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LIBRAS - Aula 01

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
 
 
 
 
 
 
PROFª. GABRIELLA COELHO MOTTA PIZZANI
gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA –
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD
 
 
 
 
Língua Brasileira de Sinais
PROFª. GABRIELLA COELHO MOTTA PIZZANI
gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
(33) 98406-1949 
 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC 
– UNEC 
NEAD 
Língua Brasileira de Sinais 
PROFª. GABRIELLA COELHO MOTTA PIZZANI 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
 
 
2 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 2 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
 
DISCIPLINA LIBRAS - TEXTO BASE – PROFª. GABRIELLA C. M. PIZZANI 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Nossa sociedade é composta por diversos tipos de pessoas com as mais diferentes manifestações da 
diversidade cultural. Apesar dessa diversidade, há uma tendência do ser humano em estabelecer um 
padrão ideal diante das características que são comuns entre os indivíduos. A partir desse padrão, 
muitas das vezes, por falta de informação, subjugamos, ou seja, desconsideramos as pessoas que se 
diferenciam em seus hábitos, comportamentos, características físicas e linguagem, daquele padrão 
estabelecido pela sociedade em que estamos inseridos. 
 
“A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam, sonham e 
expressam. As línguas de sinais envolvem movimentos que podem parecer 
sem sentido para muitos, mas que significam a possibilidade de organizar as 
ideias, estruturar o pensamento e manifestar o significado da vida para os 
surdos. Pensar sobre a surdez requer penetrar no “mundo dos surdos” e 
“ouvir” as mãos que, com alguns movimentos nos dizem o que fazer para 
tornar possível o contato entre os mundos envolvidos, requer conhecer a 
“língua de sinais”. Permita-se “ouvir” essas mãos, pois somente assim será 
possível mostrar aos surdos como eles podem “ouvir” o silêncio da palavra 
escrita.” 
 Ronice Müller de Quadros 
 
A história dos surdos é marcada por preconceitos e julgamentos errôneos. Por exemplo, os surdos 
são erroneamente chamados de "mudos" ou "surdos-mudos", já que, em geral, eles não são 
vocalmente deficientes. Simplesmente não ouvem. 
 
Não é uma história difícil de ser analisada e compreendida, evolui apesar de vários impactos 
marcantes, no entanto, vivemos momentos históricos caracterizados por mudanças, turbulências e 
crises, mas também de surgimento de oportunidades. 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
 
 
3 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 3 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
 
Este texto tem por objetivo dar início a uma base de conhecimentos referentes à Língua Brasileira 
de Sinais - LIBRAS, para os futuros profissionais que, eventualmente, prestarão serviços à 
comunidade surda. Buscando orientar e preparar os mesmos para atender aos princípios da inclusão 
social e às determinações da lei de proteção e amparo a comunidade surda, visando o respeito e 
reconhecimento de sua especificidade linguística e cultural. 
 
UNIDADE 1 - A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA BRASILEIRA 
DE SINAIS - LIBRAS 
 
1.1- Línguas de sinais X línguas orais 
 
 
Embora com as diferenças peculiares a cada língua, todas as línguas possuem algumas semelhanças 
que a identificam como língua e não linguagem como, por exemplo, a linguagem das abelhas, dos 
golfinhos, dos macacos, enfim, a comunicação dos animais. 
 
Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir de unidades mínimas que 
formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os seguintes níveis linguísticos: o 
fonológico, o morfológico, o sintático, o semântico e o pragmático. 
 
Outra semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus 
pensamentos, diferentemente por isso uma pessoa que fala uma determinada língua a utiliza de 
acordo com o contexto: o modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma 
pessoa estranha. Isso é o que se chama de registro. Quando se aprende uma língua está aprendendo 
também a utilizá-la a partir do contexto. 
 
Todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa 
etária e ao sexo. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, a norma 
padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social 
como padrão. 
 
Ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modalidade 
diferente, possuem também estas características em relação às diferenças regionais, socioculturais, 
entre outras, e em relação às suas estruturas que também são compostas pelos níveis descritos 
acima. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
 
 
4 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 4 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
 
Pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que estas línguas são comparáveis em 
complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam ideias sutis, 
complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de 
esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer poesias, estórias, teatro e humor. 
Assim, ficam descartados os termos “linguagem de sinais” e “Linguagem Brasileira de Sinais”, 
sendo que a LIBRAS possui status de língua e não de linguagem. 
 
