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Protocolos na intoxicação por metais - Toxicologia veterinária

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Princípio ativo: cádmio. É um mineral altamente tóxico e não é essencial às 
funções fisiológicas e bioquímicas dos animais. Na dieta de animais de criação, 
a concentração máxima tolerável é de apenas 0,5 mg/kg. O acúmulo desse 
elemento no ambiente é provocado pela poluição industrial, responsável pela 
contaminação de solos e pastagens. Além disso, alguns materiais como 
pigmentos, fertilizantes e agrotóxicos também carregam o cádmio em sua 
composição. 
Sintomatologia: Redução do crescimento, ganho de peso e ingestão de 
alimentos, anemia, alargamento das articulações, inflamação no parênquima do 
fígado e alteração renal, menor desenvolvimento, degeneração ou necrose 
testicular e aborto. Além disso, em função das alterações no DNA, os animais 
intoxicados podem apresentar neoplasias, teratogenicidade e elevação na 
concentração plasmática de progesterona e 17-β. 
Diagnóstico: É realizado através da determinação da concentração de cádmio 
no pelo e no sangue. 
Tratamento: Ingestão de zinco e ferro auxilia na ativação do fígado, rins e 
pâncreas na síntese de proteínas, como MT e hsp, que se ligam ao zino e ao 
cádmio, reduzindo o potencial tóxico deste. A administração de selênio protege 
contra a ação tóxica do cádmio no fígado e nos rins, elevando a atividade das 
selenoproteínas. Dietas ricas em molibdênio reduzem o acúmulo de cádmio no 
organismo de Ovinos e o ferro previne sinais de intoxicação nesses animais. 
Dietas ricas em vegetais diminuem a concentração de cádmio no organismo dos 
animais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio ativo: cobre. É um mineral essencial que compõe várias enzimas e 
proteínas, entretanto, é extremamente tóxico quando ingerido em excesso. A 
intoxicação por cobre é comum em países produtores de ovinos, como Austrália, 
Nova Zelândia, EUA, Grã-Bretanha e África do Sul. No Brasil, há relatos de 
ocorrência no RS. A intoxicação pode ocorrer via ingestão excessiva de mistura 
mineral com altos teores de cobre, suplementação de cobre por administração 
de bolus intrarruminal, administração de injeções contendo cobre, consumo 
exclusivo de alimentos com altos teores de cobre, contaminação de pastagens 
com cobre advindo de poluição industrial etc. 
Sintomatologia: Redução do ganho de peso, anemia, icterícia, hipóxia, 
hemoglobinúria e pode levar à morte. 
Diagnóstico: Realizado pela dosagem desse elemento no sangue, fígado, rins 
e fezes. Deve-se realizar diagnóstico diferencial de leptospirose, hemoglobinúria 
pós parto e bacilar, babesiose e anaplasmose. 
Tratamento: Intoxicação primária: Administração de antídotos como 3 a 5g de 
ferrocianuro de potássio diluídos em água, além de drogas absorventes e 
adstringentes como 100g de molibdato de amônio e 1g de sulfato de sódio anidro 
diluído em 20ml de água. Ainda, pode-se utilizar tetramolibdato de amônio na 
dose de 2,7 mg/kg de PV, IV, com intervalo de dois a três dias entre as 
aplicações, ou edetato de cálcio sódico na dose de 70mg/kg de PV, IV, por dois 
dias. Pode-se adicionar molibdênio de enxofre à dieta para prevenir e/ou reduzir 
a intoxicação por cobre nos animais, apesar de a interação entre cobre, 
molibdênio e enxofre não estar totalmente esclarecida. 
 
 
 
 
 
 
Princípio ativo: zinco. É um elemento mineral essencial para saúde, 
sobrevivência e produção dos animais. Porém, embora deva fazer parte da 
alimentação balanceada, esse elemento pode intoxicar matar animais se 
ingerido em doses excessivas. 
Sintomatologia: Nos bovinos, ocorre inapetência, sonolência, paresia, 
constipação crônica, cólica, diarreia esverdeada e eventualmente sanguinolenta, 
desidratação, edema subcutâneo, anemia, acentuada redução de produção de 
leite, redução do crescimento dos bezerros e insuficiência cardíaca. 
Já em equinos há perda de peso, artrite degenerativa (em especial na articulação 
do boleto), osteoporose e claudicação. 
E em suínos haverá anorexia, letargia, pelos ásperos, claudicação, hematoma 
subcutâneo e decúbito. 
Diagnóstico: É confirmado por alta concentração desse elemento mineral em 
tecidos e líquidos do corpo dos animais. É preciso diferenciar o diagnóstico de 
intoxicação por zinco dos diagnósticos de raquitismo e artrite aguda. 
Tratamento: Consiste basicamente na administração de hidróxido de ferro como 
antídoto (Ex.: Valléefer BS- Leitão: 2ml/ Bezerro: 1ml/10kg/ Bovino: 
1ml/30kg/Ex.: Laviron Lavizoo - Equino: 10ml. Podem-se também utilizar drogas 
absorventes e adstringentes como 100g de óxido ou carbonato de magnésio e 
10g de tanino (Ex.: Purgante Salino- Dissolver em água quente e administrar por 
via oral- Bovino adulto: 500g-1.500 ml de água/ Novilhos e equinos: 400g- 1.000 
ml de água/Potros: 300g-650 ml de água/ Bezerros e Suíno: 50g-330 ml de água) 
 
