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Conceito Biológico da Vida e Filogenia

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CONCEITO BIOLÓGICO DA VIDA 
● ORGANIZAÇÃO 
Dentro de cada célula, os ​átomos formam             
moléculas​, que formam ​organelas       
celulares​. Nos organismos multicelulares       
as células semelhantes formam tecidos​.         
Os tecidos criam ​órgãos​. Os órgãos           
trabalham em conjunto formando os         
sistemas orgânicos​. 
 
● PROCESSOS 
O metabolismo pode ser subdividido em           
anabolismo​ e ​catabolismo​.  
- ​Anabolismo = ​organismos produzem         
moléculas complexas a partir de moléculas           
mais simples. Consomem energia. 
- ​Catabolismo = ​organismos produzem         
moléculas simples a partir de moléculas           
mais complexas. Disponibilizar energia       
armazenada. 
Reação ​é quando os organismos         
apresentam uma resposta aos estímulos ou           
alterações em seu ambiente. ​Homeostase         
é a manutenção de um ambiente interno             
estável, mesmo diante das mudanças no           
ambiente externo. 
● REPRODUÇÃO 
As células individuais aumentam no         
tamanho. Os organismos multicelulares       
congregam suas muitas células através da           
divisão celular​. O crescimento depende de           
vias anabólicas para a construção de           
moléculas complexas (proteínas e DNA). 
A reprodução pode ser ​assexuada​,         
envolvendo um único organismo, ou         
sexual​, requerendo um casal. Os         
organismos unicelulares podem se       
reproduzir dividindo-se em dois. 
● VÍRUS 
Os ​vírus​—pequenas estruturas compostas       
por proteínas e ácidos nucléicos que só se               
reproduzem em células hospedeiras—têm       
muitas propriedades da vida. No entanto,           
eles não têm uma estrutura celular e nem               
podem se reproduzir sem um hospedeiro.           
Também não há confirmação de que eles             
mantêm a homeostase, e eles não têm             
metabolismo próprio. 
 
 
PADRÕES 
● ÁRVORE GENEALÓGICA 
 
 
A evolução produz um padrão de           
relacionamentos entre espécies. Conforme       
as linhagens evoluem e separam-se, e           
alterações são herdadas, seus caminhos         
evolutivos divergem. Isso produz um         
padrão ramificado de ​relações evolutivas​,         
representados pela “Árvore genealógica”,       
chamada ​Filogenia​.  
- Os três domínios: 
Essa árvore ilustra a ideia de que toda a                 
vida é relacionada e pode ser dividida em               
três grandes clados, usualmente chamados         
de três domínios: ​Archaea, Bacteria e           
Eukaryota​.  
● FILOGENIA 
A raiz da árvore representa a linhagem             
ancestral​, e as pontas das ramificações           
representam os ​descendentes desse       
ancestral. Conforme você avança da raiz           
para as pontas, você está avançando no             
tempo. 
 
Quando uma linhagem se divide         
(especiação)​, é representada como uma         
ramificação na filogenia. Quando um         
evento de especiação ocorre, uma única           
linhagem ancestral dá origem a duas ou             
mais linhagens filhas. 
 
Filogenias traçam padrões de       
ancestralidade compartilhados entre     
linhagens. Cada linhagem tem uma parte           
de sua história que é única e outra parte                 
que é compartilhada com outras         
linhagens. 
 
Similarmente, cada linhagem tem       
ancestrais que são ​únicos para aquela           
linhagem e ancestrais que são ​partilhados           
com outras (ancestrais comuns). 
 
Um ​clado é um agrupamento que inclui             
um ancestral comum e todos os           
descendentes (viventes e extintos) desse         
ancestral. Imagine recortar um único ramo           
da filogenia – todos os organismos desse             
ramo podado formam um clado. 
 
Clados são representados uns dentro dos           
outros – eles formam uma hierarquia. Um             
clado pode incluir milhares de espécies ou             
só algumas.  
 
Dependendo da quantidade de ramos da           
árvore, as descendências nas pontas         
podem ser diferentes populações de uma           
espécie, espécies diferentes ou diferentes         
 
clados, cada um composto de várias           
espécies. 
1. A evolução produz um padrão de             
relações, A B C D, entre linhagens que é                 
similar a uma árvore, não a uma escada. 
 
2. Só porque nós tendemos a ler filogenias               
da esquerda para a direita, não significa             
que há relação com nível de “avanço”. 
 
3. Para qualquer evento de especiação em             
uma filogenia, a escolha de que linhagem             
vai para a direita e qual vai para a                 
esquerda é arbitrária. As seguintes         
filogenias são equivalentes: 
 
Biólogos geralmente colocam o clado em           
que estão mais interessados do lado           
direito da filogenia. 
- Equívocos sobre seres Humanos 
 
1. ​Humanos não evoluíram de         
chimpanzés. Humanos e chimpanzés são         
primos evolutivos e compartilham um         
ancestral comum recente que não era nem             
humano tampouco chimpanzé. 
2. ​Humanos não são “superiores” ou “mais             
evoluídos” do que qualquer outra         
linhagem existente. Desde que nossas         
linhagens se separaram, humanos e         
chimpanzés desenvolveram traços únicos       
para suas próprias linhagens. 
● ÁRVORES FILOGENÉTICAS 
Características físicas (morfologia),     
sequências genéticas e características       
comportamentais.  
O objetivo é encontrar evidências que           
ajudarão a agrupar os organismos em           
clados cada vez menos inclusivos. Ou seja,             
o interesse é em características derivadas           
compartilhadas.  
- ​Característica compartilhada = é aquela           
que duas linhagens têm em comum. 
- ​Característica derivada = é aquela que             
evoluiu na linhagem conduzindo a um           
clado e que coloca os membros desse clado               
apartados de outros indivíduos. 
Características derivadas compartilhadas     
podem ser usadas para agrupar         
organismos em clados. 
- Homologias e Analogias 
Características homólogas são     
características similares em organismos       
diferentes porque foram herdadas de um           
ancestral comum que também tinha essa           
característica. 
>>EX: Os quatro membros dos tetrápodes.           
Pássaros, morcegos, ratos e crocodilos         
todos têm 4 membros. Tubarões e peixes             
ósseos não têm. O Ancestral dos           
tetrápodes desenvolveu quatro membros e         
seus descendentes herdaram esse atributo. 
 
 
Analogias ​são o resultado da evolução           
convergente. Asas de pássaro e de           
morcego são ​análogas – isto é, elas têm               
origens evolutivas diferentes, mas são         
superficialmente similares porque servem       
a mesma função.  
>>EX: ​Apesar de as asas de pássaro e de                 
morcego serem análogas como asas, como           
membros dianteiros elas são homólogas.         
Pássaros e morcegos não herdaram asas de             
um ancestral comum com asas, mas           
herdaram os membros superiores de um           
ancestral comum com essa característica. 
 
