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Classes de Palavras em Português

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Aula 02
Português p/ IBGE - Temporários
(Recenseador) Com Videoaulas -
Pós-Edital
Autor:
Décio Terror Filho
Aula 02
7 de Março de 2020
05680807343 - Katia Marylia Gomes Monteiro Mota
 
 
 
 
1 
 
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. 
(FUNDAMENTOS) 
Sumário 
1 - Introdução às Classes de Palavras ............................................................................................................ 2 
2 – Interjeição ............................................................................................................................................... 6 
3 – Substantivo ........................................................................................................................................... 10 
1. Flexão de número - singular e plural .................................................................................................... 13 
2. flexão em gênero (masculino, feminino) .............................................................................................. 21 
3. Flexão em grau .................................................................................................................................... 25 
4 – Artigo ................................................................................................................................................... 28 
5 – Adjetivo ................................................................................................................................................ 35 
1. Flexões em gênero............................................................................................................................... 36 
2. Flexão de número ................................................................................................................................ 37 
3. Flexão de grau: .................................................................................................................................... 38 
6 – Numeral ................................................................................................................................................ 44 
1 – Flexão ............................................................................................................................................... 46 
7 – Preposição............................................................................................................................................. 48 
8 – Advérbio ............................................................................................................................................... 64 
9 – Lista de questões de revisão .................................................................................................................. 74 
10 – Gabarito .............................................................................................................................................. 85 
 
 
 
Décio Terror Filho
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2 
 
Olá, pessoal! 
Nosso foco é trabalhar como a banca CESPE/CEBRASPE cobra em suas provas. 
O tema desta aula, Classes de Palavras, será trabalhado apenas com os fundamentos, pois, apesar de 
estar previsto no edital, a banca CESPE/CEBRASPE cobra apenas o valor das preposições e dos advérbios. 
Assim, como devemos preparar você para aquilo que a banca cobra, estude esta aula da seguinte 
forma: 
 
 
a) Não decore nada! Entenda cada assunto! 
b) Leia com atenção o capítulo 1: Introdução às Classes de Palavras. 
c) Os capítulos 2, 3, 4, 5, 6 não caem na prova, mas é interessante 
ler esses capítulos apenas para ter uma noção, somente isso! 
d) Os capítulos 7 (preposição) e 8 (advérbio) normalmente são 
cobrados, por isso estude-os atentamente. 
Mesmo não sendo cobrados normalmente pela banca CESPE/CEBRASPE os assuntos dos capítulos 
2 a 6, eu os disponibilizei, tanto em pdf quanto em vídeo, para quem quiser aprofundar! 
Por isso você verá poucas questões dessa banca nesta aula. 
Então vamos lá! 
1 - INTRODUÇÃO ÀS CLASSES DE PALAVRAS 
 
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si, envolvendo-se mais detidamente na estrutura da 
palavra e nas classes de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase. Esses 
vocábulos podem ser: 
a) Substantivo 
O substantivo dá nome aos seres e pode ser determinado por um artigo, pronome ou caracterizado por um 
adjetivo, locução ou palavra de valor adjetivo: 
O meu amigo gosta de futebol. 
Pessoas boas evitam amizades ruins. 
b) Artigo: 
O artigo determina o substantivo e pode ser “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uma”, “uns”, “umas”: 
Um menino chamou a mãe rapidamente. 
c) Adjetivo: 
O adjetivo caracteriza o substantivo e pode se posicionar depois ou antes dele: 
Ele não é só um homem grande, mas um grande homem. 
Décio Terror Filho
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3 
 
d) Advérbio: 
O advérbio modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio, acrescentando circunstâncias, como tempo, modo, 
lugar, intensidade: 
Ele correu muito. 
Ela está muito feliz. 
Ela está muito longe. 
Ela estudou bastante hoje. 
e) Pronome: 
O pronome substitui ou acompanha um termo substantivo: 
Meu amigo é inteligente. Ele passou em todas as provas. 
 