Como toda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidos 
pelas comunidades surdas em resposta às mudanças culturais e tecnológicas. Assim como também 
possuem expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda 
mais como língua. 
As línguas de sinais, assim como as línguas orais, não são universais, cada língua de sinais tem sua 
própria estrutura gramatical. Assim, como as pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes 
línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão inseridos em “Culturas 
Surdas”1, possuem suas próprias línguas, existindo, portanto, muitas línguas de sinais diferentes, 
como: Língua de Sinais Francesa, Chilena, Portuguesa, Americana, Argentina, Venezuelana, 
Peruana, Portuguesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa, Urubus-Kaapor, citando 
apenas algumas. 
 
As línguas de sinais além de diferentes uma das outras, independem das línguas orais-auditivas 
utilizadas nesses e em outros países, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem a mesma língua 
oficial, o Português, mas as línguas de sinais destes países são diferentes, o mesmo acontece com os 
Estados Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que uma mesma língua de 
sinais seja utilizada por dois países, como é o caso da língua de sinais americana – ASL, que é 
usada pelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá. 
 
Os surdos de países com línguas de sinais diferentes comunicam-se mais rapidamente uns com os 
outros, fato que não ocorre entre falantes de línguas orais, que necessitamde um tempo bem maior 
para um entendimento. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e 
aproveitar gestos e pantomimas para a comunicação e estarem atentos às expressões faciais e 
corporais das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível 
e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades 
surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as ideias, as crenças, os 
costumes e os hábitos de povo surdo. 
LÍNGUA DE SINAIS LÍNGUAS ORAIS 
Espaço (gesto) - visual Oral - auditiva 
Icônica Arbitrária 
 Simultânea Sequencial 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – 
 
 
As línguas de sinais são de modalidade espaço
informações linguísticas predominantemente pelas mãos e recebem através dos olhos, 
diferentemente das línguas orais que são de modalidade oral
informações linguísticas através do aparelho fonoarticulatór
auditivo. 
 
Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas 
gramaticais de cada língua, como no momento da criação de novos vocábulos, sendo as línguas de 
sinais icônicas, pois, ao criar os sinais, os surdos buscam manter uma relação de forma e significado 
entre a coisa a ser nomeada e o seu respectivo sinal, exemplo: sinal de ÁRVORE. Já as línguas orais 
são totalmente arbitrárias ao criar seus vocábulos. Lembrando que nem 
sinais está evidente nos mesmos, tornando necessário o estudo etimológico do sinal para 
descobrirmos a origem da iconicidade, exemplo no sinal de MULHER, que possui uma origem 
francesa. 
 
Enfim, outra diferença significativa entre 
organização das sentenças. As línguas orais organizam suas frases distribuindo os elementos 
linguísticos de forma sequencial, um após o outro, diferentemente das línguas de sinais que, por 
possuírem diferentes mecanismos de produção linguística (mãos, face, olhos...), geralmente 
distribuem as informações linguísticas pelo corpo, podendo produzi
ou seja, ao mesmo tempo, por exemplo, na frase em LIBRAS: QUAL
É-O-SEU-SINAL? 
 
QUAL É O SEU NOME?
 
