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CENTRO TÉCNICO-EDUCACIONAL SUPERIOR DO OESTE PARANAENSE - CTESOP JOSEMEIRE GONSALVES PEREIRA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO – A PRÁTICA EM SALA DE AULA ASSIS CHATEAUBRIAND – PR 2009 JOSEMEIRE GONSALVES PEREIRA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO – A PRÁTICA EM SALA DE AULA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de pós graduação em Letras Abordagens lingüísticas e literárias da Centro Técnico-Educacional Superior Do Oeste Paranaense como requisito parcial para obtenção do título de... Orientador: Profª Msc. André Ulysses de Salis ASSIS CHATEAUBRIAND – PR 2009 Dedico este trabalho a minha filha Maria Eduarda e minha mãe Lucília, pelo apoio emocional e carinho permanente. SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................IX ABSTRACT.............................................................................................................X Capítulo I INTRODUÇÃO.......................................................................................................05 OBJETIVOS...........................................................................................................07 1.3.1Objetivo Geral................................................................................................07 1.3.2Objetivos Específicos.....................................................................................07 1.4 JUSTIFICATICA...............................................................................................08 CAPÍTULO II 1 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................09 2 PROJETO.......................................................................................................19 3 CAPÍTULO IV REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................22 RESUMO Neste trabalho apresentamos uma reflexão sobre a Estética da Recepção na literatura enquanto obra de arte na evolução mental do adolescente, isto é, o facilitador do papel da educação escolar na formação do indivíduo leitor, defendendo a tese de que esse papel é o mediador entre a esfera da vida cotidiana e as esferas literárias da prática de leitura do indivíduo. Tal reflexão situa-se no interior de um projeto realizado com alunos de uma escola particular, na faixa etária de 13 anos, da qual é dedicado desde a tese da Estética da recepção até sua prática, iniciando pelo processo contínuo das expectativas do leitor, através da incorporação ou recepção da literatura de acordo com o desenvolvimento intelectual e cognitivo do aluno no seu contexto sócio histórico cultural. E, enfim, a aplicação da obra clássica intertextualizada como ruptura deste processo em sala de aula. Desta forma a diversidade de obras apresentadas aos alunos privilegiou um paradigma de leitura significativo correlacionando um amadurecimento literário na escolha de obras segundo características de intertextualização. Palavras-chave: Estética da recepção, literatura, sala de aula. ABSTRACT In this work we present a reflection on the Aesthetic one of the Reception in literature while work of art in the mental evolution of the adolescent, that is, the facilitador of the paper of the pertaining to school education in the formation of the reading individual, defending the thesis of that this paper is the mediator enters the literary sphere of the daily life and spheres of the practical one of reading of the individual. Such reflection is placed in the interior of a project carried through with pupils of a particular school, in the etária band of 13 years, of which he is dedicated since the thesis of the Aesthetic one of the reception until practical its, initiating for the continuous process of the expectations of the reader, through the incorporation or reception of literature in accordance with the intellectual and cognitivo development of the pupil in its context cultural historical partner. e at last the application of intertextualizadas classic workmanships as rupture of this process in classroom. Keywords: Reception aesthetic, literature, classroom. 5 INTRODUÇÃO Comumente ao procurarmos uma definição para leitura valemo-nos da legitimação do discurso de outros autores ou, então, de experiências próprias relacionadas ao ato de ler. Fazendo uso desses dois recursos é que propomos a conceituação de leitura. E, através desse advento, avançamos para um amadurecimento intelectual dos parâmetros incipientes ao do indivíduo como leitor. Ao discorrer sobre a importância do ato de ler, Freire (1995) recupera momentos diversos por ele vivenciados, desde sua infância até a vida adulta, a fim de reconstituir experiências de leitura. A Teoria da Recepção considera o sentido um efeito experimentado pelo leitor, não um objeto rigidamente predeterminado pelo autor. Isto é, o objeto literário realiza-se na interação com um interlocutor, na medida em que este reage aos estímulos do texto, construindo sentidos, estabelecendo