f) Verbo: 
O verbo transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc: 
Corremos muito hoje. 
Estudei bastante. 
Quero sua aprovação. 
g) Conjunção: 
 A conjunção liga orações ou palavras: 
Paula ou Marta são excelentes candidatas. 
Ele se esforçou muito, mas não terminou todas as atividades. 
h) Preposição: 
As palavras “a”, “ante”, “após”, “até”, “com”, “contra”, “de”, “desde”, “em”, “entre”, “para”, “perante”, 
“por”, “sem”, “sob”, “sobre”, “trás” são preposições, as quais ligam orações, palavras ou inicia 
complementos: 
Estou estudando para entender a matéria. 
Meu dia a dia não é fácil. 
Obedeço a todos. 
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i) Numeral: 
O numeral quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres: 
Duas pessoas vieram aqui. A primeira fez cobrou o dobro do prometido no contrato e fez apenas um terço 
do serviço. 
j) Interjeição: 
A interjeição marca emoção, exclamação: 
Oh, sinto muitas saudades! 
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, que é o seu desempenho 
dentro de uma oração. 
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que 
é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode 
ocupar as funções de predicativo e adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto 
adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a 
preposição e a interjeição. 
As funções sintáticas são vistas na aula de sintaxe da oração. 
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Décio Terror Filho
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5 
 
Classe de Palavras Função sintática 
Substantivo 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
Adjetivo 
(valor adjetivo) Adjunto adnominalPredicativo 
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 
 
 
 
Pronome 
 
 
(valor substantivo) 
 
 
 
 
(valor adjetivo) 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
 
 
 
 
Numeral 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
 
 
 
 
(valor adjetivo) 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Advérbio Adjunto adverbial 
Verbo 
Preposição 
Conjunção 
Interjeição 
 
 
 (sem função sintática) 
Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um elemento de consulta, para 
que você compreenda melhor a diferença entre morfologia e sintaxe; pois, quando a prova junta os 
conteúdos numa só questão, isso ajudará muito. 
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de palavras. 
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de palavras (substantivo, adjetivo, 
advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, interjeição, preposição e conjunção). 
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6 
 
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram basicamente nas classes “artigo”, 
“substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, “verbo”, “pronome”, “conjunção” e “preposição”. 
Como a conjunção tem relação direta com os valores das orações que elas precedem, tal classe é 
vista em aulas de sintaxe do período. 
Há uma aula específica de pronomes, pois o assunto é vasto. 
Há aula específica de verbos, pois esse assunto também é bem vasto. 
Após termos tido uma noção geral das classes de palavras, vamos tratar de cada uma. 
2 – INTERJEIÇÃO 
 Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoção. São as interjeições. Essa classe 
de palavra procura expressar, de modo vivo, um sentimento. 
 Veja no terceiro quadrinho abaixo essa expressividade na palavra “Ufa”, interjeição que transmite o 
alívio do macho em relação à sua resposta à fêmea. 
 
(Níquel Náusea - Fernando Gonsales! http://blogdoxandro.blogspot.com/2011_10_08_archive.html ) 
 Ao conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição damos o nome de locução Interjetiva, 
como: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!... 
 Segundo as emoções ou sentimentos que exprimem, as interjeições podem se classificar, de maneira 
geral, como: 
Aclamação: Viva! 
Admiração: Puxa! 
Advertência: Alerta!, Cuidado!, Alto lá!, Calma!, Olha!, Fogo! 
Afugentamento: Arreda! - Fora! - Passa! - Sai! - Roda! - Rua! -Toca! - Xô! - Xô pra lá! 
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7 
 
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Obrigada!, Agradecido!, Grato!, Grata! 
Alegria (ou admiração): Oh!, Ah!, Olá!, Olé!, Eta!, Eia! 
Alívio Ufa!, Arre!, Também! 
Animação: Coragem!, Eia!, Avante!, Upa!, Vamos! 
Aplauso: Bis!, Bem!, Bravo!, Viva!, Apoiado!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!, Isso!, Muito bem!, Parabéns! 
Apelo: Alô!, Olá!, Ó! 
Cessação: Basta!, Para! 
Chamamento: Alô!, Hei!, Olá!, Psiu!, Pst!, Socorro! 
Desculpa: Perdão! 
Desejo: Oh!, Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus!, Quem me dera!, 
Despedida: Adeus!, Até logo!, Bai-bai!, Tchau! 
Dor: Ai!, Ui!, Ai de mim! 
Dúvida: Hum! Hem! 
Espanto: Uai!, Hi!, Ali!, Ué!, Ih!, Oh!, Poxa!, Quê!, Caramba!, Nossa!, Opa!, Virgem!, Xi!, Terremoto!, 
Barrabás!, Barbaridade!, 
Estímulo: Ânimo!, Adiante!, Avante!, Eia!, Coragem!, Firme!, Força!, Toca!, Upa!, Vamos! 
Impaciência: Arre!, Hum!, Puxa!, Raios! 
Interrogação: Hei!... 
Invocação: Alô!, Ô!, Olá! 
Pena: Oh! 
Saudação: Ave!, Olá!, Ora viva!, Salve!, Viva!, Adeus!, 
Saudade: Ah!, Oh! 
Suspensão: Alto!, Alto lá! 
Silêncio: Psiu!, Silêncio!, Calado!, Psiu! (bem demorado) 
Terror: Credo!, Cruzes!, Jesus!, Que medo!, Uh!, Ui!, Fogo!, Barbaridade! 
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Vamos às questões! 
 