QUAL É O SEU SINAL?
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 
 gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
de modalidade espaço-visual (gesto-visual) porque produzem suas 
informações linguísticas predominantemente pelas mãos e recebem através dos olhos, 
diferentemente das línguas orais que são de modalidade oral-auditiva, ou seja, produzem as 
informações linguísticas através do aparelho fonoarticulatório e recebem através do aparelho 
Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas 
gramaticais de cada língua, como no momento da criação de novos vocábulos, sendo as línguas de 
ao criar os sinais, os surdos buscam manter uma relação de forma e significado 
entre a coisa a ser nomeada e o seu respectivo sinal, exemplo: sinal de ÁRVORE. Já as línguas orais 
são totalmente arbitrárias ao criar seus vocábulos. Lembrando que nem sempre a iconicidade dos 
sinais está evidente nos mesmos, tornando necessário o estudo etimológico do sinal para 
descobrirmos a origem da iconicidade, exemplo no sinal de MULHER, que possui uma origem 
Enfim, outra diferença significativa entre as línguas de sinais e as línguas orais está na forma de 
organização das sentenças. As línguas orais organizam suas frases distribuindo os elementos 
linguísticos de forma sequencial, um após o outro, diferentemente das línguas de sinais que, por 
diferentes mecanismos de produção linguística (mãos, face, olhos...), geralmente 
distribuem as informações linguísticas pelo corpo, podendo produzi-las então de forma simultânea, 
ou seja, ao mesmo tempo, por exemplo, na frase em LIBRAS: QUAL-É-O-SEU
QUAL É O SEU NOME? MEU NOME É (datilologia do nome)
 
QUAL É O SEU SINAL? MEU SINAL É (fazer sinal pessoal)
 
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porque produzem suas 
informações linguísticas predominantemente pelas mãos e recebem através dos olhos, 
auditiva, ou seja, produzem as 
io e recebem através do aparelho 
Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas 
gramaticais de cada língua, como no momento da criação de novos vocábulos, sendo as línguas de 
ao criar os sinais, os surdos buscam manter uma relação de forma e significado 
entre a coisa a ser nomeada e o seu respectivo sinal, exemplo: sinal de ÁRVORE. Já as línguas orais 
sempre a iconicidade dos 
sinais está evidente nos mesmos, tornando necessário o estudo etimológico do sinal para 
descobrirmos a origem da iconicidade, exemplo no sinal de MULHER, que possui uma origem 
as línguas de sinais e as línguas orais está na forma de 
organização das sentenças. As línguas orais organizam suas frases distribuindo os elementos 
linguísticos de forma sequencial, um após o outro, diferentemente das línguas de sinais que, por 
diferentes mecanismos de produção linguística (mãos, face, olhos...), geralmente 
las então de forma simultânea, 
SEU-NOME? / QUAL-
MEU NOME É (datilologia do nome) 
MEU SINAL É (fazer sinal pessoal) 
 
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DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – 
 
 
1.2- Introdução aos aspectos linguísticos da LIBRAS
LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, língua essa usada pelas comunidades surdas do 
Brasil. A LIBRAS é a língua natural utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde 
existem comunidades surdas. Mundialmente, as comunidades surdas c
de Sinais, ou incorporaram aspectos de outras Línguas de Sinais. Parte do vocabulário da LIBRAS 
atual derivou-se da Língua de Sinais Francesa 
era usada no Brasil e tornou-se a at
muitos anos e sofrem refinamentos em todas as sucessivas gerações.
 
A primeira coisa prática que ensinamos no início do aprendizado de uma língua de sinais é seu 
Alfabeto Manual ou Datilologia 
produzido por diferentes formatos das mãos que representam as letras do alfabeto escrito e é 
utilizado para “escrever” no ar, ou melhor, soletrar no espaço neutro, o nome de pessoas, lugares
outras palavras que ainda não possuem ou que eu desconheça o sinal.
 
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LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
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 gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
Introdução aos aspectos linguísticos da LIBRAS 
 
 
LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, língua essa usada pelas comunidades surdas do 
A LIBRAS é a língua natural utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde 
Mundialmente, as comunidades surdas criaram a sua própria Língua 
de Sinais, ou incorporaram aspectos de outras Línguas de Sinais. Parte do vocabulário da LIBRAS 
se da Língua de Sinais Francesa – LSF. Este se combinou com a forma nativa que já 
se a atual LIBRAS. As línguas de sinais desenvolvem
muitos anos e sofrem refinamentos em todas as sucessivas gerações. 
A primeira coisa prática que ensinamos no início do aprendizado de uma língua de sinais é seu 
Alfabeto Manual ou Datilologia (escrever com os dedos). Este é um recurso das línguas de sinais, 
produzido por diferentes formatos das mãos que representam as letrasdo alfabeto escrito e é 
utilizado para “escrever” no ar, ou melhor, soletrar no espaço neutro, o nome de pessoas, lugares
outras palavras que ainda não possuem ou que eu desconheça o sinal. 
. 
6 
Página | 6 
LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, língua essa usada pelas comunidades surdas do 
A LIBRAS é a língua natural utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde 
riaram a sua própria Língua 
de Sinais, ou incorporaram aspectos de outras Línguas de Sinais. Parte do vocabulário da LIBRAS 
LSF. Este se combinou com a forma nativa que já 
ual LIBRAS. As línguas de sinais desenvolvem-se ao longo de 
A primeira coisa prática que ensinamos no início do aprendizado de uma língua de sinais é seu 
(escrever com os dedos). Este é um recurso das línguas de sinais, 
produzido por diferentes formatos das mãos que representam as letras do alfabeto escrito e é 
utilizado para “escrever” no ar, ou melhor, soletrar no espaço neutro, o nome de pessoas, lugares e 
 
