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CAPÍTULO 4 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Interpretar a Defi nição de Substituição Tributária. Calcular a Substituição Tributária. Conhecer os Prazos de Recolhimento. Identifi car os Principais Créditos. 102 Contabilidade Fiscal 103103 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 CONTEXTUALIZAÇÃO Substituição Tributária nas Operações Subsequentes ou “para a frente”: trata-se de modalidade de responsabilidade tributária em que a legislação atribui a terceiro (substituto tributário), diverso do contribuinte (substituído), a responsabilidade de recolher o imposto relativo às operações subsequentes, até o consumidor fi nal. O regime de substituição tributária não se aplica às operações realizadas pelo estabelecimento substituto para uso ou consumo ou para integração ao ativo imobilizado do destinatário, exceto quando se tratar de operação interestadual com mercadoria sujeita à substituição destinada ao uso ou consumo ou ao ativo imobilizado do destinatário, hipótese em que a substituição recairá somente sobre o diferencial de alíquota. CARACTERÍSTICAS DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Entende-se por substituto o sujeito passivo, diverso do contribuinte, a quem a lei atribui o dever de recolher o imposto relativo às operações subsequentes àquela por ele praticada. Já o substituído é aquele que promove a operação de circulação de mercadorias (contribuinte) cujo recolhimento a legislação atribuiu ao substituto. Por exemplo: Indústria e importadores são caracterizados como substitutos tributários. Eles recolhem antecipadamente o ICMS e nas próximas etapas não haveria mais a incidência de ICMS. Funciona basicamente como arrecadar o ICMS antecipadamente. Se uma mercadoria é vendida pela indústria por 100,00, até passar por diversos comércios e chegar ao consumidor fi nal seria vendido talvez por 180,00. Com a substituição tributária a indústria ou o importador estariam pagando o ICMS sobre 180,00, antecipando assim, a arrecadação. E no caso de vendas interestaduais com substituição tributária, o substituto deveria pagar dois tipos de ICMS: um normal, pela apuração sobre os 100,00 de acordo com a alíquota interestadual, e o outro, pela substituição sobre os 80,00, onde o valor do ICMS ST sobre os 80,00 seria acrescido no documento fi scal e cobrado do estabelecimento recebedor. A legislação estabelece que: 1. no recebimento de mercadorias ou na utilização de serviços sujeitos à substituição tributária, o estabelecimento recebedor fi ca solidariamente responsável pelo imposto devido nas operações e prestações seguintes. 104 Contabilidade Fiscal 2. o substituído é responsável pelo recolhimento do imposto devido nas operações subsequentes, quando recebe mercadoria de outra unidade da Federação, sujeita ao regime de substituição tributária, na hipótese do remetente não estar obrigado à retenção do imposto. É o caso, por exemplo, de mercadoria recebida de Estado não signatário de convênio ou protocolo. Convênio ou Protocolo: acordo fi rmado com outros Estados, devidamente publicado no Diário Ofi cial da União, que tem por fi nalidade atribuir efeito extraterritorial à legislação estadual, o que permite ao Estado exigir imposto de contribuinte localizado em outro Estado (signatário do convênio ou protocolo). Tem o Estado, a partir do acordo, legitimidade para exigir imposto a título de substituição tributária de contribuinte localizado em Estado signatário do acordo que tenha por destino contribuinte catarinense. Por convenção, o acordo denomina-se “convênio”, quando assinado com todas as unidades federativas do Brasil, e “protocolo”, quando o acordo é celebrado com apenas algumas unidades federadas. Está para acontecer a padronização dos convênios, protocolos, bem como as legislações internas dos Estados e do Distrito Federal de acordo com o Convênio ICMS 92/15, observado também o disposto no Convênio ICMS 155/15. O convênio 90/16 prorrogou para 01/07/2017 essa padronização. Sendo assim, a partir de 01/07/2017 os convênios, protocolos, bem como as legislações internas dos Estados e do Distrito Federal que versem sobre o regime de substituição tributária deverão adequar-se às disposições do Convênio ICMS 92/15, observado também o disposto no Convênio ICMS 155/15. Conforme, determina o Convênio ICMS 155/15, o tratamento tributário daquelas mercadorias relacionadas em convênios, protocolos e nas legislações internas dos Estados e do Distrito Federal como sujeitas ao regime substituição tributária que também estão listadas nos Anexos do Convênio ICMS 92/15, não sofreu qualquer alteração. Essas mercadorias continuam sujeitas ao regime de substituição tributária. Sendo assim, passará a ter substituição tributária a partir de 01/07/2017 somente as mercadorias listadas no Convênio ICMS 92/15. Haverá uma padronização de todo o processo de substituição tributária no país. Atualmente, Está para acontecer a padronização dos convênios, protocolos, bem como as legislações internas dos Estados e do Distrito Federal de acordo com o Convênio ICMS 92/15, observado também o disposto no Convênio ICMS 155/15. O convênio 90/16 prorrogou para 01/07/2017 essa padronização. 105105 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 cada unidade federativa, insere produtos sujeitos a substituição, conforme sua necessidade. Ou seja, para que uma mercadoria possa ser relacionada por estas unidades federadas como sujeita ao regime de substituição tributária, ela deverá, necessariamente, constar dos anexos do Convênio ICMS 92/15. Destaca-se que, a atualização dos convênios, protocolos e, consequentemente, da legislação interna de Santa Catarina, já está sendo discutida com as unidades federadas signatárias dos referidos acordos e ocorrerá o quanto antes. Também é importante esclarecer que, as mercadorias constantes nos Anexos do Convênio ICMS 92/15 que não estiverem listadas em convênios, protocolos e nas legislações internas dos Estados e do Distrito Federal como sujeitas à substituição tributária, não entram automaticamente no referido regime de tributação. O referido Convênio estabelece normas gerais, portanto, apenas lista as mercadorias que poderão sujeitar-se ao regime de substituição tributária a critério das unidades federadas. No Estado de Santa Catarina, a substituição tributária encontra-se regulada pelo Anexo 3 do Regulamento do ICMS de Santa Catarina – RICMS- SC. CÁLCULO DO IMPOSTO Para cálculo do ICMS substituição tributária em empresas normais utiliza-se a fórmula a seguir: ICMS ST = (Al x BC ST) – ICMS operação própria, onde: a) ICMS ST = imposto a