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QUESTIONÁRIO DOENÇAS PARASITÁRIAS E INFECCIOSAS

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QUESTIONÁRIO SOBRE HELMINTOSES DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Pesquisa e questionamentos sobre a Parte 1
1) Sobre o Complexo Teníase/Cisticercose pesquise e responda:
a) Qual o papel do ser humano para essas duas parasitoses? Como ele pode desenvolver Teníase e como faz para desenvolver Cisticercose ou Neurocisticercose?
R: O homem é o hospedeiro definitivo.
Teníase: O homem se infecta ao ingerir carne suína/bovina malcozida ou mal assada contendo os cisticercos vivos. No intestino delgado, após 3 meses da ingestão do cisto o parasita se torna adulto (Taenia solium – suíno ou Taenia saginata – bovino) e o homem começa a eliminar ovos (proglotes grávidas) pelas fezes e estas podem contaminar o solo, a água e os alimentos.
Cisticercose ou Neurocisticercose: O homem se infecta de forma acidental ao ingerir os ovos da Taenia solium, presentes na água ou alimentos contaminados e desenvolve a fase larval (cisticercose). Essa forma de infecção pode se tornar muito grave, pois há um grande tropismo pelo sistema nervoso central, provocando a forma mais grave da doença, a Neurocisticercose. 
b) Os animais também adoecem? Como reconhecer um animal infectado? Comente.
R: Sim, eles se infectam através da ingestão de água ou pastagens contaminadas por fezes humanas que contenham ovos das tênias. Depois de ingeridos, os ovos se transformam em estruturas denominadas oncosferas no intestino delgado pela ação dos sucos digestivos e bile. As oncosferas penetram na parede intestinal e, em 24 a 72 horas, difundem-se no organismo através da circulação sanguínea. Ocorre então formação de cisticercos nos músculos esqueléticos e cardíaco Cysticercus cellulosae (suíno) e Cysticercus bovis (bovino). 
c) Qual a melhor forma de prevenção/controle para essas duas parasitoses? (responda separado: Teníase X Cisticercose).
R: O controle dessas doenças tem como estratégia fundamental a interrupção do ciclo de vida do parasito evitando a infecção de animais e seres humanos. 
Teníase: Controle higienicossanitário (construção de sistemas de esgoto); conscientização da população quanto a práticas de higiene com os alimentos como a lavagem adequada das verduras a serem ingeridas, além de realizar um cozimento eficaz a fim de evitar o consumo de carnes cruas ou malpassadas.
Cisticercose: Melhoramento das condições de criação de animais como os suínos, evitando acesso de animais a fezes humanas; promover uma rígida inspeção em relação a produtos cárneos evitando abate e comércio de produtos clandestino; educação sanitária do homem (instalações sanitárias com fossas ou redes de esgoto) e detecção e tratamento do indivíduo parasitado.
2- Sobre a Haemonchose nos ruminantes responda:
a) Quais as formas de controlar essa helmintose? (cite e comente sobre pelo menos três maneiras - relacionadas ao diagnóstico, vermifugação, manejo, etc).
R: Diagnóstico: O Método Famacha consiste de um tratamento seletivo que objetiva vermifugar somente os animais do rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular. Ocorre uma correlação entre a coloração da conjuntiva ocular de pequenos ruminantes e 5 intervalos de anemia indicados pelo hematócrito. Estes 5 graus de coloração, ilustrados em um cartão, direcionam a vermifugação dos animais, sendo os graus 1 e 2 (coloração bem vermelha), praticamente sem traços de anemia; grau 3 já se indicada a vermifugação e os graus 4 e 5 (mucosa pálida intensa) a vermifugação é imprescindível.
Vermifugação: Através do controle estratégico realiza-se a aplicação de vermífugos 4 vezes por ano (início, meio e final da época seca e uma quarta medicação em meados do período chuvoso). Este calendário visa que as medicações realizadas no período seco devam controlar os parasitas em seus respectivos hospedeiros, que são praticamente os únicos locais de sobrevivência dos nematódeos, nessa época do ano. Este procedimento reduz gradualmente a contaminação das pastagens pelas larvas infectantes (L3) e, consequentemente, diminui a transmissão dos nematódeos gastrintestinais no período chuvoso seguinte. A vermifugação de meados do período chuvoso, destina-se a evitar a ocorrência de possíveis surtos de parasitismo clínico e de mortalidades no rebanho nessa época do ano.
Manejo: Utilização de rotação de pastagem com período de descanso da área adequado afim de reduzir a infestação de parasitas bem como taxas de lotação adequadas. Fornecer nutrição balanceada pois em situações de carências nutricionais, estas afetam o sistema imunológico do hospedeiro tornando-os mais susceptíveis a parasitose. O uso de alimentação rica em proteína é um componente importante para combater as helmintoses.
b) Você precisa vermifugar/tratar uma ovelha prenhe, 30 dias de gestação, que foi detectada com uma alta carga parasitária de Haemonchus spp. (diagnóstico feito pelo método de Gordon e Whitlock - OPG), que vermífugo você utilizaria? Comente rapidamente sobre o mecanismo de ação do vermífugo da sua escolha.
R: Doramectina → 0,2 mg/kg IM ou SC.
O Mecanismo de ação da Doramectina envolve potencialização do ácido gama-amino butírico (GAMA) um neurotransmissor inibitório das respostas motoras dos parasitos, como a interação com os canais de glutamato-cloro independentes de GABA, aumentando a permeabilidade da membrana das células nervosas dos parasitos aos íons de cloro, causando assim bloqueio neuromuscular, resultando em paralisia flácida e eventual morte do parasito.
c) Por que esse parasito é considerado o vilão das helmintoses de ruminantes? (se baseie na patogenia e ciclo evolutivo para responder).
