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Teoria Geral da Pena - AULA 21

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AULA 21
15. TEORIA GERAL DA PENA
15.1 Introdução 
15.1.1 Sanção Penal 
A- Conceito: Sanção penal é a resposta do Estado no exercício do “ius puniendi”, respeitado o devido processo legal, a quem se envolveu (autor, coautor, partícipe, autor mediato) na prática de uma infração penal (crime ou contravenção penal).
Sanção penal é o gênero, que tem como espécies a pena e a medida de segurança. As penas dirigem-se aos imputáveis e aos semi-imputáveis sem periculosidade. 
Já as medidas de segurança destinam-se aos inimputáveis e aos semi-imputáveis dotados de periculosidade.
B- As vias do direito penal: A pena é a primeira via do Direito Penal (privativa de liberdade, restritiva de direitos ou multa). Já a medida de segurança, é a segunda via do Direito Penal.
O que é a terceira via do Direito Penal? A terceira via do Direito Penal existe nas hipóteses em que o Estado abre mão do seu poder de punir, em razão da reparação do dano causado à vítima.
Exemplo: composição dos danos civis. 
15.1.2 Teorias e Finalidades das Penas
 O tema “finalidades da pena” analisa o que almeja o Estado ao impor uma pena a alguém. Sobre o tema, existem teorias que apresentam diversas finalidades à pena.
B- Teoria absoluta e finalidade retributiva: Idealizada por Kant e Hegel. A finalidade da pena é punir, ou seja, castigar quem violou a lei penal. Trata-se do caráter expiatório da pena.
De acordo com a teoria absoluta, a pena é um mal justo aplicado pelo Estado em resposta ao mal injusto do crime.
A pena é um castigo que se esgota por si só. Em outras palavras, a pena não tem finalidade prática, funcionando como um mero instrumento de vingança do Estado contra quem violou a lei penal.
Portanto, para a teoria absoluta, a pena não busca a readaptação do criminoso ou a prevenção de novos crimes. 
Exemplo: a pena de morte.
Exemplo: grupo de pessoas em uma ilha, lideradas por um líder. No dia a dia todos pescam e buscam água, a exceção de um, que certo dia é flagrado furtando alimentos alheios. Comunicado esse fato ao líder do grupo, este impõe àquele uma pena de privação da liberdade. Posteriormente, no decorrer do cumprimento da pena, há o aumento do nível do mar, que força o grupo a construir uma embarcação para dali deslocaram-se. Em relação ao prisioneiro, o líder decide deixá-lo na ilha ou ordena que alguém o mate, para que a pena imposta seja integralmente cumprida. Do contrário, haveria descrédito.
B- Teoria relativa e finalidades preventivas: A finalidade da pena é a prevenção de novas infrações penais. Em outras palavras, a pena se destina a evitar que a lei penal seja novamente violada. A prevenção subdivide-se em geral e especial:
• Prevenção geral: dirige-se à coletividade, buscando o controle da violência, na medida em que ela quer evitar a prática de novos crimes pelos demais membros da sociedade.
A prevenção geral leva à instrumentalização do condenado, passando a ser um instrumento para a intimidação coletiva. Em razão da dignidade da pessoa humana, o ser humano sempre é um fim, e nunca um meio.
· Prevenção Geral Negativa: intimidação coletiva, buscando um contraestímulo para a prática do crime (Feuerbach). Manifesta-se com a inflação legislativa, hipertrofia do Direito Penal, Direito Penal do terror ou Direito Penal do medo, criando novos crimes e aumentando penas.
· Prevenção Geral Positiva: reafirmação do Direito Penal, que busca demonstrar a vigência, a eficácia e a autoridade da lei penal.
• Prevenção especial: dirige-se ao próprio condenado, evitando que ele volte a violar a lei penal.
Na prevenção especial a pena e o Direito Penal assume um papel educativo, que não pertence a eles. Educar as pessoas é papel da família e da escola.
· Prevenção especial negativa (“mínima”): evitar a reincidência, intimidando o condenado para que ele não volte a delinquir.
· Prevenção especial Positiva (“máxima”): ressocialização do condenado.
De acordo com jurista portuguesa Anabela Miranda Rodrigues, a pena tem que ser ressocializadora. No entanto, antes de ressocializadora, a pena deve ser não dessocializadora.
C- Teoria mista e dupla (ou tríplice) finalidade: É a teoria adotada pelo Direito Penal brasileiro, também denominada de unitária, unificadora, eclética, intermediária ou conciliatória.
Para a teoria mista a pena tem uma dupla (ou tríplice) finalidade: a retribuição e a prevenção (é a fusão das teorias anteriores). Já a tríplice finalidade seria a retribuição, a prevenção geral e a prevenção especial. A teoria mista é extraída, sobretudo, do dispositivo abaixo:
Art. 59, “caput” do CP “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime[...]”.
O STF entende que “As finalidades da pena (reprovação e prevenção) devem ser buscadas com igual ênfase tanto pelo Estado como também pelo condenado”.
D- Teoria agnóstica: também é chamada de teoria negativa da pena e tem como um de seus autores o argentino Zaffaroni.
De acordo com a teoria agnóstica, a pena não cumpre finalidade alguma, retributiva ou preventiva. Conforme Zaffaroni, a pena busca a “neutralização” do condenado, especialmente quando se trata de pena privativa de liberdade.
Conforme o professor, a pena é um castigo (finalidade retributiva) e assume um papel de prevenção geral (finalidade preventiva).
15.2 Cominação das penas
15.2.1 Introdução 
Cominação das penas é a previsão da pena em abstrato no preceito secundário do tipo penal.
