (Inibição autogênica). Inibição Recíproca.
	Mecanismo
	Órgão
	Ativação 
	Resposta
	Reflexo de estiramento
	Fuso
	Alongamento, aumenta a velocidade e a potência. 
	Facilitação: Contração muscular.
	Inibição auto gênica
	OTG
	Alongamento: Diminui velocidade e potência progressivo. Contração muscular ativa.Inibição: Relaxamento muscular
	Inibição recíproca
	Fuso e OTG
	Contração ativa do agonista.
	Inibição: Relaxamento do antagonista.
Inibição Autogênica: Contração máxima do músculo que será alongado ocasiona aumento na tensão, que estimula OTGs a produzirem um relaxamento.
Inibição Recíproca: A contração do agonista ocasiona relaxamento reflexo no músculo antagonista, permitindo que ele se alongue e proteja de lesão.
Sustentar- relaxar (Inibição autogênica): Inicie com o músculo retraído em posição confortavelmente alongada Peça para o paciente contrair isometricamente o músculo retraído contra resistência por 10 segundos Peça para o paciente relaxar voluntariamente O terapeuta então alonga o músculo movendo o membro através da ADM que foi ganha Indicado quando a ADM está limitada pela rigidez muscular.
Contrações: 
Relaxamento: Após músculo ter sido alongado passivamente, paciente faz contração isotônica concêntrica (contra resistência) do músculo retraído, antes de ser alongado novamente.
Sustentar – Relaxar com contração do antagonista (autogênica + recíproca): Variação da técnica sustentar-relaxar: contração isométrica de pré-alongamento do músculo retraído e relaxamento deste seguido por contração concêntrica do músculo oposto ao retraído. Músculo agonista ao músculo retraído se encurta, o músculo retraído se alonga
Contração do antagonista: O paciente contrai o músculo oposto ao m. retraído contra resistência. Isso provoca uma inibição recíproca do m. retraído e esse alonga-se facilmente à medida que o m. se move. Efetivo quando o músculo retraído tem dor ou estágios iniciais de recuperação. Alongamento ativo inibição recíproca.
Alongamento Balístico: O método é contraindicado para desenvolvimento da flexibilidade pois ativa o reflexo, neuromuscular, utilizado como aquecimento. 
Alongamento Ativo: O paciente realiza sozinho, sem ajuda externa. Os princípios de intensidade e duração de alongamento que se aplicam são os mesmos usados para o alongamento passivo.
Os tecidos moles devem ser alongados além do comprimento de repouso, independente da técnica utilizada:
Parâmetros x alongamento: Avaliar a flexibilidade de cada indivíduo. Aquecimento prévio. Posicionamento adequado. Lento e gradual. Manter um padrão (intensidade e frequência). Tempo (20 a 30 segundos). Alongar até o limite, sem dor. Respiração. Variar posicionamentos. Local adequado. Individuais x grupos.
Aula 5. Propriocepção ou função sensório – motora.
Definição: “Sensibilidade profunda do aparelho locomotor”. Integração sensório-motora que através de estímulos aferentes (sensitivos) e eferentes (motores) proporciona ao sistema neuromioarticular a modulação necessária para a manutenção postural e estabilização.
Toda produção neural originada nos músculos, articulações, tendões e tecidos profundos associados, projetadas a diferentes níveis do SNC e avaliadas de acordo com as condições estáticas e dinâmicas, equilíbrio e desequilíbrio. Controle neuromuscular necessário para a estabilidade articular.
É considerada uma variação especializada da modalidade sensorial do tato e engloba as sensações de movimento articular (cinestesia) e de posição articular (sentido da posição articular). Pode ser consciente (colocação acurada de um membro) ou inconsciente (modulação da função do músculo).
Etapas da propriocepção: 
I. Captação das Informações Sensoriais (Inputs somatossensitivos): receptores sensoriais → fibras nervosas aferentes → SNC.
II. Análise e Interpretação pelo SNC: Aferências sensitivas → projetadas em diferentes níveis do SNC (medula, estruturas sub-corticais, córtex cerebral). 