conexões, misturando o seu universo ao universo textual. E, para que esta ideia não leve à aceitação de um verdadeiro caos interpretativo, o texto passa a ser considerado um esquema virtual capaz de instruir a sua leitura desejada. Assim, há um tipo de leitor solicitado pela obra, com habilidades e competências adequadas para que este esquema funcione. A leitura é, portanto, uma atividade que pode se realizar em vários níveis e, para que seja cada vez mais eficiente, é preciso que o leitor seja submetido a esquemas de textos gradualmente mais complexos, que o levem a ampliar suas habilidades. Essa ideia, particularmente, tem motivado reflexões úteis ao ensino da leitura nas escolas. Principalmente, ao trabalho de formação de leitores, considerado hoje uma das principais preocupações dos docentes e dos projetos pedagógicos. Então, a Estética da Recepção mostra que a interação entre leitor e texto tem como pré-condição o fato de ambos estarem em horizontes diferentes. Assim, é necessário fundir-se para que aconteça a comunicação. A tarefa é preencher os vazios, reconstruir o processo de significação da obra, buscando a intencionalidade textual. O resultado de uma combinação da linguagem e do sentido, apresenta vazios e ausências que possibilitam a iniciação da comunicação. A Estética da Recepção ajuda a compreender o sentido e a forma da obra literária. E considera a literatura um conjunto que se manifesta por produção, recepção e comunicação, compondo uma relação de diálogo entre autor, obra e leitor. No ato de produção e recepção, a fusão de expectativas acontece 6 necessariamente, pois as expectativas do autor se traduzem na obra e as do leitor são transferidas a obra. Assim o texto é o espaço em que ambos podem estranhar- se ou identificar-se. Portanto, poderá tomar a relação entre expectativas de leitor e a obra em si como parâmetro da avaliação do estético da literatura. A atitude de recepção do texto inicia-se com a aproximação entre texto e leitor. As possibilidades de comunicação com a obra dependem das experiências sociais e culturais em que o leitor esteja inserido. Ainda, cientes de que há muito tempo, a introdução de obras literárias deu- se muito mais pelos pontos de vista do estudo de gêneros literários, vinculados ao modeloclássico de literatura, parece confirmar que o mesmo fica tratado, neste contexto, como peça etilizada e que, portanto, sua leitura distanciou-se dos propósitos prazerosos de se ler, preconizados por um processo em que o leitor tivesse papel ativo e interpretativo da obra lida. Isso veio conferir ao estudo literário um afastamento de professor e aluno do contato perceptivo dos elementos que constitui supostamente um desejo significativo pela leitura. Esse processo revela a fragilidade na concretização da escolha por uma obra que estimula uma leitura competente diagnosticada nos alunos adolescente, jovens e até mesmo adultos sem níveis de escolaridade requerida. O processo inferencial da obra x alunos, constitui um trabalho árduo que requer uma dedicação e conhecimento enquanto código compreensivo do trabalho da estética da recepção. Para tanto, o mundo literário é satisfatoriamente abrangente em obras de especificidade enriquecedora do universo intelectual, o que rege a relação de sentidos interrelacionados a vivencia das tradições literárias e a experiência do individuo enquanto leitor, isso favorece a atuação estratégica do professor e sua ação introdutória de leitura diferenciada na fase escolar, através da Estética da recepção. Com isso, o estudo a seguir, demonstra a importância da introdução do aluno, e os meios pelo qual se deve introduzi-lo ao mundo dos clássicos literários, levando-os ao universo intelectual reconhecido como conteúdo pragmático da vida literária e suas conseqüentes práticas na vida particular do indivíduo. 7 OBJETIVOS Objetivo Geral Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação existente entre a prática da leitura no cotidiano do adolescente e a iniciação de leitura das obras clássicas através da estética da recepção, sendo que esta é uma das formas marcantes do estudo literário, visto que outorgam, de forma nítida, métodos acessíveis ao educador e ao educando. Objetivos Específicos Estudar a disponibilidade na aplicação da estética da recepção em sala de aula; Haurir conhecimentos pré-conceituais salientado o horizonte de expectativas literário dos alunos; Enfatizar a literatura a partir da perspectiva da recepção, intertextualizando conhecimentos perceptíveis dos alunos e literatura clássica; Salientar o papel que a literatura desempenha na pré-formação da compreensão do mundo do leitor. 