A expressão “a pena cominada em abstrato” está empregada de forma incorreta a, pois se trata de redundância. A aplicação é em concreto (atividade do magistrado). 
Art. 53 do CP “As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de crime”.
15.2.2 Espécies de cominação 
· Isolada: O preceito secundário do tipo penal prevê com exclusividade uma única espécie de pena. 
Exemplo: Art. 121 do CP “Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos”.
· Cumulativa: O preceito secundário do tipo penal prevê duas espécies de penas, ambas de aplicação obrigatória. 
Exemplo: Art. 155 do CP “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa”.
· Alternativa: O preceito secundário do tipo penal coloca à disposição do magistrado duas espécies de penas, escolhendo uma delas. 
Exemplo: Art. 153 do CP “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa”.
· Paralela: O preceito secundário do tipo penal prevê alternativamente duas espécies de uma mesma pena. 
Exemplo: Art. 235, § 1º do CP “Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos”.
15.3 Classificação das penas
15.3.1 critério adotado pelo Código Penal
· Penas Privativas de Liberdade;
· Penas Restritivas de direito;
· Pena de Multa. 
15.3.2 Quanto ao critério constitucional
A Constituição Federal prevê rol de penas permitidas e proibidas. 
A- Rol de penas permitidas: 
Art. 5, inciso XLVI da CF/88 “A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos;”. 
Esse rol constitucional é exemplificativo, não esgotando a Constituição todas as espécies de penas permitidas. Portanto, o legislador pode criar outras semelhantes a elas.
B- Rol de penas proibidas: 
Art. 5, inciso XLVII da CF/88 “Não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;”. 
Em razão da proibiçãode penas de caráter perpétuo, o artigo 75 do Código Penal previa que o limite de trinta anos de cumprimento da pena privativa de liberdade. No entanto, com o advento do pacote anticrimes o limite do cumprimento de pena passou a ser de 40 anos. 
Art. 75 do Código Penal “O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 anos. § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. § 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido”.
Na Lei de Execução Penal o trabalho do preso é obrigatório e o seu descumprimento acarreta consequências (falta grave, regressão de regime). Esse trabalho obrigatório é distinto do trabalho forçado, mencionado pela Constituição Federal.
15.4 Aspectos teóricos a respeito das penas
15.4.1 Teoria das janelas quebradas: “Broken Windows theory”
A teoria das janelas quebradas diz mais respeito à criminologia do que ao próprio Direito Penal.
EUA, 1969, Universidade de Stanford. O pesquisador Phillip Zimbardo estudava a relação entre a pobreza e a prática de crimes.
A experiência consistiu em abandonar dois carros idênticos em bairros distintos: Bronx (região pobre de Nova Iorque) e Palo Alto (região rica da Califórnia). Após uma semana, o carro localizado no Bronx foi completamente subtraído e depredado. Por outro lado, o carro deixado em Palo Alto estava intacto. 
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que há uma relação próxima entre a pobreza e a prática de crimes.
Todavia, Philip Zimbardo modificou a experiência, quebrando o vidro de um veículo estacionado no Palo Alto. 
Ao retornar, constatou o mesmo fenômeno ocorrido no Bronx, diante do fenômeno ocorrido o pesquisado concluiu que não é a pobreza o fator preponderante na prática de crimes, mas a ausência do Estado (sensação de impunidade).
Assim, é necessário punir todo e qualquer crime, por menor que ele seja. Punindo-o, evita-se a prática de crimes mais graves.
EUA, 1982. Os pesquisadores James Wilson e George Kelling desenvolvem mais profundamente a teoria das janelas quebradas. 
Segundo eles, a prática de crimes é maior nos locais em que o Estado não está presente.
A teoria é aplicada com veemência no ano de 1994 na cidade de Nova Iorque. Nesta época, a cidade norte americana estava assolada por crimes. Para contê-los, o prefeito Rudolph Giuliani implantou uma política de tolerância zero (movimento de lei e ordem): todo e qualquer ilícito será punido, cada qual ao seu grau. 
15.4.2 Teoria dos testículos despedaçados: “breaking balls theory”
A criminologia extraiu a teoria da experiência policial. De acordo com a teoria, nos crimes de menor gravidade, quando a polícia começa a cercar e a acompanhar de perto um provável criminoso, ele tende a se deslocar para outra cidade.
15.4.3 Abolicionismo penal
É uma escola penal que surgiu na Holanda (Louk Hulsman) e na Noruega (Nils Christie e Thomas Mathiesen).
A ideia da escola é abolir com o Direito Penal, dada sua incapacidade para enfrentar o problema da criminalidade, baseada nas “cifras negras do Direito Penal”.
No âmbito da criminologia as cifras são estudadas pela estatística criminal. 
“Cifras negas do Direito Penal” são os crimes que foram efetivamente praticados, mas que sequer chegam ao conhecimento do Estado, não ingressando nas estatísticas oficias.
Assim, se a grande maioria dos crimes não chega ao conhecimento do Estado, e o Mundo continua existindo da mesma forma, o Direito Penal deveria ser abolido e seus gastos direcionados a outras áreas (educação, saúde, lazer), evitando-se a prática de crimes.
O abolicionismo penal propõe para a maioria das condutas a descriminalização. E, para aquelas que continuarão a ser criminosas, a teoria propõe a despenalização. De acordo com Ferrajoli, criador do garantismo penal, o abolicionismo penal é uma utopia.
15.4.4 Justiça Retributiva e Restaurativa 
A- Justiça Retributiva: É a justiça penal clássica ou tradicional que busca aplicar uma pena a quem praticou um crime. Dotada de meios rígidos e inflexíveis (formalidades).
