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SISTEMA DIGESTÓRIO ANATOMIA C 2

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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS C 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 Dividido em um sistema condutor formado 
pela cavidade oral, faringe, esôfago, estômago, 
intestino delgado e intestino grosso; e em órgãos 
acessórios como a língua, os dentes, as glândulas 
salivares, o fígado e o pâncreas. 
 Todo o sistema tem como função primordial à 
nutrição do organismo animal. Outras funções 
são a preensão do alimento, mastigação, 
insalivação, deglutição, digestão, absorção e 
expulsão da porção não absorvida dos alimentos. 
 
 O sistema digestório tem início na abertura da 
boca e termina no ânus. Embriologicamente 
apresenta-se como um tubo. Em diversos locais 
recebe as diferentes glândulas suas secreções por 
meio de seus ductos como as glândulas salivares, 
o fígado e o pâncreas. 
 
 O sistema digestório das aves difere dos 
mamíferos por apresentar uma cavidade bucal e 
faringe em um único compartimento, esôfago 
com uma dilatação denominada de inglúvio, 
estômago com dois compartimentos, intestino 
delgado e intestino grosso, terminando em uma 
cavidade comum ao aparelho urogenital e ao 
sistema digestório denominada de cloaca. 
 
CAVIDADE ORAL (BUCAL) 
 Estende-se dos lábios até a entrada da faringe. 
É limitada rostralmente pelos lábios e 
lateralmente pelas bochechas. Seu limite dorsal, 
ou teto é o palato duro, ventralmente fica a 
língua e abaixo desta, no ápice e margens 
laterais, há um espaço em forma de meia lua 
denominado de assoalho da cavidade oral. 
Caudalmente comunica-se com a parte oral da 
faringe (orofaringe) que é o espaço delimitado 
pela raiz da língua, palato mole e a base da 
epiglote (É o espaço que resta quando a boca 
está fechada e preenchida pelas estruturas nela 
contidas). 
 
Subdivisão: quando a boca está fechada, a 
cavidade oral é dividida pelos dentes e processos 
alveolares da mandíbula e do maxilar 
em vestíbulo e cavidade oral propriamente dita. 
O vestíbulo por sua vez pode ser dividido 
em labial que é o espaço compreendido entre os 
dentes incisivos e os lábios e em bucal que é o 
espaço entre as bochechas e a superfície dos 
dentes molares. 
 
 Quando a cavidade oral está fechada, o 
vestíbulo bucal está conectado com a cavidade 
bucal através do diastema (espaço interdentário) 
entre os incisivos e os pré-molares, assim como 
atrás do último dente molar. 
 
 A membrana mucosa da cavidade oral é 
usualmente rosa, mas pode ser pigmentada 
(preta) em alguns locais. É bem suprida de vasos 
sanguíneos e sua mucosa contém glândulas 
mucosas e serosas conhecidas como glândulas 
labiais, bucais e linguais, dependendo da sua 
localização. Existem glândulas salivares maiores 
que liberam suas secreções dentro da cavidade 
bucal através de seus ductos especiais. 
 
LÁBIOS 
 Servem como órgãos de sucção, preensão e 
toque. São duas pregas musculomembranosas 
que circundam a abertura da boca (rima oris – 
rima da boca). O lábio superior e o inferior se 
unem lateralmente formando os ângulos 
ou comissuras labiais. Esta comissura labial nos 
suínos e caninos é bastante ampla chegando até 
os dentes molares. 
 
 Os lábios dos animais domésticos participam 
na sucção e preensão do alimento, podendo 
ainda atuar como órgãos táteis. Diferem, no 
entanto, em forma e mobilidade com a espécie. 
Os lábios dos equinos, ovinos, caprinos e 
carnívoros são móveis enquanto os dos bovinos e 
suínos não possuem muita liberdade de 
movimento. No equino, movimentam-se para 
apanhar o alimento e transportá-lo para a 
cavidade bucal, sendo também dotado de grande 
sensibilidade (contenção física nesta espécie – 
“cachimbo”). O lábio inferior é menor que o 
superior nos carnívoros e suínos. Os lábios estão 
fixos ao osso incisivo e porção incisiva da 
mandíbula. 
 
