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AS COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS
EM TEMPOS DE PANDEMIA
material de apoio
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colaboradores 
 
 
Joyce Costa Gomes de Santana 
Coordenadora da 12ª CREDE 
 
José Wandsson do Nascimento Batista 
Orientador CEDEA 
 
Alissandra Sales Viana 
Coordenadora Regional do PPDT 
 
Gilmar Ferreira dos Santos 
Psicólogo - CRP-11/07954 
 
José Mairton Barroso Júnior 
Técnico da CEDEA 
 
 
 
 
Parceiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Estamos vivendo um momento que jamais esperávamos 
passar. Uma doença que se torna letal e que de modo 
indistinto atinge milhões de pessoas mundo afora sem 
segregação de fronteiras territoriais, de riqueza e poder, 
de sexo, idade, classe social. Um vírus que mesmo na sua 
invisibilidade já deixa marcas perceptíveis de uma 
verdadeira revolução mundial; de uma guerra cuja arma 
da humanidade é manter-se em isolamento social. 
 
Mas “isolamento” justamente para quem é, pela sua 
própria natureza, um SER SOCIAL, de interações, de 
relacionamentos, de construções dialógicas? Sim!!! 
Precisamos nesse momento, mantermos isolados em 
nossas residências para que vençamos essa guerra e 
continuemos a viver em “liberdade”. 
 
Esse confinamento traz uma série de conflitos de natureza 
interior, desde o distanciamento dos amigos, da rotina 
diária: escola, trabalho. Enfim, do simples prazer de “ir” e 
“vir”. Aliado a isso ainda tem toda onda de pavor e medo 
que a doença traz; dos estragos sociais, vindos como 
consequência, e que já se mostram nas ruas, nos portões 
de nossas casas e ainda pior, medo do que estar por vir 
mesmo quando vencermos a batalha contra o tal do 
coronavírus. 
 
Tudo isso traz para nós uma certa desestabilização 
emocional, é um permanente (re)inventar-se diário para 
que invisíveis ao mundo, assim como o vírus, possamos 
combatê-lo com o mínimo de feridos. 
 
Para tanto, precisamos estar bem de corpo e espirito, 
precisamos gerenciar nossas emoções e utilizarmos a 
nossa inteligência emocional enfrentando essas situações 
adversas de maneira criativa e construtiva. As habilidades 
socioemocionais nos auxiliam nessa tarefa permitindo-nos 
 
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
gerenciar nossas próprias emoções enfrentando os 
desafios com resiliência e desenvolvendo atitudes que 
favorecem um bom relacionamento conosco e com os 
outros. 
 
Objetivando auxiliar os professores, alunos , gestores, 
técnicos das escolas a Equipe CEDEA da 12ª CREDE 
através da Coordenação do Projeto Professor Diretor de 
Turma – PPDT e do Psicólogo Educacional, além de outras 
ações realizadas nesse período de ensino remoto, 
disponibiliza um guia de orientações norteadoras de como 
trabalhar as competências socioemocionais nesse 
período de pandemia e de isolamento social. 
 
Esperamos que o material possa ajudá-lo(a) a ultrapassar 
esse momento com equilíbrio e sair dele mais 
fortalecido(a). 
 
Joyce Costa Gomes de Santana 
Coordenadora da 12ª CREDE - Quixadá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
 
AS COMPETÊNCIAS 
SOCIOEMOCIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As competências socioemocionais incluem um conjunto 
de habilidades que cada pessoa tem para lidar com as 
próprias emoções, se relacionar com os outros e gerenciar 
objetivos de vida, como autoconhecimento, colaboração 
e resolução de problemas. Essas competências são 
utilizadas cotidianamente nas diversas situações da vida e 
integram o processo de cada um para aprender a 
conhecer, aprender a conviver, aprender a trabalhar e 
aprender a ser. Ou seja, são parte da formação integral e 
do desenvolvimento de todos. No século 21, a 
interconectividade e a crescente complexidade das 
transformações sociais, tecnológicas, entre outras, têm 
ampliado a relevância dessas competências para a 
realização no âmbito pessoal, de trabalho e social. 
 