A justiça retributiva parte da ideia de interesse público, sendo ela de monopólio do Estado. Em outras palavras, todo e qualquer crime é de interesse público, pois afeta direta ou indiretamente o interesse do Estado.
B- Justiça Restaurativa: parte da premissa de que nem todo crime afeta um interesse do Estado. Não tem a participação do Estado. A justiça restaurativa vai ser aplicada pela própria comunidade afetada pelo crime.
A justiça restaurativa é caracterizada por meios informais e flexíveis, pois o que ela busca não é a aplicação de uma pena, mas o reequilíbrio das relações entre o agressor e a vítima, buscado basicamente com a reparação do dano (assistência à vítima).
 Por fim, a justiça restaurativa também busca o perdão da vítima.
15.5 Aplicação da pena 
15.5.1 Introdução 
A- Conceito: aplicação da pena é a atividade exclusiva do Poder Judiciário, e que exige respeito ao devido processo legal, consistente em fixar a pena na sentença ou no acórdão em quantidade determinada, em desfavor de quem se envolveu na prática de uma infração penal.
B- Pressuposto: O pressuposto da aplicação da pena é a culpabilidade. Em outras palavras, sem culpabilidade não se aplica a pena, seja ela vista ou não como elemento estrutural do crime. 
Observação: O inimputável recebe medida de segurança, justamente porque a ele falta culpabilidade.
C- Sistemas ou critérios para aplicação da pena: No Brasil é adotado o critério bifásico e trifásico. 
· Critério trifásico: aplicação da pena privativa de liberdade.
Art. 68, “caput” do CP “A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento”.
· Critério bifásico: aplicação da pena de multa.
Art. 49 do Código Penal “A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 dias-multa. § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse salário. § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária”.
Qual é o critério adotado para as penas restritivas de direitos? 
O critério trifásico. No Código Penal, as penas restritivas de direitos não são cominadas diretamente nos tipos penais. Caso os requisitos do artigo 44 do Código Penal estiverem presentes, o juiz substitui a pena privativa de liberdade por uma ou mais restritivas de direitos.
Em outras palavras, uma das características das penas restritivas de direitos é a chamada substitutividade. 
O que significa substitutividade? As penas restritivas de direitos substituem as penas privativas de liberdade.
15.5.2 Aplicação da pena privativa de liberdade
A- Introdução: A aplicação da pena privativa de liberdade segue o critério trifásico, ou seja, a pena é aplicada em três etapas distintas e sucessivas. Portanto, o juiz deve enfrentar cada uma dessas fases separadamente.
 A violação do critério trifásico, ou seja, a aplicação da pena em “procedimento único” acarreta a nulidade da sentença, por ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena.
B- Procedimento:
Qual é a ordem estabelecida pelo Código Penal? O art. 68 do Código Penal prevê: 
1ª fase: pena-base;
2ª fase: atenuantes e agravantes;
3ª fase: diminuição e aumento da pena.
Alberto Silva Franco entendia que aplicação da pena privativa de liberdade teria uma quarta fase. Segundo o referido Prof. a quarta fase seria a análise da substituição da pena privativa de liberdade pela por restritiva de direitos.
15.5.3 Fixação da pena-base
Naprimeira fase o juiz calculará a pena-base, levando em consideração as circunstâncias judiciais ou inominadas, previstas no artigo 59, “caput”, do Código Penal.
Art. 59 do Código Penal “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:[...]”.
• “Circunstâncias judiciais”: a identificação de cada uma delas não é dada pelo legislador, mas pelo juiz na decisão do caso concreto.
Porque as circunstâncias judiciais são inominadas? Porque o Código Penal não as nominou, ficando a cargo do juiz na decisão do caso concreto.
As circunstâncias judiciais ou inominadas têm natureza residual ou subsidiária.
Portanto, uma circunstância judicial somente pode ser reconhecida pelo juiz quando ela não configurar uma circunstância legal (atenuante, agravante, causa de diminuição ou causa de aumento da pena).
Em outras palavras, caracterizada uma circunstância legal, o juiz a utilizará como tal. 
No entanto, caso o dado ou o acontecimento legal não se encaixar em nenhuma circunstância legal, o juiz o utilizará como circunstância judicial.
Na primeira fase a pena não pode ultrapassar os limites legais, em nenhuma hipótese. Portanto, caso todas as circunstâncias judiciais foram favoráveis ao réu, a pena não pode vir abaixo do mínimo. Por outro lado, caso todas as circunstâncias judiciais forem desfavoráveis ao réu, a pena não pode ir além do máximo legal.
A jurisprudência brasileira firmou-se no sentido de que se a pena for aplicada acima do mínimo legal exige se fundamentação judicial. Por outro lado, caso aplicada no patamar mínimo, dispensa-se a fundamentação.
Uma parcela da Magistratura tem aplicado as penas no mínimo legal, dispensando-se a fundamentação da dosimetria da pena, com o intuito de diminuir o volume de trabalho. 
No entanto, há uma vertente doutrinária no sentido de que toda pena, ainda que aplicada no mínimo legal, depende de fundamentação. Pois o juiz, enquanto agente público, deve prestar contas do seu trabalho não apenas para o réu, mas para toda a sociedade.
O que significa redimensionamento da pena? é uma atividade privativa da instância superior frente à decisão proferida por magistrado de instância inferior. O Supremo Tribunal Federal emprega a expressão para combater o “excesso de pena”, em síntese a instância inferior aplica a pena de forma excessiva, a superior a diminui, trazendo-a para a quantidade correta.