- Reconhecendo Homologias  
Igual estrutura   
básica - Os     
mesmos ossos   
(apesar do formato     
diferente) 
suportam os   
membros dos ratos     
e dos crocodilos. 
Mesma relação   
com outras características - ​Os ossos dos             
membros estão conectados ao esqueleto de           
maneira similar em tetrápodes diferentes.         
A junção entre o fêmur e a pélvis tem o                   
formato de uma cabeça óssea encaixando           
em uma cavidade, estrutura típica de           
tetrápodes, como apontado no crocodilo.  
 
Igual desenvolvimento - Os membros dos           
tetrápodes se desenvolvem a partir dos           
brotos dos membros de maneira similar. 
● CLASSIFICAÇÃOÁrvores filogenéticas são utilizadas por         
muitas razões, como: 
● Testar hipóteses sobre evolução; 
● Aprender sobre características de       
espécies extintas e linhagens       
ancestrais; 
● Classificar organismos. 
● COMO SABEMOS O QUE 
ACONTECEU 
1. ​Datação radiométrica se       
baseia no decaimento de       
meias-vidas dos elementos     
radioativos para permitir que       
cientistas consigam datar rochas e         
materiais diretamente. 
Quando rocha derretida esfria, formando         
rochas ígneas​, átomos radioativos são         
presos em seu interior. Posteriormente         
eles decaem a uma taxa previsível.           
Medindo a quantidade de ​átomos         
 
instáveis restantes em uma rocha e           
comparando-a com quantidade de átomos         
filhos estáveis nessa mesma rocha,         
cientistas podem estimar quanto tempo se           
passou desde que a rocha foi formada. 
Em geral os     
fósseis são   
encontrados nas   
rochas 
sedimentares​, 
as quais podem     
ser datadas   
usando carbono   
radioativo, 
porém como o     
carbono decai   
com relativa   
rapidez, isso só     
funciona com   
rochas até 50     
mil anos de idade. 
Então, para conseguir datar fósseis muito           
mais antigos, cientistas procuram por         
camadas de rochas ígneas ou cinzas           
vulcânicas acima ou abaixo do fóssil.           
Cientistas datam ​rochas ígneas ​usando         
elementos que tem decaimento lento,         
como urânio e potássio.  
2. ​Estratigrafia: ​Fósseis podem       
ser datados com relação um ao           
outro através da observação de         
sua posição em camadas       
rochosas, conhecidas como ​estratos​.  
Estudando e comparando estratos,       
podemos datar rochas relacionando-as       
umas com as outras. Usando técnicas de             
datação numérica​, podemos atribuir       
idades para essas camadas e os fósseis que               
elas contêm. 
Certos fósseis, chamados ​“fósseis indíce”​,         
podem ser úteis também. Se um           
organismo existiu por um período         
relativamente curto de tempo e teve uma             
ampla distribuição geográfica, pode       
fornecer um “índice” quanto a idade das             
rochas nas quais ele está preservado. 
3. ​Relógios Moleculares     
permite que cientistas usem a         
quantidade de divergências     
genéticas entre os organismos       
para extrapolar o tempo para trás e             
estimar datas. 
Ao curso de milhares de anos, mutações             
podem acumular-se em qualquer       
determinado trecho de DNA a uma taxa             
que pode ser estimada com confiança. Se             
essa estimativa é confiável, o gene pode             
ser usado como um relógio molecular, se             
tornando uma ferramenta poderosa para         
estimar as datas de eventos de separação             
de linhagens. 
● ORIGEM DA VIDA 
Quando se originou a vida? 
Evidências sugerem que a vida surgiu pela             
primeira vez por volta ​3,5 bilhões de anos               
atrás. As evidências são formadas por           
microfósseis e ​estruturas rochosas       
antigas encontradas no Sul da África e             
Austrália chamadas ​estromatólitos​.  
- Estromatólitos ​= são produzidos por           
micróbios (maioria cianobactérias     
fotossintetizantes) que formam filmes       
microbianos que aprisionam lama; com o           
tempo, camadas desses micróbios e de           
lama podem formar uma estrutura rochosa           
estratificada – o estromatólito. 
Modernos estromatólitos 
Fósseis estromatólitos 
 
Onde a vida se originou? 
Recentemente levantou-se a hipótese de         
que a vida se originou perto de uma ​fonte                 
hidrotérmica no fundo do mar. As           
substâncias químicas encontradas nesses       
respiradouros e a energia que eles           
fornecem poderiam ter abastecido muitas         
das reações químicas necessárias para a           
evolução da vida.  
Posteriormente, usando as sequências de         
DNA de organismos modernos, biólogos         
conseguiram rastrear experimentalmente     
o mais recente ancestral comum de toda             
forma de vida, um ​microorganismo         
aquático que viveu em temperaturas         
extremamente quentes. 
Como a vida se originou? 
1. Moléculas orgânicas simples foram         
formadas. 
Moléculas orgânicas simples, similares ao         
nucleotídeo mostrado abaixo, são os         
tijolos da vida e provavelmente estão           
envolvidas na sua origem. Experimentos         
sugerem que moléculas orgânicas       
poderiam ter sido sintetizadas na         
atmosfera da Terra primitiva e caído em             
forma de chuva nos oceanos. Moléculas de             
RNA e DNA são simplesmente longas           
cadeias de nucleotídeos simples. 
 
2. Evoluiram e começaram a submeter-se           
a Seleção Natural. 
Todo ser vivo reproduz, copiando seu           
material genético e passando-o para a           
prole. Assim, a habilidade de copiar as             
moléculas que codificam informações       
genéticas é um passo-chave na origem da             
vida. Essa habilidade provavelmente       
evoluiu primeiro na forma de um RNA             
auto-replicador – uma molécula de RNA           
que podia se copiar. 
 
Esse passo levou a um ​“mundo de RNA”               
no qual o RNA realizava muitas tarefas,             
armazenando informações genéticas, se       
copiando e executando funções       
metabólicas básicas. Hoje, essas tarefas         
são executadas por muitos tipos diferentes           
de moléculas (principalmente DNA, RNA,         
e proteínas).  
A ​auto-replicação abriu as portas para a             
seleção natural. Uma vez que uma           
molécula auto-replicadora foi formada,       
algumas variações desses replicadores       
primitivos teriam feito um trabalho         
melhor ao se copiar do que outros,             
produzindo mais “descendentes”. Esses       
super-replicadores foram se tornando       
mais comuns e aí, essa variação se             
espalharia. Através disso, pequenas       
mudanças em moléculas replicadoras       
eventualmente se acumularam até um         
sistema de replicação estável e eficiente           
desenvolver-se. 
3. Moléculas replicadoras tornaram-se       
inclusas em uma membrana celular. 
A evolução de uma membrana ao redor do               
material genético forneceu duas enormes         
vantagens: os ​produtos do material         
genético puderam ser mantidos por perto           
e o ​ambiente interno ​dessa protocélula           
pôde ser diferente do meio externo.           
Membranas celulares devem ter sido tão           
vantajosas que esses replicadores       
enclausurados rapidamente fizeram com       
que os replicadores “nus” deixassem de           
competir. Esse avanço teria dado origem a             
 
um organismo muito parecido com uma           
bactéria​ atual. 
 