8 Justificativa A leitura em sala de aula, atualmente é considerada um grande déficit no desenvolvimento intelectual do aluno, pois os mesmos demonstram desinteresse em conhecer e ampliar seus conhecimentos através da literatura. O conhecimento de obras clássicas trás um preenchimento intelectual a visão de mundo do educando, repercutindo assim, no seu comportamento social. Na busca pelo interesse literário dos alunos, ressalta-se o estudo e aplicação da estética da recepção, pois, a mesma é uma leitura de hermenêutica que oferece possibilidade de escolhas de obras para intertextualização considerando determinados aspectos teóricos. A estética da recepção converge na recepção do texto pelos leitores, que no decorrer de sua história subseqüente preenche os vãos de seu entendimento, intermediando a mensagem da obra através de sua intelectualidade e emoção. Com isto, o leitor desenvolve um conhecimento fluido do substrato e de sua pré formação intelectual constituindo a mensagem. Na intenção de levar o aluno ao conhecimento de estilos diferentes na literatura brasileira, busca-se na estética da recepção, depois do estudo e aplicação do horizonte de expectativa, a ruptura do mesmo, levando o individuo a intertextualizar a obra estudada à obra clássica introduzida pelo professor. Assim rompe-se a visão de que a literatura clássica converge ao estilo de vida atual. 9 Alguns pressupostos teóricos Por tempos, os estudos sobre a teoria literária centraram-se, enquanto objeto de estudo, no autor e no texto e não no sentido que seria pretendido por ele. Seria, apenas em meados do sec. XX que algumas correntes literárias viriam estudar, que, o papel do leitor, e o sentido que ele atribuiria no ato da leitura se tornariam elemento fundamental para a sua compreensão. Neste contexto, surge a Estética da Recepção. Seus pressupostos foram lançados por Hans Robert Jauss em 13 de abril de l967, em comemoração ao aniversário do reitor da Universidade de Constância. Ao se referir ao ensino de literatura em seu país, Jauss disse as seguintes palavras “a história da literatura vem , em nossa época se fazendo cada vez mais mal afamada e, aliás, não de forma imerecida”. Ainda segundo ele, o ensino de literatura deveria se pautar para que se tornasse efetivamente parte da formação do indivíduo. Jauss formou seu método de análise literária, sedimentando sua teoria em sete postulados. Primeiramente, discute sobre a historicidade da literatura, estabelecendo assim, que esta não se pauta numa sequência de fatos /classes literárias que trabalham a literatura com roteiros preestabelecidos, mas sim na interação leitor/obra. Para Jauss, o leitor deve atuar de forma a interagir com o texto, tornando seu co-produtor, trazendo consigo suas vivências, dando, dessa forma, sentindo ao texto. Sem essa relação, dificilmente formará pessoas que possam apreciar a leitura, muito menos, literatura. O segundo postulado analisa que cada leitor, ao interagir com o texto, traz consigo uma forma também singular, que caracterizam sua interpretação o que a torna singular, já que cada leitor é um ser único. Porém, Jauss explica que a própria obra apresenta “avisos, sinais visíveis e invisíveis, traços familiares ou indicações implícitas, predispõe seu público para recebê-la de uma maneira bem definida” (JAUSS, 1994, p.28). Dessa forma, impede que no momento da leitura, abram-se caminho para o subjetivismo e psiquismo do leitor, já que esses “sinais visíveis” apontam ao leitor um possível cominho para sua recepção. O terceiro postulado trata do valor estético de uma obra. Segundo o autor, esta vem da possibilidade da obra romper com que o leitor está acostumado. O caráter artístico de uma obra é atribuído à distância entre ela o horizonte de 10 expectativa do leitor. Assim, quanto menos a obra se aproximar do horizonte de expectativa do leitor, maior será seu valor artístico. Um exemplo: quando se é leitor apenas de um gênero, seu horizonte fica reduzido, seus conhecimentos não se expandem. Ficar preso só ao familiar, não o faz crescer como leitor. Um leitor de romance de banca de jornal, não conseguirá mergulhar nas estruturas de um romance de Machado de Assis, dessa forma, segundo Jauss, o “estranhamento” deve causar no leitor rupturas, perturbando assim, estrutura já sedimentada, ampliando seu horizonte de expectativa e tornando-se um leitor machadiano, ao invés de romances de banca de jornal. No quarto postulado, Jauss propõe uma atitude hermenêutica em relação à obra. Afirma ser necessária a reconstrução do horizonte de expectativa sob o qual uma obra foi criada e recebida no passado, para que ela não fique sujeita a nenhuma forma de compreensão clássica ou modernizante. Se é importante entender a recepção da obra no momento em que é lida, da mesma forma é importante resgatar fatos que apontem para o momento histórico do seu surgimento. Uma mesma obra pode ser recepcionada de formas diferentes em relação à época em que foi lida, e por um mesmo leitor, já que o mesmo trará para a obra, vivências diferentes, em diferentes momentos da vida. Os três últimos postulados são mais específicos para o campo de ação. No quinto postulado, Jauss enfatiza a recepção de uma obra sob o aspecto diacrônico e sincrônico. A diacronia considera que umaobra não deve ser vista apenas em seu momento histórico de sua leitura mais se faz pertinente