1. (FUNDATEC / IMESF Técnico em Contabilidade 2019) 
 Hoje eu sei. Hoje eu entendo perfeitamente que pessoas são caminhos. Que todas nos levam a algum 
lugar. Eu, você, o outro, cada um de nós é um caminho diferente. 
 Hoje eu sei que é muito importante saber escolher os caminhos pelos quais andamos. Que é muito 
importante prestar atenção para onde estamos indo e ler todas as placas que avisam onde cada caminho vai 
dar. As placas são importantes, mas quase sempre temos a estranha mania de duvidar daquilo que parece 
óbvio. 
 Hoje eu sei, mas eu não imaginava que tem gente que é caminho que não dá em lugar algum. Que 
tem gente que é tempo perdido. Que há quem nos faça caminhar e caminhar para nada. Daí a gente tem 
que voltar e, de novo, escolher. Dessa vez, com sabedoria. 
 Tem caminho curto. Tem caminho que não tem fim. Tem caminho labirinto. Tem caminho que é de 
isopor. Tipo aquele cenário que parece lindo, mas é falso e vazio. 
 Ah! Também há o contrário, felizmente. Tem gente que é jardim florido e perfumado. Tem gente que 
é café da tarde no interior. Tem gente que é mar quentinho e sem onda. Tem gente que é caminho macio e 
rede mansa. Tem gente que é luz e reparação. Hoje eu sei. 
A interjeição “Ah!”, que inicia o quinto parágrafo do texto, é usada em situações que exprimem: 
a) Surpresa. 
b) Dúvida. 
c) Desapontamento. 
d) Apelo. 
e) Medo. 
Comentário: O texto transmite a noção de que supostamente o autor teria se esquecido de algum dado, mas 
ele insere a interjeição “Ah!” justamente para enfatizar o dado novo, a fim de causar surpresa no leitor. 
 Note que o contexto não admite “dúvida”, “desapontamento”, “apelo”, nem “medo”. 
 Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
 
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2. (IDECAN / CRF-SP Analista de Suporte 2018) 
 
Tal como utilizada no primeiro quadro, a palavra “socorro” atua como uma palavra de qual classe 
gramatical? 
a) Verbo. 
b) Adjetivo. 
c) Advérbio. 
d) Interjeição. 
Comentário: Há de notar que, em tirinhas e charge, é muito usual a interjeição, pois tal classe de palavras 
expressa emoção, sentimento, uma expressividade mais natural na linguagem oral! 
 A palavra “socorro” pode ser um substantivo (o socorro) ou um verbo (eu socorro alguém), porém, no 
primeiro quadrinho, a expressão “Socorro, socorro!” é bastante expressiva e nos chama atenção quanto à 
emoção de alguém chamando por ajuda! 
 Isso fica ainda mais claro por causa das expressões faciais nos quadrinhos. 
 Dessa forma, ocorre interjeição e a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
 
