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Tabelas de frequência simples Construindo tabelas A construção de tabelas de agrupamento simples auxilia no entendimento de dados, facilitando a visualização e a compreensão rápida da informação. Suponhamos que um grupo de pesquisadores entrevistou 47 pacientes, com idades entre 40 e 50 anos. Os dados estão listados na Tabela 1. paciente Idade f F Fr% 1 41 6 9 12,765 2 43 4 14 8,510 3 50 6 47 12,765 4 49 5 41 10,638 5 46 5 28 10,638 Para facilitar o acesso aos dados, um dos pesquisadores os organizou em uma tabela de frequência simples, em que agrupou as informações: � A coluna aqui denominada de X representa a variável em estudo, nesse caso, as idades dos pacientes. � A coluna f (frequência absoluta simples) representa a soma dos números de pacientes que declaram cada uma das idades apontadas. A soma dessa coluna deve ser igual ao número de entrevistados. � A coluna F (frequência acumulada) é resultante da soma de cada célula, de maneira que a última corresponde ao total de pacientes entrevistados. � A coluna fr (frequência relativa percentual simples) traz a proporção de ocorrências dos valores de x. Esse valor se obtém ao dividir o valor de f pelo total de entrevistados e multiplicando esse valor por 100. Assim, teremos na primeira linha: 3 ÷ 47 × 100 = 6,382 Assim, toda tabela deve ter: 1. Título: que informe clara e diretamente a que se referem os dados. Exemplo: Idades dos pacientes entrevistados 2. Legenda: descreve os símbolos usados na tabela. 3. Notas: refere-se a informações que não estejam explícitas na tabela, mas que sejam relevantes para a sua interpretação. 4. Fonte: informa a procedência das informações e quando foram coletados os dados. Apresentação de dados em tabelas e gráficos Análise de informações Uma tabela bem construída pode fornecer dados e informações que não estão sempre explícitos no texto. As tabelas podem gerar questionamentos e desencadear pesquisas e investigações que vão além da informação explicitada ali. Tabelas de frequência agrupadas em intervalos de classe As tabelas têm a função de condensar informações. Em alguns casos, o número de dados é tão grande que dificulta a análise. Nessas situações, são utilizadas as tabelas com dados agrupados por intervalo de classe. Vimos como realizar essa organização, partindo do número total de dados coletados, dividindo-o pelo número de linhas da tabela, sendo um número máximo de 8 a 10 linhas. Dessa forma, se o número de dados coletados é de 400, divide-se esse total por 10, dessa forma o valor do intervalo será 40. E assim ocorrerá em cada situação. Definido o intervalo, são distribuídos, nas linhas das tabelas, os dados em ordem crescente, do menor número encontrado até o maior. Uma boa forma de descrever as informações expressas na tabela de frequência de agrupamento por intervalo de classe é por meio dos gráficos chamados de histogramas, isto é, gráficos de barras em que no eixo das abscissas estão as medidas efetivadas e no eixo das ordenadas as frequências correspondentes. Histograma Gráficos em rede: geralmente utilizados para representar medição de termos especificamente estatísticos, comparando valores diferentes de uma variável. Gráficos de área: semelhantes aos em linhas, mas que oferecem uma noção de proporção sobre o todo. Infográficos: muito utilizados pela mídia, apresentam imagens que se relacionam aos dados, chamando a atenção do espectador. Os gráficos de setores (pizza) representam variáveis qualitativas nominais com poucas variáveis. Os gráficos de linhas representam variáveis quantitativas quando estas assumem um comportamento ao longo do tempo, e seu comportamento fica claro na representação. Os gráficos de barras representam variáveis qualitativas nominais com muitas categorias ou as variáveis qualitativas ordinais. Os gráficos de colunas apresentam barras verticais e são muito usados para mostrar alterações ou fazer comparações entre dados. Os histogramas representam variáveis quantitativas contínuas quando representadas por classes, iniciando uma categoria logo que termina a anterior. O boxplot é muito utilizado em publicações científicas, apresenta valores extremos, valor mediano e quartis (1–25% de um conjunto de dados e 3–75% do conjunto); nele, os dados não são paramétricos. Representações gráficas Tipos de gráficos A melhor forma de representação de dados estatísticos é a de gráficos. Eles conseguem apresentar os dados de forma direta, facilitam a sua interpretação e aproximam a estatística da linguagem visual. Os tipos de gráficos mais utilizados são os de setores (pizza), linhas, barras, colunas, histograma e boxplot. Cada um deles se adapta com mais facilidade a determinadas formas de coleta de dados. Gráfico a ser utilizado para o tipo de variável em estudo 1. 