O redimensionamento da pena também pode ser aplicado para o aumento da pena, embora correto, não fora devidamente fundamentado ou quando a instância superior eleva a pena anteriormente fixada.
Segundo o professor Cleber Masson, a expressão “redimensionamento da pena” é empregada na jurisprudência somente para os casos de diminuição de pena, não sendo observada em outras hipóteses.
Qual são as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal? 
Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos da prática do crime, circunstâncias do crime, consequências do crime e comportamento da vítima.
Das oito circunstâncias previstas no art. 59 do Código Penal, sete podem ser favoráveis ou desfavoráveis ao réu, já que o comportamento da vítima é favorável ou neutro ao réu, nunca podendo ser prejudicial a ele.
O réu tem direito à pena mínima? 
Não. A pena mínima deve ser aplicada quando todas as circunstâncias judiciais forem favoráveis ao réu. Por outro lado, a pena-base pode ser aplicada no máximo legal quando todas as circunstâncias judiciais forem desfavoráveis ao réu.
Como a pena-base é aplicada no caso concreto?
Em primeiro lugar, tecnicamente falando, não há como aplicar a pena-base no máximo legal, já que o comportamento da vítima é favorável ou neutro ao réu.
Por conseguinte, o intervalo entre o mínimo e o máximo deve ser dividido em blocos ou percentuais. 
Exemplo: homicídio simples, pena de 6 a 20 anos. O intervalo de 14 anos deve ser dividido entre as sete circunstâncias judiciais restantes, sendo 2 anos para cada circunstância.
Dessa forma, respeita-se o princípio da proporcionalidade na aplicação da pena-base, conforme o entendimento do STF (HC n. 97.056 – Inf. n. 563).
· Culpabilidade: 
A palavra “culpabilidade” significa juízo de censura ou de reprovabilidade. Portanto, a expressão “grau de culpabilidade” seria mais adequada, indicando que todo agente culpável que praticou um fato típico e ilícito receberá uma pena, que será maior ou menor a depender do grau de culpabilidade. 
A palavra “culpabilidade” (“grau de culpabilidade”) substituiu as expressões “intensidade do dolo” e “grau da culpa”, que constavam da redação original do Código Penal.
Antecedentes: são as informações relativas à vida pretérita do réu no âmbito criminal (“vida pregressa”).
Os antecedentes referem-se à vida pretérita do réu, ou seja, no período anterior à aplicação da pena pelo juiz. Portanto, não é possível levar em consideração o presente (audiência, por exemplo).
Em segundo lugar, os antecedentes dizem respeito somente ao âmbito criminal. Logo, somente é possível considerar como maus antecedentes aquilo que consta da folha de antecedentes do acusado, emitida por um órgão do Estado.
Atenção: As informações não relativas à vida pretérita do réu no âmbito criminal inserem-se em outras duas circunstâncias judiciais: a conduta social (comportamento em sociedade) e a personalidade.
O que caracteriza um mau antecedente? 
A condenação definitiva (condenação com trânsito em julgado). Considerar somente a condenação definitiva como mau antecedente atende ao princípio constitucional da presunção de não culpabilidade ou da presunção de inocência (art. 5º, LVII da CF/88). 
Nesse sentido, a Súmula 444 do STJ: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. Ademais, a sentença absolutória, a sentença declaratória da extinção da punibilidade e a sentença ou o acórdão condenatório, pendentes de recurso, também não podem ser utilizado como mau antecedentes”.
O art. 20, § único do Código de Processo Penal prevê que “Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes”.
Por quanto tempo a condenação definitiva é válida para caracterizar mau antecedente? 
1ª Corrente: Entende que a condenação definitiva contra o réu caracterizará um mau antecedente para sempre, sem limitação de tempo. Os autores que defendem essa posição alegam que o Código Penal não limitou a caracterização do mau antecedente no tempo, ao contrário do que fez na reincidência.
2ª Corrente: a condenação definitiva é válida como antecedente por cinco anos, não da condenação definitiva, mas a partir do cumprimento da pena ou da extinção da pena por qualquer outro motivo. Essa posição faz uma analogia com o I do art. 64 do Código Penal. 
· Conduta social: também é conhecida como “antecedentes sociais”. É o “estilo de vida” do réu, que pode ser adequado ou inadequado perante a sociedade, a família, ao local de trabalho, ao círculo de amizades, entre outros.
A conduta social deve ser objeto de pergunta tanto pelo magistrado como também pelas partes, na prova testemunhal ou no interrogatório. 
Ademais, ela também pode ser objeto de estudos pelo Setor Técnico do juízo (setor psicológico ou de assistência social).
A conduta social é distinta da personalidade, que diz respeito ao perfil subjetivo do réu.
· Comportamento da vítima: é a atitude da vítima, que pode facilitar ou ensejar a prática do crime. Por essa razão, entende-se que ela é uma circunstância favorável ou neutra ao réu, nunca o prejudicando.
O comportamento da vítima pode ser questionado nos crimes contra o patrimônio, principalmente furto e roubo, nos quais a vítima pode ensejar suas práticas.
15.5.3 Emprego das atenuantese agravantes
 Na segunda fase o juiz vai empregar as atenuantes e agravantes, que podem ser genéricas ou específicas:
A- Agravantes Genéricas: previstas na Parte Geral do Código Penal e aplicáveis aos crimes em geral. As agravantes genéricas estão previstas nos artigos 61 e 62 do Código Penal.
Trata-se de rol taxativo, por serem prejudiciais ao réu. Por essa razão, devem estar expressamente previstas na lei, tratando-se de um desdobramento da taxatividade e do princípio da reserva legal. 