 
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DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
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Portanto, para nos comunicarmos em LIBRAS não basta saber somente o alfabeto, afinal, este é 
somente um dos recursos utilizados pelos usuários de língua de sinais.
 
Os sinais da LIBRAS são formados a partir da combinação da forma,
das mãos, do ponto no corpo ou no espaço
das expressões faciais e/ou corporais
parâmetros que formam os sinais:
 
Configuração das mãos: São formas das mãos no momento da produção 
Por exemplo, os sinais TRISTE, BRINCAR
(Configuração de mãos nº 4 na tabela 
 
EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO DE MÃOS
TRISTE
OBS: Ambos os sinais acima possuem configuração de mãos em Y, nº 4 da 
 
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Portanto, para nos comunicarmos em LIBRAS não basta saber somente o alfabeto, afinal, este é 
somente um dos recursos utilizados pelos usuários de língua de sinais. 
BRAS são formados a partir da combinação da forma, da orientação, do movimento 
do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos, e ainda, em alguns casos, 
das expressões faciais e/ou corporais. Nas línguas de sinais podem ser encontrad
os sinais: 
São formas das mãos no momento da produção 
Por exemplo, os sinais TRISTE, BRINCAR, entre outros, possuem a mesma co
(Configuração de mãos nº 4 na tabela a seguir, em Y). 
EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO DE MÃOS 
 
TRISTE BRINCAR 
Ambos os sinais acima possuem configuração de mãos em Y, nº 4 da 
tabela. 
7 
Página | 7 
Portanto, para nos comunicarmos em LIBRAS não basta saber somente o alfabeto, afinal, este é 
da orientação, do movimento 
onde esses sinais são feitos, e ainda, em alguns casos, 
. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes 
São formas das mãos no momento da produção de um sinal. 
, possuem a mesma configuração de mão 
 
 
Ambos os sinais acima possuem configuração de mãos em Y, nº 4 da 
 
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DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – 
 
 
Ponto de articulação: É o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é 
feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.
ponto de articulação do sinal de PENSAR é na testa
no espaço neutro. 
 
PONTOS DE ARTICULAÇÃO
 NO CORPO
TRISTE: Ponto de articulação no 
queixo
 
Orientação/Direção: Pode ser definida a partir da posição da palma durante a execução de um 
sinal. A mesma pode assumir as seguintes posições: para cima
(Ex: sinal de TRABALHAR), 
BRINCAR e TRISTE), ou lateral
mudam a orientação da palma durante a execução, possuindo, portanto, uma orientação inicial e 
outra final, exemplo, sinal de INTÉRPRETE.
 
 
 
 
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o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é 
feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.
e articulação do sinal de PENSAR é na testa, já o ponto de articulação do sinal BR
PONTOS DE ARTICULAÇÃO 
NO CORPO 
PONTOS DE ARTICULAÇÃO
NO ESPAÇO NEUTRO
 
 
Ponto de articulação no 
queixo 
BRINCAR: Ponto de articulação 
no espaço neutro na frente do 
tronco. 
Pode ser definida a partir da posição da palma durante a execução de um 
sinal. A mesma pode assumir as seguintes posições: para cima (Ex: sinal de HOMEM)
), para frente (Ex: sinal de CUIDADO), para trás
ou lateral (Ex: sinal de MULHER). Ou ainda existem aqueles sinais que 
mudam a orientação da palma durante a execução, possuindo, portanto, uma orientação inicial e 
outra final, exemplo, sinal de INTÉRPRETE. 
8 
Página | 8 
o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é 
feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro. Exemplo: O 
e articulação do sinal BRINCAR é 
PONTOS DE ARTICULAÇÃO 
O NEUTRO 
 