Membranas Celulares anexando material genético 
4. Algumas células começaram a         
desenvolver processos metabólicos     
modernos e superaram aquelas que         
tinham formas antigas de metabolismo. 
Tudo mudou quando alguma célula ou           
grupo de células evoluíram para o uso de               
diferentes moléculas para diferentes       
funções: o ​DNA (que é mais estável que o                 
RNA) tornou-se o material genético,         
proteínas (que geralmente promovem       
reações químicas mais eficientemente que         
o RNA) tornaram-se responsáveis pelo         
metabolismo básico da célula e o ​RNA foi               
rebaixado ao papel de mensageiro,         
carregando informações do DNA para os           
centros construtores de proteínas da         
célula.  
Células que incorporaram essas inovações         
teriam superado facilmente as células “a           
moda ​antiga” com o metabolismo baseado           
em RNA, trazendo ao fim o Mundo de               
RNA.5. Desenvolveu-se a multicelularidade.. 
Há ao menos dois bilhões         
de anos atrás, algumas       
células pararam de tomar       
caminhos diferentes após     
a replicação e     
desenvolveram diferentes   
funções. Elas deram origem a primeira           
linhagem de organismos multicelulares,       
como a alga vermelha fossilizada de 1,2             
bilhões de anos. 
Procurando o fóssil mais antigo? 
O problema de determinar o que é e o que                   
não é um fóssil pode ser especialmente             
difícil quando se trata de ​microfósseis           
antigos​. Porque esses fósseis são         
organismos relativamente simples, como       
bactérias e algas unicelulares, sem muitos           
traços para identificação.  
Para agravar o problema,       
microorganismos modernos podem     
algumas vezes invadir poros minúsculos         
em rochas antigas, fazendo com que a             
identificação de fósseis reais seja         
complicada. Ainda pior, reações químicas         
geológicas podem produzir pequenas       
estruturas parecidas com bactérias e algas           
simples. Se essas mesmas reações         
ocorreram na Terra primitiva, elas podem           
ter deixado traços que poderiam         
facilmente ser confundidos com fósseis. 
- A tecnologia moderna e o           
conhecimento científico vieram ao       
resgate: 
>Microscópios ​e ​técnicas de imagem ​-           
aproximar os fósseis para identificar         
marcas de vida, como a parede celular. 
>​Ferramentas de ​análise química -         
podem comparar a composição química do           
próprio fóssil e da rocha circundante para             
verificar qualquer indicação de que a           
estrutura um dia esteve viva. Por exemplo,             
podem ajudar a identificar amostras muito           
pequenas de ​querogênio​, material       
orgânico no qual todo ser vivo decai. 
>​Elementos vêm em formas com         
diferentes pesos, chamados ​isótopos​.       
Carbono 12 e carbono 13 (o mais pesado               
 
dos dois) são comuns na Terra, mas os               
seres vivos preferem usar o carbono 12.             
Técnicas mais sensíveis podem       
determinar se uma rocha ou provável           
fóssil contém mais carbono 12 que o             
esperado, sugerindo que o material pode           
um dia ter vivido. 
A origem da vida e as evidências de DNA 
De acordo com algumas hipóteses, esse           
“ancestral comum mais recente” pode, na           
realidade, ser um conjunto de organismos           
que viveram ao mesmo tempo e podiam             
trocar genes com facilidade. Em qualquer           
um dos casos, reconstruir os ramos           
primitivos da árvore da vida nos diz que               
esse ancestral provavelmente usou DNA         
como seu material genético e realizou           
reações químicas complexas. Sabemos que         
esse último ancestral comum deve ter tido             
ancestrais próprios. 
 
Origem da vida e as evidências           
bioquímicas 
Qual veio primeiro, o ácido nucleico ou a               
proteína? ​Esse problema foi resolvido         
quando uma nova propriedade do RNA foi             
descoberta: alguns tipos de RNA podem           
catalisar reações químicas – isso significa           
que o RNA pode armazenar informações           
genéticas e causar as reações químicas           
necessárias para se auto copiar. Esse           
avanço experimental resolveu o problema         
ovo e galinha: ácidos nucleicos         
(especificamente RNA) veio primeiro – e           
mais tarde, a vida mudou para herança             
baseada em DNA. 
“Fósseis moleculares” - ​ATP: ​adenosina         
trifosfato, é uma dessas moléculas; é           
essencial para ativação dos processos         
celulares e é utilizada por toda forma de               
vida moderna. Estudando ATP e outros           
fósseis moleculares revelou-se uma       
uniformidade surpreendente: muitos     
fósseis moleculares estão intimamente       
relacionados com ácidos nucleicos. 
 
Essas observações suportam a hipótese do           
mundo de RNA​, em que a vida primitiva               
utilizou-se de RNA para processos         
celulares básicos (ao invés da mistura de             
proteínas, RNA e DNA utilizada pelos           
organismos modernos). 
A origem da vida e as evidências             
experimentais 
 
 
Evolução Humana 
Humanos na árvore da vida 
Essa árvore é baseada em informações           
genéticas e morfológicas. Chimpanzés e         
humanos formam um clado com         
sequências de DNA que diferem por           
apenas 1%. Estudos genéticos recentes         
sugerem fortemente que chimpanzés e         
humanos são os parentes mais próximos           
um do outro. 
 
Como os humanos evoluíram? 
Há mais ou menos seis milhões de anos,               
na África, a linhagem do chimpanzé e a               
nossa própria se dividiu. O que aconteceu             
conosco após a divisão? A linhagem dos             
hominídeos não seguiu uma linha reta até             
o Homo sapiens. Ao contrário, a linhagem             
primária de hominídeos deu origem a           
muitos outros (hoje extintos) hominídeos.         
Examinando os fósseis, artefatos e até o             
DNA desses parentes nos ajudou a           
entender como essa complexa árvore de           
hominídeos evoluiu e como os seres           
humanos modernos vieram a existir. 
MECANISMOS 
● DESCENDÊNCIA COM   
MODIFICAÇÃO 
A ​evolução é uma descendência com           
modificação a partir de um ancestral           
comum. Evolução só ocorre quando há           
mudança em ​frequência gênica ​dentro de           
uma população através do tempo. Essas           
diferenças genéticas são hereditárias e         
podem ser transmitidas para a próxima           
geração. 
 