recolher por substituição tributária; b) Al = alíquota interna aplicável ao produto; c) BC ST = base de cálculo da substituição tributária apurada, conforme regra aplicável ao produto; d) ICMS operação própria = ICMS incidente sobre a operação praticada pelo próprio remetente. Exemplo 1: Substituto sujeito ao regime Normal de apuração do ICMS (não optante pelo Simples Nacional) 106 Contabilidade Fiscal Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 Alíquota interna 17% ICMS operação própria 1.000 x 17% R$ 170,00 ICMS-ST 1.400 x 17% – 170 R$ 68,00 - Operação interestadual com destino ao Estado de Santa Catarina Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 Alíquota interna 17% Alíquota interestadual 12% ICMS operação própria (1.000 x 12%) R$ 120,00 ICMS-ST (1.400 x 17%) – 120 R$ 118,00 A legislação catarinense dispõe que somente o imposto próprio pode ser compensado com eventual crédito existente em conta gráfi ca. Para se obter a base de cálculo do ICMS ST deve-se aplicar a margem de valor agregado (MVA). A MVA será determinada com base em preçosusualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual terá a margem de valor agregado estabelecida em Convênio ou Protocolo. A base de cálculo do imposto, para os fi ns de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço único ou máximo de venda a varejo, fi xado pelo órgão público competente. Inexistindo o valor que determine esse preço, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, incluídos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual: I - sendo interna a operação praticada pelo substituto, de margem de valor agregado original; - Operação interna 107107 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 II - sendo interestadual a operação praticada pelo substituto, de margem de valor ajustada (“MVA Ajustada”), calculado segundo a fórmula: “MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1- ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”, onde: a) “MVA ST original” é a margem de valor agregado; b) “ALQ inter” é o coefi ciente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação; c) “ALQ intra” é o coefi ciente correspondente à alíquota prevista para as operações substituídas. Exemplo 2: Venda de chocolate branco. Informações: Alíquota interna 17% Alíquota interestadual: 12% (de SP para SC) Valor do produto: R$ 100,00 MVA Original: 32% MVA Ajustada: ???? 1º. Venda dentro do Estado de Santa Catarina. ST = (Valor do produto + MVA Original) x alíquota interna (-) ICMS Próprio ST = (100,00 + 32%) x 17% - 17,00 ST = R$ 5,44 2º. Venda interestadual: de São Paulo com destino a Santa Catarina. Cálculo da MVA ajustada: MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1- ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1 MVA ajustada = [(1+ 0,32) x (1- 0,12) / (1- 0,17)] -1 MVA ajustada = [(1,32) x (0,88) / (0,83)] -1 MVA ajustada = [1,1616/ 0,83] -1 MVA ajustada = [1,3995] -1 MVA ajustada = 0,3995 ou 39,95% Então, ST = (Valor do produto + MVA Ajustada) x alíquota interna (-) ICMS Próprio ST = (100,00 + 39,95%) x 17% - 12,00 ST = R$ 11,79 Deve ser inserido na base de cálculo do ICMS ST, outros valores como IPI, despesas acessórias, fretes e seguros. Exemplo 3: Venda INTERNA de R$ 200,00 em latas de tinta e com 10% de IPI, dentro do Estado de Santa Catarina (mercadoria destinada para revenda). MVA 35%. Alíquota interna 17%. 108 Contabilidade Fiscal Valor da Mercadoria 200,00 (+) Valor do IPI 20,00 (=) Valor de partida 220,00 (+) MVA 77,00 (=) BASE DE CALCULO DO S.T. 297,00 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 50,49 (-) ICMS do Remetente 34,00 (=) ICMS Substituição Tributária 16,49 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B. Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 200,00 34,00 297,00 16,49 200,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 0,00 0,00 0,00 20,00 236,49 Note que o valor do IPI é adicionado a base de cálculo do ICMS ST e no valor do ICMS ST é descontado o ICMS próprio. Como é uma operação interna, dentro do Estado, a empresa que está vendendo terá que lançar os 34,00 de ICMS próprio em conta gráfi ca para apuração normal e o valor de 16,49 de ICMS ST deve ser pago, uma vez que não há como compensar. Já o valor total da nota fi scal sempre será a soma dos seguintes campos: Valor ICMS Substituição + Valor Total dos Produtos + Valor do Frete + Valor do Seguro + Outras Despesas Acessórias + Valor total do IPI. Exemplo 4: Venda INTERESTADUAL de R$ 500,00 em lâmpadas e com 10% de IPI. Origem do Estado de São Paulo com destino ao Estado de Santa Catarina (mercadoria destinada para revenda). MVA 40%. Alíquota interestadual 12%. Alíquota interna 17%. 109109 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Valor da Mercadoria 500,00 (+) Valor do IPI 50,00 (=) Valor de partida 550,00 (+) MVA 220,00 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 770,00 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 130,90 (-) ICMS do Remetente 60,00 (=) ICMS Substituição Tributária 70,90 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 500,00 60,00 770,00 70,90 500,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 0,00 0,00 0,00 50,00 620,90 Perceba que agora é uma operação interestadual, ou seja, a empresa que está vendendo terá que lançar os 60,00 de ICMS próprio em conta gráfi ca para apuração normal ao Estado de São Paulo e o valor de 70,90 de ICMS ST deve ser pago ao Estado destinatário que é Santa Catarina. Exemplo 5: Venda INTERNA de R$ 80,00 em cosméticos (água de colônia) com os seguintes valores a embutir: frete 10,00, seguro 5,00 e outras despesas 5,00. Sabe-se que a venda está sendo realizada dentro do Estado de Santa Catarina (mercadoria destinada para revenda). MVA 62,99%. Alíquota interna 25%. 110 Contabilidade Fiscal Valor da Mercadoria 80,00 (+) Valor do frete 10,00 (+) Valor do seguro 5,00 (+) Valor de outras despesas 5,00 (=) Valor de partida 100,00 (+) MVA 62,99 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 162,99 (x) Alíquota Interna 25% (=) ICMS Apurado 40,75 (-) ICMS do Remetente 25,00 (=) ICMS Substituição Tributária 15,75 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 100,00 25,00 162,99 15,75 80,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 10,00 5,00 5,00 0,00 115,75 Perceba que agora estão sendo inseridas outras despesas como frete, seguro e despesas acessórias. Outra alteração é alíquota. Note que agora está sendo utilizada a alíquota de ICMS de 25% por se tratar de produtos supérfl uos. Exemplo 6: Venda Interestadual de produtos farmacêuticos sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: alíquota interestadual do ICMS de 12%; alíquota interna do ICMS de 17%; 10 unidades ao valor unitário de R$ 8,00; valor do frete: R$ 15,00; valor do seguro: R$ 5,00; MVA Original de 41,38% e MVA Ajustada de 49,90%; redução na base de cálculo do ICMS ST em 10%; redução na base de cálculo do Próprio em 9,90%; mercadoria destinada para revenda. 