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Farmacologia Aplicada a Odonto

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FARMACOLOGIA 
APLICADA À 
ODONTOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar os diferentes tipos de formas farmacêuticas.
 > Descrever a aplicabilidade de cada forma farmacêutica.
 > Avaliar as principais indicações e contraindicações dos principais tipos de 
formas farmacêuticas.
Introdução
As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento 
após a adição ou não de excipientes apropriados. As formas são úteis para atender 
às necessidades individuais dos pacientes, buscando um tratamento com maior 
eficácia, segurança e comodidade.
Em geral, as formas farmacêuticas podem ser classificadas em sólidas, se-
missólidas, líquidas e gasosas. Cada uma das formas farmacêuticas tem particu-
laridades que devem ser consideradas no momento da escolha do medicamento 
pelo cirurgião-dentista. Além disso, elas devem estar de acordo com a via de 
administração.
Neste capítulo, você vai conhecer as diferentes formas farmacêuticas e as 
suas aplicabilidades. Além disso, vai ver alguns exemplos de medicamentos com 
diferentes formas farmacêuticas e suas principais indicações na odontologia.
Formas 
farmacêuticas
Marcella Gabrielle Mendes Machado
Classificação das formas farmacêuticas
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2019, 
p. 34), a forma farmacêutica é definida como:
[...] o estado final de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após uma 
ou mais operações farmacêuticas executadas com a adição ou não de excipientes 
apropriados a fim de facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico desejado, 
com características apropriadas a uma determinada via de administração.
Em geral, as formas farmacêuticas podem ser classificadas em sólidas, 
semissólidas, líquidas e gasosas.
 � Formas farmacêuticas sólidas: pós, granulados, comprimidos, cápsulas, 
drágeas, óvulos e supositórios.
 � Formas farmacêuticas semissólidas: géis, loções, unguentos, linimentos, 
ceratos, pastas, cremes e pomadas.
 � Formas farmacêuticas líquidas: soluções, emulsões, suspensões, xa-
ropes, elixires, injetáveis, tinturas e extratos.
 � Formas farmacêuticas gasosas: inalantes, sprays e aerossóis.
Veja a seguir a definição de algumas dessas formas farmacêuticas, de 
acordo com a Anvisa (2019, p. 26-53).
Cápsula: forma farmacêutica sólida em que o princípio ativo e os excipientes 
estão contidos em um invólucro solúvel duro ou mole, de formato e tamanho 
variados, usualmente contendo uma dose única do princípio ativo. Normal-
mente, a cápsula é formada por gelatina, mas também pode ser de amido 
ou outras substâncias.
Comprimido: forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou 
mais princípios ativos, com ou sem excipientes, obtida pela compressão de 
volumes uniformes de partículas. Pode ter uma ampla variedade de tamanhos 
e formatos, apresentar marcações na superfície e ser revestido ou não.
Creme: forma farmacêutica semissólida que consiste em uma emulsão formada 
por uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica. Contém um ou mais princí-
pios ativos dissolvidos ou dispersos em uma base apropriada e é utilizada, 
normalmente, para aplicação externa na pele ou nas membranas mucosas.
Emulsão: forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos que 
consiste em um sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos 
Formas farmacêuticas2
imiscíveis. Um líquido é disperso na forma de pequenas gotas (fase interna 
ou dispersa) em outro líquido (fase externa ou contínua). Normalmente, a 
emulsão é estabilizada por meio de um ou mais agentes emulsificantes.
Elixir: preparação farmacêutica de uso oral, líquida, límpida, hidroalcoólica, 
de sabor adocicado e agradável. Os elixires são preparados por dissolução 
simples e devem ser envasados em frascos de cor âmbar e mantidos em lugar 
fresco e ao abrigo da luz.
Gel: forma farmacêutica semissólida de um ou mais princípios ativos que con-
tém um agente gelificante para fornecer firmeza a uma solução ou dispersão 
coloidal (um sistema no qual partículas de dimensão coloidal, tipicamente 
entre 1 nm e 1 mm, são distribuídas uniformemente pelo líquido). Pode conter 
partículas suspensas.
Injetável: preparação estéril destinada à administração parenteral. Apresenta-
-se como solução, suspensão ou emulsão.
Pastilha: forma farmacêutica sólida que contém um ou mais princípios ativos, 
usualmente em uma base adocicada e com sabor. É utilizada para dissolução 
ou desintegração lenta na boca. Pode ser preparada por modelagem ou 
compressão.
Pó: forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos 
e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes.
Pomada: forma farmacêutica semissólida para aplicação na pele ou em 
membranas mucosas que consiste na solução ou dispersão de um ou mais 
princípios ativos em baixas proporções em uma base adequada (usualmente 
não aquosa).