- ​Genótipo = conjunto de genes que o               
organismo carrega.  
- ​Fenótipo = conjunto de todas as             
características observáveis do organismo. 
>>EXEMPLO: 
90% dos besouros     
da população tem     
os genes para     
coloração verde   
brilhante e 10%     
têm os genes que       
os fazem marrons. 
Algumas gerações   
depois, as coisas     
mudaram: besouros   
marrons são mais     
comuns do que     
eram e somam 70%       
da população. 
● MECANISMOS DE MUDANÇAS     
(Usando um exemplo) 
Todos esses mecanismos podem causar         
alterações na frequência gênica da         
população. Entretanto, seleção natural e         
deriva genética não ocorrem sem a           
presença de variação genética na         
população.  
Mutação 
Uma mutação pode fazer       
com que pais com genes         
para coloração verde     
brilhante tenham proles     
com genes para     
coloração marrom. Isso     
 
faria com que genes para besouros           
marrons fossem mais frequentes na         
população. 
Migração (Fluxo gênico) 
 
Alguns indivíduos de uma população de           
besouros marrons podem ter se juntado a             
uma população de besouros verdes. Isso           
faria com que a frequência de genes para               
besouros marrons ficasse mais frequente         
na população de besouros verdes. 
Dentro de uma população: 
Pode introduzir ou reintroduzir genes em           
uma população, aumentando sua variação         
genética. 
Entre populações: 
Pode fazer com que populações distantes           
se tornem geneticamente similares,       
consequentemente reduzindo as chances       
de especiação. Quanto menor o fluxo           
gênico entre duas populações, maior a           
probabilidade de as duas populações         
evoluírem para duas espécies. 
Deriva Genética 
 
Imagine que em uma geração, aconteceu           
de dois besouros marrons gerarem quatro           
descendentes que sobreviveram até a         
idade reprodutiva. Vários besouros verdes         
foram mortos quando alguém pisou neles           
e eles não tiveram prole. A próximageração teria um pouco mais de besouros             
marrons do que a geração anterior – mas               
apenas por acaso. Essas alterações         
aleatórias de geração para geração são           
conhecidas como deriva genética. 
Seleção Natural 
 
Imagine que besouros verdes são mais           
fáceis para os pássaros enxergaram (e,           
portanto, comerem). Besouros marrons são         
um pouco mais prováveis de sobreviverem           
e procriarem. Eles passam seus genes para             
coloração marrom para seus descendentes.         
Logo, na próxima geração, besouros         
marrons serão mais comuns do que na             
geração anterior. 
● VARIAÇÃO GENÉTICA 
 
Mutações são alterações no DNA. Em           
muitos casos, alteração evolutiva é         
baseada na acumulação de mutações. 
Fluxo Gênico é qualquer movimento de           
genes de uma população para outra. 
Sexo pode introduzir novas combinações         
de genes em uma população.  
Mutação é uma mudança no DNA. O DNA               
de um organismo afeta sua aparência, seu             
comportamento e sua fisiologia.  
- ​Mutações são aleatórias. 
Mutações podem ser benéficas, neutras ou           
prejudiciais para o organismo, mas         
mutações não “tentam” suprir aquilo que o             
organismo “precisa”. Uma mutação não         
 
está relacionado com quão útil ela possa             
ser. 
Acredita-se que fatores ambientais       
influenciem a taxa de mutação, mas           
geralmente não se acredita que         
influenciem a direção da mutação. 
- Experimento de Lederberg 
Hipótese: Raças de bactérias resistentes a           
antibióticos que sobrevivem a uma         
aplicação do mesmo, tinham a resistência           
antes da exposição aos antibióticos e não             
como resultado dela. 
Experimento: 
1. Bactérias se espalham em         
uma placa, chamada de       
“placa original”. 
 
2. Permite-se o crescimento       
até a formação de várias         
colônias diferentes. 
 
3. Esse esboço de colônias é           
estampado da placa original       
para uma placa nova que         
contém o antibiótico     
penicilina. 
 
4. As colônias X e Y da             
placa estampada   
sobrevivem. Elas devem     
carregar uma mutação para       
resistência a penicilina. 
 
5. Os Lederberg queriam       
responder a pergunta: as       
colônias da nova placa       
desenvolveram resistência   
ao antibiótico porque foram expostas a           
ele? A resposta é “não”: 
Quando a placa original é lavada com             
penicilina, as mesmas colônias (aquelas         
em posição X e Y) sobrevivem – apesar de                 
essas colônias da placa original nunca           
terem encontrado penicilina antes. 
Logo, a bactéria resistente a penicilina           
estava lá na população antes da população             
encontrar o antibiótico. Elas não         
evoluíram a resistência em resposta a           
exposição ao antibiótico. 
- Nem todas as mutações importam para             
a evolução. 
Como todas as células no nosso corpo             
contém DNA, existem muitos lugares para           
mutações ocorrerem; entretanto, nem       
todas as mutações importam para a           
evolução. Mutações somáticas ocorrem       
em ​células não reprodutivas e não serão             
transmitidas para a prole. As mutações           
germinativas são as únicas mudanças que           
importam para evolução em larga escala,           
pois podem ser transmitidas para a           
descendência através das células       
reprodutivas (óvulos e espermatozóides).  
- Não ocorre alteração no fenótipo. 
Algumas mutações não tem efeito visível           
no fenótipo do organismo. Isso pode           
acontecer em várias situações: talvez a           
mutação tenha ocorrido em um trecho de             
DNA sem função, ou talvez a mutação             
ocorra em uma região codificadora da           
proteína, mas acabe não afetando a           
sequência de aminoácidos da proteína. 
- Pequenas mudanças ocorrem no         
fenótipo. 
Uma única mutação pode trazer uma           
simples mudança. 
- Grandes mudanças ocorrem no         
fenótipo. 
Algumas mudanças fenotípicas muito       
importantes, como resistência a DDT nos           
insetos, são, às vezes, causadas por           
mutações únicas. Uma única mutação         
pode também ter efeitos negativos muito           
fortes no organismo. Mutações que         
causam a morte de um organismo são             
 
chamadas de letais – e não há nada mais                 
negativo que isso. 
● CAUSAS DA MUTAÇÃO 
1. DNA não se replica corretamente. 
Por exemplo, quando uma célula se divide,             
ela faz uma cópia de seu DNA – e, às                   
vezes, a cópia não é exatamente perfeita.             
Essa pequena diferença da sequência de           
DNA original é uma mutação. 
 
2. Influências externas podem criar         
mutações. 
Mutações podem também ser causadas         
por exposição a produtos químicos         
específicos ou a radiação. Esses agentes           
causam a quebra do DNA. Assim, quando             
a célula repara o DNA, ela pode não fazer                 
um bom trabalho na reparação. Então, a             
célula iria acabar com um DNA           
ligeiramente diferente do DNA original. 
● TIPOS DE MUTAÇÃO 
1. Substituição 
É uma mutação que troca         
uma base por outra (por         
exemplo, a troca de uma         
única “letra química”     
como trocar um A por um           
G).  
Essa substituição poderia: 
-​Mudar um códon para um que codifica             
um aminoácido diferente e causa         
pequenas mudanças na proteína       
produzida.  
-Mutações silenciosas: ​Mudar um códon         
para um que codifica o mesmo aminoácido             
e não causa mudanças na proteína           
produzida.  
-Alterar um códon codificador de         
aminoácido para um ​códon “finalizador”         
e causar uma proteína incompleta.  
2. Inserção 
São mutações nas quais       
pares de bases extras       
são inseridos em um       
novo lugar no DNA. 
3. Deleção 
São mutações nas quais um         
trecho de DNA é perdido ou           
deletado. 
4. Deslocamento do quadro de leitura 
Como o DNA codificador de proteínas é             
dividido em códons de três bases cada,             
inserções e deleções podem alterar um           
gene a ponto de sua mensagem perder o               
sentido. 
● SEXO E MISTURA GENÉTICA 
Sexo pode introduzir novas combinações         
gênicas em uma população e é fonte             
importante de variação genética. 
● TIPOS DE ALTERAÇÕES NO       
DESENVOLVIMENTO 
1. Duplicação e adaptação de módulo 
Um módulo refere-se a uma unidade que             
pode ser duplicada e depois adaptada. Por             
exemplo, artrópodes possuem numerosos       
segmentos corporais. Duplicação e perda         
de segmentos é uma alteração de           
desenvolvimento que provavelmente     
ocorreu muitas vezes na evolução desse           
clado.  
 
