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1 Terapêutica II Sem derivados de cortisol; Propriedades dos AINE’s: Anti-inflamatório; Analgésico; Antitérmico. Sinais da Inflamação Cascata do Ácido Araquidônico Causador da Inflamação / subst. Inflamatória O ácido araquidônico pode ser quebrado pelas enzimas 12-Lipoxigenase, pelas Cicloxigenases 1, 2 e 3 e pela 5-Lipoxigenase. Os AINE’s bloqueiam as COX (cicloxigenases) 1, 2 e 3 em ↑ ou ↓ grau; ANTI – INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Alguns Necrose AIE Inibe a fosfolipase A2 Atrair células para o processo inflamatório 2 Terapêutica II A quebra o ácido araquidônico gera fatores quimiotáticos, prostaglandinas (fisiológicas, patológicas e tromboquixanos (TXA2)); O AIE tem uma potente ação anti-inflamatória pois induz à uma menor produção de ácido araquidônico, assim inibindo-o logo no começo da cascata. Glicocorticóides Ativação fosfolipase A2 Ácido Araquidônico Inflamação Ciclooxigenases e Prostaglandinas (PGI) Ciclooxigenases: enzimas presentes em praticamente todas as células (COX1 – COX2 – COX3); Retículo endoplasmático: PGG2 e PGH2; Plaquetas: TXA2 (vasoconstritor / agregante plaquetário); Endotélio: prostaciclinas – PGI2 (vasodilatador / inibe a formação de trombos); Macrófagos: PGE2 (vasodilatador) Mastócitos: PGD2 (vasodilatador) Útero: PGF2alfa (contração uterina. Análogos são usados com abortivos ou indutores de trabalho de parto. Inibidor da PGF2ALFA: bloqueio da contração → Medicamento para cólica menstrual. Proteção da Mucosa Gastro-Intestinal A PGE2 induz a produção de muco no estômago; Os AIE e AINES diminuem a PGE2 no estômago, causando dor estomacal, gastrite, úlceras e até perfurações. PGE2 Histamina e Bradicinina ↓ o limiar doloroso, causam dor; Homeostasia Equilíbrio 3 Terapêutica II Monócitos / Macrófagos Citosinas pró-inflamatórias Componentes Eicosanóides da dor PGE2 Estimulam o nociceptor → limiar doloroso Dor A COX3 quando estimulada por pirogênios endógenos (microrganismos), substâncias tóxicas, tumores, etc, libera PGE2 estimulando o hipotálamo a reter calor com febre; Existem AINES que bloqueiam a COX3 no SNC, funcionando como anti-térmicos. Ex.: dipirona, paracetamol e ibuprofeno. A PGF2alfa e a PGE2 causam a entrada de Ca no útero e contração uterina; Os AINES são PRESCRITOS para gestantes no primeiro trimestre (formação do tubo neural da criança), e do 6º ao 9º mês (indução do parto prematuro); De preferência, não prescrever nenhum medicamento para gravidas. Histamina e Bradicinina 4 Terapêutica II PGE2 e PGI2 (citoprotetoras renais) diminuem a reabsorção de Na+ e água causando a vasodilatação e assim saindo pela urina; Os AINES aumentam a reabsorção de Na+ e água, causam dano renal e participam do aumento da PA. PGI2 (Prostaciclinas / Prostaglandinas) Produzida pelo endotélio (paredes dos vasos sanguíneos); Inibe a agregação plaquetária (anti-agregante natural); Causa a vasodilatação (vasodilatador natural); Rompe a rede de fibrina quando se forma; TXA2 (Tromboxanos A2) Causa vasoconstrição (vasoconstritor natural); Induz a agregação plaquetária (agregante natural); Causa a bronconcostrição nos pulmões; A liberação de PGI2 e TXA2 mantém o processo de homeostasia no vaso sanguíneo, pois uma não dilata e agrega (TXA2) e outra dilata e não agrega (PGI2). Há pacientes que tem uma produção de TXA2 maior e uma menor produção da PGI2. Isso se dá o risco de formação de trombos – Trombose. Portanto esses trombos serão formados na parede do vaso sanguíneo e serão soltos, assim circulando pelos vasos e tendo a possibilidade de parar na artéria pulmonar e causando a TEP-trombo embolismo pulmonar, infarto, AVC... Os Coxibs são os principais medicamentos seletivos da COX2. Portanto, esses medicamentos inibem a PGI2 e mantém a TXA2 em nível normal. Sendo assim, esses medicamentos causam a agregação plaquetária e a vasoconstrição dos vasos. Os coxibs são expressamente proibido por cardiopatas, pacientes com trombose e hipertensos, pois há um grande risco de causar trombose, AVC e infarto agudo do miocárdio. 