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Resenha Crítica - Legislação e Normas Técnicas

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Centro Universitário Estácio de Sá 
Resumo do Texto: Rana Plaza: Segurança Do Trabalho Em Bangladesh (A) 
Disciplina: Legislação e Normas Técnicas 
Discente: Bárbara Lima Saldanha – 202103505971 
 
Referência: QUELCH, John A.; RODRIGUEZ, Margaret L.J. Rana Plaza: Segurança do 
Trabalho em Bangladesh (A). Havard Business School, fevereiro de 2015. 
 
1. Introdução 
Esta resenha crítica é baseada no estudo de caso RANA PLAZA: SEGURANÇA DO 
TRABALHO EM BANGLADESH (A), escrito pelo Professor John A. Quelch e pela 
Pesquisadora Margaret L. Rodriguez que retrata um acidente industrial ocorrido no 
edifício da fábrica Rana Plaza, em abril 2013. 
O edifício Rana Plaza situado em Bangladesh, país localizado no sul da Ásia, a leste 
da Índia, foi construído em 2006 por Sohel Rana e seu pai. Este prédio abrigava uma 
fábrica de vestuário que confeccionava roupas de várias marcas globais. Em 2012 
Bangladesh foi considerada o segundo maior exportador mundial de vestuário, perdendo 
apenas para a China. 
Após a promulgação do Acordo Multifibras, que estendeu as regras do comércio 
internacional para os têxteis de lã e fibras sintéticas, em 1974, a indústria de vestuário 
tornou-se uma grande força em Bangladesh, tendo um alto volume de exportação devido 
aos baixos custos laborais. Por ter sido o segundo maior exportador de vestuário do 
mundo, tornou-se um setor de grande importância para a economia. Os trabalhadores 
destas fábricas eram pagos cerca de 13% a mais do que os de outros setores industriais 
do país. A maior parte dos empregados eram mulheres, sendo em 2011 o principal ramo 
empregatício de mulheres entre 15 e 30 anos. 
A produção com baixo custo e com grande capacidade foram os principais estímulos 
para que as multinacionais produzissem peças de roupas em Bangladesh. Os salários 
mínimos e médios eram muito inferiores em comparação com os outros países que 
também produziam peças para exportação. O crescimento rápido da indústria resultou na 
construção muito rápida de fábricas, muitas vezes sem aderir aos códigos de construção. 
É o caso do edifício Rana Plaza: uma edificação de 8 andares, que no dia 24 de abril de 
2013 desabou, vindo a tirar a vida de 1.134 trabalhadores e ferindo em torno de 2.500 
outros. 
2. Análise Crítica do Caso 
Um dia antes do prédio entrar em colapso, os trabalhadores chegaram a visualizar 
rachaduras em sua estrutura. O edifício Rana Plaza abrigava, além das fábricas, um banco 
e lojas. Neste mesmo dia um engenheiro avaliou o prédio e o considerou inseguro, 
recomendando que fosse evacuado, em paralelo um funcionário do governo, acionado 
pelo proprietário do prédio, Sohel Rana, declarou que o local estava a salvo. Os 
colaboradores do banco seguiram as orientações do engenheiro, entretanto os 
trabalhadores de vestuário foram convocados ao trabalho sob o risco de perder seus 
empregos. 
Sohel Rana conseguiu abandonar o local assim que percebeu que a estrutura iria ruir, 
em seguida tentou fugir, mas acabou sendo detido na fronteira com a Índia. 
Vários problemas causaram o acidente, dentre eles: os materiais de construção de 
baixa qualidade, a estrutura não tinha uma base forte que sustentasse o peso dos 
maquinários utilizados nas fábricas, a construção de quatro andares adicionais 
construídos de forma ilegal e o solo onde a edificação foi levantada havia sido outrora um 
lago que fora aterrado para a elevação do prédio... 
O governo expediu um mandado de prisão contra o proprietário Sohel Rana que 
acabou respondendo na Justiça do trabalho por negligência. Os demais proprietários de 
fábricas que estavam situados no Rana Plaza receberam as mesmas penalidades de Sohel. 
Os efeitos que o acidente causou para as empresas de vestuários de Bangladesh foram a 
redução das compras neste setor, além disso muitos consumidores condenaram que os 
varejistas estavam tirando vantagem dos trabalhadores e houveram diversos 
questionamentos acerca das condições trabalhistas que estava vigorando nas industrias, 
principalmente têxtil. Milhares de trabalhadores se revoltaram nos distritos industriais, 
causando o fechamento de várias fábricas. 
A tragédia ocorrida demonstrou que as entidades governamentais careciam de 
recursos, equipamentos e capacitação necessários para inspecionar as fábricas e fazer 
cumprir os códigos de construção. 
Após a ocorrência, foram criadas três comissões para ajudar as vítimas e famílias com 
tratamento médico e compensação, além a montagem de uma equipe de engenheiros para 
inspecionar as fábricas, sendo 19 fechadas como resultados, devido as não conformidades 
de segurança dentre outras. Algumas multinacionais continuaram com seus negócios em 
Bangladesh outras, porém decidiram realocar sua produção para outro país, como a 
Disney Corporation. As que permaneceram poderiam decidir se colocariam investimento 
na melhoria das condições de segurança, porém muitos proprietários ficaram hesitantes, 
já que 90% das instalações necessitavam de reparos graves ou ser demolidas. 
Observa-se graves erros cometidos, dentre eles, que os profissionais trabalhavam em 
condições precárias, eram pressionados a produzirem roupas em grande escala, não houve 
fiscalização antes, durante e depois do processo construtivo. O resultado disso é quadros 
recorrentes de acidente do trabalho, com uma quantidade significativa de óbitos. 
3. Conclusão 
A segurança do trabalho e o cumprimento das Normas de Segurança são 
responsabilidades das empresas e seu cumprimento é fundamental tanto da parte 
empregado quanto da parte do empregador que, por sua vez, deve prestar o bom 
acompanhamento e fiscalização das medidas tomadas para promover a saúde e o bem 
estar dos colaboradores que atuam nos ambientes laborais de sua empresa, bem como 
fiscalizar o mais adequado cumprimento das normas constantes na CLT e as NR’s. 
Uma empresa não é criada para obter prejuízos e sim lucros, entretanto este lucro não 
deve prevalecer à integridade física, psicológica e emocional de nenhum funcionário. 
Para que haja equilíbrio entre capital e trabalho, a empresa deve proteger o seu maior 
patrimônio: o empregado. Assim, a prevenção e a manutenção da segurança e da saúde 
de sua mão de obra, estarão em alto nível e sua produtividade atuando de maneira 
realmente eficaz e com qualidade.

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