Muitos estudos indicam que as competências 
socioemocionais podem ser desenvolvidas 
intencionalmente no ambiente escolar, seja em atividades 
próprias para isso, ou articulando um conjunto de 
componentes curriculares. Tidas como tão importantes 
quanto as competências cognitivas (avaliadas por testes 
de inteligência e conhecimento acadêmico) para a 
obtenção de bons resultados na escola, e tão ou mais 
importantes que elas para o trabalho e a vida, 
formuladores de políticas públicas vêm demonstrando 
interesse crescente em incorporar ferramentas para seu 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
 
 
AUTOGESTÃO 
 
PERFIL 
É a macrocompetência que 
explica o grau com que um 
estudante é capaz de se 
mobilizar a fim de monitorar e 
regular a si mesmo para 
alcançar seus objetivos. 
Na escola, essa competência 
se expressa principalmente na 
capacidade de se centrar e 
cumprir com suas tarefas e 
responsabilidades estudantis. 
 
 
 
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 
Determinação 
Foco 
Organização 
Persistência 
Responsabilidade 
 
 
 
 
 
 
IMPACTO 
Ajuda a traçar metas e a concretizá-las nas rotinas de 
estudo e trabalho. 
 
COMO APLICAR? 
1. Propor uma atividade em etapas, que exija 
organização. 
2. Conversar com os alunos como pensam em fazer. 
3. Promover diálogos sobre o processo, permitir que 
troquem sugestões e impressões. 
4. Valorizar atitudes de organização, força de 
vontade e objetividade. 
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA? 
 
1. Determinação – Exercitar o esforço de estabelecer 
as próprias metas e terminar o que se propõe a 
fazer. 
2. Foco – Atividades nas quais seja fundamental a 
atenção seletiva e a concentração. 
3. Organização – Atividades em que os estudantes 
terão que ser mais organizados, pontuais e atentos 
aos detalhes para cumpri-las. 
4. Persistência – Atividades que possa exigir e valorizar 
a superação de obstáculos. 
5. Responsabilidade - Atividades nas quais se exercite 
a obrigação de honrar um compromisso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A AUTOGESTÃO NO CONTEXTO 
DA PANDEMIA 
 
As competências que compõem o grupo da autogestão 
colaboram para a reorganização, condução e 
gerenciamento da vida e suas rotinas no contexto de 
enfrentamento pandêmico e isolamento social, associado 
a uma convivência intensa nos lares e com compromissos 
escolares a se cumprir.Boa parte dos estudantes não tinham o hábito de realizar 
tarefas de casa, e agora se deparam com a escola 
funcionando com ensino domiciliar. Precisam lidar 
também com a própria reorganização doméstica, rotinas 
sanitárias que até pouco tempo não eram nem cogitadas. 
Desenvolver as competências da autogestão podem 
colaborar para o processo de conscientização do 
estudante quanto a importânica de se reorganizar interna 
e externamente dando suporte para a adaptação em 
tempos de emergência. 
 
DETERMINAÇÃO - contribui para desenvolver metas e 
sentido de vida. Desta forma é preciso determinação em 
pelo menos três contextos: 
1. Enfrentamento da pandemia; 
2. Convivência domiciliar/familiar e rotinas domésticas; 
3. Ensino remoto e atividades escolares domiciliares. 
 
O desenvolvimento desta competência pode ser 
fomentado por atividades que construam planejamento 
de futuro com motivos suficientes que o mobilizem a 
cumprí-lo. 
 
FOCO - Esta competência favorece superar os distrarores. 
No campo dos estudos, por exemplo, o ensino domiciliar 
possui diversos distratores: TV, cama, rede, músicas, redes 
sociais, o próprio contexto de pandemia, entre outros. 
Ajudar o estudante a estabelecer rotinas colaborará na 
superação dos distratores. 
 
 
 
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PERSISTÊNCIA - colabora para que o estudante não 
desista diante dos desafios e riscos apresentados neste 
contexto. A conscientização que considere a 
importância de persistir deve fazer sentido para este 
estudante, para tanto utilizar a linguagem desses jovens é 
fundamental para que estes abracem desafios. 
 
ORGANIZAÇÃO - Gerar a autonomia no estudante de 
organizar sua vida, suas rotinas, seu quotidiano, 
conciliando convivência e compromissos domésticos, 
tempo para os estudos e agilidade nos protocolos 
sanitários exigidos para enfrentamento da pandemia. 
 
