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População - Discursiva 3

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Geografia da População – Exercícios de Revisão 
Questões Discursivas (parte 3) 
 
1. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) 
 
Em busca de Pindorama - A questão da terra e da identidade indígenas no Brasil 
 
A luta dos gamela na região de Viana [Maranhão] não é recente, afirmam os 
indígenas. Há ataques registrados em pelo menos duas outras ocasiões: no final da 
década de 1960, quando escrituras de terras onde eles viviam começaram a aparecer 
com o nome de outros donos, e em 1987. Como em diversas regiões do país, o 
conflito reflete a dificuldade que rege a titularidade de terras rurais. Uma história que 
passa por expulsões de pessoas mais vulneráveis de suas áreas, por grilagem e 
ocupações irregulares e, até, pela conivência de cartórios, que em décadas passadas 
faziam registros falsos de acordo com o gosto de quem pudesse pagar mais. Em um 
cenário onde o estoque de terras vêm se esgotando, os conflitos parecem estar se 
tornando cada vez mais frequentes. 
 
Talita Bedinelli, EL PAÍS 
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/06/politica/1494107739_378228.html, 
Acessado em: 08/05/17. Imagem: https://mirim.org/terras-indigenas, acesso em 
13/05/2017 
 
No Mato Grosso, onde está reunida, a população xavante tem atualmente quase vinte 
mil índios, segundo o censo da Funai. Cerca de 900 deles vivem nas quatro aldeias 
de Marãiwatsédé, numa região que era de transição do cerrado para a floresta 
amazônica – quem conheceu a região nos anos 1960 fala com saudosismo do mato 
fechado que encobria até as estradas. A mata, contudo, desapareceu. Rodeada por 
fazendas com soja e gado, ela ganhou o título de terra indígena mais desmatada do 
Brasil, com cerca de 80% de seu território destruído. 
Lucas Ferraz, Rai Reis 
Pública – Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo, 12/09/2016. 
 
Imagem: http://www.dicionariotupiguarani.com.br/mapas/. Acesso em 13/05/2017.
Macuxi
Yanomami
Caripuna 
do Amapá
Waiwai Zo’éMacu Waiãpi
Waimiri-Atroari
Ticuna
Tucano
Mawé
Apurinã
Mura
Araweté
Urubu-Kaapor
Krikati Tapeba
Nuquini
Deni
Tenharim
Caripuna
Suruí
Caxinauá
Nambikwara
Aripuanã
Munduruku Apinajé
Kayapó
Bororo
Xavante
Carajá
Guajajara Potiguara
Fulni-ô
Kambiwá
Pancararu
Xocó
Pataxó
Xacriabá
Maxacali
Kadiwéu
Terena
Xokleng
Guarani
Krenak
Kaingang
Parque 
do Xingu
Principais 
Nações Indígenas 
do Brasil
Kiriri
Guarani
Guarani
 
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, 
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente 
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus 
bens. 
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em 
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis 
à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias 
a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse 
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos 
lagos nelas existentes. 
(...) 
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos 
sobre elas, imprescritíveis 
 
Fonte: Extraído de Constituição da Rep. Fed. do Brasil, 1988. Tít VIII, Cap. VIII, Dos 
Indios. [http://www.planalto.gov.br] Acesso em: 17/05/2017 
 
 
 
A partir dos textos e das imagens, caracterize a situação dos povos indígenas no 
início da colonização portuguesa (século XVI) e na atualidade, tendo em vista a 
questão da terra e da identidade. 
 
2. (Fuvest 2017) A ideia do direito à cidade não surge fundamentalmente de diferentes 
caprichos e modismos intelectuais. Surge basicamente das ruas, dos bairros, como um 
grito de socorro e amparo das pessoas oprimidas em tempos de desespero. 
 
David Harvey, Cidades rebeldes, Martins Editora, 2014. Adaptado. 
 
 
O autor se refere a uma série de movimentos sociais urbanos da atualidade que têm 
tomado as ruas, em várias cidades no mundo, transformando o espaço público em um 
palco de lutas sociais, em busca de direitos. Segundo Lúcio Kowarick (Escritos 
urbanos, Editora 34, 2000), movimentos sociais urbanos são forças coletivas que se 
organizam e se mobilizam tendo como pauta de reivindicação soluções para os 
problemas específicos da vida nas cidades. 
 
a) Considerando as informações apresentadas, identifique duas demandas por 
direitos pelos quais os movimentos sociais urbanos no Brasil têm-se mobilizado 
no século XXI. Justifique. 
b) No Brasil, os movimentos sociais urbanos atuais apresentam diferenças em relação 
aos do passado, sobretudo os das décadas de 1980 e 1990. Indique duas 
características dos movimentos sociais urbanos do século XXI que diferem das 
dos movimentos das décadas de 1980 e 1990. 
 