Em outras palavras, não cabe analogia “in malam partem” para criar uma agravante genérica.
As agravantes genéricas sempre aumentam a pena, sendo de aplicação obrigatória, salvo se já funcionar como qualificadora, elementar do crime ou causa de aumento da pena (o Direito Penal não admite o chamado “bis in idem” ou dupla punição pelo mesmo fato). 
Portanto, reconhecida uma agravante genérica pelo juiz, ele tem que aumentar a pena, salvo nas exceções mencionadas.
Atenção: A doutrina e a jurisprudência, em geral, entendem que as agravantes genéricas são aplicáveis apenas aos crimes dolosos, e também aos preterdolosos. No entanto, a jurisprudência já aplicou agravantes para crimes culposos.
Quais são as circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime? Elas estão previstas nos artigos 61 e 62 do Código Penal. As quais são:
· A reincidência; 
· Ter o agente cometido o crime:  
· Por motivo fútil ou torpe; 
· Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
· À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
· Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
· Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
· Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
· Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
· Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; 
· Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
· Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
· Em estado de embriaguez preordenada.
· A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
· Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
· Coage ou induz outrem à execução material do crime; 
· Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
· Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
B- Agravantes Específicas: previstas na Parte Especial do Código Penal e na legislação extravagante e aplicáveis somente a determinados crimes.
C- Atenuantes: As atenuantes estão previstas nos artigos 65 e 66 do Código Penal.
Trata-se de rol exemplificativo, por serem favoráveis ao réu, podendo o juiz por analogia reconhecer outras atenuantes genéricas. O artigo 66 do Código Penal prevê as chamadas “atenuantes inominadas” ou “atenuantes de clemência”.
Atenção: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
As atenuantes sempre diminuem a pena, sendo de incidência obrigatória. Portanto, caso o juiz reconheça uma atenuante, ele tem que diminuir a pena.
Quais são as circunstâncias que sempre atenuam a pena? Elas estão previstas nos artigos 65 e 66 do Código Penal. As quais são:
· Ser o agente menor de 21 anos, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença; 
· O desconhecimento da lei; 
· Ter o agente: 
· Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
· Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
· Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
· Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
· Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Segundo o art. 66 do Código Penal “A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei”.
Na segunda fase, assim como na primeira, a pena não pode ultrapassar os limites legais. Portanto, as atenuantes não podem trazer a pena abaixo do mínimo e as agravantes não podem levá-la acima do máximo.
As atenuantes e as agravantes são de incidência obrigatória. Existe alguma situação em que as agravantes e as atenuantes serão ineficazes, ou seja, não produzirão nenhum efeito, embora reconhecidas?
Sim, quando a pena-base foi aplicada no mínimo legal (ou no máximo legal).
Súmula 231 do STJ “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal”.
O Código Penal não indica de quanto as agravantes aumentam a pena e também não indica de quanto as atenuantes diminuem. Assim, caso o juiz ultrapasse os limites legais, ele estaria criando uma nova pena, não prevista em lei, ofendendo o princípio da separação dos Poderes. Em outras palavras, o juiz deixa de atuar como julgador para se arvorar na posição de legislador.
Qual patamar as agravantes ou as atenuantes aumentam ou diminuem a pena? 
O STF ao julgar a Ação Penal 470 (Mensalão) fixou o entendimento de que as agravantes e as atenuantes devem incidir no percentual de 1/6 da pena-base. Pois, 1/6 é o menor percentual previsto para as causas de diminuição ou de aumento da pena pelo Código Penal.
D- Concurso de agravantes e atenuantes:
Quando ocorre o concurso de agravantes e atenuantes? Quando há o reconhecimento de uma agravante e de uma atenuante. 
Atenção: A regra geral é a compensação (uma atenuante compensa uma agravante, e vice-versa).
 Art. 67 do CP “No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência”.
As exceções estão contidas nas circunstâncias preponderantes, que cosubstanciam atenuantes e agravantes que prevalecem sobre as demais.
Quais são as circunstâncias preponderantes?
São três circunstâncias preponderantes no concurso de agravantes e atenuantes. As quais são: 
· Os motivos determinantes do crime;
· A personalidade do agente;
· Reincidência. 
Os motivos determinantes do crime e a personalidade do agente são circunstâncias que podem funcionar como atenuantes ou agravantes, a depender do caso concreto. Já a reincidência sempre vai ser uma agravante por excelência.
Todas as três circunstâncias preponderantes têm natureza subjetiva porque todas elas dizem respeito ao agente, e não ao crime.
No concurso entre agravante preponderante e atenuante preponderante, em regra, também existe a compensação.
No concurso entre agravante preponderante e atenuante comum, a agravante preponderante neutraliza a atenuante comum, e a pena ainda aumentará um pouco.
Dentre as circunstâncias preponderantes, é possível falar em alguma circunstância preponderante por excelência?
Até o ano de 2002, a menoridade relativa era a circunstância preponderante por excelência, que prevalecia sobre todas as demais.
Como solucionar o concurso entre a reincidência e confissão espontânea?
A reincidência é uma agravante genérica e a confissão espontânea é uma atenuante genérica, sendo ambas circunstâncias preponderantes; a reincidência está expressamente prevista no art. 67 do Código Penal e a confissão espontânea inserida na personalidade do agente.
Para o STF, embora as duas sejam preponderantes, a reincidênciaprepondera sobre a confissão espontânea. Já para o STJ, elas se equivalem (informativo 498). 
Embora o STJ entenda que a confissão espontânea tenha o mesmo valor que a reincidência, o Tribunal abre uma exceção: o multirreincidente (Informativo 555). Essa exceção é aberta em homenagem aos princípios da proporcionalidade e da individualização da pena.