uma revisão de leituras anteriores em relação à atual. O que remete ao fato de obras literárias não perderem seu sentido ao longo do tempo. Considerar uma obra sob seu momento de criação mostra como uma obra que tem valor artístico perdura pelo tempo e sempre se atualiza. Já a sincronia refere-se à articulação entre obras de um mesmo período histórico, Jauss entende que a analise de várias obras de um mesmo momento histórico permite determinar as tendências literárias características desse período histórico, e a essas tendências atribui um caráter de ruptura que desencadeia um processo de evolução literária. O último postulado procura estabelecer a relação da literatura com a sociedade. Este ponto se refere à história particular dos leitores e à função social que é dada à literatura, Jauss afirma que a “função social somente se manifesta na plenitude de suas possibilidades quando a experiência literária do leitor adentra o 11 horizonte de expectativa de sua vida pratica, pré-formado seu entendimento do mundo, e, assim retroagindo sobre sue comportamento social” (JAUSS, 1994, P.50). O papel do leitor para a Estética da Recepção Tendo por base o que já foi discutido até aqui, o leitor é considerado sob o ponto de vista de sua historicidade, suas experiências individuais, sua cultura, seu mundo social, enfim, tudo que o rege enquanto ser humano, o leva a concretizar e a dar significado a uma obra literária no momento em que esta é lida. Em sua teoria, Jauss, deu enfoque ao papel do leitor, uma vez que os autores já tiveram seus momentos em outras teorias. Ao considerar o leitor , a Estética da Recepção baseia-se em duas categorias: o horizonte de expectativas e a emancipação. O horizonte de expectativas e no que já foi visto até aqui, diz respeito à toda experiência social adquirida pelo leitor dentro de um determinado contexto. Sempre que o leitor realiza uma nova leitura, ele pauta-se em experiências de leituras anteriores, essa é sua referencia, esse é seu horizonte de expectativas. Quando essa nova leitura não condiz com seus conhecimentos preexistentes, que o possibilite entendê-la, então seu horizonte foi rompido, o que se faz necessário a esse leitor é reestruturar seu conhecimento, buscando novas referências, de forma que estes se tornem suficientes para dar significado ao novo texto literário. Ou isso ocorre, ou ele fecha o livro e desiste. Quanto não desiste e, ao buscar novas referências, consegue interagir com o texto, então se dá o processo de emancipação, “finalidade e efeito alcançado pela arte, que libera seu destinatário das percepções usuais e confere-lhe nova visão da realidade” (ZILBERMAN; 1989, P.50) Então emancipar, segundo Jauss, é o crescer como leitor, que ao longo do percurso, torna-se um ser capaz de enveredar por novas leituras, e tendo seu horizonte é amplia-se continuamente sempre que não fecha um livro e desiste. Ainda segundo Bordini e Aguiar (1993, p. 85-86): O sucesso do método recepcional no ensino da literatura é assegurado na medida em que seus objetivos com relação ao aluno sejam alcançados, a saber: 1- Efetuar leituras compreensivas e críticas; 12 2- Ser receptivo a novos textos e a leituras de outrem; 3- Questionar as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural; Transformar os próprios horizontes de expectativas bem como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social. O método recepcional de ensino de literatura enfatiza a comparação entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço. Considerando esses aspectos, torna-se favorável a associação do antigo e do novo, dentro da contextualização atual do aluno, sendo asism, compete ao professor fazer a mediação adequada conectando o eu com universo cultural da literatura literária. O papel da escola diante do que foi analisado é ajudar o aluno leitor a vencer aos obstáculos, a não desistir e assim, crescer como leitor, usufruindo da leitura e de todo o prazer que esta proporciona. Dos pressupostos teóricos à prática A teoria da Estética da Recepção de Hans Robert Jauss, foi “traduzida” e veiculada no Brasil por Regina Zilberman e Luiz Costa lima e pelas pesquisadoras Maria da Gloria Bordini e Vera Teixeira de Aguiar. Estas últimas trataram de implementar essa teoria em método de ensino para a sala de aula do ensino básico. Pensando da teoria à prática, quais seriam as contribuições do método recepcional para a leitura literária na escola? É isso que o presente trabalho científico visa responder. A Estética da Recepção, enquanto método de ensino, pode contribuir significativamente no processo ensino/aprendizagem literária, uma vez que, “o método recepcional de ensino de literatura enfatiza a compreensão entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e espaço” (BORDINI E AGUIAR, 1988 : 86) de forma que parte do que o aluno já conhece, tem facilidade para compreender e aprecia, até chegar às obras que são, tematicamente semelhantes, porém, são esteticamente mais complexas. Envolvendo-o no