Apresentam duas superfícies: 
Superfície externa: Nos equinos, pequenos 
ruminantes e carnívoros, a pele que reveste os 
lábios possui a mesma aparência, apresentando 
pelos táteis longos e pelos ordinários finos 
(comuns). Os suínos e bovinos, diferentemente, 
apresentam no local uma região desprovida de 
pelos conhecida como plano rostral (devido ao 
osso rostral presente nos suínos) e plano 
nasolabial, respectivamente, a qual incorpora a 
porção central do lábio superior. Nos bovinos 
esta área apresenta-se geralmente úmida e fria. 
 
O lábio superior dos carnívoros e dos pequenos 
ruminantes é dividido por uma fissura média 
distinta denominada de filtro (philtrum) que é 
superficial ou ausente nas outras espécies. 
 
O lábio inferior apresenta o mento (queixo) que é 
uma protuberância formada por tecido muscular 
e adiposo (a protuberância óssea mental que 
forma a base do queixo no homem não está 
presente nos animais). Relação com o forame 
mentoniano / mental) 
 
Superfície interna: está coberta pela mucosa 
labial que se encontra em uma linha bem 
definida na borda do lábio. As glândulas labiais 
encontradas na submucosa ou na camada 
muscular são especialmente bem desenvolvidas 
perto das comissuras labiais. São mais numerosas 
no equino, decrescendo em número nos bovinos, 
caprinos, ovinos, suínos, caninos e felinos. 
 
BOCHECHAS 
 São as paredes laterais do vestíbulo bucal e se 
estendem do ângulo da boca para a prega 
pterigomandibular que conecta o palato com a 
mandíbula atrás do último molar. 
 
Estrutura: apresentam três camadas: pele 
externamente, mucosa internamente e uma 
camada intermediária de glândulas e músculos 
(bucinador, zigomático, canino, depressor e 
levantador naso-labial). 
 Nos ruminantes a mucosa forma papilas 
cornificadas direcionadas caudalmente em forma 
de cones as quais estão presentes também nos 
lábios, denominadas papilas cônicas. Estas 
papilas empurram o pasto em direção caudal. 
 
 As glândulas bucais estão localizadas entre a 
mucosa e a musculatura ou entre a própria 
musculatura. Podem ser distinguíveis as 
glândulas bucais dorsais e ventrais e também as 
médias nos bovinos. Devido às glândulas bucais 
dorsais dos carnívoros se localizarem medial ao 
arco zigomático são denominadas de glândulas 
zigomáticas. 
Nos felinos podemos evidenciar uma glândula 
localizada caudo-ventral ao ângulo da boca, a 
glândula molar. Os ductos destas glândulas se 
abrem no vestíbulo bucal. Na mucosa da 
bochecha abre-se também o ducto da glândula 
salivar parótida. 
 
GENGIVAS 
 É parte da mucosa oral de tecido conjuntivo 
fibroso denso unida intimamente ao periósteo 
dos processos alveolares. A gengiva envolve o 
colo do dente e troca fibras com o periósteo 
alveolar. Nos ruminantes as gengivas dos 
incisivos superiores encontram-se modificadas 
formando o pulvino dentário. 
 
PALATO 
 É o teto da cavidade bucal e da parte oral da 
faringe composto de uma porção óssea que é 
o palato duro e de uma porção caudal 
musculomembranosa denominada de palato 
mole. O palato separa o canal respiratório do 
canal digestivo na cabeça. 
 
PALATO DURO 
 Forma o teto da cavidade bucal e é formado 
pelo palato ósseo (processos palatinos do maxilar 
e incisivo, e lâmina horizontal do palatino) e de 
mucosa. 
 É limitado lateralmente e rostralmente pelo 
arco dentário mandibular. Esta mucosa firme é 
constituída no equino por ricos plexos venosos 
sendo contínua lateralmente com as gengivas e 
caudalmente com a membrana mucosa do palato 
mole. 
 Está dividido centralmente em dois segmentos 
simétricos pela rafe palatina a qual é usualmente 
um sulco pouco profundo. No cão é uma crista 
mediana indistinta. Em cada lado desta rafe 
direcionadas transversalmente estão as rugas 
palatinas. Estas são cornificadas, levemente 
côncavas, com um declive gradual cranialmente e 
declive exagerado caudalmente. O número de 
rugas difere com a espécie. No suíno e no equino 
as rugas palatinas se estendem até o palato mole, 
onde nas outras espécies a porçãocaudal do 
palato duro é lisa. 
 