 
Ponto de articulação 
no espaço neutro na frente do 
Pode ser definida a partir da posição da palma durante a execução de um 
(Ex: sinal de HOMEM), para baixo 
para trás (Ex: sinal de 
Ou ainda existem aqueles sinais que 
mudam a orientação da palma durante a execução, possuindo, portanto, uma orientação inicial e 
 
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DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
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EXEMPLO DE ORIENTAÇÃO DA PALMA
TRISTE
OBS: Ambos os sinais acima possuem orientação da palma para trás.
 
Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não.
envolvendo formas e direções, desde os movimentos internos da mão, movimento 
movimentos direcionais no espaço, e até conjuntos de movimentos em um mesmo sinal.
podem ser de diferentes formas também: 
sinuoso, contínuo, repetido, único
(contínuo e circular), já o sinal de
 
EXEMPLO DE SINAL
COM MOVIMENTO
BRINCAR
 
Expressão não manual (facial e/ou corporal
fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de 
Sinais é feita pela expressão facial.
TRISTE, outros sinais possuem expressão neutra
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXEMPLO DE ORIENTAÇÃO DA PALMA 
 
TRISTE BRINCAR 
Ambos os sinais acima possuem orientação da palma para trás.
Os sinais podem ter um movimento ou não. E os movimentos podem ser diversos, 
envolvendo formas e direções, desde os movimentos internos da mão, movimento 
movimentos direcionais no espaço, e até conjuntos de movimentos em um mesmo sinal.
podem ser de diferentes formas também: retilíneo, circular, semicircular
repetido, único, etc. Por exemplo, o sinal de BRINC
de TRISTE não possui movimento. 
EXEMPLO DE SINAL 
COM MOVIMENTO 
EXEMPLO DE SINAL 
SEM MOVIMENTO 
 
BRINCAR TRISTE 
facial e/ou corporal): As expressões faciais e corporais são de 
fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de 
Sinais é feita pela expressão facial.Alguns sinais possuem expressões não manuais, como o sinal de 
s possuem expressão neutra, como o sinal de BRINCAR.
9 
Página | 9 
 
Ambos os sinais acima possuem orientação da palma para trás. 
mentos podem ser diversos, 
envolvendo formas e direções, desde os movimentos internos da mão, movimento dos pulsos, 
movimentos direcionais no espaço, e até conjuntos de movimentos em um mesmo sinal. Estes 
semicircular, helicoidal, angular, 
BRINCAR tem movimento 
 
As expressões faciais e corporais são de 
fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de 
Alguns sinais possuem expressões não manuais, como o sinal de 
, como o sinal de BRINCAR. 
 
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DISCIPLINA: LIBRAS 
 
 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
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EXEMPLO DE SINAL 
COM EXPRESSÃO
NÃO MANUAL
TRISTE
 
Quando temos sinais que só se diferem em apenas um
chamamos de PARES MÍNIMOS
pares mínimos, pois se diferem apenas na menor unidade da língua distintiva de significado, 
chamada fonema. 
 
EXEMPLO DE PARES MÍNIMOS EM 
 
Os sinais acima, AZAR e DESCULPA, são considerados pares mínimos em LIBRAS, pois só se 
diferem no parâmetro Ponto de Articulação. 
demais parâmetros são idênticos, confira a seguir:
 
Configuração de mãos: Y 
Orientação: Para trás 
Movimento: não possui 
Expressão não manual: Neutra 
 
Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as 
frases em um contexto. Mas, para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as
preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases. 
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EXEMPLO DE SINAL 
COM EXPRESSÃO 
NÃO MANUAL 
EXEMPLO DE SINAL 
COM EXPRESSÃO 
NEUTRA 
 