111111 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Valor da Mercadoria 80,00 (+) Valor do frete 15,00 (+) Valor do seguro 5,00 (=) Valor de partida 100,00 (+) MVA 49,90 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. Parcial 149,90 (-) Redução da Base de Cálculo do ICMS ST 14,99 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 134,91 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado com redução da BASE 22,93 (-) ICMS do Remetente com redução 10,81 (=) ICMS Substituição Tributária 12,12 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 90,10 10,81 134,91 12,12 80,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 15,00 5,00 0,00 0,00 112,12 Alguns produtos farmacêuticos possuem certos benefícios fi scais, como por exemplo, redução da base de cálculo do ICMS próprio e ICMS ST, como é o caso do exemplo 5. Note que está sendo reduzido o valor da base de cálculo do ICMS próprio em 9,9% e da base do ICMS ST em 10%. Pelo fato de ser uma venda interestadual está sendo utilizada a MVA ajustada. EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional, na condição de substituídas tributariamente, deverão tratar separadamente as receitas decorrentes da revenda de mercadorias sujeitas a substituição tributária - ST. Portanto, o contribuinte deverá informar essas receitas destacadamentede modo que o aplicativo de cálculo (PGDAS) as desconsidere da base 112 Contabilidade Fiscal de cálculo dos tributos objeto de substituição (no caso de a ME ou EPP se encontrar na condição de substituída tributária). Ressalte-se, porém, que essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional, desde que estes também não estejam abrangidos por regime de tributação diferenciado, o que geralmente ocorre com o PIS e a Cofi ns. Para essas empresas, foi estabelecido que o valor do imposto devido por substituição tributária corresponderá à diferença entre: a) o valor resultante da aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo ST específi ca prevista no Anexo 3 (obs.: igual aquela utilizada pelo contribuinte não optante para cálculo do imposto devido por substituição); e b) o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da operação ou prestação própria do substituto tributário. O imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido diretamente ao Estado no prazo previsto no art. 17 do Anexo 3 (deverá ser recolhido até o 10° dia do período seguinte ao da apuração). O recolhimento deverá ser efetuado por ocasião da saída na hipótese de o remetente estabelecido em outro Estado não possuir inscrição estadual em Santa Catarina. O recolhimento deverá ser feito por meio de DARE ou GNRE. Exemplo 1: - Operação interna Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 Alíquota interna 17% ICMS-ST 1.400 x 17% – 170 R$ 68,00 - Operação interestadual com destino ao Estado de Santa Catarina Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 Base de cálculo da substituição R$ 1.400,00 Alíquota interna 17% Alíquota interestadual 12% ICMS-ST (1.400 x 17%) – 120 R$ 118,00 113113 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Obs.: A receita decorrente da operação própria comporá a base de cálculo do Simples Nacional. Exemplo 2: A farmácia XYZ adquire diversos medicamentos diretamente da distribuidora para revenda, sendo tais medicamentos sujeitos a substituição tributária - ST do ICMS, ou seja, o imposto já foi integralmente calculado e recolhido pelo fabricante, na origem. Adicionalmente, a Farmácia comercializa alguns outros itens não abrangidos pela sistemática da ST, portanto, sobre a comercialização destes itens, o ICMS será devido na forma do Simples Nacional. Então teríamos: - Comercialização de itens sujeitos a ST: R$ 10.000,00 - Faturamento total da Farmácia no mês: R$ 14.000,00 - Base tributável na forma do Simples Nacional: R$ 4.000,00 O valor de R$ 10.000,00 deverá ser informado no campo específi co do PGDAS para se obter o efeito desejado, que é o não recolhimento duplicado de ICMS sobre esta parcela. A empresa Substituta do Simples irá calcular o ICMS ST da mesma forma que a empresa normal. Para fi ns de cálculo do imposto retido, a alíquota aplicável ao imposto próprio será sempre a alíquota prevista para os contribuintes de apuração NORMAL, ou seja, dependerá do destino dado a mercadoria: dentro ou fora do estado. Deverá ser observada a seguinte fórmula: ICMS ST = [(base de cálculo x (1 + MVA) x alíquota interna] – dedução, onde: Base de cálculo: valor da operação própria MVA: margem de valor agregado Alíquota interna: alíquota interna do estado de destino Dedução: valor resultante da aplicação da alíquota prevista para o contribuinte NORMAL sobre o valor da operação própria Exemplo 3: Operação de empresa do SIMPLES de SC para SP Valor da operação própria: 1.000,00 MVA: 45% Alíquota interna: 18% 114 Contabilidade Fiscal Dedução: 12%. Alíquota interestadual ICMS ST = [(base de cálculo x (1 + MVA) x alíquota interna] – dedução, onde: ICMS ST = [(1.000,00 x (1 + 0,45) x 0,18] – (1.000,00 x 0,12): ICMS ST = [1.450,00 x 0,18] – (1.000,00 x 0,12): ICMS ST = 261,00 – 120,00 ICMS ST = 141,00 Sendo assim, a NF será emitida pelo valor total de 1.141,00, sendo que o valor dos produtos será de 1.000,00. No tocante ao ICMS relativo à operação própria, o valor correspondente a 1.000,00 será tributado nos termos do art. 23 da Lei Complementar 123/06 (Simples Nacional), sendo zerados os campos Base de Cálculo ICMS e ICMS. Veja, a seguir: BC DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS ST 1.450,00 ICMS ST 141,00 VALOR DOS PRODU- TOS 1.000,00 FRETE SEGURO DESCONTOS IPI VALOR TOTAL DA NOTA 1.141,00 De acordo com o Decreto 306 de 14 de junho de 2011, nas vendas interestaduais, quando o substituto (vendedor) for empresa do SIMPLES, será utilizado a MVA original e não mais a MVA ajustada, conforme o exemplo a seguir: Exemplo 4: Venda INTERNA de R$ 250,00 em produtos alimentícios sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para revenda, MVA Original 32%, Alíquota interna 17%, vendedora (substituta) é empresa optante do simples; compradora (substituída) empresa normal. Valor da Mercadoria 250,00 (=) Valor de partida 250,00 (+) MVA 80,00 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 330,00 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 56,10 (=) ICMS Substituição Tributária 13,60 115115 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B. Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 0,00 0,00 330,00 13,60 250,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 0,00 0,00 0,00 00,00 263,60 Perceba que pelo fato da empresa vendedora ser optante do Simples Nacional, não está sendo inserido base de ICMS e nem valor de ICMS próprio, uma vez que as empresas dessa modalidade de tributação não destacam ICMS nos documentos fi scais. Entretanto, para fi ns de cálculo do ICMS ST, presume-se que a empresa estaria pagando 17% de ICMS. Ou seja: 250,00 x 17% = 42,50. Valor do ICMS ST = 56,10 (-) 42,50 = 13,60. Exemplo 5: Venda INTERESTADUAL de R$ 287,00 em produtos sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para revenda. MVA original 32,00%, MVA Ajustada 39,95%, Alíquota interna 17%, alíquota interestadual 12%, fretes 43,00, seguro 5,00, vendedora (substituta) é empresa do SIMPLES; compradora (substituída) empresa normal. Valor da Mercadoria 287,00 (+) Valor do frete 43,00 (+) Valor do seguro 5,00 (=) Valor de partida 335,00 (+) MVA 107,20 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 442,20 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 75,17 (-) ICMS do Remetente 40,20 (=) ICMS Substituição Tributária 34,97 116 Contabilidade Fiscal Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 442,20 34,97 287,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 43,00 5,00 0,00 00,00 369,97 Perceba que a MVA adotada é a original, de 32%, mesmo sendo operação interestadual. Isso porque o vendedor é empresa do simples nacional. Através do Convênio ICMS 149/2015 foram estabelecidas as regras para não aplicabilidade do instituto do regime de substituição tributária do ICMS aos produtos fabricados por contribuinte industrial em escala não relevante, conforme previsto no art. 13, § 8º da Lei Complementar 123/2006. Outro benefício para as empresas do simples nacional é a não aplicação do regime, que é restrita aos bens relacionados no Anexo Único do respectivo Convênio, se fabricados em escala industrial não relevante em cada segmento nos termos do §8º do art. 13 da Lei Complementar 123/2006. A mercadoria ou bem será considerado fabricado em escala industrial não relevante quando produzido por contribuinte que atender, cumulativamente, as seguintes condições: I - ser optante pelo Regime Especial Unifi cado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembrode 2006; II - auferir, nos últimos 12 (doze) meses, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais); III - possuir estabelecimento único. Estas regras aplicam-se a partir de 01.01.2016 e para as seguintes atividades: 1 Bebidas não alcoólicas; 2 Massas alimentícias; 3 Produtos lácteos; 4 Carnes e suas preparações; 5 Preparações à base de cereais; 6 Chocolates; 7 Produtos de padaria e da indústria de bolachas e biscoitos; 8 Preparações para molhos e molhos preparados; Através do Convênio ICMS 149/2015 foram estabelecidas as regras para não aplicabilidade do instituto do regime de substituição tributária do ICMS aos produtos fabricados por contribuinte industrial em escala não relevante, conforme previsto no art. 13, § 8º da Lei Complementar 123/2006. 117117 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 9 Preparações de produtos vegetais; 10 Telhas e outros produtos cerâmicos para construção; 11 Detergentes. Sendo assim, essa regra vale apenas para algumas empresas do simples nacional, onde essas precisam se enquadrar num faturamento máximo de 180 mil por ano sem possuir fi liais. REDUÇÃO DA MVA PARA EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL Foi publicado no DOU de 19.08.2010, o Decreto nº 3467/2010, que introduz as alterações no RICMS-SC/01, reduzindo em 70% as margens de valor agregado (MVA’s) aplicáveis às empresas enquadradas no simples nacional. A redução vale para as MVA’s originais e para as ajustadas - ou seja - para operações internas e interestaduais. A redução das MVA’s vale desde 1º de setembro de 2010. A redução vale somente na venda para empresas do Simples, indiferente se for o Substituto ou o Substituído que está promovendo a venda. No caso do substituído que seja contribuinte com regime de tributação normal e que tenha recebido a mercadoria já com imposto retido por substituição tributária, apurado com aplicação do percentual integral da MVA, uma vez efetuando a operação com destino a contribuinte enquadrado no Simples Nacional, poderá ressarcir diretamente em conta gráfi ca o valor correspondente à 70% (setenta por cento) do imposto retido. Essa mesma forma de ressarcimento vale para contribuintes com regime de tributação normal e que tenham recebido mercadorias já com imposto retido por substituição tributária, onde que tais mercadorias sejam revendidas a empresas NORMAIS, mas em regime especial de tributação, como por exemplo, as empresas que possuem o benefício do diferimento do ICMS pelo pro - emprego em suas compras. Exemplo 1: Produto: Chocolate Branco, com MVA original de 32% e ajustada de 39,95%. Redução para destinatário Simples: MVA original = 32 x 30% = 9,60% efetiva. 118 Contabilidade Fiscal Já com relação às operações com empresas do Simples Nacional, relativamente aos protocolos em que a MVA é equivalente a 30% (trinta por cento) daquela estabelecida para o produto tratando-se de operação interestadual, a MVA ajustada deverá ser calculada a partir da MVA original já com a redução para 30% (MVA original X 0,30). Exemplo 2: “MVA ajustada =[(1+ MVA ST original AJUSTADA) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1” “MVA ajustada = [(1+ 9,60) x (1 – 12%) / (1- 17%)] -1” “MVA ajustada = [(1,096) x (0,88) / (0,83)] -1” “MVA ajustada = 16,20% Veja o quadro a seguir onde são analisadas as diferencias de MVA: De outra UF para SC para contribuinte Normal ICMS-ST = [(100,00 + 39,95%) x 17%] – 12,00 = 11,79 De outra UF para SC para contribuinte Simples ICMS-ST = [(100,00 + 16,20%) x 17%] – 12,00 = 7,75 De SC para SC para contribuinte Normal ICMS-ST = [(100,00 + 32%) x 17%] – 17,00 = 5,44 De SC para SC para contribuinte Simples ICMS-ST = [(100,00 + 9,60%) x 17%] – 17,00 = 1,63 Note que as empresas do Simples acabam tendo um desconto signifi cativo em função da redução da MVA, seja ela original ou ajustada. Na saída do Substituo Tributário para Simples Nacional em SC com cálculo do ICMS-ST deverá observar no campo “Informações Complementares da Nota Fiscal”: “ST – 30% de MVA – Anexo 3, art. ___, § 3º” (verifi car o artigo correspondente à mercadoria no Anexo 3 do RICMS). Exemplo 3: Venda INTERNA de R$ 300,00 em produtos alimentícios sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para revenda, MVA Original 32%, Alíquota interna 17%, fretes 20,00, seguro 10,00, vendedora (substituta) é empresa normal; compradora (substituída) empresa optante do simples cujo produto adquirido possui benefício de redução de 70% da MVA. 119119 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Valor da Mercadoria 300,00 (+) Valor do frete 20,00 (+) Valor do seguro 10,00 (=) Valor de partida 330,00 (+) MVA 31,68 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 361,68 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 61,49 (-) ICMS do Remetente 56,10 (=) ICMS Substituição Tributária 5,39 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos 330,00 56,10 361,68 5,39 300,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 20,00 10,00 0,00 00,00 335,39 Perceba que não está sendo aplicado o percentual integral de 32% de MVA, mas sim, apenas 9,60, ou seja, redução de 70%. Mas o que aconteceria se por acaso, este adquirente optante pelo Simples Nacional promovesse a saída dessa mercadoria para contribuinte submetido ao regime normal de apuração do imposto, para fi ns de comercialização? Resposta: O optante pelo Simples Nacional fi caria responsável pelo recolhimento da parcela remanescente do ICMS/ST, sendo que, neste caso, para fi ns do recolhimento da parcela remanescente do ICMS/ST utilizaria uma MVA de 23,75% (39,95 -16,20) se revendesse as mercadorias adquiridas fora do estado e uma MVA de 22,40% (32,00 -9,60) se revendesse as mercadorias adquiridas dentro do estado. O percentual seria aplicado sobre o valor de entrada mais recente da mercadoria, acrescido das demais despesas relacionadas (valor expresso na NF de compra) e, posteriormente, sobre este montante aplica-se a alíquota interna do Estado de SC. Porém aqui, NÃO é feita dedução do ICMS "próprio", visto que o substituto já fez a DEDUÇÃO INTEGRAL do ICMS próprio dele, ou seja, este contribuinte só está recolhendo o complemento do que 120 Contabilidade Fiscal "normalmente" seria devido e, claro, entende-se que deverá repassar este "custo" no preço de venda para o adquirente com regime normal de tributação, caso contrário, de nada valeria toda esta mudança para as empresas do Simples Nacional. Veja como fi caria nessa situação: De outra UF para SC para contri- buinte Normal ICMS-ST = [(100,00 + 39,95%) x 17%] – 12,00 = 11,79 De outra UF para SC para contri- buinte Simples. Agora revenda para a empresa NORMAL ICMS-ST = [(100,00 + 16,20%) x 17%] – 12,00 = 7,75 ICMS-ST diferença = [(100,00 x 23,75%) x 17%] = 4,04 Prova real: 7,75 + 4,04 = 11,79. De SC para SC para contribuinte Normal ICMS-ST = [(100,00 + 32%) x 17%] – 17,00 = 5,44 De SC para SC para contribuinte Simples. Agora revenda para a empresa NORMAL ICMS-ST = [(100,00 + 9,60%) x 17%] – 17,00 = 1,63 ICMS-ST diferença = [(100,00 x 22,40%) x 17%] = 3,81 Prova real: 1,63 + 3,81 = 5,44. Exemplo 4: Determinado contribuinte substituído estabelecido no Estado de Santa Catarina OPTANTE DO SIMPLES comprou internamente, dentro do Estado de SC, mercadorias para revenda com imposto retido por substituição tributária na MVA reduzida em 70%. A compra foi efetuada pelos seguintes valores: Mercadoria: 3.000,00 MVA Original: 37,00% Alíquota interna: 17% ICMS próprio: 510,00 ICMS ST: 56,61 Valor total da nota fi scal: 3.056,61 Agora, tais mercadorias serão revendidas para um contribuinte NORMAL para revenda. Formule o preço de venda dessa mercadoria com uma MVA de 10% sobre o custo. Não se esqueça de levar em consideração o pagamento da diferença dos 70% da MVA do ICMS ST. Valora ser pago pela empresa optante do simples e que deve ser inserido no custo da mercadoria. 121121 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 ICMS ST: 56,61 = 30% Então 56,61 / 0,30 = 188,70 Valor já retido = 56,61 Valor a ser pago = 188,70 – 56,61 = 132,09 Custo = 3.056,61 + 132,09 = 3.188,70 / 0,90 = 3.543,00 Prova real do custo: 3.000,00 + MVA original = 4.110,00 x 17% = = 698,70 – 510,00 = 188,70 Logo, 3.000,00 + 188,70 = 3.188,70 Prova real do preço de venda: Venda 3.543.00 10% lucro 354,30 ICMS 70% 132,09 = compra 3.056,61 E se fosse a situação inversa? Veja o exemplo 5. Determinado contribuinte substituído estabelecido no Estado de Santa Catarina e com regime de tributação normal comprou mercadorias para revenda com imposto retido por substituição tributária na MVA original integral. A compra foi efetuada pelos seguintes valores: Mercadoria: 1.000,00 MVA Original: 30,00% Alíquota interna: 17% ICMS próprio: 170,00 ICMS ST: 51,00 Valor total da nota fi scal: 1.051,00. Agora, tais mercadorias serão revendidas para um contribuinte enquadrado no Simples Nacional o qual irá revender essas mercadorias. Formule o preço de venda dessa mercadoria com uma MVA de 10% sobre o custo. Não se esqueça de levar em consideração o ressarcimento de 70% do ICMS ST. Obs. O custo da mercadoria é igual ao VTN da questão anterior. Apuração do custo: VTN = 1.051,00 Ressarcimento do ICMS ST: 51,00 x 70% = 35,70 de crédito Logo, custo será de: 1.051,00 – 35,70 = 1.015,30 / 0,90 = 1.128,11 Entretanto, nem todas as empresas do simples têm o direito de aquisição com 70% de desconto na MVA, apenas aquelas cuja atividade se encaixa na relação a seguir: 122 Contabilidade Fiscal Quadro 1 – Segmentos sujeitos à redução de 70% da MVA Seção Descrição XX - das operações com suportes elásticos para cama, colchões, inclusive box, traves-seiros e pillow. XXI - das operações com cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador XXX - das operações com alimentícios XXXI - das operações com artefatos de uso doméstico XXXII - das operações com produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos XXXIII - das operações com ferramentas XXXIV - das operações com instrumentos musicais XXXV - das operações com máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos XXXVI - das operações com materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno XXXVII - das operações com material de limpeza XXXVIII - das operações com materiais elétricos XXXIX - das operações com artigos de papelaria XL - das operações com bicicletas XLI - das operações com brinquedos Fonte: Decreto 3.467/2010. Sendo assim, se o produto vendido não estiver nesta relação, mesmo sendo destinado a uma empresa optante do simples nacional será aplicado integralmente a MVA. MERCADORIA DESTINADA À INTEGRAÇÃO AO ATIVO IMOBILIZADO OU AO USO OU CONSUMO DO SUBSTITUÍDO Na saída interestadual com destino a Santa Catarina, de mercadoria para integração ao ativo imobilizado ou uso ou consumo do destinatário, o imposto a ser recolhido por substituição tributária corresponderá à diferença entre as alíquotas interna e interestadual aplicadas sobre a base de cálculo relativa à operação própria do substituto. Ou seja, apenas o Diferencial de Alíquota. 