seu processo de desenvolvimento leitor, procurando torná-lo um leitor competente para fruição e 13 compreensão de obras literárias de diferentes níveis de profundidade, ampliando, assim, seu horizonte de expectativa “o entendimento é sempre o processo de fusão de tais horizontes” (JAUSS, 1994:37). O método recepcional é estranho à escola brasileira. Sua discussão é realizada em meios acadêmicos, mas, daí a chegar mas salas de aulas, será um grande caminho, que se torna ainda mais complicado, segundo Bordini e Aguiar, pela não valorização do leitor/aluno, uma vez que a preocupação com o ponto de vista do leitor, não faz parte da tradição no universo escolar. O processo de recepção se inicia antes mesmo do contato do leitor com o texto. O leitor possui um horizonte limitador, mas que, diante de estímulos, podem se transformar continuamente, se expandido. Esse horizonte é o que povoa sua vida: vivências pessoais, históricas, sócias, e tudo o mais que as orientam e as explicam. Diante disso, o individuo munido de suas referências, insere o texto no esquadro de seu horizonte de valores. No caminho oposto, o texto pode quebrar ou readequar esses valores, o que se define como ampliação do horizonte de expectativa, uma vez que se distancia do que o leitor espera por hábito. A partir dessa constatação, nota-se que para iniciar o método recepcional, são necessárias duas etapas: a determinação do horizonte de expectativas e sua possível ampliação. Porém, segundo Bordini e Aguiar, são necessárias mais três etapas, sendo, então o método recepcional composto de por cinco etapas, sendo elas: 1ª - Determinação do Horizonte de Expectativas; 2ª- Atendimento do Horizonte de Expectativas; 3ª-Ruptura do Horizonte de Expectativas; 4ª- Questionamento do Horizonte de Expectativas; 5ª-Ampliação do Horizonte de Expectativas; Uma vez determinadas as cinco etapas do método recepcional, como aplicá- las numa sala de aula do ensino fundamental? Inicialmente, deverá ser determinado, pelo docente, o horizonte de expectativa dos alunos/leitores, de forma, que, tomando conhecimento desses horizontes, possa ser elaborada estratégias que visam sua ampliação. Nesta etapa, devem-se considerar os valores, preferências e comportamentos dos alunos. Para levantar essa perspectiva, podem se lançar mão de conversas informais com os alunos, observação de comportamentos em sala, entrevistas, questionários e outros. 14 Uma vez detectado, o horizonte de expectativa deve ser atendido pelo docente mais sem ser desconsiderado dois aspectos importantes: no primeiro, deve ser oferecido aos alunos, textos que justamente atendam ao que é esperado poreles; e no segundo, entram estratégias que estejam de acordo com o conhecimento dos alunos, e, aos poucos, acrescentar novas elementos na atividade. Devidamente atendido o horizonte de expectativas dos alunos/leitores, o docente iniciará a terceira etapa, a ruptura. Para tanto, será necessário a introdução de texto que se distanciem do conhecimento do aluno, que lhe cause estranheza. Porém, vale ressaltar que essa ruptura não deve ser total para que os alunos não rejeitem a nova experiência totalmente, mas, para que percebam, eles próprios, elementos novos, que os levem a refletir sobre o grau de dificuldade e qual lhe proporcionou maior satisfação, ou seja, é um momento de comparação. Esta é uma etapa que resulta realmente da reflexão por parte dos alunos, uma vez que ela é produto de sua tomada de consciência sobre s mudanças que ocorreram em seu aprendizado sobre o ensino de literatura. O papel do docente é fundamental, pois cabe a ele dar condições aos alunos para que eles percebam seu crescimento e o que pode ser feito para ampliar cada vez mais seu horizonte de expectativas. O processo dinâmico da recepção conta com uma enorme vantagem na formação de leitores literários, pois, conta com a participação dos alunos desde o início do processo. O que torna a contribuição bastante valiosa, tendo em vista que, a partir do momento em que se parte do próprio conhecimento dos alunos/leitores, o interesse pela leitura literária tende a ser cada vez maior. Uma vez seguida as cinco etapas, os alunos/leitores terão seus horizontes de expectativas cada vez mais ampliados, o que fará com que, por sua vez, seu conhecimento literário seja, também, cada vez maior, “as possibilidades de diálogo com a obra dependem então, do grau de identificação ou de distanciamento do leitor em relação à ela, no que tange às convenções sociais e culturais a que está vinculada e é consciência que delas possui” (BORDINI E AGUIAR, 1988: 84) 15 Literatura X literatura O que foi discutido até aqui, reflete sobre o modo de aplicar o método da Estética da Recepção. E que para aplicá-lo é necessário, primeiramente, a determinação do horizonte de expectativas dos alunos. Na literatura, ao se determinar esse horizonte, aponta que a maioria dos alunos volta-se para a literatura popular, ou seja, pra a leitura de best-sellers. Os clássicos são deixados para serem