R: Devido ao seu hábito hematófago, este parasita provoca uma anemia hemorrágica aguda, sendo que um único verme adulto consome 0,05 mL de sangue por dia. Um animal com uma infecção elevada (acima de 2.000 parasitos) pode perder de 5-7% do seu volume de sangue por dia, sendo incapaz de compensar esta perda de sangue, apresentando assim um quadro clínico grave de anemia em um curto espaço de tempo. A alta capacidade reprodutiva das fêmeas deste parasita também é um fator que favorece sua alta prevalência, um dos mais prolíficos dos nematoides chega a produzir 10 mil ovos/fêmea/dia causando uma elevada contaminação das pastagens e reinfecções. Estas fêmeas eliminam seus ovos junto com as fezes do hospedeiro e em condições ideais (temperatura entre 18-26ºC) os ovos e as larvas se desenvolvem no ambiente, até as larvas de terceiro estágio infectante (L3), em aproximadamente 5 dias. Em baixas temperaturas as larvas sobrevivem por longos períodos devido ao seu baixo metabolismo e reservas energéticas. 
3- Sobre a Fasciola hepática pesquise e comente sobre:
a. Forma pela qual um bovino ou humano pode se contaminar.
R: Se infectam ao ingerirem alimentos ou água contaminados com metacercárias.
b. Quais fatores podem interferir no controle dessa helmintose? Cite e comente sobre três. 
R: Combate aos moluscos do gênero Lymnaea (hospedeiro intermediário): É praticamente impossível pelo seu alto poder biótico e sua erradicação é difícil porque o uso de moluscicidas representa grade perigo de contaminação para o meio ambiente;
Medicamentos disponíveis: Em sua maioria atingem apenas as formas adultas do parasito;
Drenagem de áreas alagadas: Nem sempre se torna possível devido à extensão das áreas contaminadas pelo hospedeiro intermediário e em muitos casos, essas áreas consistem nas próprias fontes de irrigação da lavoura agrícola da propriedade ou de fontes de água para o rebanho animal.
c. A presença de animais silvestres em uma área de criação de bovinos pode ser importante para a disseminação das formas infectantes da Fasciola? E podem interferir no controle dessa parasitose? Comente.
R: Sim isso se deve a diversidade de hospedeiros que possibilita a disseminação do helminto por diversas regiões do mundo, tanto pelo fato de haver grande número de espécies de hospedeiros definitivos, quanto pela ampla distribuição geográfica do hospedeiro intermediário, juntamente com sua capacidade adaptativa 
d. Em qual momento da fase parasitária da Fasciola (jovemX adulta) ela é prejudicial para o hospedeiro, trazendo seus danos à víscera a qual parasita? Comente.
R: Na forma adulta, pois ao atingir os ductos biliares, promovem intensa reação inflamatória, o que promove o aumento de volume dos ductos e reação hiperplásica das paredes, como também calcificação das lesões tecido. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, D. P.; MARTINS, I. V. F. Atualizações no controle parasitário da fasciolíase em bovinos. Rev. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 9, n. 16, p. 323-351, jul.2013. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2013a/agrar.htm>. Acesso em: 21 mar. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: Guia de bolso. Brasília, DF, 2010. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
CHAGAS, A. C. de S.; OLIVEIRA, M. C. de S.; de CARVALHO, C. O.; MOLENTO, M. B. Método Famacha: um recurso para o controle da verminose em ovinos. São Carlos: Embrapa Pecuária Sudeste, 2007. 8p. (Embrapa Pecuária Sudeste. Circular Técnica, 52). Disponível em: < https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/CircularTecnica52_000g4e6ob5x02wx5ok0iuqaqkhsmsbuv.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
da SILVA, Heloisa Cristina. Parâmetros farmacocinéticos e atividade endectocida de uma nova formulação contendo avermectinas, via tópica (pour-on), em bovinos. 2008. 111p. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária Preventiva) - Universidade Estadual Paulista (USP) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal. 2008. Disponível em: < http://javali.fcav.unesp.br/sgcd/Home/download/pgtrabs/mvp/d/1928.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
de LIMA, Paulo Henrique Rocha. Uso do pastejo rotacionado para controle da infestação da pastagem e das parasitoses gastrintestinais em caprinos. 2017. 41p. Dissertação (Mestre em Ciência Animal) - Universidade Federal da Paraíba, Areia. 2017. Disponível em: < https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/15403/1/DV039.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
OLIVEIRA, D. M.; RESENDE, P. O. Fasciola hepática: Ecologia e trajetória histórico-geográfica pelo Brasil. Rev. Estação Científica, Macapá, v. 7, n.2, p. 09-19, maio/ago. 2017. Disponível em: <https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/view/3051/darlanv7n2.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
VASCONCELOS, Cleydlenne Costa. Efeito da suplementação com pó da casca de acácia (acacia mangium Willd – Mimosaceae) sobre a resposta imunológica e infecções por Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis em caprinos. 2014. 112p. Dissertação (Mestre em Parasitologia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9MHKK3/1/disserta__o_cleydlenne.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.
VIEIRA, Luiz da Silva. Endoparasitoses gastrintestinais de caprinos e ovinos: alternativas de controle. In: ENCONTRO NACIONAL DE PRODUÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS, 1., 2006, Campina Grande. Anais... Campina Grande: SEDAP; SEBRAE; INSA; ARCO, 2006. 11p. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/533418/1/AACEndoparasitosesgastrintestrinais.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2020.

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