15.5.4 Emprego das causas de diminuição e de aumento da pena
A- Procedimento: As causas de diminuição e de aumento da pena são aplicadas da 3ª fase de fixação da pena. As causa de diminuição também são chamadas de minorantes e as causas de aumento de majorantes. 
As causa de aumento e de diminuição são classificadas em:
· Genéricas: previstas na Parte Geral do Código Penal e aplicáveis aos crimes em geral;
· Específicas: previstas na Parte Especial do Código Penal ou na legislação extravagante e aplicáveis somente a determinados crimes.
Na terceira fase a pena pode ultrapassar os limites legais, pois nas causas de diminuição e aumento da pena o legislador expressamente indica quanto a pena será diminuída ou aumentada.
As causas de diminuição e de aumento da pena incidem sobre a pena calculada na segunda fase, e não sobre a pena da primeira fase.
B- Pluralidade de causas de aumento ou de diminuição:
Art. 68, § único do CP “No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua”. 
Na prática como funciona? 
	1ª Causa
	2ª Causa
	Resultado
	Parte Geral
	Parte Geral
	O juiz está obrigado a aplicar as duas.
	Parte Geral 
	Parte Especial
	O juiz está obrigado a aplicar as duas.
	Parte Especial
	Parte Especial
	O juiz pode aplicar só uma.
· Pluralidade de causas de aumento:
A segunda majorante incide sobre a pena já aumentada ou sobre a pena originária da segunda fase? 
1ª Corrente: o segundo aumento incide sobre a pena já aumentada (“juros sobre juros”); 
2ª Corrente: A segunda majorante incide sobre a pena originária da segunda fase, e não sobre a pena já aumentada pela primeira majorante.
Atenção: Há uma posição mais radical no sentido de que no concurso de causas de aumento da pena emprega-se apenas uma delas, desprezando-se as demais.
· Pluralidade de causas de diminuição: 
A segunda minorante incidirá sobre a pena já diminuída pela primeira minorante ou ela incidirá sobre a pena da segunda fase? 
A segunda minorante vai incidir sobre a pena já diminuída pela primeira minorante.
A segunda minorante deve incidir sobre a pena já diminuída para evitar a “pena zero” ou até mesmo a “pena negativa” (“conta-corrente penal”).
O que o juiz deve fazer após a fixação da pena (três fases)?
· Fixará o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
· Avaliará a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por uma ou mais penas restritivas de direitos;
· Não ocorrendo a substituição, o juiz analisará a possibilidade de conceder o “sursis”, a suspensão condicional da execução da pena privativa de liberdade;
· Caso o crime tenha produzido algum tipo de dano (moral ou material), o juiz tem que fixar um valor mínimo para a reparação do dano (art. 387, IV do CPP);
· Por fim, o juiz deve analisar se é caso de decretar ou não a prisão preventiva.
15.6 Concurso de crimes
A- Concurso material: quando há duas ou mais condutas que produzem dois ou mais crimes;
B- Concurso formal: quando há uma única conduta que produz dois ou mais crimes.
C- Crime continuado: quando há duas ou mais condutas que produzem dois ou mais crimes da mesma espécie, mas que, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro.
Se o agente pratica dois ou mais crimes em concurso (material, formal ou crime continuado) e se eles forem conexos e objeto da mesma ação penal, tal conexão acarretará a unidade processual. O juiz, na própria sentença, aplicará a pena de todos os crimes e fixará o regime adequado.
Entretanto, se os crimes são objeto de ações penais diversas, a matéria irá para o juiz da execução.
15.7 Fixação do regime de cumprimento da pena 
15.7.1 Introdução 
Regime prisional ou sistema penitenciário é o modo pelo qual se efetiva o cumprimento da pena privativa de liberdade.
Art. 33, § 1º do CP “Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado”.
O regime semiaberto também pode ser denominado de “semifechado”.
 Visão crítica à deficiência estrutural do sistema prisional brasileiro: de acordo com o texto da lei há três regimes prisionais, o fechado, o semiaberto e o aberto. 
No entanto, na prática, acabam existindo apenas dois regimes, o fechado e a prisão domiciliar.
15.7.2 Regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade
A- Introdução:
Art. 33, § 2º do CP “As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: a) o condenado a pena superior a oito anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a quatro anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. § 3º: A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código”.
O Brasil adota um sistema progressivo para o cumprimento da pena privativa de liberdade. O condenado inicia o cumprimento da pena em um determinado regime e durante ela é possível a progressão para um regime menos rigoroso.
B- Fatores determinantes na fixação do regime inicial: 
Quais são os três fatores determinantes na fixação do regime inicial?
· Reincidência ou primariedade – Se for reincidente, o regime será fechado.
· Quantidade da pena aplicada – Devem ser observados os limites de pena estabelecidos no art. 33, § 2º do Código Penal.
· Circunstâncias judiciais – Como visto anteriormente, o juiz utiliza as circunstâncias judiciais para fixar a quantidade de pena, conforme art. 59, CP.
Posteriormente, o juiz utiliza novamente as circunstâncias judiciais para determinar o regime de cumprimento de pena.
São essas circunstâncias que determinam o “poderá” existente nas alíneas “b” e “c” do art. 33, §2º, CP, ou seja, se as circunstâncias judiciais forem desfavoráveis (ainda que não reincidente e com pena inferior a 8 anos), o juiz pode fixar um regime inicial mais grave do que o correspondente à pena aplicada.
15.8 Reincidência 
15.8.1 Introdução
A- Finalidade da pena: A pena tem uma dupla finalidade (retribuição e prevenção) ou tripla finalidade (retribuição, prevenção geral e prevenção especial).