lidos na escola, quando a professora de literatura o aponta como tema da próxima prova. O que levanta muitas críticas, uma vez que esses livros são considerados uma leitura de baixa qualidade. Mais até que ponto a leitura de best-sellers é ruim? Partindo da premissa de que no Brasil ler é um hábito raro, os alunos chegam ao colégio achando livro algo quase esquisito, e a leitura como algo enfadonho, o que precisa ser feito é seduzi-lo: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Quem se interessa por ler, pode ser encarado de forma que metade do caminho já percorrido. Por que então a leitura de desses livros são tão criticadas? (LYA LUFT – REVISTA VEJA) Para responder essa pergunta, é preciso entender que a literatura é dividida por alguns teóricos em duas: a literatura Culta e a literatura de Massa. Considera-se como literatura culta, obras reconhecidas por críticos, academias e outros estudantes literários, ou seja, a linha divisória é posta por um pequeno grupo de pessoas. Segundo Sodré, “o objeto essencial ou específico de toda literatura culta moderna é reestruturar recombinar as práticas lingüísticas, contraditórias em toda sociedade, visando interpelar de uma maneira particular o sujeito da consciência” (SODRÉ, 1988, p.24). A literatura de massa é considerada por muitos críticos como subliteratura, ou literatura de consumo “a função claramente normativa da literatura de massa é, portanto ajustar a consciência do indivíduo ao mundo (confirma-lo com sujeito das variadas formações ideológicas), mas divertindo-o como num jogo. Por isto, a narrativa trabalha com formas já conhecidas ou facilitadas de composição romanesca” (SODRÉ, 1988, p.35). Ao comparar a literatura culta com a literatura de massa, suas diferenças são logo evidenciadas. A maior diferença está no estético da obra, já que a literatura culta abrange aspectos como formação de discurso, condições de produção, a forma 16 como o autor escreveu sua obra, dentre outros. Na literatura de massa o valor está na intriga, no clímax, no desfecho e na catarse. Os temas mais freqüentes nesse tipo de literatura são: crime, amor, sexo, magia e aventura, “aquele prazer dos afetos provocados pelo discurso ou pela poesia, capaz de conduzir o ouvinte e o espectador tanto à transformação de suas convicções, quanto à libertação da psique.” (JAUSS, 1979, p.81). Diante disso, é grande a quantidade de leitores que sente prazer na leitura de literaturas de consumo, uma vez que considera complexa a Literatura Culta. Dessa forma, encorajar a leitura não pode ser considerado uma missão valiosa da literatura de massa? Não se pode ignorar o fato de que, nas últimas décadas, as listas de mais vendidos arrolam títulos e mais títulos desse gênero, mas raramente se vê um clássico entre eles. O número de títulos vendidos também cresce a cada ano. Investir e incentivar a literatura de massa como uma primeira etapa que prepare o leitor médio para textos mais significativos é uma alternativa sugerida pelo método da estética da recepção o que se torna mais produtivo do que fazer da leitura um dever, uma obrigação que só acaba por afastar e privar o lei tor do prazer de fruir suas próprias descobertas literárias. No Brasil, infelizmente, ainda é comum, na maioria das escolas onde há aulas de Literatura e, sobretudo a partir da 6ª série, a velha prática de obrigar o aluno a ler um livro com o qual ele dificilmente terá alguma afinidade, seguido de um teste maçante de avaliação. Em boa parte das vezes, isso cria nos jovens uma forte ojeriza aos livros, que se perpetua pelo resto da vida, contrariando o propósito fundamental de qualquer aula de Literatura que deveria ser o de estimular a paixão pela leitura. Como formar leitores nessas circunstâncias? De acordo com o método recepcional, ao se trabalhar com a literatura em sala de aula, não se deve descartar o que os alunos gostam de ler, mas usar essas leituras como gancho para conduzir os mesmos à leitura de obras com grau de complexidade maior. Impor a leitura de clássicos para estudantes e condenar os livras apreciados por eles, pode ser um erro fatal que os levariam a fechar os livros e desistir. Formar bons leitores significa encantar, enfeitiçar com o poder que vem dos livros. Mas isso não acontece muito menos com leituras obrigatórias. Foi testado, em uma pesquisa de campo, um projeto de leitura literária, com alunos de 7ª série do ensino fundamental, através da Estética da Recepção, desenvolvendo as cinco etapas do processo, segundo a teoria de Jauss discutida 17 por outros estudiosos e retomada por Bordini e Aguiar. Para estimular a leitura e criar um vínculo mais sólido do aluno com a literatura, foi realizada uma pesquisa com alunos de 12 a 13 anos afim de melhor conhecer o âmbito literário e suas perspectivas em relação às obras literárias que suprem seus anseios. Através da pesquisa, foi constatado que os mesmos têm gostos semelhantes, e as obras de Harry Potter são unânimes entre os alunos. Uma vez determinado o