 
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3 – SUBSTANTIVO 
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve incluir os nomes de pessoas, 
lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes de natureza espiritual ou mitológica: 
mulher Teresina cavalo anjo alma 
comunidade saci sereia sociedade Maria 
Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades, sensações, sentimentos: 
acontecimento integridade correria encontro amor 
miséria honestidade cidadania liberdade 
Os substantivosclassificam-se em: 
1) Substantivo comum: designa os seres de uma espécie de forma genérica: pedra, computador, 
cachorro, homem, caderno. 
2) Substantivo próprio: designa um ser específico, determinado, individualizando-o: Londrina, Luana, 
Natália, Ester. 
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. 
3) Substantivo concreto: dá nome a seres de existência independente, reais ou imaginários: ar, som, 
Deus, computador, sereia, pedra, Ester. 
Note que são considerados concretos os substantivos que nomeiam divindades ou seres fantásticos, pois, 
existentes ou não, são tomados sempre como seres dotados de vida própria. 
4) Substantivo abstrato: designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos 
humanos: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade, amor. 
5) Substantivo primitivo: é aquele que não se origina de outra palavra existente na língua 
portuguesa: pedra, jornal, gato, homem. 
6) Substantivo derivado: é aquele que provém de outra palavra da língua portuguesa: pedreiro, 
jornalista, gatarrão, homúnculo. 
7) Substantivo simples: é simples o substantivo formado por um único radical: pedra, pedreiro, jornal, 
jornalista. 
8) Substantivo composto: é composto o substantivo formado por dois ou mais radicais: pedra-sabão, 
homem-rã, passatempo. 
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9) Substantivo coletivo: é aquele que, no singular, indica diversos elementos de uma mesma espécie, 
como: 
alcateia lobos 
álbum fotografias 
antologia trabalhos literários 
armada navios de guerra 
armento gado grande (bois, búfalos etc.) 
arquipélago ilhas 
assembleia parlamentares / associados 
atilho espigas 
baixela objetos de mesa 
banca examinadores 
bandeira garimpeiros 
bando aves / ciganos / malfeitores etc. 
cabido cônegos 
cacho bananas / uvas 
cáfila camelos 
cambada caranguejos / chaves / malandros 
cancioneiro poemas / canções 
caravana viajantes / peregrinos / estudantes 
cardume peixes 
choldra gente ordinária 
concílio bispos 
conclave cardeais (para a eleição do papa) 
congregação professores / religiosos 
congresso 
conjunto de deputados e senadores / reunião de especialistas em 
determinado ramo do saber 
constelação estrelas 
corja vadios, velhacos, tratantes, ladrões etc. 
coro anjos / cantores 
elenco artistas 
enxame abelhas 
enxoval roupas 
esquadra navios de guerra 
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esquadrão soldados de cavalaria 
esquadrilha aviões 
falange anjos / soldados 
farândula ladrões, assassinos, desordeiros, maltrapilhos, vadios etc. 
fato cabras 
feixe lenha, capim 
flora vegetais 
flotilha navios pequenos / aviões 
frota navios mercantes / ônibus 
girândola fogos de artifício 
 
horda povos selvagens, nômades / invasores, desordeiros, aventureiros, bandidos 
junta credores / examinadores / médicos / bois 
legião soldados / anjos / demônios 
magote pessoas / coisas 
malhada ovelhas 
malta desordeiros 
manada bois / búfalos / elefantes 
mó gente 
molho chaves / verdura 
multidão pessoas 
ninhada pintos 
nuvem insetos 
panapaná borboletas 
penca bananas / chaves 
pinacoteca pinturas 
plantel atletas / animais de raça 
plêiade poetas / artistas 
quadrilha ladrões, bandidos 
ramalhete flores 
rebanho ovelhas 
récua bestas de carga, cavalgaduras 
repertório peças teatrais / composições musicais 
réstia cebolas / alhos 
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13 
 
revoada pássaros 
roda pessoas 
romanceiro poesias populares 
sínodo párocos 
súcia pessoas desonestas 
talha lenha 
tripulação marinheiros, aviadores, etc 
tropa muares / soldados 
turba muitas pessoas reunidas, multidão em desordem / o povo, o vulgo 
turma estudantes / trabalhadores / médicos / juízes 
vara porcos 
vocabulário palavras 
Se o significado do substantivo coletivo não for específico, exclusivo, deve-se nomear o ser ao qual 
se quer fazer referência. Por exemplo, “feixe” pode ser o coletivo de lenha, mas também pode ser de capim. 
Assim, ao usarmos esse coletivo, devemos especificar a sua referência: 
"um feixe de lenha” 
"um feixe de capim” 
"um bando de aves” 
"um bando de malfeitores” 
O substantivo pode se flexionar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau 
(aumentativo e diminutivo). 
1. Flexão de número - singular e plural 
a. Plural dos substantivos simples 
Na pluralização de um substantivo simples, devemos observar sua terminação: 
1) Quando os substantivos terminarem em vogal e semivogal, acrescenta-se a desinência nominal de 
número S: 
saci = sacis chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus. 
2) Quando os substantivos terminarem em ão, devemos observar o seguinte: 
 