III. Resposta Motora: SNC → fibras nervosas eferentes →respostas motoras (reflexos, tônus, cinestesia, artroestesia, postura, equilíbrio, coordenação, estabilização articular).
Via aferente: Informações sobre as características desses movimentos, detectados por receptores proprioceptivos retornam às áreas de origem para comparar as características do movimento executado ao programa motor, controlá-lo e além disso corrigi-lo.
Receptores sensoriais: Fazem parte do sistema sensorial somático, responsável pelas diferentes experiências sensoriais captadas e interpretadas pelo nosso corpo. Função: prover o SNC com informações sobre o estado interno de estruturas orgânicas e do ambiente externo. São eles que definem os sentidos (visão, audição, sensibilidade corporal, olfação, gustação). Temos diferentes tipos de receptores sensoriais, e estes podem ser classificados de acordo com a sua função mecanoceptores, termoceptores, fotoceptores, quimioceptores e nociceptores) ou localização.
Receptores sensoriais (Localização): 
Exteroceptor (Superficiais): Ativados por agentes físicos como calor, frio, pressão. Labirínticos (aparelho vestibular), visuais, mecanorreceptores, termorreceptores, nociceptores e quimiorreceptores. Localização: Pele.
· Mecanorreceptores, termorreceptores e nociceptores.
· Mecanorreceptores: Corpúsculos de Meissner, Pacini e Ruffini.
· Termorreceptores e nociceptores: Terminações nervosas livres.
Proprioceptor (Profundos): Localizados em mm, tendões e ligamentos. São receptores que se localizam nos músculos, aponeuroses, tendões, ligamentos e articulações cuja função reflexa é locomotora ou postural. São essenciais para informar ao nosso cérebro a noção de posição dos membros, e por sua vez, esta informação de posicionamento corporal é essencial para o controle dos movimentos. Classificação: 
· Consciente: Receptores sensoriais (voluntária). O córtex cerebral cinestesia (Área somestésica) artroestesia. (Permite o indivíduo ter percepções do corpo, da atividade muscular e movimento articular).
· Inconsciente: Receptores sensoriais (reflexa). Medula espinhal cerebelo (Arco reflexo miotático) (equilíbrio, coordenação).
Receptores articulares:
Tipo 1: Corpúsculos de Ruffini: Localizados na parte externa da cápsula articular (respondem a pequenas alterações na tensão da cápsula). Informa a posição da articulação:
· Estímulo: Mudanças das sobrecargas mecânicas da cápsula articular. Adaptação muito lenta (até 60 seg após estímulo inicial).
· Resposta: Senso de posicionamento estático e dinâmico, de direção, amplitude e velocidade do movimento.
Tipo II: Corpúsculos de Paccini: Localizados nas camadas profundas dos ligamentos e cápsulas. Informa a velocidade dos movimentos das articulações:
· Estímulo: Mudanças bruscas no movimento articular. Adaptação muito rápida (0,5 segundos).
· Resposta: Senso de aceleração.
Tipo III: Receptores de ligamentos: Localizados nas cápsulas articulares. Informa a verdadeira posição das articulações
· Estímulo: Alongamento no final da amplitude. Adaptação muito lenta (agem por vários minutos após estímulo inicial)
· Resposta: Senso do movimento dinâmico e direção do movimento - inibem os tônus muscular.
Tipo IV: TNL: Localizados na maioria dos tecidos. Informa a sensibilidade à dor; ativados durante a inflamação articular.
· Estímulo: Deformação ou tensão mecânica acentuada - irritação mecânica ou química direta. Adaptação muito lenta.
· Resposta: Contração muscular tônica.
Visceroceptor (vísceras): Sensação como fome. Fuso muscular: Detecta alongamento do músculo. Velocidade da mudança do comprimento muscular. Órgão Tendinoso de Golgi. Detecta: Tensão, contração muscular.
Déficit sensório – motor: Lesão Ortopédica = supressão (eliminação) de informações aferentes provindas de receptores sensoriais.