3. (Uel 2017) Leia o texto a seguir. 
 
O Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas de 1951 sobre o Estatuto dos 
Refugiados e do seu Protocolo de 1967. Em julho de 1997, promulgou a Lei de 
Refúgio nº 9.474/1997, que contempla os principais instrumentos regionais e 
internacionais sobre o tema e que garante documentos básicos aos refugiados, 
incluindo carteira de identidade e de trabalho, da liberdade de ir e vir no território 
nacional e outros direitos civis. Nos últimos cinco anos, as solicitações de refúgio no 
Brasil passaram de 966, em 2010, para 28.670, em 2015. 
 
Adaptado de: <http://www.justica.gov.br/noticias/brasil-tem-quase-9-mil-refugiados-de-
79-nacionalidades-1>. Acesso em: 3 out. 2016. 
 
Nesse contexto, o Brasil recebeu um grande número de refugiados, sobretudo, de um 
país asiático, no qual mais da metade da população foi forçada a deixar as suas 
casas. 
 
Indique o nome desse país, a região geográfica de origem e a principal causa do 
grande fluxo de refugiados, que ocorre desde março de 2011. 
 
4. (Unicamp 2016) questão da inserção do negro na sociedade nacional e sua 
mobilidade social é recorrente no debate da sociologia brasileira. Embora as 
desigualdades raciais ainda permaneçam, nas últimas três décadas importantes 
políticas foram adotadas pelo Estado brasileiro, reconhecendo o valor histórico dos 
negros para a formação da sociedade nacional. Nesse contexto, vêm se construindo 
políticas compensatórias, a partir de ações afirmativas, voltadas para essa população. 
 
a) Indique ao menos uma mudança importante introduzida na Constituição 
Federal de 1988 que se tornou garantia de reconhecimento dos direitos dos 
negros pelo Estado Brasileiro. Explique o que são políticas públicas 
compensatórias. 
b) Em julho de 2010, foi aprovada a Lei Federal 12.288, que instituiu o Estatuto da 
Igualdade Racial destinado à população negra do país. Essa lei tornou-se um 
importante instrumento de promoção de ações afirmativas e de combate ao racismo. 
Aponte duas ações para a promoção dos direitos fundamentais da população 
afrodescendente, uma referente à educação e outra referente à cultura, 
decorrentes do referido Estatuto. 
 
 
 
 
5. (Uerj 2016) A dinâmica demográfica brasileira 
 
Poucos temas são tão maltratados na imprensa como os processos demográficos. 
Todos os dias, aparece alguém falando ou escrevendo sobre assuntos como 
crescimento populacional ou planejamento familiar. A maioria dessas pessoas não 
mostra a menor familiaridade com os dados atuais ou o mínimo respeito pelos muitos 
estudos realizados por diversos pesquisadores. Dois exemplos de ideias falsas são: 1) 
a população brasileira está passando por uma explosão demográfica; 2) a pobreza é 
produto da fecundidade elevada. 
 
George Martine e José E. D. Alves 
Adaptado de O Globo, 28/07/2006. 
 
A reportagem menciona duas ideias falsas a respeito da demografia brasileira. 
 
Explique o erro contido em cada uma delas. 
 
6. (Usf 2016) A “geração canguru”, aquela formada por jovens entre 25 e 34 anos que 
ainda moram com os pais, e que no Brasil cresceu nos últimosdez anos, é fenômeno 
mundial. O conforto e o comodismo ou a falta de condições financeiras não são os 
principais fatores que mantêm esses jovens na casa dos pais, mas a possibilidade de 
investir na formação para ter mais chances no mercado de trabalho. Desses jovens, 
60% são homens e 40%, mulheres, em faixas de renda mais altas. Diferente da 
“geração canguru”, os “nem nem”, aqueles jovens de 15 a 29 anos que nem estudam 
nem trabalham, são compostos em sua maioria por mulheres entre 25 a 29 anos. Ao 
contrário da geração canguru, o predomínio é de mulheres que têm filhos e tomam 
conta deles. Isso remete a uma questão antiga, que é a diferença nas condições do 
mercado de trabalho entre homens e mulheres. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/11/geracao-canguru-e-
fenomeno-mundial-diz-presidente-do-ibge.html. Acesso em: 11/09/2015, às 15h 
(adaptado) 
 
a) Aponte uma consequência demográfica decorrente do aumento do número de 
indivíduos da geração canguru. 
b) Aponte uma consequência econômica ou social decorrente do aumento do 
número de indivíduos da geração “nem nem”. 
 