123123 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Neste caso, não há margem de lucro a ser considerado, sendo então, 0% o lucro considerado no cálculo do ICMS/ST. Exemplo 1: Operação interestadual com destino ao Estado (mercadoria para o ATIVO IMOBILIZADO) – remetente não enquadrado no Simples Nacional. Base de cálculo da operação própria R$ 1.000,00 Base de cálculo da substituição R$ 1.000,00 Alíquota interna 17% Alíquota interestadual 12% ICMS-ST (1.000 x 17%) – (1.000 x 12%) R$ 50,00 Note que o valor de 50,00 equivale apenas ao DIFAL, porém, recolhido como ICMS ST como se fosse qualquer outra situação de substituição. Exemplo 2: Venda INTERESTADUAL de R$ 300,00 em produtos sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para USO e CONSUMO. MVA ajustada 39,95%, alíquota interna 17%, alíquota interestadual 12%, fretes 20,00, seguro 10,00, vendedora (substituta) é empresa normal; compradora (substituída) empresa normal. Valor da Mercadoria 300,00 (+) Valor do frete 20,00 (+) Valor do seguro 10,00 (=) Valor de partida 330,00 (+) MVA 0,00 (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. 330,00 (x) Alíquota Interna 17% (=) ICMS Apurado 56,10 (-) ICMS do Remetente 39,60 (=) ICMS Substituição Tributária 16,50 Base Cál- culo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produ- tos 330,00 39,60 330,00 16,50 300,00 Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota 20,00 10,00 0,00 00,00 346,50 124 Contabilidade Fiscal Perceba que o valor de 16,50 equivale apenas ao DIFAL, porém, recolhido como ICMS ST como se fosse qualquer outra situação de substituição. Nesse caso, o DIFAL, senão recolhido pela empresa vendedora deverá ser obrigatoriamente recolhido pela empresa adquirente, salvo em casos em que o emitente possuir inscrição estadual como substituo tributário, onde então, o DIFAL será recolhido por apuração no mês subsequente. PRAZO DE RECOLHIMENTO De acordo com o RICMS SC o substituto deverá recolher o imposto devido por substituição: a) até o 10º dia do período seguinte ao de apuração, quando inscrito no Cadastro de Contribuintes de Santa Catarina – CCICMSC. b) até o 7º (sétimo) dia subsequente ao da emissão do documento fi scal quando não inscrito em Santa Catarina. Já o substituído quando a mercadoria é proveniente de Estado signatário, quando apurar o imposto por ocasião da entrada da mercadoria, utilizando as regras de cálculo do imposto devido por substituição deverá recolher até o 5º dia da entrada da mercadoria no estabelecimento, caso o remetente não tenha providenciado sua inscrição no cadastro de contribuintes de Santa Catarina e a mercadoria não estiver acompanhada de GNRE ou DARE (guia de recolhimento). Art. 18, Anexo 3, do RICMS/SC-01. E se a mercadoria for proveniente de Estado não signatário (ou seja, de unidade da Federação com a qual SC não tenha celebrado Convênio ou Protocolo) o estabelecimento destinatário, estabelecido em Santa Catarina, fi ca responsável pelo recolhimento do ICMS-ST, podendo ser efetuado até 7º (sétimo) dia subsequente ao da emissão do documento fi scal, entretanto, se o destinatário for indústria, este terá até o 10º. (décimo) dia para recolher. Mesmo sendo de Estado não signatário, o remetente poderá pleitear a inscrição como substituto em SC. CRÉDITO DO IMPOSTO POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA No caso de ser substituto, a legislação veda o aproveitamento de créditos fi scais para compensação com o imposto devido por substituição tributária. 125125 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Na hipótese de devolução ou retorno de mercadoria não entregue poderá o substituto se creditar do imposto retido por substituição em favor de Santa Catarina. No caso de ser substituído (não enquadrado no Simples Nacional) poderá creditar-se do imposto retido por substituição tributária e do correspondente à operação própria praticada pelo substituto quando as mercadorias se destinarem a: • emprego como matéria-prima ou material secundário e o adquirente for estabelecimento industrial, desde que o produto resultante seja onerado pelo imposto; • emprego na produção e o adquirente for estabelecimento agropecuário; • exportação ou saída com fi m específi co de exportação, referidas no art. 6°, II e seus §§ 1º e 2º, do Regulamento do ICMS; • integração ao ativo imobilizado; Também poderá se creditar nos seguintes casos: a) na hipótese de exclusão da mercadoria do regime de substituição; b) nos casos de furto, roubo, extravio ou deterioração das mercadorias adquiridas para revenda, observandoneste caso, o disposto no Regulamento do ICMS, Anexo 5, art. 180. Nesta hipótese, não poderá ser apropriado o crédito relativo à operação própria do substituto. Caso a mercadoria tenha sido adquirida de contribuinte substituído, o valor do crédito fi scal será o resultado da aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo da substituição tributária mencionada no documento fi scal. No caso da alínea “b”, o crédito limita-se ao imposto retido por substituição tributária; Para efeito de creditamento deverão ser observadas as normas estabelecidas no Regulamento do ICMS/SC quanto ao direito ao crédito, em especial o disposto no Capítulo V, “Da Não-Cumulatividade do Imposto, do Regulamento do ICMS” (arts. 28 a 39-A); No tocante ao ICMS relativo à operação própria de mercadoria adquirida de empresa optante do Simples Nacional, nos termos do art. 23 da Lei Complementar 123/06 (Simples Nacional), o montante de crédito a ser apropriado pelo destinatário observará o limite e as condições previstas na referida Lei Complementar. 