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a) Fazem o plural em ões: 
amigalhão amigalhões balão balões bobalhão bobalhões 
botão botões canção canções casarão casarões 
chapelão chapelões confissão confissões coração corações 
dramalhão dramalhões eleição eleições espertalhão espertalhões 
estação estações facão facões figurão figurões 
formão formões folião foliões fração frações 
gavião gaviões leão leões moleirão moleirões 
nação nações narigão narigões operação operações 
opinião opiniões questão questões tubarão tubarões 
b) Fazem o plural em ães: 
alemão alemães cão cães capelão capelães 
capitão capitães catalão catalães charlatão charlatães 
escrivão escrivães guardião guardiães maçapão maçapães 
pão pães sacristão sacristães tabelião tabeliães 
c) Fazem o plural em ãos: 
acórdão acórdãos artesão artesãos bênção bênçãos 
cidadão cidadãos cortesão cortesãos cristão cristãos 
desvão desvãos irmão irmãos grão grãos 
gólfão gólfãos mão mãos órfão órfãos 
órgão órgãos pagão pagãos sótão sótãos 
3) Cuidado com os que admitem mais de uma forma para o plural: 
aldeão aldeões, aldeães, aldeãos alcorão alcorões, alcorães 
anão anões, anãos ancião anciões, anciães, anciãos 
charlatão charlatões, charlatães cirurgião cirurgiões, cirurgiães 
corrimão corrimões, corrimãos cortesão cortesões, cortesãos 
ermitão ermitões, ermitães, ermitãos faisão faisões, faisães 
guardião guardiões, guardiães peão peões, peães 
refrão refrãos, refrães verão verões, verãos 
vilão vilões, vilães, vilãos vulcão vulcões, vulcãos 
4) Veja esta regra importante sobre os substantivos terminados em L: 
a) Quando terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”, troca-se o L por IS: 
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vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis 
paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis 
 
Mas cuidado com as exceções: 
 
mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales 
 
mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis 
 
real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols 
 
b) Quando terminados em –il, deve-se observar o seguinte: 
I - Palavras oxítonas trocam a terminação L por S: cantil/cantis; canil/canis; barril/barris. 
I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas trocam a terminação IL por EIS: 
fóssil/fósseis; fácil/fáceis 
Cuidado com asseguintes palavras: 
projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis 
reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis 
5) Quando terminados em M, troca-se o M por NS: item/itens; nuvem/nuvens. 
6) Quando terminados em N, soma-se S ou ES: 
espécimen = espécimens ou especímenes hífen = hifens ou hífenes 
abdômen = abdomens ou abdômenes pólen = polens ou pólenes 
7) Quando terminados em R ou Z, acrescenta-se ES: 
mar = mares sênior = seniores júnior = juniores 
8) Quando terminados em X, ficam invariáveis: o/os tórax; a/as fênix 
9) Quando terminados em S, deve-se observar o seguinte: 
I - Palavras monossílabas ou oxítonas acrescentam ES. 
ás = ases deus = deuses ananás = ananases 
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Cuidado: Cais é invariável. 
II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam invariáveis. 
os lápis. os tênis os atlas 
10) Substantivos só usados no plural: 
as calças as costas os óculos os parabéns as férias as olheiras 
as hemorroidas as núpcias as trevas os arredores 
11) Substantivos terminados em ZINHO: 
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do 
plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final. 
 
Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o substantivo no grau normal 
(pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos). 
 
mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas. 
alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos. 
barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos. 
12) Substantivos terminados em INHO, sem Z, acrescentam S. 
lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos 
13) Plural com deslocamento da sílaba tônica: 
caráter = caracteres espécimen = especímenes 
júnior = juniores sênior = seniores 
 
b. Plural dos substantivos compostos 
Quando pluralizamos um substantivo composto, devemos observar os vocábulos que o formam 
individualmente. 
1) Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elementos pluralizáveis, portanto, quando formarem um 
substantivo composto, normalmente irão para o plural. 
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aluno-mestre alunos-mestres carta-bilhete cartas-bilhetes 
tenente-coronel tenentes-coronéis couve-flor couves-flores 
alto-relevo altos-relevos erva-doce ervas-doces 
gentil-homem gentis-homens cachorro-quente cachorros-quentes 
salário-mínimo salários-mínimos laranja-baiana laranjas-baianas 
segunda-feira segundas-feiras primeiro-ministro primeiros-ministros 
 
2) Pronome: alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos 
são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na 
formação de um substantivo composto, o mesmo ocorre. 
padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém 
 
3) Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis, portanto, quando formarem um 
substantivo composto, continuarão invariáveis. 
beija-flor beija-flores 
pica-pau pica-paus 
abaixo-assinado abaixo-assinados 
alto-falante alto-falantes 
ave-maria ave-marias 
salve-rainha salve-rainhas 
Casos especiais 
4) Substantivo + Substantivo: 
Já vimos que, quando o substantivo composto é constituído de dois substantivos, ambos vão para o 
plural; porém, quando o último elemento estiver indicando finalidade, semelhança ou limita a significação 
do primeiro, somente este irá para o plural. 
 