2. Individualização 
 
Essa é a modificação de um módulo             
particular, geralmente quando há seleção         
para uma função especializada. 
 
Um conjunto de apêndices de escorpião           
evoluiu para pinças enquanto os mesmos           
apêndices em muitas aranhas evoluíram         
para pompons coloridos utilizados em         
rituais de acasalamento. 
● ONTOGENIA E FILOGENIA 
Aprendendo sobre filogenia a partir da           
ontogenia 
Estudando a ontogenia (desenvolvimento       
de embriões), cientistas podem aprender         
sobre a história evolutiva dos organismos.           
Caracteres ancestrais são geralmente       
preservados no desenvolvimento de um         
organismo.  
>EXEMPLO 
Tanto os embriões da galinha quanto os             
dos humanos passam por um estágio onde             
têm fendas e arcos nos seus pescoços que               
são idênticos as fendase arcos branquiais             
dos peixes. Essa observação suporta a           
ideia de que galhinhas e humanos           
compartilham um ancestral comum com o           
peixe.  
 
- ORF 
Ontogenia Recapitula a Filogenia. Sugere         
que o desenvolvimento de um organismo           
vai levá-lo por cada uma das fases adultas               
da sua história evolutiva, ou sua filogenia.             
Antigamente, alguns cientistas pensavam       
que a evolução funcionava adicionando         
novos estágios no ​final do         
desenvolvimento dos organismos.     
Portanto seu desenvolvimento reiteraria       
sua história evolutiva. 
Se essa ideia fosse estritamente         
verdadeira, ela pediria, por exemplo, que           
no curso do desenvolvimento da galinha,           
ela passaria pelos seguintes estágios: um           
organismo unicelular, um ancestral       
invertebrado multicelular, um peixe, um         
réptil similar ao lagarto, um pássaro           
ancestral e, finalmente, um pintinho. 
 
Esse claramente não é o caso. Se             
observarmos o desenvolvimento de uma         
galinha, você verá que o embrião da             
galinha pode parecer com os embriões de             
répteis e peixes em algum ponto de seu               
desenvolvimento, mas ele não recapitula         
as formas de seus ancestrais adultos. 
 
Se a ORF fosse completamente verdadeira,           
faria com que a construção de filogenias             
fosse muito mais fácil. Poderíamos estudar           
o desenvolvimento de um organismo e ler             
sua história diretamente.  
● CÉLULAS 
- Certos genes controlam onde e quando             
outros genes são expressos. 
Nem todos os genes codificam o “material             
de construção” que são as proteínas).           
Genes reguladores controlam quando e         
onde outros genes são ligados. Genes           
reguladores podem começar uma “reação         
em cadeia” de efeitos, ligando e           
desligando outros genes, cujos produtos         
afetem outros genes, cujos produtos, por           
 
sua vez, afetem outros genes e assim             
sucessivamente.  
 
- Células diferentes têm diferentes genes           
expressos. 
Por exemplo, células oculares ligam os           
genes que fazem as proteínas necessárias           
para a visão – mas as células de               
revestimento do trato digestivo não ligam           
esses genes. Em vez disso, elas ligam os               
genes que criam as enzimas digestivas. 
 
- Sinais químicos também influenciam o           
destino das células. 
Sinais químicos vindos     
do ambiente e de outras         
células podem afetar     
quais genes são ligados       
em uma célula em       
particular. Por exemplo,     
no olho em     
desenvolvimento dos   
vertebrados, sinais   
químicos da retina     
fazem com que as       
células adjacentes se tornem células do           
cristalino ao invés de algum outro tipo de               
célula.  
● DERIVA GENÉTICA 
Em cada geração, alguns indivíduos         
podem, apenas por acaso​, deixar para trás             
alguns descendentes a mais (e genes, é             
claro!) que outros indivíduos. Os genes da             
próxima geração serão os genes dos           
indivíduos ​“sortudos”​, não     
necessariamente do mais saudável ou do           
“melhor” indivíduo. Isso, em resumo, é a             
deriva genética. Acontece com TODAS as           
populações. Apesar da deriva genética ser           
um mecanismo da evolução, ela não           
trabalha para produzir adaptações. 
- A deriva genética tem vários efeitos             
importantes na evolução: 
1. A deriva reduz a ​variação genética em               
populações, possivelmente reduzindo a       
habilidade de uma população de evoluir           
em resposta a novas pressões seletivas. 
2. A deriva genética age rapidamente e             
tem resultados mais drásticos em         
populações menores. Esse efeito é         
particularmente importante em espécies       
raras e em perigo de extinção. 
3. A deriva genética pode contribuir para a               
especiação​. Por exemplo, uma população         
pequena e isolada pode divergir da           
população maior através da deriva         
genética. 
● SELEÇÃO NATURAL 
A ideia de Darwin sobre a evolução por               
seleção natural é relativamente simples,         
porém frequentemente mal compreendida.       
Para descobrir como ela funciona, imagine           
uma população de besouros: 
1. Há variação nos       
traços. Por exemplo,     
alguns besouros são     
verdes e outros são       
marrons. 
 
2. Há reprodução     
diferenciada. ​Como o meio ambiente não           
pode suportar crescimentos populacionais       
ilimitados, nem todos os indivíduos         
conseguem reproduzir usando todo seu         
potencial. Nesse exemplo, besouros verdes         
tendem a ser comidos por pássaros, logo,             
 
sobrevivem para reproduzir em menor         
frequência que os besouros marrons. 
3. Há hereditariedade.     
Os besouros marrons     
sobreviventes têm   
besouros bebês marrons     
porque esse traço tem       
uma base genética. 
4. Resultado final: ​O       
traço mais vantajoso, a       
coloração marrom, que     
permite que os besouros       
tenham maior   
descendência, se torna     
mais comum na população. Se esse           
processo continuar, eventualmente todos       
os indivíduos da população serão marrons. 
Ou seja, se você tem variação, reprodução             
diferenciada e hereditariedade, você terá         
evolução por seleção natural como         
resultado. 
 