RESPONSABILIDADE - entendido também como a 
habilidade de responder. O tempo e a experiência tem 
nos mostrado que quando confiarmos no protagonismo 
ao estudante a sua habilidade em responder e 
corresponder as demandas da escola atende as 
necessidades educacionais. O desafio aqui para os 
professores é desenvolver formas de fomentar o 
protagonismo com cada estudante em sua casa. 
 
 
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ENGAJAMENTO 
COM OS OUTROS 
PERFIL 
 
É a macrocompetência explica 
o grau com que um estudante 
é capaz de se mobilizar a fim 
de interagir com outras pessoas 
e/ou grupos sociais. 
Na escola, essa competência 
se expressa principalmente 
através da capacidade do 
estudante de se enturmar e 
participar ativamente dos 
processos formais e informais 
de socialização. 
 
 
 
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 
Assertividade 
Entusiasmo 
Iniciativa social 
 
 
IMPACTO 
Diminuição da evasão escolar e sucesso no mundo do 
trabalho. 
COMO APLICAR? 
1. Garantindo a compreensão do objetivo do grupo. 
2. Valorizando o diálogo e o posicionamento firme e 
respeitoso. 
3. Renegociando as ações, decisões e ideias. 
4. Dando o melhor de si, mantendo o otimismo. 
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA? 
1. Assertividade – Atividades que exercitem a 
capacidade de ouvir e se posicionar sem ser rude 
ou agressivo com os outros. 
2. Entusiasmo – Atividades que criam espaços para 
valorizar as atitudes otimistas e o gosto pela vida. 
3. Iniciativa social – Atividades que coloquem os 
alunos em situação de aproximação e 
relacionamento com os outros. 
 
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O ENGAJAMENTO COM OS OUTROS 
NO CONTEXTO DA PANDEMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um dos grandes desafios das redes de ensino e escolas 
neste período é trabalhar o compromisso e engajamento 
dos estudantes com a proposta educacional remota. 
Outro desafio também é formar e informar nossos 
estudantes para um papel protagonista, cidadão e 
humanístico no enfrentamento da pandemia. 
 
As competências Socioemocionais do Engajamento com 
os Outros favorecem o desenvolvimento do protagonismo 
já citado na competência da responsabilidade. Formas 
criativas de conduzirem o ensino remoto e atividades que 
possam conjugar prazer e desafio juvenil tendem a ser 
melhor recepcionada a pelos estudantes. 
 
É importante sempre refletir que quantidade de tarefas 
não é a mesma coisa que qualidade das tarefas. O 
objetivo suficiente não é ocupar o tempo do estudante 
com tarefas sem fim. O objetivo suficiente é que ele 
participe e aprenda. Frequência agora pode ser 
entendida como participação. Atividades e/ou projetos 
que fomentem a construção e evolução desta "escola 
virtual" como uma escola viva e dinâmica serão bem 
vindos. A alma e a vida da nossa escola são os estudantes. 
Que projetos em formato remoto podem dinamizar a vida 
da tua escola? 
 
ASSERTIVIDADE - desenvolvemos esta competência 
quando concedemos autonomia ao mesmo tempo que 
confirmamos e celebramos os passos dados e as metas 
alcançadas. Tanto os compromissos escolares quanto os 
manejos sanitários de enfrentamento da pademia 
apresentarão melhor eficácia se realizados por pessoas 
assertivas. 
 
ENTUSIASMO - é importante entender que entusiasmo não 
é euforia. Esta competência Socioemocional colabora no 
 
 
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processo de envolvimento de todos os estudantes porque 
um entusiasta contagia os demais. 
 
INICIATIVA SOCIAL - esta competência será favorecida se 
houver: 
• um trabalho que conscientize o estudante da 
emergência da realidade atual e de que ele é 
importante para a sua escola. 
• Confiança neste estudante como parceiro da escola. 
• Delegação de responsabilidades para promover o 
protagonismo. 
 
Claro que é importante que a escola, o colegiado dos 
professores e o PDT discirnam aqueles "estudantes chaves" 
que são reconhecidamente articuladores, parceiros e 
líderes. Estes potencializarão a participação dos demais. 
 