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aço-liga aços-liga bomba-relógio bombas-relógio 
caneta-tinteiro canetas-tinteiro carta-bomba cartas-bomba 
cidade-satélite cidades-satélite decreto-lei decretos-lei 
elemento-chave elementos-chave fruta-pão frutas-pão 
homem-rã homens-rã licença-prêmio licenças-prêmio 
manga-rosa mangas-rosa navio-escola navios-escola 
peixe-boi peixes-boi pombo-correio pombos-correio 
público-alvo públicos-alvo salário-família salários-família 
salário-desemprego salários-desemprego tatu-bola tatus-bola 
 
Observação: Por força da regra geral que força a flexão dos dois substantivos que constituem o substantivo 
composto, gramáticas e dicionários mostram que é admitida também a flexão do segundo substantivo, 
mesmo quando indica finalidade, semelhança ou limita a significação do primeiro. Por isso, podemos repetir 
a tabela anterior com a flexão de ambos os substantivos: 
 
5) Três ou mais palavras: 
I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural. 
pé de moleque1 = pés de moleque 
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino 
mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça 
 
1 A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
2 A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
aço-liga aços-ligas bomba-relógio bombas-relógios 
caneta-tinteiro canetas-tinteiros carta-bomba cartas-bombas 
cidade-satélite cidades-satélites decreto-lei decretos-leis 
elemento-chave elementos-chaves fruta-pão frutas-pães 
homem-rã homens-rãs licença-prêmio licenças-prêmios 
manga-rosa mangas-rosas navio-escola navios-escolas 
peixe-boi peixes-bois pombo-correio pombos-correios 
público-alvo públicos-alvos salário-família salários-famílias 
salário-desemprego salários-desempregos tatu-bola tatus-bolas 
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Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará invariável. P. ex. fora da lei3, 
fora de série4. 
II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o plural. 
Bem-te-vi = bem-te-vis bem-me-quer = bem-me-queres 
6) Verbo + Verbo: 
I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, outros, somente o último. 
corre-corre = corres-corres ou corre-corres. 
pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas 
lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes 
II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis. 
o leva e traz5 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde 
7) Palavras repetidas ou onomatopeia: quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou 
for uma onomatopeia, somente o último irá para o plural. 
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques 
lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues 
8) Substantivo composto iniciado por Guarda: 
I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural. 
guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos 
guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins 
II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural. 
guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas 
guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis 
 
3 A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
4 A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
5 A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
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III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam invariáveis. 
O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta. 
o guarda-costas = os guarda-costas 
o guarda-volumes = os guarda-volumes 
o porta-joias = os porta-joias 
o porta-malas = os porta-malas 
 
Substantivos que admitem mais de um plural 
fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão, 
guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas 
padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos 
terra-nova = terras-novas, terra-novas 
salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos 
xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates. 
chá-mate = chás-mates, chás-mate 
Metafonia 
Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de timbre do /o/ fechado para 
/ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia. 
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/: 
abrolho destroço miolo posto caroço 
esforço olho povo corno forno 
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.) 
ovo reforço corpo fosso poço 
rogo corvo imposto porco socorro 
despojo jogo porto tijolo 
 
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b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural: 
acordo consolo estorno moço adorno 
contorno ferrolho molho “condimento” almoço 
desgosto globo morro bolo encosto 
golfo piolho bolso engodo gosto 
rolo cachorro esgoto gozo sogro 
coco estofo lobo (animal) sopro colosso 
estojo logro 
 
 
c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural: 
estorvo forro toco torno troco 
2. flexão em gênero (masculino, feminino) 
Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais e apresentam uma forma para o 
masculino e outra para o feminino. 
Essas duas formas podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes. 
b.1 mesmo radical: 
Com o mesmo radical, a formação do feminino está ligada principalmente à terminação da forma 
masculina, pois a maior parte dos substantivos terminados em -o átono forma o feminino pela substituição 
desse -o por -a: 
menino/menina gato/gata pombo/pomba 
Veja a exceção com os pares galo/galinha e maestro/maestrina. 
A maior parte dos substantivos terminados em consoante forma o feminino pelo acréscimo da 
desinência -a: 
freguês/freguesa camponês/camponesa remador/remadora 
professor/professora deus/deusa juiz/juíza 
Veja a exceção com os pares ator/atriz, czar/czarina e imperador/imperatriz. Para o substantivo 
embaixador, existem as formas embaixatriz (esposa do embaixador) e embaixadora (mulher que ocupa o 
cargo). 
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A maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela substituição de -ão por -ã 
ou -oa: 
cidadão/cidadã órfão/órfã anfitrião/anfitriã 
leão/leoa patrão/patroa leitão/leitoa 
Nos aumentativos, a substituição é por -ona: 
sabichão/sabichona valentão/valentona 
Veja a exceção com os pares sultão/sultana; cão/cadela; ladrão/ladra; perdigão/perdiz; 
barão/baronesa. 
Alguns substantivos ligados a títulos de nobreza, ocupações ou dignidades formam femininos em -
esa, -essa, -isa: 
abade/abadessa conde/condessa visconde/viscondessa 
cônsul/consulesa duque/duquesa barão/baronesa 
poeta/poetisa profeta/profetisa sacerdote/sacerdotisa 
Alguns substantivos terminados em -e formam o feminino com a substituição desse -e por -a: 
mestre/mestra elefante/elefanta infante/infanta 
monge/monja parente/parenta 
Alguns substantivos apresentam formações irregulares para o feminino: 
avô/avó silfo/sílfide réu/ré 
herói/heroína rei/rainha marajá/marani 
 