>EXEMPLOS 
- O formato do bico dos ​tentilhões ​das               
Ilha Galápagos tem seguido os padrões do             
clima: depois de secas, a população de             
tentilhões têm bicos mais compridos e           
fortes que permitem que eles comam           
sementes mais duras. 
Orquídeas enganam   
vespas para que     
“acasalem” com elas. 
 
Gafanhotos têm   
camuflagem que os fazem       
parecer folhas. 
 
A não venenosa cobra-rei       
imita a venenosa cobra       
coral. 
 
- Aptidão  
A palavra aptidão descreve quão bom um             
genótipo é em deixar descendentes para a             
próxima geração em relação a outros           
genótipos. Ela é algo relativo.  
A aptidão de um genótipo depende do             
ambiente no qual o organismo vive.  
Ela reúne tudo que importa para seleção             
natural (sobrevivência, encontrar     
parceiros, reprodução) em uma única         
ideia. 
- Seleção sexual 
É um caso especial de seleção natural.             
Seleção sexual age na habilidade de um             
organismo de obter ou copular com um             
parceiro. 
 
Seleção sexual geralmente trabalha de         
duas formas, apesar de em alguns casos             
nós vermos papéis sexuais revertidos: 
I. Competição masculina 
Machos competem por acesso às fêmeas,           
pelo tempo acasalando com elas e até para               
ver o esperma de quem chegará a fertilizar               
seus óvulos. Por exemplo, libélulas         
machos limpam o esperma rival do trato             
reprodutivo feminino quando acasalam. 
II. Escolha feminina 
Fêmeas escolhem os machos com os quais             
acasalar, por quanto tempo copular e até             
qual esperma fertilizará seus óvulos.         
 
Algumas fêmeas podem retirar o esperma           
de um parceiro indesejado. 
- Seleção artificial  
São as pessoas (ao invés da natureza) que               
selecionam quais organismos vão se         
reproduzir. 
- Adaptação 
É uma característica que é comum em             
uma população porque fornece alguma         
função melhorada​. Adaptações estão       
muito ajustadas para suas funções e são             
produzidas pela seleção natural. 
Adaptações podem tomar muitas formas:         
um comportamento que permite melhor         
evasão de predadores,uma proteína que           
funciona melhor na temperatura corporal         
ou uma característica anatômica que         
permite que o organismo acesse novos           
recursos valiosos. 
Mimetismo ​dos insetos     
com as folhas é uma         
adaptação para fugir de       
predadores. 
Ecolocalização ​em   
morcegos é uma     
adaptação para pegar     
insetos. 
 
O que não é uma adaptação? ​Um             
exemplo são as ​estruturas vestigiais​. Uma           
estrutura vestigial é uma característica         
que era uma adaptação para o ancestral do               
organismo, mas evoluiu para não mais ser             
funcional porque o meio ambiente desse           
organismo mudou. 
- Teoria Neutralista: A importância         
relativa da deriva e da seleção 
A teoria neutralista da evolução molecular           
sugere que grande parte da variação           
genética nas populações é o resultado de             
mutações ​e ​deriva genética e não de             
seleção.  
 
A teoria sugere que se uma população             
carrega várias versões diferentes de um           
gene, a probabilidade é de que cada uma               
dessas versões seja igualmente boa na           
realização de seu trabalho. Ou seja, a             
variação é neutra​: se você carrega a versão               
A ou a versão B do gene, não afeta sua                   
aptidão. 
A teoria neutralista NÃO sugere: 
I. Que os organismos não são         
adaptados aos seus ambientes 
II. Que toda variação morfológica é         
neutra 
III. Que TODA variação genética é         
neutra 
IV. Que a seleção natural não é           
importante para moldar genomas 
Quando vemos várias versões de um gene             
em uma população, é possível que suas             
frequências estejam apenas derivando por         
aí.  
- Exaptação 
É uma característica que realize uma           
função, mas que não foi produzida pela             
seleção natural para sua função atual.           
Talvez a característica tenha sido         
produzida pela seleção natural para uma           
função que não a que realiza atualmente e               
depois foi cooptada para sua função atual. 
>EXEMPLO: 
Penas podem ter surgido originalmente no           
contexto da seleção por isolamento e           
somente depois foram cooptadas para         
voar. 
 
- Requisitos para ser uma adaptação 
 
(Como exemplo, a hipótese: o surgimento           
das penas é uma adaptação para o vôo               
das aves. A evidência é consistente com a               
hipótese?) 
1. Herdável 
Se foi moldado pela seleção natural, deve             
ser codificado geneticamente     
(transmitidos para a descendência).  
As penas são herdáveis? Sim.  
2. Funcional 
Se foi moldado pela seleção natural para             
uma tarefa particular, o traço deve           
realmente realizar essa tarefa.  
As penas funcionam para habilitar o vôo?             
No caso do vôo das aves, a resposta é bem                   
óbvia.  
3. Adaptativo 
Se foi moldado pela seleção natural, deve             
aumentar a aptidão dos organismos que o             
tem – já que a seleção natural somente               
aumenta a frequência de traços que           
aumentam a aptidão. 
As aves são mais aptas com penas do que                 
sem? Aves sem penas não irão deixar             
tantos descendentes quanto aquelas com         
penas. 
4. Função atual 
O traço apareceu quando a função atual             
surgiu? As penas apareceram quando o           
vôo surgiu? A resposta para isso           
provavelmente é não. Então, talvez a           
forma básica das penas não seja uma             
adaptação para voar, mesmo que ela           
certamente sirva para isso agora. Pode ser             
uma exaptação para voar e uma adaptação             
para alguma outra função. 
● CO-EVOLUÇÃO 
O termo coevolução é usado para           
descrever casos onde duas (ou mais)           
espécies afetam a evolução umas das           
outras reciprocamente.  
Coevolução é passível de acontecer         
quando espécies diferentes têm interações         
ecológicas ​próximas umas das outras.         
Essas relações ecológicas incluem: 
I. Predador/presa e   
parasita/hospedeiro; 
II. Espécies competitivas;  
III. Espécies mutualísticas. 
>EXEMPLO 
Algumas espécies da América Central de           
Acacia têm espinhos ocos e poros nas             
bases das folhas que secretam néctar.           
Esses espinhos ocos são o local de ninhada               
exclusivo de algumas espécies de formiga           
que bebem esse néctar. Mas as formigas             
não estão apenas tirando vantagem da           
planta – elas também defendem sua planta             
acácia contra herbívoros. 
Assim, as plantas não teriam evoluído           
espinhos ocos ou poros com néctar a não               
ser que sua evolução tenha sido afetada             
pelas formigas e as formigas não teriam             
desenvolvido comportamento defensivo     
contra herbívoros a não ser que sua             
evolução tenha sido afetada pela planta. 
MICROEVOLUÇÃO 
● DEFINIÇÃO 
Microevolução é evolução em menor         
escala – dentro de uma única população.             
Isso significa estreitar o foco a um único               
ramo da árvore da vida. 
Um padrão microevolutivo: uma mudança         
na frequência gênica. Uma mudança na           
frequência gênica ao longo do tempo           
significa que a população evoluiu. 
 
