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Modelo de Reconsideração do Pagamento de Custas ao Final do Processo

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1
AO JUÍZO DA _ VARA ÚNICA DA COMARCA DE _ – _
Processo n° xxxxxxxxxxxxxxx
FULANO DE TAL, já devidamente qualificado no processo em
epígrafe, por intermédio de seus patronos que abaixo assina, comparece
respeitosamente a ilustre presença de Vossa Excelência, tendo tomado ciência
do despacho que indeferiu os benefícios da Assistência Judiciária, expor e
requer, o que segue.
A garantia do acesso à justiça está preservada constitucionalmente,
não obstante os rendimentos mensais do Requerente sejam “superiores à
média obtida pelos trabalhadores brasileiros”, o fato é que se trata de verbas
aliment ícia. Assim, é certo que os seus rendimentos condizem com a
possibilidade de prover o seu sustento e de sua família, entretanto não pode o
Requerente dispor facilmente de uma quantia elevada, sem um prévio
planejamento face ao prejuízo que este ato poderá ocasionar.
Vale ressaltar, que o pedido de pagamento das custas ao final do
processo foi requerido na petição inicial, assim como no aditamento da petição
inicial, previsão legal do pagamento, em consideração ao art. 5°, XXXV da
CF/88.
É importante registrar que a contratação de advogados particulares
não elimina a capacidade do Requerente em ser beneficiário da Assistência
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Judiciária, pois, são raras as vezes, que nós advogados assumimos o risco de
nossos honorários com o êxito da causa.
Dessa forma, em nome da razoabilidade, por se tratar de verbas
alimentícias e para preservar a constitucional garantia do acesso à justiça, vem
requerer que seja autorizado o DEFERIMENTO DO PAGAMENTO DAS
CUSTAS, para que estas sejam realizadas ao final do processo, pois assim,
o Requerente terá tempo para ir provisionando mês a mês, uma reserva para
tal mister.
Sobre a suscitada possibilidade, já se manifestou nossos Tribunais, a
saber:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITACONCEDIDO E DEPOIS REVOGADO PELO
JUÍZO DE 1º GRAU. POSSIBILIDADE DE RECOLHIMENTO DAS
CUSTAS AO FINAL DO PROCESSO. PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. (TJ-BA - AI: 00066575020178050000, Relator: LIDIVALDO
REAICHE RAIMUNDO BRITTO, PRIMEIRACAMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 13/06/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
PRECLUSÃO. POSSIBILIDADE DE PAGAMENTO AO FINAL. Trata-
se de agravo de instrumento manejado contra decisão do Juízo a quo
que rejeitou o pedido de recolhimento de custas ao final (doc. 176) por
considerar que não houve alteração da situação fática após o
indeferimento do benefício da gratuidade de justiça postulado pela
parte (doc. 167). Ab initio, o recorrente reitera o pedido de concessão
do benefício de gratuidade de justiça, contudo, como assinalado na
decisão de indeferimento do efeito suspensivo, tal pretensão não
merece prosperar. Segundo as lições de Giuseppe Chiovenda, a
doutrina conceitua o instituto da preclusão como sendo a perda da
faculdade de praticar determinado ato processual. A doutrina classifica
a preclusão em (i) temporal, ao não ser observado o prazo próprio
para o exercício do ato; (ii) lógica, em função da prática incompatível
com o ato a ser realizado; (iii) consumativa, em razão de o ato
processual já ter sido realizado; e (iv) pro uidicato, em virtude de a
matéria encontrar-se decidida pelo magistrado. In casu, a parte
agravante se insurge contra decisum que rejeitou seu pedido de
parcelamento das despesas processuais, porém, como já destacado,
inicialmente, o recorrente reitera o pedido de concessão do benefício
da gratuidade de justiça, o que não pode ser acolhido, porquanto,
operada a preclusão. Ora, instado a demonstrar a alegada
hipossuficiência, a parte quedou-se inerte, deixando não só de
atender ao provimento jurisdicional, como também deixando de
oferecer recurso em face da r. decisão, manejando posteriormente
petitório tão-somente para pleitear o pagamento das despesas
processuais ao final (doc. 171). Mostra-se, portanto, infundada, em
razão da preclusão, a reapreciação da concessão do benefício da
gratuidade de justiça, assistindo razão ao juízo a quo, nesse ponto,
quando afirma que não restou demonstrada naquela oportunidade a
necessária alteração da situação fática após o seu indeferimento. Por
outro lado, merece ser chancelado o pedido de recolhimento de
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custas ao final. Com base no princípio da acessibilidade ao Poder
Judiciário (CRFB/88, art. 5º, inciso XXXV) e nos termos do enunciado
administrativo nº 27 do Fundo Especial do Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro (FETJ), não há óbice ao recolhimento das despesas
processuais ao final do processo. Exceção do princípio de
antecipação das despesas processuais. Assim, imperioso o pedido
alternativo de gratuidade provisória, com o consequente pagamento
ao final, facilitando assim, o acesso à Justiça. Provimento parcial do
recurso. (TJ-RJ. Data de Julgamento: 25/07-2018).
Desta forma, requer o DEFERIMENTO DO PAGAMENTO DAS
CUSTAS, para que estas sejam realizadas ao final do processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, Estado, data.
ADVOGADO
OAB/UF n°

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