b.2 radicais diferentes para as formas masculinas e femininas: 
b.2.1) relativos a seres humanos: 
 cavaleiro/amazona frei/sóror ou soror padrasto/madrasta 
 cavalheiro/dama genro/nora padrinho/madrinha 
 compadre/comadre homem/mulher pai/mãe 
 frade/freira marido/mulher 
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b.2.2) relativos a animais: 
 boi, touro/vaca carneiro/ovelha zangão ou zângão/abelha 
 bode/cabra cavalo/égua 
Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os 
substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes: 
I – Comum de dois gêneros: os comuns de dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, 
com artigos distintos: Eis alguns exemplos: 
o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata 
o / a agente o / a intérprete o / a lojista 
o / a patriota o / a mártir o / a viajante 
o / a artista o / a aspirante o / a atleta 
II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros. Eis alguns 
exemplos: 
o cônjuge a criança o carrasco 
o indivíduo o apóstolo o monstro 
a pessoa a testemunha o algoz 
III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, 
acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos: 
a girafa a águia a barata 
a cobra o jacaré a onça 
o tatu a anta a arara 
a borboleta o canguru o caranguejo 
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gênero. Atente para os 
mais importantes: 
 
 
 
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São masculinos: 
o açúcar o afã o alvará 
o anátema o aneurisma o antílope 
o apêndice o apetite o algoz 
o cataclismo o cônjuge o champanha 
o gengibre o herpes o lança-perfume 
 
São femininos: 
a abusão a acne a aguarrás 
a alface a apendicite a aguardente 
a alcunha a aluvião a bacanal 
a bólide a couve a couve-flor 
a cal a comichão a derme 
a dinamite a debênture a elipse 
a ênfase a echarpe a enzima 
Mudança de gênero com mudança de significado 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles: 
o caixa = o funcionário a caixa = o objeto 
o capital = dinheiro a capital = sede de governo 
o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba 
o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim 
o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação 
o guia = aquele que serve de guia, cicerone 
a guia = documento, formulário; meio-fio 
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o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão 
o banana = o molenga. a banana = a fruta 
 
 
3. Flexão em grau 
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, exagero, atenuação, 
diminuição ou mesmo deformação de seu significado. Essas modificações, que constituem as variações de 
grau do substantivo, são tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no 
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de derivação, pois exige a presença 
de afixos nos casos sintéticos. 
Formação do grau – existem dois processos: 
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à forma normal do 
substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação sufixal: 
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho(diminutivo sintético) 
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que indicam aumento ou 
diminuição de proporções. 
rato rato grande (aumentativo analítico) rato pequeno (diminutivo analítico) 
 No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são normalmente empregadas 
para conferir valores afetivos aos seres nomeados pelos substantivos, como os seguintes: 
amigão partidão bandidaço mulheraço 
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho 
 Em todas essas palavras, o que interessa é transmitir dados como carinho, admiração, ironia ou 
desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres nomeados. 
 Vamos a algumas questões!!! 
 