7. (Uerj 2016) Os casos de mortes de imigrantes ilegais que tentam chegar à Europa 
por via marítima têm ocupado os noticiários. Na figura abaixo, os pontos indicam os 
locais onde ocorreram essas mortes, de janeiro de 2000 a julho de 2015. 
 
 
Identifique os dois continentes de procedência da maior parte desses 
imigrantes. Em seguida, apresente duas justificativas socioeconômicas que têm 
levado essas pessoas a deixar os continentes de origem em direção à Europa. 
 
8. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2016) 
 
África e racismo 
 
«Cartazes publicitários da indústria nascente do sabão em Portugal utilizam, 
respeitando o espírito do racismo 'cientifizado', a pele negra dos africanos para 
promover a boa qualidade dos seus produtos. Por exemplo, o cartaz que se serve do 
rosto africano para mostrar a eficácia do sabonete. Não sem evocar um outro 
fantasma racista: não haveria africano que não sonhasse em desembaraçar-se da 
cútis negra, para poder integrar a sociedade da norma branca, que seria assim a única 
verdadeiramente humana.» 
 
Isabel de Castro Henriques. “As marcas da inferioridade africana”. Apud: Regina Claro. 
Olhar a África. São Paulo: Hedra, 2012, p. 136. Adaptado. 
 
 
 
«Mas não se pode esquecer que, como sistema, o colonialismo era intrínseca e 
necessariamente racista (...) A maioria negra foi sempre profunda e estruturalmente 
discriminada, pois, se não o fosse, o colonialismo não teria condições para se manter 
(...) implica entender que o racismo é uma questão sistêmica e não pessoal, pelo que 
o combate contra os fundamentos e os processos deste sistema e não contra as 
pessoas deve ser o foco do antirracismo». 
 
João Melo. O homem que não tira o palito da boca. Luanda: Editorial Nzila, 2009. p. 
42. 
 
A partir dos textos e das imagens, e tendo em vista a questão do racismo, caracterize 
a colonização europeia da África, e a posterior descolonização. 
 
 
9. (Uema 2016) Analise o gráfico que mostra o número de filhos por mulher em idade 
fértil no Brasil. 
 
 
 
a) Contextualize o decréscimo do número de filhos por mulheres em idade fértil 
no Brasil. Explique dois fatores que contribuíram para essa diminuição. 
b) Relacione a diminuição apresentada no gráfico com a taxa de reposição 
populacional, que é de 2,1, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), às consequências para o perfil etário da população brasileira. 
 
10. (Uerj 2016) A malária humana é uma doença parasitária, transmitida pela picada 
de mosquitos. Apesar de ter cura, pode evoluir para suas formas agudas em poucos 
dias se não for diagnosticada e tratada rapidamente. Diagnosticar e começar o 
tratamento correto na fase inicial da doença pode fazer a diferença entre a vida e a 
morte. Essa medida também diminui a possibilidade de ocorrência de novos casos, se 
o doente com malária permanecer nas áreas de transmissão. 
 
Adaptado de fiocruz.br. 
 
 
 
Com base nas informações do texto e na análise do mapa, apresente um fator 
ambiental responsável pelo contágio da malária nas regiões com alto risco de 
transmissão. Apresente, também, uma justificativa socioeconômica para o 
elevado número de mortes associadas a essa doença em algumas dessas 
regiões. 
 