Qual a implicação desta informação para o fisioterapeuta: Após uma lesão articular e/ou ligamentar, os receptores proprioceptivos também são danificados. A informação que é normalmente enviado para o cérebro fica prejudicada. Isto pode deixar a pessoa propensa a se lesionar novamente, ou diminuir a sua coordenação durante o esporte ou qualquer atividade. Terapeuta pode tornar o cérebro mais atento às informações proprioceptivas e ensiná-lo a responder rapidamente a elas.
O treino proprioceptivo envolve superfícies instáveis: Esta instabilidade fornece ao organismo constantes oportunidades para avaliar a sua orientaçãono espaço, desenvolvendo e treinando a consciência corporal. Uma melhora na reposta proprioceptiva proporciona ao corpo com maior equilíbrio e estabilidade.
Reeducação sensório- motora: Sequência de procedimentos com objetivo de restaurar a função ou alterar as experiências de percepção através de um novo programa neuromotor. Função: potencializar a função aumentando a proteção articular e diminuindo o risco de recidiva de lesões. Facilitar o processo inconsciente de interpretar e integrar as sensações periféricas recebidas pelo SNC a respostas motoras condizentes. Complementa a reabilitação tradicional, por meio do treinamento proprioceptivo e equilíbrio e promove um retorno mais fácil à atividade funcional.
Pré-requisitos: Dor mínima ou ausente. Sem sinais de inflamação. ADM e flexibilidade adequadas. Força e resistência muscular compatíveis. 
Treinamento sensório- motora: Uso de estímulos proprioceptivos que excitam as terminações nervosas. Atividades repetitivas, com aumento da dificuldade de forma controlada e de caráter evolutivo.
· Solo estável: Solo instável.
· Bipodal: Unipodal.
· Olhos abertos: Olhos fechados.
· Estático: Dinâmico.
1-) Fase Fixa (solo estável): Descarga de peso, treino de marcha.
2-) Fase Instável (os tipos de solo): Treino de equilíbrio.
3-) Fase Funcional (atividades diversas): Corridas, saltos, circuitos proprioceptivos, aceleração/desaceleração e gestual desportivo.
Treino estático x dinâmico: 
Treino estático: Na mesma base de sustentação.
Treino dinâmico: correr, saltar, aterrissar, driblar, rodar em torno de um eixo. Exige que o indivíduo perca e recupere o equilíbrio para poder realizar a atividade. Aceleração, desaceleração, coordenação, ritmo.
Técnicas: Movimento consciente, lento, isolados. Movimentos automáticos, rápidos e combinados. Recursos que perturbem a realização da postura e do movimento= iniciar reflexo e contração involuntária muscular. CCA x CCF.
Especifidade: 
· Reeducação sensório motora adequada: Treinamento específico.
· Programa: Neuromuscular adequado ao esporte ou às atividades funcionais.
Conclusões: Princípios da reeducação proprioceptiva: O reparo dos elementos de contenção estáticos ou dinâmicos e o fortalecimento dos músculos apropriados não preparam uma articulação para as modificações bruscas na posição. Portanto não é eficiente o fortalecimento de um músculo específico ou um grupo muscular sem que haja a integração deste músculo com o resto do corpo trabalhando funcionalmente.
Pliometria: É uma forma de exercício que busca a máxima utilização dos músculos em movimentos rápidos e de explosão. Seu conceito baseia- se na exploração do músculo em sequências de contrações excêntricas e concêntricas buscando a otimização do mesmo.
Exercícios de pliométricos: Ciclo Excêntrico – Concêntrico. Pode ser desenvolvida > força na ação muscular concêntrica precedida de uma ação muscular excêntrica (ciclo alongamento – encurtamento). O melhor desempenho é explicado através da potencialização reflexa, mecânica e elástica do músculo esquelético.
· Reflexa: Fuso muscular.
· Mecânica: Comprimento muscular: Actina /miosina.
· Elástica: Quando o músculo aumenta o seu comprimento ocorre um armazenamento de energia potencial.

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