• Retribuição: é o castigo, tratando-se do caráter aflitivo ou expiatório da pena.
• Prevenção geral: intimidação coletiva.
• Prevenção especial negativa ou mínima: consiste em evitar a reincidência.
• Prevenção especial positiva ou máxima: ressocialização.
Assim, a reincidência demonstra a falha da pena no cumprimento de suas finalidades.
Nesse contexto, como a pena anterior não atingiu suas finalidades, a nova pena deve ser recrudescida em razão da reincidência, com o intuito de se buscar o cumprimento de suas finalidades (fundamento).
A reincidência é uma manifestação do direito penal do autor? 
O Direito penal do autor é aquele que vai rotular e estereotipar determinadas categorias de pessoas. De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a reincidência não é uma manifestação do direito penal do autor e não caracteriza “bis in idem”.
Quais são os fundamentos?
• Direito penal doautor: a reincidência desponta como uma agravante genérica não porque há uma condenação anterior, mas em razão da prática de um novo crime (fato) pelo agente.
• “Bis in idem”: o réu não está sendo punido duas vezes pelo mesmo fato.
B- Eficácia de sentença estrangeira:
Art. 9º do Código Penal “A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança”.
A sentença estrangeira é uma manifestação da soberania de outro país, podendo produzir efeitos no Brasil.
A sentença estrangeira condenatória com trânsito em julgado, para caracterizar reincidência no Brasil, precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça? 
Não, sendo suficiente a prova da sua existência. A homologação somente é necessária nas hipóteses do artigo 9º do CP.
C- Conceito: Reincidência é a agravante genérica, prevista no artigo 63 do Código Penal, que se verifica “quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior”.
D- Natureza jurídica: circunstância que agrava a pena. 
E- Requisitos:
· Ordem cronológica:
· Prática de um crime, cometido no Brasil ou no estrangeiro;
· Condenação definitiva por esse crime; e
· Prática de novo crime.
Exemplos:
· Caio foi condenado definitivamente em 30 de Janeiro de 2015. Em 30 de Janeiro de 2019 Caio foi condenado novamente. 
Nesta hipótese Caio será considerado reincidente. 
· Caio pratica um crime no dia 30 de Janeiro de 2015, no dia 30 de Janeiro de 2016 Caio pratica outro crime. 
Nesta hipótese o crime praticado no dia 30 de Janeiro de 2015 é considerado como maus antecedentes. 
· Caio pratica um crime no dia 30 de janeiro 2015, outro no dia 15 de Fevereiro de 2015, outro no dia 05 de junho de 2015 e no dia 1 de Setembro. Caio foi condenado definitivamente somente no dia 07 de Agosto de 2017 pela prática do primeiro crime praticado. 
Nesta hipótese Caio não é reincidente. Pois ele somente condenado definitivamente pela pratica do crime praticado no dia 30 de janeiro de 2015. No entanto, a pratica do 1º crime caracteriza maus antecedentes. 
F- Prova da reincidência: 
Há duas posições, sendo que ambas convergem no sentido de que não é suficiente a simples alegação do Ministério Público ou do magistrado, devendo a reincidência ser comprovada documentalmente. Assim, a divergência entre elas está relacionada à prova documental:
• 1ª posição: certidão cartorária (certidão de objeto e pé);
• 2ª posição: folha de antecedentes (emitida por órgão oficial do Estado e dela consta a data da condenação definitiva).
G- Previsão legal:
Art. 7º da Lei das Contravenções Penais “Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção”.
Art. 63 do Código Penal “Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior”.
	Infração Penal Anterior
	Infração Penal Posterior
	Resultado
	Crime
	Crime
	Reincidência
	Contravenção 
	Contravenção 
	Reincidência
	Crime
	Contravenção 
	Reincidência
	Contravenção 
	Crime
	Primário
15.8.2 Classificação
A- Espécie de reincidência:
· Quanto à necessidade de cumprimento da pena imposta pela condenação anterior:
· Reincidência real, própria ou verdadeira: é aquela em que o agente pratica um novo crime depois de ter cumprido integralmente a pena decorrente do crime anterior;
· Reincidência presumida, ficta, imprópria ou falsa: é aquela em que o agente pratica um novo crime depois de ter sido definitivamente condenado por um crime anterior. Pouco importa se ele cumpriu ou não a pena resultante do crime anterior.
Atenção: O Código Penal adotou a reincidência presumida.
B- Quanto às categorias dos crimes
• Reincidência genérica: o crime anterior, pelo qual ele foi definitivamente condenado, e o novo crime são diversos.
• Reincidência específica: o crime anterior, pelo qual ele foi definitivamente condenado, e o novo crime são idênticos.
Em regra, o Código Penal não faz distinção entre a reincidência genérica e a específica. No entanto, existem situações em que o legislador concedeu tratamento diferenciado para o reincidente específico.
Exemplo:
Art. 44, § 3º do CP “Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime”.
Em regra, a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos não é admitida para o reincidente em crime doloso. No entanto, é possível concedê-la ao reincidente em crime doloso, desde que a medida for socialmente recomendável. Já para o reincidente específico a substituição é incabível, em qualquer situação.
15.8.3 Validade da condenação anterior para fins de reincidência
A condenação anterior vale como pressuposto da reincidência por quanto tempo?
Art. 64 do Código Penal “Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a cincoanos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;(...)”.
O prazo de cinco anos é contado da data da extinção da pena do crime anterior, pelo cumprimento integral da pena ou por outro motivo qualquer. Portanto, o prazo não é contado da data da condenação definitiva pelo crime anterior.