 
GABARITO 
 
1. No período colonial (século XVI), os povos indígenas tiveram grande parte dos seus 
territórios ocupados pelos colonizadores, muitos foram escravizados e submetidos à catequese 
e a aculturação. Milhões de indígenas foram dizimados por doenças transmitidas pelos 
colonizadores, o que reduziu drasticamente seu contingente demográfico. A população 
indígena brasileira só voltou a crescer a partir dos dados do Censo 2000 e hoje representa 
apenas 0,4% da população total. Os povos e as terras indígenas estão concentrados no 
Centro-Oeste e Norte do país, as regiões com menor densidade demográfica. Na atualidade, 
apesar dos avanços na demarcação de terras indígenas desde a Constituição de 1988, a 
questão indígena no Brasil apresenta uma situação preocupante. Muitos povos indígenas ainda 
reivindicam a demarcação correta de suas terras. No Congresso Nacional, existem iniciativas 
conservadoras (ação da bancada ruralista, que defende os interesses do agronegócio), a 
principal é de retirar da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) a prerrogativa de demarcação das 
terras indígenas e transferi-la para o poder legislativo. O avanço do agronegócio no Centro-
Oeste, Amazônia e Nordeste, acirra os conflitos pela posse da terra entre latifundiários e povos 
indígenas. Foram verificados conflitos graves em Roraima, Mato Grosso do Sul (etnias guarani 
caioá e terena), Mato Grosso, Bahia (etnia pataxó) e Maranhão (etnia gamela). Em vários 
conflitos, indígenas feridos e até assassinatos de lideranças. Os conflitos são decorrentes de 
processos de grilagem de terras e de projetos de colonização e reforma agrária 
governamentais que desprezaram a presença indígena em amplas áreas. 
 
2. a) No século XXI, entre as demandas por direitos, podemos citar o crescimento do 
movimento por moradia, a exemplo da MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que 
realiza ocupações de edifícios e terrenos abandonados para pressionar o Estado a investir em 
habitações populares. Também destacam-se os movimentos específicos que lutam por 
igualdade de direitos e contra a violência como os grupos LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e 
Transgêneros). 
b) Na década de 1980 e 1990, os movimentos sociais urbanos apresentavam demandas 
fundamentais no Brasil, um exemplo é a luta pela democracia contra a ditadura militar. Os 
movimentos sociais reivindicatórios, por melhorias sociais (habitação, saneamento básico etc.) 
tinham organização mais limitada, pois não contavam com a facilidade de mobilização 
propiciada pela tecnologia do século XXI, a exemplo da internet e redes sociais. 
 
3. Trata-se da Síria, localizada no Oriente Médio. Um dos países atingidos pela Primavera 
Árabe em 2011, um movimento por democracia contra a ditadura de Bashar Al Assad. Porém, 
o fracasso da diplomacia, a violência do governo e dos grupos rebeldes, bem como a 
interferência de outros países (Estados Unidos, França, Rússia, Arábia Saudita, Turquia e Irã) 
levou a Síria a uma guerra civil com milhares de mortos. Entre os grupos rebeldes, surgiu o 
Estado Islâmico (grupo fundamentalista sunita e terrorista) que luta contra os governos do 
Iraque e da Síria, além de promover atentados contra países como Turquia, França, Bélgica e 
EUA. Nos últimos anos, um grande fluxo de refugiados migrou para os países vizinhos e a 
União Europeia. Também aumentou o fluxo de refugiados para o Brasil, país que apresenta a 
maior população de origem síria e libanesa do mundo. 
 
4. a) A importante mudança na Constituição que se tornou garantia de reconhecimento dos 
direitos dos negros pelo Estado foi a criminalização da pratica de racismo (Art. 5°). 
Políticas públicascompensatórias são medidas que estabelecem tratamento diferenciado 
buscando compensar determinadas parcelas da população, em virtude de perdas sociais 
históricas acumuladas ao longo do tempo. 
b) Dentre as ações para promoção dos direitos fundamentais da população afrodescendente 
referente à educação e à cultura, pode-se citar respectivamente: a reserva de cotas nos 
concursos públicos das universidades, e a criação do dia nacional da consciência negra. 
 
5. A primeira ideia falsa remete ao fato de que o Brasil está vivenciando uma explosão 
demográfica, haja vista que as últimas décadas registraram queda das taxas de fecundidade, 
de natalidade e de crescimento vegetativo, embora em números absolutos, o total populacional 
seja maior. 
A segunda ideia falsa remete ao fato de que a pobreza é produto da fecundidade elevada, haja 
vista que na verdade, a pobreza é causa da fecundidade elevada dificultando o acesso à 
melhor escolaridade e salários, formação cultural, controles regulatórios de fecundidade, dentre 
outros. 
 