126 Contabilidade Fiscal DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO – GNRE OU DARE O documento de arrecadação deve ser emitido em nome do estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto. Assim, naquele emitido por ocasião da saída da mercadoria de estabelecimento localizado em outro Estado, não inscrito em Santa Catarina como contribuinte, deverá ser consignado no documento os dados do estabelecimento remetente (substituto). Na hipótese de o recolhimento ser de responsabilidade do destinatário (substituído), são os dados deste que deverão constar do documento. Em operações interestaduais se utilizará a Guia Nacional de Recolhimento de tributos Estaduais – GNRE. Já nas operações internas se utilizará o Documento de Arrecadação – Dare. GNRE: a) ICMS Substituição Tributária por Apuração - Código 10004-8 (Ajuste SINIEF 06/01); b) ICMS Substituição Tributária por Operação - Código 10009-9 (Ajuste SINIEF 06/01). DARE: a) ICMS substituição tributária por apuração - Código – 1473. O substituído utilizará o presente código nos recolhimentos que efetuar a título de substituição até o 5º dia da entrada da mercadoria ou até o 10º dia do período seguinte, conforme o caso. b) ICMS substituição tributária por operação ou prestação – Código - 1740. Obs.: deverá ser emitido um documento de arrecadação para cada destinatário. Entretanto, em algumas unidades federativas, mesmo sendo ICMS resultante de operações internas, poderá ser exigida a GNRE para recolhimento do ICMS ST. RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO DO IMPOSTO POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O substituído tem direito à restituição de importância recolhida a título de substituição tributária somente na hipótese do fato gerador presumido não se realizar. 127127 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Nessa hipótese, a restituição deverá ser requerida ao Diretor de Administração Tributária, mediante processo. O contribuinte, desde que atendido o disposto no RICMS/SC, Anexo 5, art. 180, independentemente de prévio requerimento, poderá se creditar do imposto retido a título de substituição nos casos de furto, roubo, extravio ou deterioração das mercadorias: Art. 180. Em caso de extravio, perda, furto, roubo, deterioração ou destruição de mercadorias, deverá o estabelecimento, dentro de 48 (quarenta e oito) horas da ocorrência: I - emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou, na falta desta, Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, relacionando as mercadorias atingidas pela ocorrência, avaliadas a preço de custo, para fi ns de estorno do crédito fi scal registrado nas respectivas entradas ou pagamento do imposto diferido ou pelo qual for responsável; II - sempre que o valor total das mercadorias atingidas pela ocorrência, a preço de custo, for superior a R$ 110,00 (Cento e dez reais), comunicar o fato, por escrito, à Gerência Regional da Fazenda Estadual, a que jurisdicionado, juntando Laudo Pericial fornecido pela Polícia Civil, Corpo de Bombeiros ou órgão da Defesa Civil, em que sejam mencionados, no mínimo, os seguintes dados: a) natureza do evento; b) data e hora da ocorrência; c) extensão dos danos materiais; d) valor total das mercadorias atingidas. § 1º A emissão da nota fi scal mencionada no inciso I deverá ser feita também no caso de mercadorias isentas, imunes ou não-tributadas, para regularização do estoque. § 2º Deverá ser juntada à comunicação prevista no inciso II uma via ou cópia fotostática da nota fi scal a que se referem o inciso I e o § 1º. (BRASIL, 2001). Já em relação ao ressarcimento, o contribuinte que, tendo recebido mercadoria com imposto retido por substituição tributária a favor de Santa Catarina, a destinar a contribuinte situado em outra unidade da Federação, para fi ns de comercialização pelo destinatário: a) deverá efetuar nova retenção em favor da unidade Federação onde situado o destinatário; b) solicitará o ressarcimento do imposto retido na operação anterior por intermédio de requerimento endereçado à Gerência Regional a que jurisdicionado, que se manifestará conclusivamente sobre o pedido. O requerimento deve ser instruído com os documentos previstos no art. 24 do Anexo 3 do RICMS/SC. 128 Contabilidade Fiscal Entretanto, cada unidade federativa possui um regulamento de ICMS específi co. Para verifi car as formas de restituição e ressarcimento nesses estados, será necessário verifi car as informações contidas em cada regulamento. OPERAÇÕES PARA AS QUAIS NÃO SE APLICA A ST – REGRA GERAL Conforme o art. 12, Anexo 3 do RICMS, mesmo nos seguintes casos em que o produto esteja sujeito a substituição tributária, o regime não se aplica: I - nas transferências para outro estabelecimento da mesma empresa em que o contribuinte também for substituto; II - nas operações que destinem mercadoria a sujeito passivo por substituição tributária da mesma mercadoria. Por exemplo: Industrial estabelecido em outra UF vende mercadoria sujeita à substituição tributária para atacadista estabelecido em SC, que é o Substituto Tributário (sujeito passivo por substituição) desta mercadoria. O estabelecimento atacadista efetuará a retenção e recolhimento do imposto quando vender esta mercadoria a um varejista. Há outros casos que devem ser vistos no Anexo 3 relativos a cada tipo de mercadoria, mas de forma geral não há ST quando NÃO HÁ operação subsequente, ou seja, o fabricante vende direto para o consumidor fi nal. CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – CEST O Código Especifi cador da Substituição Tributária - CEST, é o código que identifi ca se a mercadoria é passível de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto, relativos às operações subsequentes. De acordo com o Convênio ICMS 90/16 o CEST passará a ser obrigatório a partir de 01/07/2017. O CEST, instituído pelo Convênio ICMS 92/2015, promete diminuir os confl itos sobre a tributação dos produtos no que tange ao ICMS. O CEST é composto por 7 (sete) dígitos, sendo que: 129129 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 I - o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem; II - o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem; III - o sexto e o sétimo correspondem à especifi cação do item. § 3º. Para fi ns deste convênio, considera-se: I - Segmento: o agrupamento de itens de mercadorias e bens com características assemelhadas de conteúdo ou de destinação, conforme previsto no Anexo I deste convênio; II - Item de Segmento: a identifi cação da mercadoria, do bem ou do agrupamento de mercadorias ou bens dentro do respectivo segmento; III - Especifi cação do Item: o desdobramento do item, quando a mercadoria ou bem possuir características diferenciadas que sejam relevantes para determinar o tratamento tributário para fi ns dos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimentodo imposto. Veja o exemplo a seguir do CEST em autopeças de acordo com o Convênio ICMS 146/2015: Quadro 2 – Exemplo do CEST em autopeças ITEM CEST NCM/SH DESCRIÇÃO 1.0 01.001.00 3815.12.103815.12.90 Catalisadores em colmeia cerâmica ou metálica para conver- são catalítica de gases de escape de veículos e outros cata- lisadores 2.0 01.002.00 3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, fl an-ges, uniões), de plásticos 3.0 01.003.00 3918.10.00 Protetores de caçamba Fonte: Convênio ICMS 146/2015. O CEST acabará com a liberalidade dos Estados incluírem mercadorias no regime. A partir de 1º de julho de 2017, nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos II a XXIX do Convênio ICMS 146/2015, o contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fi scal, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto. 130 Contabilidade Fiscal Atividades de Estudos: 1) No dia 19/11/2010 um substituto tributário situado no Estado de São Paulo vendeu mercadorias com imposto retido por substituição para empresa situada no Estado de Santa Catarina. O Substituto possui inscrição no Estado de Santa Catarina. Qual o prazo para pagamento do ICMS ST? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 2) Considerando as informações da questão anterior. Se por acaso o substituto tributário não tiver a inscrição no Estado de Santa Catarina. Qual o prazo para pagamento do ICMS ST? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 3) No dia 06/10/2010 a empresa substituída situada no Estado de Santa Catarina comprou mercadorias sujeitas a substituição tributária. A mercadoria é para revenda e foi adquirida de um substituto tributário situado em outro estado. No entanto, o imposto devido por substituição tributária não foi pago, uma vez que a mercadoria não estava acompanhada da GNRE e o remetente não tem inscrição no cadastro de contribuintes no Estado de Santa Catarina. Sabe-se que a mercadoria é proveniente de Estado signatário. Qual o prazo para pagamento do ICMS ST? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 4) No dia 13/10/2010 a empresa substituída situada no Estado de Santa Catarina comprou mercadorias sujeitas a substituição tributária. A mercadoria é para revenda e foi adquirida de um 131131 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 substituto tributário situado em outro Estado. No entanto, o imposto devido por substituição tributária não foi pago, uma vez que a mercadoria não estava acompanhada da GNRE e o remetente não tem inscrição no cadastro de contribuintes no Estado de Santa Catarina. Sabe-se que a mercadoria é proveniente de Estado NÃO signatário. Qual o prazo para pagamento do ICMS ST? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 5) Calcule a MVA Ajustada tendo como base as seguintes informações: Alíquota interna 17% Alíquota interestadual: 12% (de SP para SC) MVA Original: 45% ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 6) Calcule a MVA ajustada com redução de 70%, utilizado nas operações de vendas interestaduais para empresas do simples tendo como base as seguintes informações: Alíquota interna 17% Alíquota interestadual: 12% (de SP para SC) MVA Original: 45% ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 7) Venda INTERNA de R$ 300,00 em produtos alimentícios sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para revenda, MVA Original 32%, Alíquota interna 17%, fretes 20,00, seguro 10,00, vendedora (substituta) é empresa normal; compradora (substituída) empresa normal. Preencha os campos a seguir e calcule o valor total da nota fi scal: 132 Contabilidade Fiscal Valor da Mercadoria (+) Valor do frete (+) Valor do seguro (=) Valor de partida (+) MVA (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. (x) Alíquota Interna (=) ICMS Apurado (-) ICMS do Remetente (=) ICMS Substituição Tributária Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota Valor da Mercadoria (+) MVA (=) BASE DE CÁLCULO DO S.T. (x) Alíquota Interna (=) ICMS Apurado (-) ICMS do Remetente (=) ICMS Substituição Tributária 8) Venda interna de R$ 1.000,00 em produtos sujeitos ao regime de Substituição Tributária. Sabe-se que: mercadoria destinada para revenda. MVA original 30,00%, Alíquota interna 17%, alíquota ICMS ST 17%, Vendedora (substituta) é empresa normal; compradora (substituída) empresa do simples. Preencha os campos a seguir e calcule o valor total da nota fi scal: 133133 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Capítulo 4 Base Cálculo ICMS Valor ICMS B.Cálculo ICMS S.T. Valor ICMS Substit. Valor Total dos Produtos Valor do Frete Valor do Seguro Outras Desp. Acess. Valor Total do IPI Valor Total da Nota ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Neste capítulo, interpretamos a Defi nição de Substituição Tributária, o conceito de substituto tributário e substituído, bem como o sentido de haver essa modalidade de tributação em todo o território nacional. Calculamos várias hipóteses de Substituição Tributária envolvendo operações internas e interestaduais, com empresas do simples nacional, redução da base de cálculo do ICMS normal e da base de cálculo do ICMS substituição tributária, de uso e consumo dentre outras. Conhecemos o que é margem de valor agregado original e ajustada e quando deve ou não ser empregada. Analisamos de que forma chegar ao ponto de partida e o que interfere em sua base de cálculo. Identifi camos os prazos de recolhimento da substituição tributária em diversas possibilidades: com ou sem protocolo entre unidades federativas e vendas com ou sem inscrição estadual como substituto tributário, destinados a empresas comerciais ou industriais. Identifi camos os principais créditos de substituição tributária e de que forma esses podem ser recuperados. REFERÊNCIAS BRASIL, Convênio ICMS CONFAZ no. 92, de 20 de agosto de 2015. Disponível em: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/convenio- icms-92-2015.htm>. Acesso em: 21 set. 2016. BRASIL, Convênio ICMS CONFAZ no. 146, de 15 de dezembro de 2015. Disponível em: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/convenio- icms-149-2015.htm>. Acesso em: 21 set. 2016. 134 Contabilidade Fiscal BRASIL, Convênio ICMS CONFAZ no. 149, de 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ convenios/2015/cv146_15>. Acesso em: 27 set. 2016. BRASIL, Convênio ICMS CONFAZ no. 155, de 11 de dezembro de 2015. Disponível em: <https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2015/CV155_15>. Acesso em: 21 set. 2016. BRASIL, Convênio ICMS CONFAZ no. 16, de 24 de março de 2016. Disponível em: <https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ convenios/2016/CV016_16>. Acesso em: 21 set. 2016. BRASIL, Decreto no. 306, de 14 de junho de 2011. Disponível em: <http:// legislacao.sef.sc.gov.br/html/decretos/2011/dec_11_0306.htm>. Acesso em: 14 set. 2016. BRASIL, Decreto no. 2.870, de 27 de agosto de 2001. Disponível em: <http://legislacao.sef.sc.gov.br/cabecalhos/frame_ricms_01_00_00.htm>. Acesso em: 14 set. 2016. BRASIL, Decreto no. 3.467, de 19 de agosto de 2010. Disponível em: < http://legislacao.sef.sc.gov.br/html/decretos/2010/dec_10_3467.htm>. Acesso em: 27 set. 2016. BRASIL, Lei Complementar no. 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 16 set. 2016.
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