 
 
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AMABILIDADE 
PERFIL 
 
É a macrocompetência 
explica o grau com que um 
estudante é capaz se socializar 
com outras pessoas e/ou 
grupos sociais atravessado por 
princípios e sentimentos de 
compaixão, acolhimento e 
afeto. 
Na escola, essa macrocompe- 
tência se expressa 
principalmente na 
capacidade que o aluno 
mostra em considerar o bem-
estar de pares e professores e 
da coletividade na tomada de 
decisões e ao se comportar 
 
 
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 
Confiança 
Empatia 
Respeito 
 
IMPACTO 
Torna as pessoas menos agressivas, facilitando aconvivência. 
COMO APLICAR? 
1. Montando grupos escolhendo intencionalmente 
pessoas que não costumam trabalhar juntas. 
2. Valorizando a ajuda mútua e a colavboração. 
3. Estimulando os alunos a perceberem qual 
contribuição podem dar, como é importante 
encorajar os colegas, se colocando no lugar do 
outro e participando ativamente do processo. 
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA? 
1. Confiança – Atividades que aproximem os alunos e 
exigem uma relação de confiança. 
2. Empatia – Desafie os alunos a se colocar no lugar 
do outro e tentar ajudar. 
3. Respeito - Atividades nas quais o objetivo é a 
convivência pacífica, sem ofensas, intimidações e 
descasos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A AMABILIDADE NO CONTEXTO 
DA EPIDEMIA 
 
O processo de pandemia tem colocado em xeque a 
forma do mundo funcionar. De modo especial a cultura 
ocidental atual com sua competitividade, seu 
individualismo e incentivo ao consumo constante. Se há 
algo que sabemos sobre essa pandemia é que o "cada 
um por si" não funciona neste enfrentamento. A 
amabilidade é um convite para superar o distanciamento 
social por laços de afeto e consideração que 
transcendem o tempo e o espaço. Como diria a canção 
de Milton Nascimento "...mesmo que o tempo e a 
distância digam, não!" podemos guardar alguém dentro 
do coração. 
 
Algumas situações de potencial adoecimento psíquico 
podem ser prevenidas criando conectividade entre as 
pessoas, ou seja, uma rede de apoio social, mesmo que 
virtual. As competências da amabilidade nos convidam a 
desenvolver uma sociedade mais cooperativa e solidária 
diante deste contexto que assusta tantos. Amabilidade 
torna possível em tempos de dor, desenvolvermos 
presença afetiva na vida um dos outros e encontrar 
segurança e proteção emocional no mútuo apoio. 
 
CONFIANCA - fomentar relações de confiança para que 
exista uma convivência harmônica. Só posso receber 
solidariedade se eu confio e só posso cooperar com o 
outro se este confia em mim. 
 
EMPATIA - Desenvolvendo a empatia se pode trabalhar no 
estudante a possibilidade de criar uma rede de apoio 
virtual onde todos possam se expressar. A empatia 
possibilita me reconstruir para além da dor. No campo 
escolar é importante articular empatia na relação 
professor-estudante, ambos devem se colocar na posição 
do outro e compreender que todos estão vivendo um 
novo, algo inédito. O que mais este tempo pode nos 
ensinar sobre empatia? 
 
 
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RESPEITO - além de competência Socioemocional é um 
ato de educação. Em tempos de emergência todos 
sofremos, mas não sofremos igual e nem com a mesma 
intensidade. É fundamental neste tempo desenvolver no 
estudante o respeito pelo outro e pela sua dor, 
compreendendo que nem sempre é possível supor o 
quanto o outro está sofrendo diante dos acontecimentos 
que emergem. 
 
 
 
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RESILIÊNCIA 
EMOCIONAL 
PERFIL 
 
É a macrocompetência que 
explica o grau com que um 
estudante é capaz de lidar 
com as próprias emoções, 
regulando os níveis de raiva, 
insegurança e ansiedade. 
No contexto escolar, essa 
macrocompetência se 
expressa principalmente na 
capacidade de o aluno regular 
as próprias emoções diante das 
demandas escolares e de 
socialização, mantendo níveis 
baixos de ansiedade e raiva, 
estabilidade emocional e uma 
autoimagem realista. 
 
