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Individualidade química (Garrod): cada pessoa possui um conjunto único de proteínas e de RNAs funcionais que são produzidos a partir de uma interação contínua entre o seu genoma (a totalidade do material genético de um indivíduo), que também é único, e os estímulos ambientais. Genes: sequência de DNA que especifica a produção de um produto funcional - seja esse um polipeptídeo, seja uma molécula de RNA funcional; cada gene é capaz de gerar vários produtos diferentes, porque ele é capaz de utilizar segmentos de codificação alternativos ou causar modificações bioquímicas subsequentes da proteína codificada; os genes se dividem em: Cariótipo: grupo de cromossomos de um indivíduo - que é único de cada pessoa em termos de número, de morfologia e de conteúdo das moléculas de DNA. Nos cromossomos, os genes estão dispostos linearmente e em posições específicas, os loci (plural de locus) - o que torna possível a composição de um mapa genético característico de cada espécie e particular de cada indivíduo. Esse material foi desenvolvido por Eliézer da Cunha Rodrigues, monitor da disciplina de Genética Humana em 2020/2. UFCSPA. Exemplo: o maior gene humano, o DMD, se localiza no braço p do cromossomo X (p advém de petit, de ‘braço pequeno’), entre as posições 21.2 e 21.1 (localização citogenética) e entre os pares de base 31,119,219 e 33,339,460 (localização molecular). Mutações no DMD são responsáveis pela Distrofia Muscular de Duchenne e pela Distrofia Muscular de Becker, quadros de atrofia muscular progressiva e de cardiomiopatia dilatativa. Genes codificantes: trechos de DNA que, transcritos e traduzidos, geram proteínas. Genes não-codificantes: trechos de DNA que, transcritos, geram moléculas de RNA funcional. Cromossomos homólogos: par de cromossomos que carregam informações genéticas equivalentes entre si - isto é, os mesmos genes, na mesma ordem - e que se diferenciam dos demais pelo seu conteúdo genético. Um dos homólogos advém do pai, e o outro da mãe - já que o zigoto se forma a partir de gametas haploides (1n) e únicos, devido ao crossing over da meiose (processo detalhado adiante). Alelos: a equivalência entre cromossomos homólogos abrange a existência dos “alelos”, genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos, mas que carregam informações genéticas diferentes. Pode parecer confuso: é o mesmo gene, mas diferente! Fo sf ato Aç úc ar : De soxirribose B as e n itrogenada DNA Macromolécula polimérica de ácido nucleico composta por três unidades: um açúcar pentose (desoxirribose), uma base nitrogenada e um grupo fosfato. A T C G Pontes de Hidrogênio Ligações Fosfodiéster Ligações Fosfodiéster 5’ 3’ 3’ 5’ A estrutura anatômica do DNA carrega a informação química que possibilita a transmissão exata de informação genética de uma geração para a próxima. A estrutura primária de DNA especifica as sequências de aminoácidos das cadeias polipeptídicas de proteínas. O estado nativo de DNA é uma dupla hélice semelhante a uma escada em espiral com giro para a direita, na qual suas duas cadeias polinucleotídicas seguem em direções opostas, enquanto são mantidas unidas por ligações de hidrogênio entre os pares de bases (A2T e C3G). Como as fitas são complementares, o conhecimento da sequência de bases de uma delas é suficiente para sequenciar a fita complementar . A estrutura de dupla fita permite que estas se repliquem com precisão a partir, primeiro, da separação das duas, seguida da síntese de duas novas fitas complementares, de acordo com a sequência da fita molde original. Cromossomo: molécula única e dupla-fita de DNA em conformação helicoidal. Na fase de interfase (na qual a célula passa a maior parte da sua vida), esse DNA fica empacotado como cromatina , um complexo formado pela junção deste DNA a proteínas histona e não-histona. Nesse período de interfase, a cromatina fica distribuída por todo o núcleo e possui um aspecto homogêneo. Durante a divisão celular, contudo, dá-se a condensação do genoma (processo que atinge seu pico durante a metáfase) em cromossomos, o que permite uma melhor visualização do material genético e a possibilidade de cariotipação. A organização estrutural e sequencial do material genético reflete a sua funcionalidade. Algumas regiões cromossômicas (ou mesmo cromossomos inteiros) têm alto teor de conteúdo gênico, enquanto outras pequenas concentrações de genes. Isso nos leva a compreender por que razão apenas trissomias dos 3 cromossomos com menos genes (13, 18 e 21) são compatíveis com a vida. Histonas: proteínas às quais a molécula de DNA se associa e que garantem um ambiente espacial e funcional adequado para o comportamento cromossômico normal e para a expressão gênica adequada. Essas histonas podem ser classificadas como principais (H2A, H2B, H3 e H4) ou especializadas. Cada complexo de DNA com um octâmero de histonas centrais é chamado de nucleossomo , unidade estrutural básica da cromatina. Afetando a conformação com que é empacotado o DNA, as histonas influenciam, também, na sua expressão - razão pela qual há, hoje, estudos que indicam que essas estão associadas à diferenciação celular. Sequências Repetitivas de DNA: cerca de metade da extensão linear total do genoma humano consiste de DNA de cópia única, porção da informação genética em que se encontra a maior parte dos genes codificantes. O restante do genoma é constituído de sequências repetitivas que contribuem para a estabilização estrutural (dentre outras funções); nessas sequências repetitivas se dispõe a maior parte das variações genéticas entre 2 indivíduos. Cromossomo Mitocondrial: circular e pequeno, apresenta 37 genes próprios importantes, os quais são responsáveis pela produção de proteínas atuantes na própria organela. A maior parte das proteínas que atuam na Mitocôndria, contudo, são produzidas a partir de genes nucleares. Os genes mitocondriais apresentam herança exclusivamente materna, e a única região não codificante do cromossomo é a D-loop, região promotora que regula a transcrição dos genes. 22 genes codificadores de RNAt 13 regiões codificadores de proteína Proteoma: conjunto de proteínas codificadas pelo genoma. Desequilíbrio Alélico: alguns genes são expressos a partir dos seus dois alelos em níveis caracteristicamente diferentes, incluindo casos extremos em que a expressão ocorre a partir de apenas um dos dois alelos. Transmissão do Genoma: A transmissão do genoma ocorre tanto na divisão para geração de novas células somáticas, quanto na formação de gametas para fins reprodutivos. Nesses dois processos, as formas de herança genômica são relacionadas, mas distintas - uma vez que resultam de dois diferentes tipos de divisão celular, a mitose (que forma células diploides, 2n) e a meiose (que gera células haploides, gametas n ). Alterações no número ou na estrutura cromossômica podem derivar de ambos os processos; tendo, geralmente, condições clínicas consideráveis como resultado. Embora os cromossomos X e Y sejam diferentes e, por isso, não sejam homólogos em um sentido estrito, eles possuem segmentos curtos relativamente idênticos nas extremidades de seus respectivos braços curtos (Xp e Yp) e longos (Xq e Yq). O pareamento e o crossing over ocorrem, portanto, em ambas as regiões durante a meiose I. Esses segmentos homólogos são chamados de pseudoautossômicos, refletindo o seu comportamento de pareamento e recombinação semelhante ao dos autossomos, apesar de estarem em diferentes cromossomos sexuais.
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