2. 3. 4. 5. 6. Análise das informações contidas na representação gráfica A primeira atitude ao analisar esse tipo de representação é buscar as informações acerca dos dados: onde foram buscados, com que objetivo, a data de coletas e o público são algumas das informações importantes. Organização de dados: tabelas e gráficos Tabelas de distribuição de frequências e depois podemos fazer gráficos, o que visualmente é melhor para representar os dados. Tipos de tabelas e gráficos Existem tabelas que são para dados qualitativos, que também chamamos de tabelas para dados categóricos (Tabela 1). São tabelas simples em que se anota a frequência que cada uma das opções de resposta aparece na amostra. Conforme verificado na Tabela 1, a coluna f (frequência simples absoluta) é resultado da contagem da frequência que cada uma das palavras apareceu na amostra. Ou seja, havia 63 pessoas do sexo masculino e 57 do sexo feminino na amostra. Para calcularmos a coluna fr, precisamos ver quanto cada uma das frequências tem de proporção no total da amostra. Podemos resolver isso por regra de três. Podemos representar essa tabela com um gráfico de setores, também conhecido como gráfico de pizza. Observe que em tabelas para dados de uma variável qualitativa nominal, devemos ordenar do mais frequente para o menos frequente. Já quando temos uma variável qualitativa ordinal, precisamos respeitar a ordem em que a variável é apresentada. f → frequência simples absoluta (resulta da contagem na amostra). fr → frequência simples relativa (resulta da regra de três vista ante-riormente no capítulo). F → frequência acumulada absoluta (resulta somando a coluna f). Fr → frequência acumulada relativa (resulta somando a coluna fr). x’ → ponto médio do intervalo, no caso da tabela de intervalos. Podemos também utilizar as tabelas para representar dados quantitativos. Nesse caso, podemos ter tabelas por ponto e tabelas por intervalos (também chamadas de tabelas por classes). Variáveis quantitativas discretas costumam gerar tabelas de distribuição de frequência por ponto. Já as variáveis quantitativas geram tabelas de distribuição de frequências por intervalos. Para representarmos essa tabela, precisamos nos dar conta de um fato: entre as faixas, não existe um intervalo numérico, pois chegamos ao limite de um número e na faixa seguinte já iniciamos com ele. Assim, não podemos representar nenhum espaço no eixo do gráfico quando temos um gráfico de colunas. Nesse caso, as colunas estão grudadas umas às outras, e chamamos esse gráfico de histograma. Quando temos uma variável quantitativa discreta, pode ser que também precisemos fazer intervalos para melhor representar os dados. Caso existam mais de 10 opções de resposta, já podemos montar os intervalos para poder representar melhor esses dados. Quando tivermos uma variável qualitativa, tanto nominal quanto ordinal, podemos representar esses dados com um gráfico de setores, de colunas ou barras. Além desses gráficos, podemos citar ainda o gráfico de dispersão, que é utilizadoem análise de correlação e regressão, quando temos duas variáveis e verificamos a relação entre elas. Imaginemos duas variáveis, peso e altura. O gráfico de linhas é utilizado quando desejamos representar uma variável quantitativa ao longo do tempo. O eixo x sempre será o tempo. Imaginemos acompanhar a evolução do número de nascidos vivos em uma pequena maternidade ao longo dos anos. PRINCIPAIS ELEMENTOS DAS TABELAS De acordo com as normas: • Tabelas devem ser delimitadas, no alto e embaixo, por traços horizontais. • Tabelas não devem ser delimitadas, à direita e à esquerda, por traços verticais. • O cabeçalho deve ser delimitado por traços horizontais. • Para maior clareza, podem ser feitos traços verticais no interior da tabela separando as colunas. • Podem ser feitos traços verticais no interior do cabeçalho para separar o que as colunas contêm. Todas as formatações para uma tabela está em Capítulo 4 - Construção de Tabelas" Todas as formatações para os gráficos está em "Capítulo 5 - Construção de Gráficos" do livro intitulado "Fundamentos de Estatística", 6ª edição, de Sonia Vieira.
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