6. a) O aumento do número de indivíduos da “geração canguru”, adultos que permanecem 
morando com os país, poderá ter várias consequências demográficas e econômicas. Entre as 
quais, o aumento do número de solteiros e a queda da taxa de natalidade. Também poderá 
repercutir nos padrões de consumo de mercadorias e serviços, a exemplo da compra e venda 
de imóveis. 
b) O número significativo de indivíduos “nem nem”, não estudam e não trabalham, traz várias 
consequências, entre as quais, o comprometimento da escolaridade das mães jovens, baixa 
produtividade no trabalho, permanência de altos índices de trabalho informal e precário 
decorrentes de problemas educacionais, além da perda de renda de adultos e idosos que 
sustentam estes jovens. 
 
7. Os continentes de maior procedência dos imigrantes são África e Ásia. Dentre as 
justificativas que têm intensificado a imigração em direção à Europa, pode-se citar: 
instabilidade política da região causada pela ação de grupos extremistas; conflitos e guerras; 
regimes ditatoriais e repressivos; crises humanitárias causadas pela fome e miséria. 
 
8. Na resolução de uma questão com perfil interdisciplinar, recomenda-se uma estrutura 
integrada por introdução (1º parágrafo), argumentação (ênfase em História, 2º parágrafo), 
argumentação (ênfase em Geografia, 3º parágrafo) e conclusão (4º parágrafo). 
 
Exemplo: 
 
O racismo no passado e no mundo contemporâneo constitui uma ideologia desprovida de base 
científica e utilizada por vezes como justificativa para a dominação social e exploração 
econômica. 
No período colonial, teses pseudocientíficas que afirmaram a superioridade dos brancos em 
relação a outros grupos étnicos como negros eram usadas como justificativa para a 
colonização e imperialismo europeu no continente africano e em outras regiões do mundo 
como a América Latina e Caribe. No primeiro cartaz fica nítido o racimo em Portugal em 1917, 
país que manteve colônias na África até meados da década de 1970. No século XIX, durante a 
Conferência de Berlim, a África foi partilhada pelas potências europeias com o objetivo de 
apropriação dos recursos naturais, mão de obra e novos mercados consumidores. A introdução 
da civilização ocidental através do cristianismo e de ideologias racistas estava a serviço do 
capitalismo industrial. 
Na África, os europeus impuseram fronteiras artificiais que não respeitavam as diferenças 
étnicas e religiosas pré-existentes, o que deu origem a conflitos culturais, guerras civis e 
separatismos após a descolonização. Um dos exemplos foi o Sudão com o conflito étnico em 
Darfur, a guerra civil entre o norte (muçulmano) o sul (cristão e animista), além da 
independência do Sudão do Sul em 2011. Em alguns países como a África do Sul, regimes 
racistas como o apartheid (1948-1990) duraram um longo tempo devido a interesses 
econômicos e geopolíticos locais e internacionais. 
 No século 21, a permanência das fronteiras artificiais na África Negra e dos conflitos 
decorrentes, tornam os países africanos frágeis, o que favorece a forte influência de potências 
europeias, dos Estados Unidos e, recentemente, da China. Por vezes, este processo é 
naturalizado pela também permanência de visões preconceituosas e estereotipadas sobre os 
Estados e povos africanos. Assim, no mundo contemporâneo, ideologias atrasadas 
permanecem e devem ser combatidas, a exemplo de Angola, ex-colônia portuguesa, cuja 
economia teve grande crescimento na década de 2000 após o término da guerra civil. 
 
9. a) A queda da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher na idade fértil) nas últimas 
décadas é decorrente da urbanização com melhoria de acesso à saúde e educação, além da 
emancipação feminina, ou seja, o avanço das mulheres no mercado de trabalho, direitos e 
educação. 
b) A tendência é da taxa de reposição populacional (número de filhos por casal) ficar inferior a 
2,1 em decorrência da queda das taxas de fecundidade, de natalidade e do crescimento 
populacional no Brasil. A consequência é a diminuição no porcentual de jovens e elevação nos 
porcentuais de adultos e idosos (aumento dos custos com saúde e previdência social). 
 
10. O fator ambiental responsável pelo contágio da malária é a tropicalidade, cuja elevada 
temperatura e pluviosidade abundante ampliam a proliferação do vetor. 
Além da questão ambiental, as áreas de alto risco de transmissão são caracterizadas pelo 
subdesenvolvimento o que resulta em: ausência ou insuficiência de investimentos 
governamentais para o controle sanitário e atendimento médico-hospitalar; baixa formação 
sociocultural da população que não adota práticas cotidianas de higiene; elevada densidade 
humana; elevado custo da erradicação do mosquito.

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