 
- Definindo populações 
É um grupo de organismos que acasalam             
entre si – isto é, eles todos compartilham o                 
mesmo reservatório gênico (pool gênico).  
● MECANISMOS 
Mudanças microevolutivas acontecem de       
algumas maneiras básicas. ​Mutação,       
migração, deriva genética e seleção         
natural ​todos são processos que podem           
afetar diretamente frequências gênicas em         
uma população. 
Imagine que você observa um aumento na             
frequência de genes para a coloração           
marrom e um decréscimo na frequência de             
genes para coloração verde em uma           
população de besouros. Qualquer       
combinação dos mecanismos de       
microevolução pode ser responsável pelo         
padrão. 
Mutação: ​Alguns “genes verdes” sofrem         
mutações aleatoriamente de “genes       
verdes” para “genes marrons” (embora,         
uma vez que, qualquer mutação em           
particular é rara, esse processo por si só               
não pode representar uma grande         
mudança na frequência de alelos em uma             
geração). 
 
Migração (ou fluxo gênico): ​Alguns         
besouros com genes marrons imigraram         
de outra população ou alguns besouros           
carregando genes verdes emigraram. 
 
Deriva genética: Quando os besouros         
reproduziram, apenas por acaso mais         
genes marrons do que verdes acabaram na             
descendência. Genes marrons ocorrem em         
frequência ligeiramente maior na       
descendência (29%) do que na geração           
parental (25%). 
 
Seleção natural: Besouros com genes         
marrons escapam da predação e         
sobrevivem para reproduzir com mais         
frequência do que besouros com genes           
verdes, então mais genes marrons estarão           
na próxima geração. 
 
ESPECIAÇÃO 
● DEFINIÇÃO 
Espécies ​são grupos de indivíduos que           
realmente ou potencialmente se       
reproduzem naturalmente. Nesse sentido,       
uma espécie é o maior acervo de genes               
possível, em condições naturais.  
Na natureza, existem muitos lugares onde           
é difícil aplicar esta definição. Por           
exemplo, muitas bactérias se reproduzem         
principalmente de forma assexuada (ex:         
fissão binária). A definição de uma espécie             
como um grupo passível de cruzamento           
não pode ser facilmente aplicada para os             
 
organismos que se reproduzem apenasou           
principalmente de forma assexuada.  
 - Conceito Biológico de Espécies 
Define espécie como os membros de           
populações que cruzam, ou tem potencial           
para cruzar, naturalmente, não de acordo           
com a similaridade de aparência.  
Aparência não é tudo 
a. Os organismos podem parecer uns com             
os outros e serem de espécies diferentes.             
Por exemplo, cotovias ocidentais       
(Sturnella neglecta) e cotovias orientais         
(Sturnella magna) parecem quase       
idênticas, ainda assim não cruzam entre si. 
 
b. Organismos podem parecer diferentes e           
ser da mesma espécie. Por exemplo, duas             
formigas da espécie ​Pheidole barbata​,         
desempenhando papéis diferentes na       
mesma colônia. 
 
Espécies em anel são espécies com uma             
distribuição geográfica que forma um anel           
com sobreposições nas extremidades.  
Cronoespécies são diferentes estágios da         
mesma linhagem evolutiva que existiram         
em diferentes pontos no tempo. 
 - Outros conceitos de Espécies 
¨Conceito de reconhecimento de espécie:         
uma espécie é um conjunto de organismos             
que podem reconhecer uns aos outros           
como potênciais parceiros. 
 
Mesmo que estes dois sapos tenham sido             
impedidos de acasalar, o fato de eles             
poderem reconhecer um ao outro como           
parceiro em potencial os tornam da           
mesma espécie no âmbito do conceito de             
reconhecimento de espécie. 
¨Conceito fenotípico de espécies: uma         
espécie é um grupo de organismos que são               
fenotipicamente similares e que parecem         
diferentes de outros grupos de         
organismos. 
 
Similaridade fenotípica é tudo o que           
importa no reconhecimento de espécies         
distintas. Desde que os sapos mostrados           
na figura acima tenham a mesma           
aparência — e mesmo que sejam           
impedidos de se acasalarem — eles seriam             
considerados da mesma espécie de acordo           
com o conceito fenotípico de espécie. 
¨Conceito Filogenético de espécies: Uma         
espécie é uma “ponta” em uma filogenia,             
ou seja, o menor conjunto de organismos             
que compartilham um ancestral e podem           
ser distinguidos de outros grupos de           
organismos. Segundo esta definição, uma         
espécie em anel é uma única espécie que               
engloba uma grande variação fenotípica. 
 
 
Neste exemplo, As linhagens A e B de               
salamandras Ensatina são espécies       
distintas. Cada uma tem um ancestral           
comum que indivíduos de outras espécies           
não têm. Mesmo que tenha se           
diversificado muito, a linhagem C é uma             
espécie única, de acordo com o conceito             
filogenético de espécies. Nenhuma das         
subespécies da linhagem C tem um único             
ancestral em comum separado de outras           
subespécies. 
● CAUSAS 
1. Isolamento Geográfico 
Os cientistas acreditam que o isolamento           
geográfico é uma forma comum para o             
processo de especiação começar: rios         
mudam seus cursos, montanhas surgem,         
continentes derivam, organismos migram       
e o que foi uma vez uma população               
permanente é dividida em duas ou mais             
populações menores. 
 
2. Redução de Fluxo Gênico 
A especiação também pode ocorrer em           
uma população sem barreiras extrínsecas         
específicas para fluxo gênico. Imagine         
uma situação em que uma população se             
estende em uma ampla faixa geográfica e o               
acasalamento dentre a população não é           
aleatório. Indivíduos no extremo oeste não           
teriam nenhuma chance de acasalar com           
indivíduos do extremo norte. Com isso           
temos fluxo gênico reduzido, mas não um             
isolamento total. Isto pode ou não ser             
suficiente para causar uma especiação.  
Especiação provavelmente também     
requereria pressões seletivas diferentes       
nos extremos opostos, o que alteraria a             
frequência gênica nesses indivíduos a         
ponto de que eles não seriam mais capazes               
de se acasalarem se estivessem reunidos. 
 