 Caudalmente ao primeiro par de incisivos 
superiores ou da almofada dental nos bovinos 
encontra-se um espessamento impar, 
a papila incisiva onde se abrem os ductos 
incisivos. Estes ductos são pares e localizam-se no 
assoalho da cavidade nasal onde se dirigem 
rostroventralmente conectando a cavidade nasal 
com a oral. Nos equinos estes ductos se abrem 
cegamente na papila incisiva. Os ductos 
incisivos continuam caudalmente com um canal 
de fundo cego denominado de órgão 
vomeronasal. 
 O palato duro localizado em situação oposta 
ao dorso da língua e com rugas ajuda a língua 
durante a preensão, mastigação e no movimento 
do bolo alimentar para dentro da porção oral da 
faringe. 
 
PALATO MOLE (VÉU PALATINO) 
 É uma prega musculomembranosa substancial 
que forma a continuação caudal do palato duro. 
 Estende-se dentro da cavidade faríngica do 
bordo livre dos ossos palatinos e divide a porção 
rostral desta cavidade em partes nasal e oral da 
faringe. 
 A borda caudal livre do palato mole 
normalmente localiza-se perto da base da 
epiglote de forma que a porção rostral da laringe 
se introduz através da abertura intrafaríngea. 
 
 O equino apresenta um palato mole 
excepcionalmente grande. Exceto durante a 
deglutição a sua borda livre fica contra a base da 
epiglote em forma de cunha, de modo que a 
superfície rostral da epiglote situa-se contra a 
superfície dorsal do palato mole. O equino é 
incapaz de mover o palato mole desta posição, 
de forma que é muito difícil, senão impossível 
esta espécie respirar pela boca. Pelo mesmo 
motivo o vômito quando acontece, sai pelo nariz 
e não pela boca. 
 
 A superfície ventral do palato mole forma o 
teto da porção oral da faringe e está em contato 
(sobre) com a raiz da língua na respiração 
normal. A superfície dorsal do palato mole é o 
assoalho da parte nasal da faringe. 
 
Arco palatoglosso (pilar anterior): são dois 
pilares de mucosa que conectam o palato mole 
com a raiz da língua e formam os limites laterais 
do ádito da faringe. 
Arco palatofaríngeo (pilar posterior): são pregas 
que procedem caudalmente do bordo livre do 
palato mole ao longo das paredes laterais da 
faringe e ancoram o palato mole pelas paredes 
faríngeas. 
 
 
 
Considerações Clínicas: 
 Cães braquicefálicos apresentam uma 
síndrome que além de estreitamento das narinas 
possuem um alongamento do palato mole. Este 
quando alongado sua borda livre é aspirada 
durante a respiração produzindo um ronco 
característico e dificuldade respiratória. 
 No equino quando se faz endoscopia via 
cavidade nasal visualizamos de forma normal o 
palato mole abaixo da epiglote, pois esta espécie 
é um respirador nasal obrigatório e esta 
disposição é a posição anatomicamente correta. 
Quando visualizamos o palato mole acima da 
epiglote significa uma disfunção denominada de 
deslocamento do palato mole. 
 
TONSILAS 
 É um acúmulo de tecido linfoide na mucosa. 
Algumas apresentam acúmulo evidente, outras 
são difusas e difíceis de visualizar. Recebe o 
nome conforme sua localização (lingual, palatina, 
faríngica, tubárica). As tonsilas faríngeas são 
conhecidas como adenoides. 
 Elas ajudam a proteger as entradas da faringe 
de microorganismos e substâncias tóxicas, 
constituem a primeira barreira de defesa do 
organismo. 
 Entre os pilares situam-se as tonsilas 
palatinas que estão desenvolvidas somente nos 
carnívoros. Nesta espécie é uma estrutura longa 
e cilíndrica localizada na fossa tonsilar. Nos 
ruminantes é visível somente a abertura tonsilar 
e nos suínos está ausente. Nos equinos é 
disseminada lateralmente. 
 