horizonte de expectativas do grupo, deu-se continuidade às quatro etapas seguintes. Um parêntese para refletir sobre a obra de J.K. Rowling Antes de continuar com a explanação sobre a aplicação do método recepcional, abre-se um parêntese para a reflexão sobre essa obra. Desde o lançamento,há seis anos, do primeiro título da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal (Rocco; 263 páginas; 2000), milhões de exemplares foram vendidos em solo brasileiro e, por meio deles, muitos adolescentes ingressaram no mundo da leitura Como sempre acontece com livros que são sucesso de vendas e caem no gosto popular (independente da sua qualidade), o fenômeno Harry Potter atraiu a ira cega de muita gente. A autora, Joanne K. Rowling, foi acusada de produzir subliteratura barata ao se apropriar de toda a simbologia das antigas histórias de bruxas e de magia e dar-lhe uma roupagem moderna, despida de profundidade e sem qualquer critério. Inúmeros foram os críticos e escritores a atacar os escritores sem piedade, muitos inclusive admitindo textualmente nunca terem lido uma única página sequer do que ela escreveu. Fala-se como se o dilema estivesse entre formar leitores de best-sellers e leitores de obras-primas da Literatura, quando a questão, na verdade, se divide entre formar leitores de best-sellers e não formar nenhum leitor. Ou seja, o adolescente não vai deixar de ler o que lhe interessa, seja um Harry Potter ou a mais nova febre editorial, o fenômeno Crepúsculo, para ler um clássico machadiano. Além do mais, é sabido que a leitura regular, ainda que apenas de best-sellers, traz inúmeros benefícios ao leitor, tais como capacidade de concentração, rapidez de raciocínio, familiaridade com a palavra escrita e com o idioma no qual se está lendo. Portanto, se os jovens estão se iniciando nos livros, a http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=370935&sid=015716124845852589507732&k5=202A98B7&uid= http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=370935&sid=015716124845852589507732&k5=202A98B7&uid= 18 partir dessas literaturas, não deixa de ser um grande avanço, pois a outra opção para muitos deles seria nunca ler nada, o que é infinitamente pior. Porém, se o trabalho em sala de aula for bem desenvolvido sabendo introduzir as obras mais clássicas no momento e contexto certos, o aluno não vai deixar de gostar dessas literaturas, mais vai apreciar também uma literatura mais complexa. A comunidade escolar tem o que aprender com o fenômeno Harry Potter: a maneira espontânea como ele entrou na vida dos jovens é a mais eficiente para conquistar leitores naturalmente. E que a leitura só existe e se multiplica, quando é prazerosa, despida de todo o cerimonial e de todo o rebuscamento que norteia o ensino de Literatura no Brasil. Seria de grande proveito se os professores passassem a levar em consideração as leituras apreciadas pelos alunos e que tanto é proposto pelo método recepcional, encarando a realidade e as necessidades dos jovens contemporâneos e, assim, ajudasse a revolucionar o ensino de Literatura nas nossas escolas, condição fundamental para a democratização de fato do livro no Brasil. 19 O PROJETO A reação quanto ao aspecto inferencial subjacente e ao estilo produzido cinematograficamente da obra Harry Potter, levou os alunos a busca pela interativadade do livro e sua expectativas quanto a inserção que privilegia o autor na sua criação, motivação para escrever e busca histórica na pré-leitura. Percorrendo essa relação de leitura entre livro e filme, confirmou-se a fragilidade cinematográfica da obra o que trouxe um fortalecimento da leitura do livro e libertação dos paradoxos que o mesmo sustenta. Esse estímulo foi a marca inicial para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa. A concepção da leitura da obra Harry Potter, evidenciou a pluralidade contida nas expectativas de leitura do aluno. Requerido esse dialogo, partiu-se para análise dos pressupostos embasamentos teóricos da estética da recepção. Uma vez atendido o horizonte de expectativas dos alunos, a fase seguinte foi a ruptura. Incorporou-se um estudo e discussão sobre mitologia, já que a obra de Harry Potter é povoada de elementos mitológicos, e seus aspectos na literatura, ampliando e consolidando o conhecimento e interesse pelo assunto. Na construção do conhecimento capacitou-se, assim, a leitura de outras obras que, de certa forma, intertextualizavam com a de Harry Potter, de forma linear. Através do reconhecimento da preferência dos personagens míticos fizeram-se inferências da obra Ilíada de Homero. Após a leitura, constatou-se que e o entusiasmo pela mesma e sua interpretação foi brilhantemente alcançada em monitoramento das discussões e dos trabalhos realizados em sala de aula. A participação constante de cada aluno foi avaliada de acordo com o seu empenho, a fim de enriquecer e adquirir novos conhecimentos. A sistemática do método recepcional possibilitou o envolvimento do aluno, com base no resgate dos conhecimentos que já possuía, crescendo e ampliando seu intelecto de forma gradativa a partir de textos conhecidos e apreciados por ele. Esse método visa rever vários conceitos e visualizar como o ensino pode melhorar a partir do momento em que a escola passa a ver por outro prisma, ou seja, o lado do leitor. Conduzida dessa forma, a escola tornar-se-á capaz de atingir seu verdadeiro objetivo: a construção do saber. 