 
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 
Autoconfiança 
Tolerância à frustração 
Tolerância ao estresse 
 
IMPACTO 
Diminuição do absenteísmo escolar e propociona êxito no 
mundo do trabalho. 
COMO APLICAR? 
1. Lançar uma boa situação em grupo. 
2. Promover enfretamentos positivos, empodera- 
mento. 
3. Conher diferentes manifestações individuais para 
saber como superaram a experiência. 
4. Desmontar isolamentos, enfretamentos evasivos, 
desistência ou agressividade. 
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA? 
1. Autoconfiança – Atividades que sejam possíveis 
valorizar o sentir-se bem e crença na forca do “eu 
posso”. 
2. Tolerância à frustração - Atividades que foquem em 
controlar a raiva e encontrar o melhor caminho 
para situações difíceis. 
3. Tolerância ao estresse - Atividades nas quais os 
alunos terão que controlar o medo e ansiedade e 
encontrar o melhor caminho para resolver as 
situações difíceis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A RESILIÊNCIA EMOCIONAL NO 
CONTEXTO DA PANDEMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diante de uma ameaça externa e invisível que alcançou 
em poucos meses todos os continentes, as pessoas podem 
desenvolver uma diversidade de respostas 
comportamentais e emocionais. De modo geral é um 
cenário que gera picos de ansiedade e estresse. 
Desesperança, medo e casos de pânico 
lamentavelmente são comuns. Preocupa-se aqui com a 
qualidade da saúde mental das pessoas e medidas de 
proteção emocional para aquelas que já se encontram 
em tratamento psicopatológico. 
 
Desenvolver a resiliência emocional colabora para 
fortalecer os recursos internos das pessoas para 
enfrentarem sem prejuízos psíquicos desafios como este 
da pandemia e do isolamento social. Ter resiliência 
emocional é fundamental para superar este tempo. 
 
AUTOCONFIANÇA - fomentar uma autovisão positiva pelos 
nossos estudantes e por nós mesmos. O enfrentamento da 
pandemia é uma ação coletiva, mas que necessita de um 
protagonismo individual também. O caminho é acreditar 
neste estudante para que ele acredite nele mesmo. Que 
ele acredite que pode enfrentar a pandemia! Que ele 
acredite que pode aprender em casa! Que ele, 
estudante, e nós acreditemos que somos capazes de 
superar este momento. 
 
TOLERÂNCIA A FRUSTRAÇÃO - E as coisas não ocorreram 
como eu previa. E o mundo não está como eu queria. E a 
pessoa que gostaria que estivesse ao meu lado agora, 
não está. E a viagem do feriado da semana santa 
programado não pode ocorrer mais. As frustrações 
diversas são reais. Como lido com elas? Aqui é importante 
não se negar ou minimizar a frustração sentida, porque ela 
existe. Criar espaços de escuta ou de compartilhamento 
das frustrações pode ser suficiente para que eu aprenda 
a aceitar, superar e seguir em frente. 
 
 
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TOLERÂNCIA AO ESTRESSE - situação de reclusão 
compulsória, associado, na visão do estudante a "uma 
avalanche" de tarefas escolarespra fazer, com possível 
aumento de conflitos domésticos pela convivência 
intensificada, com pais também estressados, com 
lamentavelmente, em alguns casos, aumento da 
violência doméstica, com medo de se contaminar ou que 
um familiar querido se contamine, são realidades que 
podemos ouvir de nossos estudantes neste tempo. É 
importante sermos presença (mesmo virtualmente), 
fornecendo apoio de escuta e se mostrando como 
parceiro. É comum que, diante destes conflitos, apenas a 
consciência de que não se está só pode ser suficiente 
para sua estrutura psíquica criar recursos de resiliência. 
 
 
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ABERTURA AO 
NOVO 
PERFIL 
 
É a macrocompetência que 
explica o grau com que um 
estudante é capaz se interessar 
por buscar e produzir ideias e 
estéticas diversificadas e novas. 
Na escola, essa macrocom- 
petência se manifesta prin- 
cipalmente pelo interesse que 
o estudante apresenta pela 
apreciação e envolvimento 
por conteúdos e linguagens 
diversificadas, como manifes- 
tações de arte e cultura, e pela 
expressão criativa daquilo que 
pensa. 
 