 
 
 
 
Princípio ativo: molibdênio. Apesar dos tecidos do corpo do animal 
apresentarem baixas quantidades de molibdênio, esse elemento é um mineral 
essencial para os animais, o fígado e os rins são os que apresentam maiores 
quantidades desse mineral. 
Sintomatologia: A ingestão de molibdênio junto com enxofre forma de mono, di, 
tri e tetratiomolibdatos. Molibdato e tiomolibdato caem na corrente sanguínea 
elevam a concentração de cobre esgotando esse mineral no fígado. Dessa 
forma, o molibdênio reduz a disponibilidade endógena de cobre. 
Em bovinos, os principais sintomas são: anorexia, imunossupressão, diarreia 
persistente com fezes líquidas e espumosas, pelos secos, sem brilho e 
despigmentados e rigidez dos membros e dorso com alterações no andar. 
Em equinos observa-se sintomas como cólica por compactação e diarreia além 
da alta mortalidade. 
Diagnóstico: os animais intoxicados por molibdênio apresentam a concentração 
de cobre no sangue e no fígado abaixo do normal (> 65mg/kg de matéria seca 
no fígado) 
Tratamento: o tratamento é realizado por meio da administração de cobre na 
dose de 5mg/kg na dieta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio ativo: selênio. É um micromineral essencial para seres humanos e 
outros animais, porém quando consumido em concentrações acima de 2ppm na 
dieta, que é a dose máxima tolerável, pode provocar intoxicação. 
Sintomatologia: Temperatura corpórea elevada, mucosa pálida, midríase, 
cegueira, taquipneia, corrimento nasal espumoso e sanguinolento, taquicardia, 
cólicas abdominais, diarreia aquosa de cor escura, podendo ainda gerar 
cegueira cambaleante. 
Diagnóstico: através da dosagem de selênio no sangue, urina, pelos e leite. 
Tratamento: O tratamento da toxicidade por selênio envolve a redução do 
consumo de selênio, incluindo o reconhecimento e a remoção da fonte de 
excesso de selênio, assim, prevenindo a ocorrência de novos casos. Boas 
práticas na fabricação da ração são importantes para evitar intoxicação. 
 
 
 
 
Princípio ativo: chumbo. É um dos mais importantes metais pesados 
causadores de intoxicação no homem e nos animais causando 
intoxicações agudas e crônicas. Está presente no meio ambiente com 
sintomatologia e lesões generalizadas. 
Sintomatologia: Cães apresentam paralisia, vômitos c e diarreia. A urina 
revela a presença de hemoglobina. Pode ocorrer paralisia do músculo 
masseter, o que faz com que a intoxicação seja confundida com a raiva. 
Já equinos apresentam cólicas intestinais, debilidade muscular com falta 
de sustentação nas articulações do metatarso e parestesias dos membros 
locomotores. 
E bovinos emitem mugidos e vacilações, com movimentos giratórios dos 
olhos e espuma na boca. 
Sintomas Crônicos: As ovelhas prenhes abortam. Nas demais espécies 
ocorre anorexia, emagrecimento progressivo, prostração intensa, 
constipação intestinal. Em alguns casos os animais andam em círculo e 
rangem os dentes. Os equídeos mostram tendência em desenvolver 
paralisia dos músculos da laringe, com ruídos que podem ser confundidos 
com a anomalia denominada cornagem. 
Tratamento: Bovinos: Aplicar injeções de 5 a 20 gramasde citrato de 
sódio (quelante) via endovenosa. Pode-se usar como quelante também o 
Ca-EDTA na dose de 110mg/kg/pv. Doses elevadas podem levar o animal 
a uma crise de hipocalcemia. Para evitar o acidente administra-se durante 
o tratamento Gluconato de Cálcio por via endovenosa. 
 
 
 
 
Princípio ativo: manganês. É um elemento essencial para o metabolismo 
de lipídeos nos animais. É considerado de baixa toxicidade, mas pode 
intoxicar se administrado em excesso. 
Sintomatologia: Redução de crescimento e ganho de peso, anemia, 
lesões gastrintestinais, alterações neurológicas e elevação na 
concentração plasmática de ésteres de colesterol e triglicerídeos. 
Tratamento: Acabar com a exposição ao manganês imediatamente. Não 
há tratamento estabelecido para danos neurológicos permanentes 
causados por manganismo, embora alguns dos sintomas podem ser 
controlados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
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