ASSOALHO SUBLINGUAL DA CAVIDADE BUCAL 
 É um espaço em forma de meia lua, visível 
quando a língua é removida. Consiste de 
uma porção pré-frenular cranial e dois recessos 
laterais sublinguais que se estendem 
caudalmente entre a mandíbula e a língua. 
 
Porção pré-frenular: 
 A membrana mucosa forma o frênulo da 
língua mediano que fixa a superfície ventral da 
língua no assoalho sublingual. Este frênulo no 
suíno é duplo. De cada lado do frênulo, um pouco 
mais rostral situam-se as carúnculas sublinguais. 
Estas variam em tamanho, forma e posição 
conforme a espécie, estando frequentemente 
ausente no suíno. Nos bovinos possui borda 
serrilhada. É o local de abertura dos ductos das 
glândulas salivares sublingual monostomática e 
mandibular. (monostomática no equino não). 
 
Recessos sublinguais laterais: são limitados 
lateralmente pelos dentes da arcada inferior e 
gengivas, e medialmente pela superfície lateral 
da língua. Ao longo do assoalho de cada recesso 
situa-se a glândula sublingual polistomática, 
abaixo de uma prega de membrana mucosa 
(prega sublingual). Ao longo da borda desta 
prega abrem-se muitos ductos excretórios desta 
glândula. 
 
LÍNGUA 
 Preenche a cavidade oral quando a arcada 
superior e inferior estão em contato. 
 É sustentada caudalmente pelo osso hioide e 
consiste de musculatura estriada e tecidos 
conjuntivo e adiposo, algumas glândulas e 
externamente por membrana mucosa grossa. 
 Sua forma difere levemente de espécie para 
espécie. É um órgão muito móvel e versátil, 
sendo essencial para preensão (bovinos) e 
escolha dos alimentos sólidos em alguns animais; 
para sucção de líquidos em outras (carnívoros) e 
tem importante papel na sucção do recém-
nascido. É também um importante órgão tátil e 
capaz de selecionar os alimentos mecanicamente 
ou quimicamente através de botões gustativos. 
 É necessária tanto para mastigação como para 
deglutição, empurrando o bolo alimentar 
ensalivado para faringe. 
 Algumas espécies usam a língua para livrar-se 
de insetos, para coçar e para se limpar. O cão 
quando se encontra ofegante perde calor através 
da língua, atuando na termorregulação. 
 
Inervação: derivada de cinco pares de nervos 
cranianos: ramo mandibular do trigêmeo (V), 
nervo facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X) e 
hipoglosso (XII). O nervo hipoglosso é o único 
nervo motor da língua, os outros são sensoriais e 
são responsáveis por estímulos gustatórios, 
tácteis, dor e da temperatura. 
 O terço rostral da língua recebe inervação 
sensorial pelo nervo lingual (ramo do nervo 
mandibular do trigêmeo - V par). O nervo lingual 
une-se ao nervo corda do tímpano, ramo do 
nervo facial, o qual contém fibras sensoriais e 
parassimpáticas. 
 O terço caudal da língua é inervado pelo ramo 
lingual do IX par craniano (n. glossofaríngeo) e 
por ramos do X para craniano (nervo vago). 
 
Divisão: 
Raiz: é a porção mais caudal e fixa no osso hioide, 
palato mole e faringe. Inclina-se ventralmente 
através da base da epiglote. 
Corpo: representa a grande massa da língua, 
porção média. 
Ápice: é a porção livre, delgada e arredondada. 
Apresenta superfícies dorsal e ventral que se 
encontram numa borda afilada ou arredondada 
dependendo da espécie; a superfície ventral é 
conectada ao assoalho da cavidade oral 
pelo frênulo da língua. 
Dorso da língua: é a superfície da língua oposta 
ao palato. 
 