5 Terapêutica II dc Constitutiva: fisiológica; Induzida: inflamatória. Ação dos AINES – Inibição de COX ANTI-INFLAMATÓRIA: diminuição de PGE2 e PGI2, inibição da liberação de histamina, diminuição da migração PMN e monócitos. Reduz a vasodilatação e, indiretamente, o edema. ANALGÉSICO: diminuição de PGE2, bradicina e 5-HT, diminuição da vasodilatação com ação na cefaleia. Significa menos sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos mediadores inflamatórios, como a bradicinina e a 5-hidroxitriptamina. O alívio da cefaleia provavelmente decorre da diminuição da vasodilatação mediada pelas prostaglandinas. ANTIPIRÉTICO: reduzem a PGE2 no SNC. No sistema nervoso central e interleucina-1 libera prostaglandnas, que elevam o ponto de ajuste hipotalâmico para o controle da temperatura, causando febre. Os AINES impedem esse mecanismo. ANTI-AGREGANTE PLAQUETÁRIO: inibição de TXA2. Ex.: AAS 100mg a 350mg. O ASS de 100 à 350mg é usado como anti-agregante plaquetário, portanto inibe a TXA2. Tem como função em evitar o risco de trombose, diminuir o risco de AVC e infarto agudo do miocárdio. Baixa + Fisiológica + Patológica Analgésico e antitérmicos. Ex.: dipirona e paracetamol. 6 Terapêutica II Anti-Inflamatórios SALICILATOS (ASS) Inibe COX-1 e COX-2; Anti-inflamatório; Antipirético (bem pouco); Analgésico; Anti-agregante plaquetário (prevenção de trombos, angina de peito e infarto agudo do miocárdio). Obs.: Doses acima de 500mg não inibe tromboxanos, ou seja, não tem como função anti-agregante, apenas como anti-inflamatória; Obs.: Doses até 350mg com a finalidade de anti- agregante aumenta o tempo de sangramento. Para isso, antes de procedimentos odontológicos, se faz necessário da solicitação do INR. Nomes comerciais: Melhoral, Aspirin, Aspirina, Engov, Sonrisal e Coristina. RAM dos Salicilatos Maior tempo de coagulação (ação anti-plaquetária); Ulceras e gastrites; Síndrome de Reye (rara): prescrição do ASS em doença viral (edema cerebral, hipertensão craniana, insuficiência hepática, vômitos, coma, maior mortalidade, liberação de amônia e glutamato do fígado para o sangue pode causar encefalopatia); Altas doses: tonturas, surdez e tinido (salicilismo), alcalose respiratória compensada. Controle laboratorial do ASS e de anti-coagulantes Tempo de atividade da protrombina (TAP): para uma pessoa saudável deve variar entre 10 a 14 segundos; Relação Normatizada Internacional (INR): pessoa saudável deve variar entre 0,8 e 1; Uso de anti-trombóticos, anti-coagulantes e anti-agregantes: valor terapêutico do INR indicado para a maioria das condições tromboembólicas deve estar entre 2,0 e 3,0. Situações p articulares, em que se recomenda INR entre 2,5 e 3,5. INR maior que 3,0 tem uma maior risco para hemorragias. Tromboplastina parcial ativada (TTPA): para uma pessoa saudável deve variar entre 24 a 40 segundos; Normalização: semanal e mensal Conclusão: INR normal corresponde entre 2,0 à 3,0. Complicações: AINES + VARFARINA O ASS + Varfarina causa um maior risco de sangramento; O ASS desloca a vitamina K da proteína plasmática (albumina), assim tendo um maior efeito anticoagulante. Ou seja, a varfarina é um inibidorda vitamina K que é uma substância coagulante, assim causando um maior risco a sangramentos; Sinal de alerta para hemorragia: a dor abdominal é o primeiro sintoma de que está tendo hemorragia interna. ASS ANTI-AGREGANTE PLAQUETÁRIO: 100mg – 350mg