20 É como afirmam Regina Zilberman e Ezequiel Theodoro da Silva (2005, p.16): Eis por que se faz necessária a retomada das bases da experiência e das teorias, não numa perspectiva individualizante, mas sob foco interdisciplinar que faculte o exame das articulações e também das contradições existentes. Uma reflexão desse calibre amplia a probabilidade de compreender os pressupostos das ciências da linguagem nas suas respectivas particularidades e relações que estabelecem mutuamente. Do outro lado, leva a analisar o tipo de prática que podem desencadear e/ ou vêm desencadeando no âmbito da atuação do professor que lida com leitura. Noutra formulação, permite entender os resultados metodológicos da aplicação de suas teses à educação brasileira, com conseqüências na ação da escola e na determinação do papel do professor. A partir do contexto apresentado é possível perceber as contribuições que o método recepcional desenvolvido por Bordini e Aguiar, a partir da teoria da estética da recepção de Robert Hans Jauss, trouxe para sala de aula. Pois, através da fundamentação teórica e perspectivas sobre leitura das obras, trazida à pratica escolar, constituiu o interagismo entre aluno e literatura clássica, partindo do interesse do individuo na busca pela satisfação intelectual. O reflexo do trabalho desenvolvido ultrapassou as esferas de expectativas trazidas pelos alunos de 7ª série, emergindo a literatura infanto-juvenil para uma literatura clássica intertextualizada. Com isso, garantiu-se um aspecto inovador, quanto a estética da recepção em estudo segmentar para introdução dos alunos a vida das obras literárias. 21 Considerações finais O processo em que se desenvolve o método recepcional, possibilitou o desenvolvimento do aluno, na medida em que a base do projeto partiu de seus conhecimentos prévios, de textos conhecidos e, sobretudo, apreciados por ele. Uma vez que foi atendido seu horizonte de expectativas, o conhecimento literário do aluno foi se desenvolvendo, gradual e sutilmente, o que resultou por envolvê-lo no processo ensino-aprendizagem sem impactos e de maneira a não ser esquecidos. Torna-se muito importante esclarecer que a aplicação do método recepcional não opera milagres e nem existe, como em todas as tendências educacionais, receita pronta. Sua maior contribuição deve-se, sobretudo, como foi frisado anteriormente, por levar o conhecimento pré-existente do aluno em consideração. É papel dos profissionais da educação buscar formas diferentes de melhorar o processo educacional, descobrindo ou redescobrindo a literatura como instrumentoeducativo primordial. A adoção do método recepcional nas escolas aconteceria somente através de um trabalho árduo, que exigiria mudanças dos docentes, inovação a fim de buscar novas e ricas formas de ensinar, tendo como objetivo principal a construção do saber, como Ginouvrier e Peytard e Braga afirmam “as condições do saber descansam numa permanente contestação. Toda pesquisa é aventura – risco e promessa. O pedagógico não escapa dessa lei. Assim é”. É papel dos professores abraçarem o risco e promessa, uma vez que são inerentes ao processo educacionais e como tal, inseparáveis. Ninguém melhor que professor para saber da realidade de seus alunos, o inadmissível é ser complacente a ela, deve melhorá-la. 22 BIBLIOGRAFIA AGUIAR, Vera Teixeira de. BORDINI, Maria da Glória. Literatura: A formação do leitor: Alternativas metodológicas. 2ª ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura. A formação do leitor: alternativas metodológicas. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. _______________. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993 p. 85-86 BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 95 ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético, vol. 1. São Paulo: Editora 34, 1996. JAUSS, Hans Robert, et al. A Literatura e o Leitor: textos de estética da recepção. Coordenação e Tradução de Luiz costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1979. JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação a teoria literária. São Paulo: Ática, 1994. SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura e realidade brasileira. 5.ed. Porto Alegr e: Mercado Aberto, 1997. 2005 SODRÉ, M. Best-Seller: a literatura de mercado. Rio de Janeiro: Ática, 1988. ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. 1ª edição, 2ª impressão. São Paulo: Ed. Ática, 2004. 156 2 PROJETO.......................................................................................................19 3
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