Solução: forma farmacêutica líquida, límpida e homogênea que contém um 
ou mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou em uma 
mistura de solventes miscíveis.
Suspensão: forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas dis-
persas em um veículo líquido, no qual as partículas não são solúveis.
Xarope: solução oral caracterizada pela alta viscosidade, conferida pela 
presença de sacarose, outros açúcares ou outros agentes espessantes e 
edulcorantes em sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes 
flavorizantes e/ou corantes autorizados. Quando não se destinam ao con-
sumo imediato, devem ser adicionados de conservantes antimicrobianos 
autorizados.
Formas farmacêuticas 3
O colutório é uma solução utilizada para enxágue bucal com “ação 
sobre as gengivas e as mucosas da boca e da garganta” (ANVISA, 2019, 
p. 28). Essa solução geralmente contém substâncias antissépticas e não deve 
ser deglutida, devendo ser administrada por meio de bochechos e gargarejos 
(ANVISA, 2019).
Aplicabilidade das formas farmacêuticas
São inúmeras as aplicabilidades ao transformar uma substância ativa em uma 
forma farmacêutica. Os objetivos mais comuns relatados por Wannmacher e 
Ferreira (2007) são os seguintes:
 � possibilitar a administração de fármacos em doses muito reduzidas;
 � proteger o fármaco dos agentes atmosféricos;
 � proteger o fármaco dos efeitos destrutivos do meio gástrico;
 � melhorar as características organolépticas do fármaco;
 � obter formulações liquidas a partir de substâncias ativas sólidas;
 � possibilitar a administração de fármacos por meio de determinada 
via de administração;
 � controlar a absorção do fármaco;
 � dirigir seletivamente o fármaco a determinados órgãos ou tecidos.
Via de administração é o local do organismo por meio do qual o 
medicamento é administrado, resultando na liberação do fármaco 
na quantidade adequada para que ocorra o efeito farmacológico desejado. As 
principais vias de administração são a oral, a sublingual, a retal, a inalação, a 
injeção (subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal e intravítrea) 
e a aplicação em outras superfícies epiteliais (como pele e vagina).
As formas farmacêuticas sólidas representam a maior parte dos me-
dicamentos comercializados atualmente. Isso se deve ao baixo custo com 
acondicionamento, armazenamento e transporte e por elas apresentarem 
maior estabilidade física, química e microbiana. Além disso, as formas sólidas 
têm boa aceitação pelos usuários, são fáceis de administrar e possibilitam 
controlar a biodisponibilidade (BERMAR, 2014).
Formas farmacêuticas4
As formas farmacêuticas sólidas podem ser utilizadas por vias de admi-
nistração tópicas, buscando um efeito local, ou por via oral, buscando um 
efeito sistêmico (BERMAR, 2014).
O pó é uma das formas farmacêuticas sólidas mais tradicionais, mas o 
seu uso tem diminuído, sendo largamente substituído pelo uso de cápsulas e 
comprimidos. Sob determinadas circunstâncias, os pós apresentam vantagens 
sobre as demais formas farmacêuticas sólidas, como: maior estabilidade 
química, uso mais conveniente em altas dosesdo fármaco e rápida velocidade 
de dissolução. Por outro lado, os pós são mais difíceis de serem transportados 
em comparação aos comprimidos e às cápsulas e o mascaramento de sabores 
desagradáveis é difícil. Além disso, não são indicados para a administração de 
fármacos irritantes ao estômago e não são adequados para a administração 
de baixas doses de fármacos ou de fármacos que necessitem de uma dose 
exata e precisa (ALLEN JR., 2016; THOMPSON; DAVIDOW, 2013). 
As formas farmacêuticas líquidas, como soluções, suspensões e emulsões, 
podem ser estéreis ou não estéreis, e muitas vezes são prescritas em colhe-
res. As soluções podem ser orais, tópicas ou otológicas (administradas no 
canal auditivo) e apresentam vantagens importantes, como a possibilidade 
de administrá-las em indivíduos que não podem ingerir comprimidos ou 
cápsulas e a boa estabilidade física. Entretanto, é possível citar algumas 
desvantagens dessa forma farmacêutica, como baixa estabilidade química, 
dificuldade de acondicionamento (em virtude do volume maior) e o fato de 
alguns fármacos não serem solúveis em solventes frequentemente utilizados 
na prática farmacêutica (BERMAR, 2014).
As suspensões possibilitam administrar fármacos insolúveis, apresentam 
maior estabilidade química quando comparadas às soluções e retardam a 
absorção de fármacos por via injetável. Contudo, apresentam menor estabi-
lidade física e velocidade de absorção (BERMAR, 2014).
As formas farmacêuticas semissólidas são formulações para uso tópico, 
pegajosas e consistentes, e podem ser opacas ou translúcidas. Elas apre-
sentam ação epidérmica (por exemplo, função emoliente, antimicrobiana e 
desodorizante), endodérmica (como função anti-inflamatória ou anestésica 
local) ou hipodérmica (função anti-inflamatória, hormônios) (BERMAR, 2014).