Herbívoros e suínos: o corpo da língua tem 
superfícies laterais extensas. 
Ruminantes: a porção caudal do dorso se 
sobressai para formar uma proeminência elíptica, 
o toro da língua, rostral ao qual se localiza 
a fossa lingual em forma de funil. (possui papilas 
lenticulares e cônicas). 
Carnívoros: o dorso da língua do canino é 
dividido pelo sulco mediano dentro de duas 
metades iguais. O ápice da língua do cão e do 
gato contém ao longo de sua superfície ventral a 
característica lissa que é uma estrutura filiforme, 
cartilaginosa de tecido fibroso e adiposo, 
embebida na musculatura. 
Equino: semelhante aos carnívoros, os equinos 
apresentam um espessamento dorsal mediano 
palpável na lâmina própria,a cartilagem do 
dorso da língua que contém adipócitos e 
condrócitos isolados (não muito visível em aulas 
práticas – parece até um toro) 
 
Estrutura: É constituída por uma membrana 
mucosa, glândulas, músculos (genioglosso), vasos 
e nervos. A membrana mucosa varia de 
espessura, sendo mais espessa e dura 
dorsalmente e fina e delicada ao longo das 
superfícies ventral e lateral. No dorso onde o 
desgaste é grande, a mucosa é grossa e firme 
devido a cornificação do epitélio, principalmente 
nos felinos e ruminantes. 
 A membrana mucosa da língua apresenta 
numerosas papilas, as quais são denominadas 
conforme a sua forma. As papilas filiformes e 
cônicas têm função mecânica; as fungiformes, 
valadas e folhadas servem principalmente para 
função gustatória. 
 
Papilas marginais: são desenvolvidas nos 
carnívoros recém-nascidos e em leitões, 
formando o limite lateral da língua e auxiliando 
na sucção do leite. 
Papilas filiformes: são macias e cobrem o dorso e 
porção lateral do ápice da língua dos equinos, 
suínos e carnívoros dando a mucosa um aspecto 
aveludado. São modificadas nos felinos e 
ruminantes. 
 Espalhadas entre as papilas filiformes dos 
bovinos, caprinos e ovinos, especialmente no 
toro da língua estão as papilas cônicas e as 
achatadas papilas lenticulares. 
 
 A raiz da língua dos carnívoros e suínos 
apresenta papilas filiformes longas e macias. Nas 
outras espécies a raiz da língua é livre de papilas. 
 
Papilas fungiformes: São maiores, mas menos 
numerosas que as anteriores. Devido a 
apresentarem botões gustatórios são usualmente 
classificadas como papilas gustativas. Papilas 
fungiformes sem botões gustativos são 
ocasionalmente encontradas nos bovinos e 
equinos. Distribuem-se no dorso da língua 
especialmente ao longo das bordas. São também 
encontradas nas laterais e mesmo na superfície 
ventral da língua. Sensação de doce e salgado. 
 
 Papilas circunvaladas: estão localizadas no 
dorso, rostral a raiz da língua e são maiores que 
as papilas fungiformes. São circundadas por um 
sulco circular e não se projetam sobre a 
superfície da língua. O número de papilas varia 
com a espécie. Os equinos e os suínos possuem 
apenas um par de papilas muito grandes, no 
entanto o equino pode ter ocasionalmente três 
ou quatro. Os carnívoros possuem 2 a 3 papilas 
de cada lado, o bovino de 8 a 17, os ovinos 19 
a 24 e os caprinos 12 a 18. Sensação ácida. 
 
Papilas folhadas: são encontradas nas bordas da 
língua imediatamente rostral ao arco 
palatoglosso, que é uma prega grossa de mucosa 
que conecta a raiz da língua com a superfície 
ventral do palato mole. Estas papilas consistem 
de uma série de folhas paralelas de tecido 
conjuntivo que são separadas umas das outras 
por pequenos sulcos. São totalmente ausentes 
nos ruminantes. Na profundidade dos sulcos 
estão os botões gustativos. 
 A mucosa sobre a raiz da língua é 
caracterizada pela presença de tecido linfático. 
Esta tem a forma de acúmulo linfoide difuso, 
nódulos solitários ou agregados ou folículos 
tonsilares denominado coletivamente de tonsila 
lingual. 
 
Musculatura intrínseca: não são músculos 
isolados, são sistemas de fibras que correm em 
várias direções, unindo-se aos músculos 
extrínsecos. 
Musculatura extrínseca: são os músculos que 
atuam dando uma maior mobilidade à língua. 
Constitui os músculos genioglosso, hioglosso e 
estiloglosso.

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