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Tema 06 – Estresse ocupacional Bloco 1 Rogério Rodolfo Baptista Dimensão Humana na Governança Corporativa W BA0113_v2_0 1. Estresse ocupacional A palavra Estresse (ou stress) tem origem latina e significa a aplicação de pressão ou força sobre determinado objeto ou sistema, levando-o a deformação ou destruição. 1. Estresse ocupacional Quando aplicamos esse conceito ao ser humano, temos que o estresse não é, necessariamente, uma patologia, mas um condição natural de reação do organismo a situações novas ou de perigo, pois trata-se de um mecanismo de adaptação e sobrevivência. 1. Estresse ocupacional A SGA – Síndrome Geral de Adaptação (descrita por Hans Seley) pode ser descrita como um conjunto de reações inespecíficas do organismo quando exposto a um estímulo percebido como ameaçador ao equilíbrio do organismo. A SGA é descrita em três fases distintas: reação de alarme, fase de resistência e fase de exaustão. Para que haja a “doença” estresse, é necessário que o indivíduo passe por todas as fases.. 2. Modelo quadrifásico do stress Modelo Quadrifásico do Estresse - Lipp Fase do alerta O organismo entra em contato como os fatores estressores e se prepara para reagir, seja fugindo ou enfrentando a situação. Nessa etapa o essencial é a preservação da vida. 2. Modelo quadrifásico do stress O shock é o momento que o organismo emite suas reações fisiológicas para garantir a homeostase (um exemplo disso é o aumento da pressão arterial). No momento seguinte, o contra-shock, caracterizado pela regressão das reações desencadeadas (continuando o exemplo anterior, a pressão arterial dimuniu quando passa a fase crítica). 2. Modelo quadrifásico do stress Fase de resistência As reações são opostas àquelas que surgem na primeira fase e muitos dos sintomas iniciais desaparecem, dando lugar a uma sensação de desgaste e cansaço. Poderá ainda haver falha nos mecanismos de defesa, desencadeando a próxima fase. 2. Modelo quadrifásico do stress Fase de quase-exaustão Caracteriza-se por um enfraquecimento da pessoa, pois não está mais conseguindo se adaptar ou resistir aos estressores. Nessa fase, as doenças começam a surgir, porém não tão graves quanto na próxima fase. A pessoa ainda consegue trabalhar e atuar na sociedade de certa forma, mas dá sinais claros ques não está bem. 2. Modelo quadrifásico do stress Fase da exaustão A pessoa já está doente. A pessoa não consegue mais lidar com os estressores. O organismo se exaure, se esgota e as doenças correlacioanadas ao estresse começam a aparecer. 2. Modelo quadrifásico do stress O estresse provoca alterações nos sistemas nervoso, endócrino e imunitário; Pode disparar reações e doenças psicossomáticas; Ansiedade; Angústia; Dores musculares e dores de cabeça; Pressão alta; 3. Sintomas do stress Insônia; Dificuldade de memória e de concentração; Irritabilidade; Tensão; Não consegue relaxar; Cansaço Excessivo; Mudanças alimentares; Pessimismo exagerado; 3. Sintomas do stress Vontade de fugir de tudo; Receio de se expor; Pensamentos ruminativos; Abuso de drogas (em alguns casos); Comprometimento das relações interpessoais. 3. Sintomas do stress Tema 06 – Estresse ocupacional Bloco 2 Rogério Rodolfo Baptista Dimensão Humana na Governança Corporativa 4. Tipos de stress Calmo Eustress Distress Pe rf or m an ce Nível de stress Figura 2 – Tipos de stress Fonte: Elaborado pelo autor. O estresse aparece associado aos limites e às demandas. Os limites impedem que a pessoa consiga o que quer e as demandas se referem à perda de alguma coisa desejada. Existem duas condições para que o estresse potencial se torne real. Primeiro, precisa haver incerteza em relação ao resultado e este deve ser importante. O estresse aparecerá quando há incerteza ou dúvida na situação presente (ROBBINS, 2005). 5. Stress no trabalho 6.1 - Fatores ambientais: incertezas econômica, política e tecnológica. Esses fatores estão ligados ao cenário macro onde o indivíduo e a organização estão inseridos (ROBBINS, 2005). 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: Demandas das tarefas: esses fatores incluem a competência técnica, a carga psíquica do trabalho e outros relativos ao próprio trabalho. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: Fatores relacionados ao trabalho: As características do trabalho em si também podem contribuir, tais como: o desquilíbrio entre a capacidade física de produção e a quantidade exigida. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: Demandas dos papéis: relaciona-se a pressão sofrida por uma pessoa em função do seu papel profissional. O conflito de papéis diferentes criam expectativas e ansiedade que podem ser difícies de articular e lidar. Essa ambiguidade é um fator gerador de estresse. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: Demandas das relacões interpessoais: estão relacionadas as pressões exercidas por outros funcionários. Os conflitos são um dos principais estressores organizacionais. Fiorelli (2004) aponta alguns fatores que contribuem para os conflitos organizacionais: 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: A estrutura organizacional: a maneira como a a organização é organizada, seus níveis hierárquicos, as regras e normas podem ser fatores geradores de estresse. A liderança organizacional pode também influenciar no estresse. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.2 - Fatores organizacionais: O estágio de vida da organização cria diferentes problemas e pressões sobre as pessoas. Empresas iniciantes geram incertezas e exitação, já empreas em declínio podem gerar medo. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.3 - Fatores individuais: A vida pessoal dos funcionários também podem ser geradores de estresse. As situações familiares. A personalidade do próprio indivíduo pode agravar a forma com que lida com estresse. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho 6.4 - Diferenças individuais: • Percepção; • Experiência de trabalho; • Apoio social; • Confiança no centro de controle interno; • Autoeficácia; • Hostilidade. 6. Fatores geradores do estresse no ambiente de trabalho
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