O gel é uma forma farmacêutica semissólida que apresenta baixa perme-
ação cutânea e geralmente é de uso externo, sendo muito aceito em trata-
mentos para peles oleosas e/ou com acne, por não conter em sua formulação 
substâncias lipofílicas. Os géis também podem ser utilizados em aplicações 
nas vias intranasais, orais, vaginais, retais e parenterais (BERMAR, 2014).
Formas farmacêuticas 5
Géis e pastas podem ser utilizados para a administração de fármacos 
ou líquidos irrigantes no interior do sistema de canais radiculares 
dos dentes, uma via de administração exclusivamente de uso odontológico 
conhecida como via intracanal (ROSALEN; GROPPO, 2013).
As formas farmacêuticas gasosas geralmente são preparações de soluções 
associadas a gases, utilizadas com fins medicinais. De acordo com Allen Jr., 
Popovich e Ansel (2013, p. 419):
Os aerossóis são formas farmacêuticas pressurizadas que, quando acionadas, 
emitem uma fina dispersão de materiais líquidos e/ou sólidos contendo uma ou 
mais substâncias ativas em forma gasosa. Esses aerossóis são similares a outras 
formas farmacêuticas, pois requerem os mesmos tipos de considerações em 
relação a formulação, estabilidade do produto e eficácia terapêutica. Entretanto, 
eles diferem da maioria das formas farmacêuticas em relação a dependência da 
embalagem, válvula e adjuvante — o propelente — para que ocorra a liberação 
física do medicamento na forma apropriada.
A forma farmacêutica aerossol apresenta certas vantagens, como: pro-
teção dos fármacos instáveis frente à umidade e ao oxigênio atmosférico; 
possibilidade de aplicação sem que a área afetada seja tocada, o que pode 
ser necessário para diminuir a irritação; e possibilidade de controle da dose 
do medicamento administrado por meio do uso de válvulas dosificadoras 
(ALLEN JR.; POPOVICH; ANSEL, 2013).
Indicações e contraindicações para uso 
odontológico
Diversas substâncias ativas são empregadas topicamente na boca para uma 
série de propósitos em diversos tipos de formas farmacêuticas. Entre os 
fármacos e as preparações utilizadas para uso odontológico, podemos citar 
a benzocaína.
A benzocaína é um anestésico tópico encontrado comercialmente em 
diversas formas farmacêuticas (pomada, aerossol, gel, pastilha). De acordo 
com Guarenghi, Lima e Araujo (2020, p. 8), “[...] ela é pouco absorvida pelo 
sistema cardiovascular e permanecerá no local da aplicação, proporcionando 
uma longa duração de ação”. Dependendo da dose administrada e da forma 
farmacêutica utilizada, a duração da anestesia com benzocaína pode durar 
até 45 minutos.
Formas farmacêuticas6
Veja a seguir as principais indicações das formas farmacêuticas da 
benzocaína.
 � Benzocaína pomada: essa forma é indicada principalmente para o 
alívio temporário da dor e para o tratamento e a diminuição de dor de 
úlceras bucais (como ulceração aftosa recorrente e úlceras causadas 
por traumas).
 � Benzocaína aerossol: essa forma é indicada principalmente para o alívio 
de dores e desconfortos da região bucal e da garganta provocados por 
infecções da área interna da boca. Além disso, esse tipo de benzocaína 
pode ser utilizado para anestesiar o céu da boca do paciente durante 
processos de moldagem.
 � Benzocaína gel: essa forma é uma boa opção para utilizar anteriormente à 
aplicação da injeção anestésica local, aliviando o desconforto da picada.
 � Benzocaína pastilha: essa forma é indicada para o tratamento e alívio 
de sintomas causados por infecções (como dor e coceira na garganta).
Além da benzocaína, diversos outros produtos para uso bucal estão dis-
poníveis comercialmente. Alguns deles contêm substâncias medicamento-
sas, como as soluções e as pastilhas de uso odontológico, enquanto outros 
são usados para higiene, como os dentifrícios, os produtos para dentadura 
e os enxaguatórios bucais. Esses produtos também estão disponíveis em 
uma ampla variedade de formas farmacêuticas. Veja a seguir alguns deles 
(ALLEN JR.; POPOVICH; ANSEL, 2013, p. 370-371).
 � Paraclorofenol canforado: antisséptico dental. Trata-se de um líquido 
constituído da mistura eutética de 65% de cânfora e 35% de paracloro-
fenol, usado em odontologia para esterilização de canais profundos.
 � Solução tópica de peróxido de carbamida: antisséptico dental. Atua 
como limpador quimiomecânico e agente de clareamento pela liberação 
de oxigênio.