O prazo de cinco anos é denominado de “período depurador da reincidência” ou “caducidade da condenação anterior para fins de reincidência”.
O Código Penal adota o chamado “sistema da temporariedade” da condenação anterior para fins de reincidência. 
15.9 Suspensão Condicional da Pena
15.10 Pena de Multa 
15.10.1 Introdução 
A- Conceito: A pena de multa é espécie de sanção penal de natureza patrimonial, consistente no pagamento de determinada quantia em dinheiro em favor do fundo penitenciário.
B- Fundo Penitenciário: O Fundo Penitenciário Nacional é órgão integrante do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Este fundo é gerido pelo DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional. 
C- Finalidade: é proporcionar recursos e meios para o aperfeiçoamento do sistema penitenciário brasileiro. 
Existem Fundos Penitenciários Estaduais? A penas de multa aplicadas pela Justiça Federal vão para o Fundo Penitenciário Nacional. As penas de multa aplicadas pela justiça estadual vão para o respectivo estado da federação. 
D- Critério adotado para a pena de multa: O Código Penal adotou o sistema do dia-multa, ou seja, os tipos penais, em seus preceitos secundários, limitam-se a indicar a pena de multa sem indicar o seu respectivo valor.
15.10.2 Aplicação da pena de multa 
Para a pena privativa de liberdade, o Código Penal prevê um critério trifásico, conforme estudado anteriormente. 
Para a aplicação da pena de multa, o Código Penal prevê o sistema bifásico: 
Na primeira fase, o juiz calcula o número de dias-multa; e 
 Na segunda fase, ele calcula o valor do dia-multa. 
Art. 49 do CP “A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. ” 
✓ O número de dias-multa varia entre 10 a 360 dias. 
O valor de cada dia-multa varia entreum trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato até o valor de 5 vezes esse salário. 
 Para calcular o número de dias-multa, o juiz leva em conta tudo o que foi utilizado para aplicar a pena privativa de liberdade (circunstâncias judiciais favoráveis e desfavoráveis; as agravantes e atenuantes; e causas de aumento e diminuição da pena). 
Para calcular o valor de cada dia-multa, o juiz leva em consideração a situação econômica do réu. 
O sistema bifásico permite a individualização da pena de multa. 
15.10.3 Eficácia da Pena de Multa
A- Fixação:
Art. 60 do CP “Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu”.
B- Pena de multa ineficaz: 
Art. 60, § 1º do CP “A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo”.
Conforme o referido parágrafo o juiz pode aumentar a pena de multa até o triplo se verificar que isso será necessário para que a multa seja eficaz.
15.10.4 Pagamento voluntário da pena de multa
 O pagamento da pena de multa pode ser feito de forma voluntária, nos termos do art. 50 do CP. 
Art. 50 do CP “A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.” II – Após o trânsito em julgado da sentença, o juiz faz a liquidação do valor da pena de multa. Neste caso, o réu é intimado e tem 10 dias para realizar o pagamento voluntariamente. III – Conforme o art. 50, CP, é possível parcelar o pagamento da pena de multa. O número de parcelas fica a cargo do julgador, pois não há previsão legal versando sobre isso. IV – Quando o condenado é assalariado ou servidor público, o juiz pode oficiar a empresa pagadora ou a instituição pública para que o desconto seja feito em folha de pagamento”. 
Conforme a Lei de Execução Penal, o desconto em folha de pagamento não pode ser inferior a um décimo da remuneração do condenado, nem superior a um quarto dela.
15.10.5 Execução da pena de multa 
A- Introdução:
 
A pena de multa deve ser executada quando ela não é paga voluntariamente. Assim sendo, execução nada mais é do que a cobrança forçada. 
Art. 51 do CP “Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.” 
 O STF afirmar que a multa, mesmo sendo considerada dívida de valor para fins de cobrança, é pena. Isso porque é a própria CF prevê que a multa é uma das espécies de pena para a prática de crimes. 
 
B- Legitimidade: 
Súmula 521 do STJ: “A legitimidade para a execução fiscal da pena de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública”.”
O STF firmou o entendimento em 2019 que a legitimidade para a execução da pena de multa é do Ministério Público e deve ocorrer perante a vara das execuções penais. Se o Ministério Público não realizar a execução da dívida em 90 dias, a legitimidade para a execução da pena de multa é atribuída à Procuradoria da Fazenda. 
Não cabe habeas corpus para discussão exclusivamente ligada à pena de multa, pois tal remédio constitucional depende de um risco á liberdade de locomoção. Assim, se a pena de multa não pode ser convertida em prisão, não há risco à liberdade de locomoção. 
Súmula 693 do STF: “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada”.
15.11 Pena Restritiva de Direito 
15.12 Limite das Penas
15.12.1 Introdução
O Pacote Anticrimes deu uma nova redação ao art. 75 do CP. 
Art. 75 do CP “O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos”.  § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. § 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido”.  
A maior pena privativa de liberdade para um único crime é de 40 anos. Entretanto, quando há concurso de crimes, a pena aplicada pode ser muito superior a 40 anos. O que não pode ultrapassar 40 anos é o tempo de cumprimento da pena. 
Há alguns fundamentos para a imposição desse limite de cumprimento de pena. São eles: 
• Dignidade da pessoa humana; 
• Proibição da prisão perpétua. 
Art. 10 da Lei das Contravenções Penais “A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos”.
15.12.2 Unificação das penas 
A unificação das penas é a transformação de várias penas em uma só. A competência para tal é do juiz da execução. 
Art. 75, § 1º do CP “Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo”.
AULA 4
AULA 04

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