TRISTE BRINCAR 
Quando temos sinais que só se diferem em apenas um dos parâmetros
PARES MÍNIMOS, assim como as palavras vaca e faca na Língua Portuguesa são 
pares mínimos, pois se diferem apenas na menor unidade da língua distintiva de significado, 
EXEMPLO DE PARES MÍNIMOS EM 
LIBRAS 
 
AZAR DESCULPA 
e DESCULPA, são considerados pares mínimos em LIBRAS, pois só se 
diferem no parâmetro Ponto de Articulação. AZAR é feito no nariz e DESCULPA no queixo. Os 
, confira a seguir: 
 
Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as 
ara conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as
preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases. 
10 
Página | 10 
 
s acima apresentados, 
assim como as palavras vaca e faca na Língua Portuguesa são 
pares mínimos, pois se diferem apenas na menor unidade da língua distintiva de significado, 
e DESCULPA, são considerados pares mínimos em LIBRAS, pois só se 
é feito no nariz e DESCULPA no queixo. Os 
Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as 
ara conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras, é 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
 
 
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Professora: Gabriella Coelho Motta Pizzani – gabriellacoelhomottapizzani@gmail.com 
 
 
A LIBRAS utiliza-se das expressões faciais e corporais para estabelecer TIPOS DE FRASES, 
como as entonações na Língua Portuguesa, por isso para perceber se uma frase em LIBRAS está na 
forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às 
expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase, 
exemplos: 
 
 FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra. 
 
 
 
 FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça 
inclinando-se para cima. 
 
 
 FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça 
inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com expressões 
intensificadoras. 
 
 
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 FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através do acréscimo do sinal NÃO à frase 
afirmativa, com um aceno de cabeça negativo que pode ser feito simultaneamente com a 
ação que está sendo negada. 
 
 
Exceto em alguns casos, como nos verbos que possuem uma versão negativa, exemplo: 
GOSTAR, PODER, ENTENDER/SABER, QUERER e TER. 
 
 
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O GÊNERO (feminino e masculino) em LIBRAS, diferentemente do Português, é marcado pelo 
uso do sinal de MULHER (FÊMEA) e HOMEM (MACHO) juntamente ao substantivo que se 
pretende determinar. Exemplos: 
 
 
 
 
 
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EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 
Sinal de TI@ + sinal de MULHER = TIA 
Sinal de TI@ + sinal de HOMEM = TIO 
Sinal de GAT@ + sinal de FÊMEA = GATA 
Sinal de GAT@ + sinal de MACHO = GATO 
 
Também o NÚMERO (singular e plural) dos substantivos em LIBRAS pode ser marcado a partir 
da repetição do sinal no espaço de sinalização, por exemplo, o sinal de CASA feito repetidas vezes 
no espaço neutro na frente do corpo origina o plural CASAS. Outros são marcados pelo acréscimo 
de uma informação que indique a pluralização desse sinal, como: o sinal de MULHER feito 
juntamente ao sinal de VÁRI@S dando origem ao plural, MULHERES. Se não for utilizado 
nenhum desses recursos pressupõe-se que o substantivo está sendo usado no singular. 
 
O GRAU (aumentativo e diminutivo) é marcado em LIBRAS por expressões específicas para cada 
caso, conforme figuras a seguir: 
 
 
Sendo, na Figura 1 o sinal de CASA simultaneamente a expressão diminutiva (biquinho), dando 
origem ao sinal de CASINHA. E, na Figura 2, temos o sinal de CASA associado à expressão 
aumentativa (olhos arregalados, boca aberta) originando o sinal de CASARÃO. 
 
Finalmente, o TEMPO (passado, presente e futuro), diferentemente do Português, não é feito 
diversificando os sufixos e sim, acrescentando juntamente ao verbo uma informação externa 
(advérbio de tempo) que determine o tempo desejado, simultaneamente a uma inclinação do corpo 
para trás, quando se pretende colocar o verbo no passado, e para frente para verbos no futuro. 
 
Percebemos, após essa breve análise de alguns aspectos linguísticos da LIBRAS que, compreender 
a gramática de uma língua é apreender as regras de formação e de combinação dos elementos desta 
língua. Os estudos, já em andamento, aprofundando nos pontos aqui apresentados e em outros não 
mencionados, poderãomostrar mais detalhadamente a gramática da Língua de Sinais Brasileira.

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