 � Solução de cloreto de cetilpiridínio e pastilhas de cloreto de cetilpiridí-
nio: antisséptico local. É utilizado como antisséptico oral refrescante. 
As pastilhas contêm álcool benzílico, que é usado como anestésico 
local nos casos de irritação da garganta.
 � Solução tópica de eritrosina sódica e comprimidos solúveis de eritrosina 
sódica: auxiliares de diagnóstico. A solução é aplicada nos dentes para 
revelar placas deixadas por uma escovação inadequada. Os comprimi-
dos são utilizados para o mesmo propósito e não devem ser engolidos.
Formas farmacêuticas 7
 � Eugenol: analgésico dentário. É aplicado topicamente em cavidades e 
próteses dentárias. O eugenol é um líquido amarelo-claro com odor 
aromático de cravo e sabor picante.
 � Spray oral de lidocaína: anestésico tópico para uso odontológico. 
É administrado por meio de um spray dosificador que libera 10 mg 
de lidocaína em cada aplicação. Geralmente são utilizados 20 mg por 
quadrante de gengiva ou mucosa oral.
 � Suspensão oral de nistatina: antifúngico. Pode ser usado em infecções 
fúngicas orais, na retenção da solução na boca pelo maior tempo 
possível antes de ingerir.
 � Substitutos de saliva: são eletrólitos em uma base de carboxime-
tilcelulose. São indicados para aliviar a boca e a garganta secas, na 
xerostomia.
 � Solução oral de fluoreto de sódio e comprimidos de fluoreto de sódio: 
profilático da cárie dentária. A solução é aplicada nos dentes ou diluída 
em água potável, que não contém a quantidade adequada de flúor. 
A solução diluída pode ser ingerida. Os comprimidos contendo 1,1 ou 2,2 
mg de fluoreto de sódio são mastigados ou engolidos, se necessário.
 � Gel de fluoreto de sódio e de ácido fosfórico e solução tópica de ácido 
fosfórico: profiláticos de cáries dentárias. O gel e a solução são apli-
cados nos dentes. Esses produtoscontêm 1,23% de íon fluoreto e 1% 
de ácido fosfórico.
 � Pasta dental de triancinolona acetonida: anti-inflamatório tópico. 
É aplicado nas mucosas orais como pasta, na concentração de 0,1%.
 � Mistura de óxido zinco-eugenol: materiais obturadores provisórios.
As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medi-
camento e têm características apropriadas a uma determinada via de admi-
nistração, ou seja, ao local do organismo por meio do qual o medicamento é 
administrado. As formas farmacêuticas sólidas representam a maior parte 
dos medicamentos comercializados atualmente e contam com uma série de 
vantagens, como o baixo custo com acondicionamento, armazenamento e 
transporte, a maior estabilidade física, química e microbiana, a boa aceitação 
pelos usuários e a facilidade de administração.
Diversas substâncias ativas podem ser administradas na boca, e muitos 
medicamentos podem ser encontrados em diferentes tipos de formas farma-
cêuticas. A escolha da forma farmacêutica de um determinado medicamento 
deve considerar as indicações e contraindicações, o tempo de ação, a aceitação 
do paciente, entre outros fatores.
Formas farmacêuticas8
Referências
AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Farmacopeia brasileira. 6. ed. 
Brasília: Anvisa, 2019. v. 1. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/
farmacopeia/farmacopeia-brasileira/arquivos/7985json-file-1. Acesso em: 2 dez. 2021.
ALLEN JR., L. V. Introdução à farmácia de Remington. Porto Alegre: Artmed, 2016.
ALLEN JR., L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C. Formas farmacêuticas e sistemas de 
liberação de fármacos. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
BERMAR, K. C. O. Farmacotécnica: técnicas de manipulação de medicamentos. São 
Paulo: Érica, 2014.
GUARENGHI, G. G.; LIMA, A. A. S.; ARAUJO, M. R. Uso dos anestésicos locais na odontologia. 
2020. (Material didático da Disciplina de Terapêutica Aplicada à Odontologia, Curso 
de Odontologia, Universidade Federal do Paraná). Disponível em: https://acervodi-
gital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/66304/Uso%20dos%20Anest%C3%A9sicos%20
Locais%20em%20Odontologia.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 01 dez 2021. 
ROSALEN, P. L.; GROPPO, F. C. Farmacologia. In: KRIGER, L.; MOYSÉS, S. J.; MOYSÉS, S. T. 
(org.). Farmacologia, anestesiologia e terapêutica em odontologia. São Paulo: Artes 
Médicas, 2013. p. 11-73.
THOMPSON, J. E.; DAVIDOW, L. W. A prática farmacêutica na manipulação de medica-
mentos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica para dentistas. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Formas farmacêuticas 9

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