ANTI-INFLAMATÓRIO: 500mg – 1,5g 7 Terapêutica II PARA – AMINOFENÓIS (PARACETAMOL) Inibe a COX-1, COX-2 e COX-3; Melhor efeito como antitérmico e analgésico; Ação anti-inflamatória mais fraca; ↑ hepatotoxicidade: o medicamento se acumula no fígado causando necrose das células hepáticas. Os primeiros sintomas é a náuseas e vômitos (pode ser fatal em 48h); Nomes comerciais: Paracetamol, Tylenol, Acetaminofen; Adultos: 325 mg a 1000 mg/dose de 6/6 horas. Dose máxima diária: 4g/dia; Crianças: 10-15 mg/kg/dose de 4/4 a 6/6 horas. Dose máxima diária: 80 mg/kg/dia; Deve se evitar tomar por mais de 3 dias; É possível INTERCALAR medicamentos para evitar danos tóxicos (dipirona + paracetamol); Com a ingestão do paracetamol, em 5% se torna em NAPQI que é um metabolito tóxico. Esse metabólito é conjugado com o glutation que é um composto do fígado que consegue inativa-lo. No entanto, é produzido apenas uma pequena porção de glutation, sendo assim, em doses altas de paracetamol não haverá glutation suficiente para desativar o NAPQI, assim causando lesões no fígado. TRATAMENTO Antídoto – N – Acetilcisteína (NAC); Expectorante; Aumenta a substância glutation hepático, ocorrendo um aumento da conjugação da NAPQI tóxico. PIRAZOLÔNICOS (DIPIRONA / METOMIZOL) Inibe COX-1, COX-2 e COX-3; Ação ati-inflamatória mais fraca; Melhor efeito como analgésico e antipirédico (inibe COX-3); Nomes comerciais: Dipirona, Novalgina, Baralgin, Anador. RAM dos Pirazolônicos Problemas gástricos, diminuição da pressão arterial, agranulocitose (diminui a produção de neutrófilos na medula óssea); 8 Terapêutica II Com a ingestão continua do paracetamol, haverá infecções por repetição, pois não tem células sanguíneas de defesa; Uso de 6/6h. DERIVADOS DE ÁCIDO FENILPRÔPIONICO (IBUPROFENO) Inibe a COX-1 e COX-2; Nomes comerciais: Advil, Aflogen, Ibupril... Medicamentos do mesmo grupo químico: Cetaprofeno (Profenid), Naproxeno (Flanax) e Loxoprofeno (Loxonin). Todos eles agem na COX-1 e na COX-2, tendo a ação analgésica e anti-inflamatória. Porém o Ibuprofeno tem a vantagem de agir também na COX-3, que além de ter efeito analgésico e anti-inflamatória, também tem ação antitérmica. RAM: dor no estômago, inibe prostaglandinas nos rins. DERIVADOS DE ÁCIDO FENILACÉTICO (DICLOFENACO) Medicamento antigo; Semelhantes aos outros AINES; Se apresenta com Sal Potássico (Cataflan e Deltaren) e Sal Sódico (Biofenac e Voltaren). Não apresentam diferenças farmacodinâmica e farmacocinética. A porção ativa da molécula é o diclofenaco; RAM: sangramento gástrico. TROMETAMOL CETOROLACO (TORAGESIC) Inibe a COX-1 e COX-2; Efeitos farmacológicos melhores; Uso sublingual; RAM: dor no estômago, inibe prostaglandinas nos rins. OXICAMS (NIMESULIDA / MELOXICAM / PIROXICAM / TENOXICAM) Seletivos da COX-2; Medicamentos do mesmo grupo químico: Nimesulida (Nisulid), Piroxicam (Anartrit, Inflamene); Meloxicam (Incox, Meloxil) e Tenoxicam (Tilatil); Melhores que diclofenaco, dipirona e paracetamol; Menor quantidade de RAM, menor irritação gástrica; Indicado mas lesões musculoesqueléticas, cólicas menstruais e dor no pós-operatório; Uso no máximo em 5 dias; Uso de 8/8h. COXIBS Seletivos da COX-2; Ação anti-inflamatória e analgésico (geralmente usado para artrite, dor musculoesquelética e dor aguda); 9 Terapêutica II Medicamentos do mesmo grupo químico: Celecoxibs (Celebra), Etoricoxib (Arcoxia), Rofecoxib (Vioxx), etc. Inibe a PGI2, causando a vasoconstrição e consequentemente a formação de trombos; Contraindicado para distúrbios cardiovasculares. FITOTERÁPICOS Cúrcuma longa; Arpadol; Arnica gotas ou glóbulos (3 dias antes do procedimento de 6/6h e 3 dias depois) – Reduz o edema e o processo inflamatório.
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