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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO Resenha Crítica de Caso Filipe Fonseca Aguiar Trabalho da disciplina Legislação e Normas Técnicas Tutor: Prof. MARCIO JORGE GOMES VICENTE Vila Velha 2021 2 RANA PLAZA: SEGURANÇA DO TRABALHO EM BANGLADESH (A) REFERÊNCIA: QUELCH, John A.; RODRIGUE Z, Margaret L. Rana Plaza: Segurança do Trabalho em Bangladesh (A ). Harvard Business School, Fevereiro 2015. Disponibilizado em 16 de dezembro de 2020: http://pos.estacio.webaula.com.br/Trabalhos/Suplementos/1668/96173/47394.pdf RESENHA O artigo em estudo descreve sobre o acidente ocorrido em 2013 na capital de Bangladesh, o desmoronamento do edifício Rana Plaza, que funcionava um complexo de fabricas têxteis, onde se teve mais de mil e cem mortes e diversos feridos, acarretando para a área industrial a preocupação no que tange a segurança no ambiente de trabalho e as condições dispostas. Após a independência em 1971 do Paquistão, deu-se inicio a privatização das industrias para propagar e estimular o desenvolvimento econômico. Mesmo com taxas de importações altas em impostas em 2004, Bangladesh conseguia manter seu volume de exportação graças ao custo baixo na execução do material. A mão de obra barata e de grande capacidade incentivava grandes corporações multinacionais a fazerem suas instalações em Bangladesh. O crescimento rápido, quase que exponencial, das industrias em Bangladesh fez com que as construções de pátios de fabricas e industrias tivessem que ser executadas rápidas, onde muitas das vezes não atendendo a códigos de segurança e normas construtivas, não possuindo nenhum tipo de acompanhamento nem supervisão, por medo de perder contratos de investimentos de multinacionais. Com condições de trabalho ruim e ambientes inseguros, diversas ONGs tiveram iniciativas para melhorar as condições de trabalho e de segurança dos 3 trabalhadores, mas o governo de Bangladesh tentava sempre em suprimir as atividades de sindicatos e qualquer grupo que tentasse demonstrar ou revelar algum tipo de condição de segurança ruim em áreas de fabricas, chegando até mesmo a serem suspeitos de assassinar ativistas trabalhistas. O edifício Rana Plaza, uma construção inicial de quatro pavimentos, sendo adicionado futuramente e ilegalmente mais 5 pavimentos, abrigava cinco fabricas, um banco e um shopping center, onde a tempos já apresentavam indícios de instabilidade, demonstrando fissuras, trincas até rachaduras, estes apresentados e relatados por um engenheiro que já havia sido consultado por Sohel Rana (proprietário do edifício), onde afirmava que a construção era insegura e que deveria ser evacuado. Mesma com a avaliação de um profissional em um período próximo um funcionário do governo local, afirmou que o edifício não tinha problemas e que poderia permanecer sendo utilizado. Os funcionários das fabricas não tiveram a mesma oportunidade que outros funcionários, como por exemplo os do banco, que seguiram o conselho do engenheiro e não permanecendo no local. Na data de 24 de abril de 2013, o prédio entrou em colapso, ocasionando mais de 1.100 (mil e cem) mortes e mais de 2.500 (dois mil e quinhentos) feridos, o proprietário Sohel Rana, estava no edifício, mas conseguiu fugir, sendo preso mais tarde tentando atravessar a fronteira da Índia. Em relatórios periciais se teve a indicação de que o colapso foi ocasionado por diversos fatores, sendo algum deles: o excesso de pavimentos construídos e maquinário pesado que não foi calculado para suportar, o terreno era uma área de lagoa, não sendo tratado devidamente e a qualidade dos materiais utilizados que eram bem inferiores. Nos dias posteriores ao desabamento, milhares de funcionários e trabalhadores da área têxtil se aglomeraram nas regiões industriais, ocasionando o fechamento de diversas fabricas. O incidente além do fechamento de varias fabricas fez com que diversas multinacionais não fossem responsabilizadas, mas acabaram decidindo por mudar toda a produção de Bangladesh para outros países de menor risco. 4 Assim pode ser analisado que, tanto para o trabalho a ser executado quanto para o ambiente em que será exercido, se tem leis especificas que regem a segurança para o trabalhador. São normas regulamentadoras que estabelecem padrões construtivos, exigências mínimas a serem cumpridas para ambientes, sendo todas essas regidas e supervisionadas por órgãos Federais e até globais, estando todos sujeito a responsabilidade civil e penal. Se as obras, estruturas, assim como os padrões de trabalho empregados nas fabricas de Bangladesh tivesses seguidos regimentos e normas construtivas, todo esse desastre poderia ter sido evitado, até mesmo após a construção, pois existem normas e leis para fiscalização, embargo e interdições que ocasionando penalidades, onde durante a avaliação feita tivessem avaliado corretamente e imposto ordem de evacuação poderia ter salvado diversas vidas.