- Modos de especiação 
 
1. Especiação Alopátrica: ​É apenas um           
nome para especiação por isolamento         
geográfico. 
2. Especiação Peripátrica: É uma versão           
especial do modo de especiação alopátrica           
acontece quando uma das populações         
isoladas tem poucos indivíduos.  
>EXEMPLO 
Desastre duplo: Não     
obstante as moscas da       
fruta da ilha estarem       
separadas 
geograficamente de   
seus parentes do     
continente, apenas algumas das larvas         
sobreviveram a viagem para colonizar a           
ilha. 
Genes raros   
sobrevivem: Esses   
poucos sobreviventes   
 
por acaso levam alguns genes que são             
raros na população do continente. Um           
desses genes raros acaba causando uma           
pequena variação na dança do         
acasalamento. Outro causa uma ligeira         
diferença no formato da genitália         
masculina. Este é um exemplo do ​efeito             
fundador​. 
Deriva da frequência gênica: Essas         
pequenas diferenças   
derivam para fixação     
em pequenas   
populações da ilha ao       
longo de algumas     
gerações. 
Mais mudanças: Como     
a população da ilha       
cresce, as   
características únicas   
de reprodução na ilha       
resultam em uma cascata de mudanças           
causadas pela seleção sexual. Essas         
mudanças aperfeiçoam, ou pelo menos         
melhoram, o ajuste da genitália feminina e             
masculina um para o outro e a             
sensibilidade feminina para as sutilezas do           
ritual de acasalamento. As moscas         
também vivenciam a seleção natural que           
favorece indivíduos mais bem adaptados         
ao clima e alimentos da ilha. 
Especiação: Depois   
de algumas gerações,     
as moscas da ilha       
tornam-se 
reprodutivamente 
isoladas das moscas     
do continente. Especiação Peripátrica       
ocorreu. 
3. Especiação Parapátrica: Não há         
nenhuma barreira extrínseca específica       
para fluxo gênico. A população é contínua,             
mas mesmo assim, a população não cruza             
aleatoriamente. Os indivíduos são mais         
propensos a cruzar com seus vizinhos           
geográficos do que com indivíduos de uma             
parte diferente de um grupo da população.             
Assim, divergências podem ocorrer por         
causa do ​reduzido fluxo gênico entre as             
populações e as diferentes pressões de           
seleção em toda a faixa da população. 
4. Especiação Simpátrica: Não requer         
distância geográfica em larga escala para           
reduzir o fluxo gênico entre as partes de               
uma população. Como poderia uma         
população de acasalamento aleatório       
reduzir o fluxo gênico e causar           
especiação? Simplesmente explorar um       
novo nicho pode automaticamente reduzir         
o fluxo gênico com indivíduos que           
exploram outros nichos.  
 
O fluxo gênico foi reduzido entre as moscas               
que se alimentam de diferentes variedades de             
alimentos, mesmo que ambos vivam na           
mesma área geográfica. 
- Coespeciação 
Se a associação entre duas espécies é             
muito próxima, elas podem sofrer         
especiação em paralelo. É especialmente         
provável de acontecer entre parasitas e           
seus hospedeiros. 
>EXEMPLO 
Imagine uma espécie de piolho vivendo           
em uma espécie de rato-de-bochechas.         
Quando os ratos-de-bochechas acasalam,       
os piolhos têm a oportunidade de mudar             
de hospedeiro e talvez acasalar com           
piolhos em outro rato. A troca dehospedeiros permite o fluxo gênico entre           
as espécies de piolho. 
 
 
 
Considere o que acontece com os piolhos             
se a linhagem de ratos-de bochecha se             
separar em linhagem A e B: 
 
1. Os piolhos têm poucas oportunidades           
de trocar de ratos-de bochecha e os             
piolhos da linhagem A não acasala com os               
piolhos que vivem na linhagem B. 
2. Esse isolamento “geográfico” das         
linhagens de piolho pode torná-los         
reprodutivamente isolados e, portanto,       
espécies separadas. 
 
A filogenia do parasita irá “espelhar” a             
filogenia do hospedeiro. 
 
- Especiação nas Plantas 
1. Especiação por hibridização: ​Por         
exemplo, quando Loren Rieseberg e         
colegas de trabalho reconstruíram a         
filogenia de várias espécies de girassóis,           
eles descobriram que muitas espécies se           
formaram por fertilizações entre outras         
espécies. Muitas vezes os descendentes         
híbridos dessa fertilização são estéreis,         
mas ocasionalmente eles são férteis e           
estão isolados reprodutivamente de suas         
espécies “progenitoras”. No último caso,         
uma nova espécie é formada. 
 
As espécies de girassol Helianthus anomalus foram             
produzidas pela hibridização de duas outras           
espécies de girassol. 
2. Especiação por mudanças de ploidia:           
Uma mudança de ploidia geralmente         
significa multiplicar o número de         
cromossomos que a espécie tem por algum             
número. Então uma espécie que         
normalmente tem 18 cromossomos pode         
produzir uma linhagem que tem 36 ou 54               
cromossomos. Mudanças de ploidia são         
comuns em plantas e muitas vezes           
produzem espécies que são       
reprodutivamente isoladas e distintas das         
espécies “progenitoras”. Por exemplo, a         
especiação nessas anêmonas envolveu uma         
mudança de ploidia. 
 
Duas espécies de flores de anêmonas e seus               
cromossomos. Mudança no número de         
cromossomos, como aconteceu nesse gênero, pode           
causar especiação. 
 
MACROEVOLUÇÃO 
● DEFINIÇÃO 
Macroevolução é evolução em larga escala –             
o que vemos quando olhamos para a história             
global da vida: ​estabilidade, mudança,       
surgimento de linhagens e extinção. 
 
 
Assim como na microevolução, mecanismos         
evolutivos básicos como mutação, migração,         
deriva genética, e seleção natural estão em             
funcionamento e podem ajudar a explicar         
muitos padrões em larga escala na história           
da vida. 
● PADRÕES 
1. Estase: ​Muitas linhagens na árvore             
da vida exibem estases, o que só             
significa que elas não mudam muito           
por um longo tempo. 
De fato, algumas linhagens mudaram         
tão pouco em um período tão grande             
que são geralmente chamadas de         
“fósseis vivos”. 
  
2. Mudança de característica:         
Linhagens podem mudar rápida ou         
lentamente. Alterações de     
características podem acontecer em       
uma única direção, como evoluir         
segmentos adicionais ou pode se         
auto-reverter ao ganhar e depois         
perder segmentos. Mudanças podem       
ocorrer dentro de uma ou dentre várias             
linhagens. Na figura, a linhagem A           
muda rapidamente, mas sem uma         
direção particular. A linhagem B         
mostra alterações mais lentas e         
direcionadas. 
 
 
3. Divergência de linhagens (ou           
especiação): ​Padrões de formação de         
linhagens podem ser identificados ao         
construir e examinar uma filogenia. A           
filogenia pode revelar que uma         
linhagem em particular tenha sofrido         
especiações incomumente frequentes,     
criando um tufo espesso de ramos na             
árvore (clado A). Pode também revelar           
que a linhagem tem uma baixa taxa de               
divergência de linhagens, representada       
por um longo ramo com poucos galhos             
saindo dele (clado B). Ou pode revelar             
que várias linhagens passaram por         
uma “explosão” de divergências ao         
mesmo tempo (clado C). 
 
4. Extinção: Extinção é extremamente           
importante na história da vida. Pode ser             
um evento frequente ou raro dentro de             
uma linhagem ou pode ocorrer         
simultaneamente entre muitas linhagens       
(extinção em massa). Toda linhagem tem           
uma chance de ser extinta. Mais de 99%               
das espécies que já viveram na Terra             
foram extintas. Nesse diagrama, uma         
extinção em massa acaba com a vida de               
muitas espécies, só sobrevivendo três.

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