 
COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS 
Curiosidade para aprender 
Imaginação criativa 
Interesse artístico 
 
 
IMPACTO 
No aumento das competências cognitivas e no avanço 
da escolaridade. 
COMO APLICAR? 
1. Em atividade coletiva. 
2. Estimular a autoria e a participação criativa. 
3. Valorizar a produção do conhecimento, a criação, 
a estética, a inovação. 
O QUE PROPOR EM CADA COMPETÊNCIA ENVOLVIDA? 
1. Curiosidade para aprender – Propor desafios nos 
quais sejam possíveis valorizar o aprendizado e a 
exploração de coisas diferentes. 
2. Imaginação criativa – Atividades que geram novas 
ideias/formas de fazer as coisas “fora da caixa”. 
3. Interesse artístico – Atividades que promovam a 
admiração e apreciação das formas de arte e a 
prática de expressão através da arte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material de Apoio – CSE – CREDE 12 
 
 
 
A ABERTURA AO NOVO NO 
CONTEXTO DA PANDEMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O mundo já não é o mesmo que conhecíamos. Ele mudou. 
Tampouco será o mesmo novamente. Da mesma forma, a 
escola também não é a mesma. O ensino não é o mesmo, 
de forma que o aprender também precisa acolher uma 
nova forma de ser. A abertura ao novo nos permite aceitar 
e acolher toda forma nova de vida que nos apresenta 
neste momento e no futuro. Recursos internos de 
ajustamento criativo podem facilitar o desenvolvimento 
das competências Socioemocionais da abertura ao novo 
em um tempo onde precisamos conhecer o que 
acontece em nós e no mundo, aceitar a realidade com 
resiliência e superar com criatividade. 
 
CURIOSIDADE PARA APRENDER - em todo tempo, a 
existência nos dá oportunidade de aprendermos. Este é 
um tempo rico para aprender. Quantas dúvidas, em áreas 
do conhecimento tão diferentes podemos explorar 
agora? Da fisiologia à economia. Do comportamento 
humano à diversidade cultural. Desenvolve-se a 
curiosidade quando o que eu apresento para a pessoa é 
algo que faz sentido para ela, é aplicável em sua vida ou 
possui um interesse genuíno. A curiosidade nos 
movimenta, e movimento é saúde. Ao contrário, 
estagnação é adoecer. Daí a importância de despertar a 
curiosidade para aprender. 
 
IMAGINAÇÃO CRIATIVA - imaginação e criatividade são 
recursos internos que podem favorecer a abertura ao 
novo que vida nos apresentou neste tempo. " ...e se?", 
"Porque não?", são questões que nos libertam de amarras 
rígidas de compreender o mundo. Inovar é uma 
característica da criatividade. Até que ponto eu permito 
que a privação da liberdade externa interfira na minha 
liberdade interior? É tempo de nos reinventarmos também! 
 
INTERESSE ARTÍSTICO - Alguém disse um dia que "a arte 
salvará o mundo". Arte em tempo de pandemia e 
isolamento é um remédio que pode colaborar em 
 
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preservar nossa saúde de forma integrativa. Já se tem 
observado lives com shows, saraus, recitais e, certamente 
produz impacto saudável nessas conexões. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORVIR – Educação para o século 21 – 2014 - 
https://socioemocionais.porvir.org/ - acesso em: 30.03.2020 
 
INSTITUTO AYTON SENNA – BNCC: construindo um currículo de 
educação integral - https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-
br/BNCC/desenvolvimento.html - acesso em: 29.03.2020 
 
 
https://socioemocionais.porvir.org/
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html
 
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Camilo Sobreira de Santana 
Governador 
 
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho 
Vice-governadora 
 
Eliana Nunes Estrela 
Secretária de Educação 
 
Rogers Vasconcelos Mendes 
Secretário Executivo de Ensino Médio e Educação Profissional 
 
Ideigiane Terceiro Nobre 
Coordenadora da Coordenadoria de Gestão Pedagógica do Ensino 
Médio 
 
Maria da Conceição Alexandre Souza 
Coordenadora Estadual do PPDT 
 
 
 
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