 
 
 
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3. (CS-UFG / Câmara Municipal de Goiânia Assessor Técnico Legislativo 2018) 
A palavra que foge a qualquer regra de formação do plural de “guardião” é: 
(A) concessão. (B) cidadão. (C) restrição. (D) vulcão. 
Comentário: Como vimos em nossa aula, a palavra “guardião” possui duas possibilidades de flexão no plural: 
guardiões e guardiães. 
Dessa forma, as palavras “concessão” e “restrição” também seguem a mesma regra de formação de 
plural de “guardião”. Veja: concessões, restrições. 
Como vimos, ainda, a palavra “vulcão” também possui duas possibilidades de flexão: vulcões e 
vulcãos, cuja primeira forma segue a primeira regra de formação do plural de “guardião”. 
 Já o plural da palavra “cidadão” segue uma regra diferente, sendo, portanto, cidadãos. 
 Assim, a alternativa que foge às regras de formação do plural de “guardião” é a (B). 
Gabarito: B 
4. (FGV / IBGE Agente Censitário – 2017) 
Fragmento do texto: “Com todos os problemas que temos em nosso Estado – corporativismo, 
incompetência pública, intervencionismo, burocracia, estatismo, carga tributária complexa, entre outros –, 
ainda somos um país de muita sorte. Pelo simples fato de que a solução para nossos problemas só depende 
de nós mesmos. 
No texto há um conjunto de verbos no infinitivo; se substituirmos essas formas verbais por substantivos 
correspondentes, a única frase INCORRETA será: 
(A) “Imagine reunir um grupo” / imagine a reunião de um grupo; 
(B) “para estudar” / para o estudo; 
(C) “treinar visões” / treino de visões; 
(D) “uma forma de estar na vida” / uma forma de estada na vida; 
(E) “uma possibilidade de mudar” / uma possibilidade de mutação. 
Comentário: A questão trabalho a formação do substantivo abstrato, haja vista que ele transmite o nome de 
uma ação. 
 O nome da ação de “reunir” é reunião. 
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 O nome da ação de “estudar” é estudo. 
 O nome da ação de “treinar” é treino. 
 O nome da ação de “estar” é estada. 
 Já o nome da ação de “mudar” é mudança, e não mutação. O substantivo mutação é gerado do verbo 
“mutar”, que significa mudança. 
 Assim, devemos marcar a alternativa (E). 
Gabarito: E 
5. (FGV / ALERJ Registro de Debates – 2017) 
Cidadãos e opiniões são substantivos formados com o sufixo -ão, que fazem seus plurais, exata e 
respectivamente, como: 
(A) escrivão / vulcão; 
(B) cristão / ademão; 
(C) anão / corrimão; 
(D) chorão / ancião; 
(E) cartão / aldeão. 
Comentário: Na alternativa (A), o plural de “escrivão” é “escrivães”; de “vulcão” é “vulcões” ou “vulcãos”. 
 Na alternativa (B), o plural de “cristão” é “cristãos”; de “ademão” é “ademães”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o plural de “anão” é “anões” ou “anãos”; de “corrimão” é 
“corrimãos”, mas também é aceita a forma “corrimões”. 
 Na alternativa (D), o plural de “chorão” é “chorões”; de “ancião” é “anciões”, “anciães” ou “anciãos”. 
 Na alternativa (E), o plural de “cartão” é “cartões”; de “aldeão” é “aldeões, aldeães, aldeãos”. 
Gabarito: C 
 
 
 
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4 – ARTIGO 
 O artigo é a palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-lo, particularizá-lo ou 
determinar o seu sentido. 
 Muitas vezes, é o artigo que especifica o gênero e o número do substantivo. 
 O pianista tocou por longa noite para os artistas homenageados. 
 A pianista tocou por longa noite para as artistas homenageadas. 
 O lápis estava na carteira. 
 Os lápis estavam na carteira. 
 Em função da particularização ou generalização referente ao substantivo, o artigo pode ser 
considerado definido e indefinido. 
 O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) generaliza o substantivo, determinando-o de modo vago: 
Gostaria de ter uma conversa com você. 
 Já o artigo definido (o, a, os, as) particulariza o substantivo, determinando-o de modo mais preciso: 
A conversa que tivemos ontem não ajudou em nada. 
 Identificados os tipos de artigo, agora vamos ao seu emprego: 
a) Pode-se inserir artigo diante de nomes de obras literárias e outros: 
 Eneida e Jerusalém Libertada são nomes de obras literárias e seus autores não colocaram artigo no 
título dessas obras. Mas, se queremos mencioná-las em um texto, podemos acrescentar-lhes o artigo: 
Para um trabalho acadêmico, li e resumi a Eneida e a Jerusalém Libertada. 
b) Se o artigo já pertence ao título, há de ser escrito obrigatoriamente com maiúscula: 
Os Lusíadas, A Tempestade, Os Sertões, As Memórias Póstumas de Braz Cubas, etc. 
 Note agora que os autores inseriram o artigo no título das obras. Assim, ao mencionarmos tais obras 
em nosso texto, naturalmente o artigo será grafado com inicial maiúscula: 
Para um trabalho acadêmico, li e resumi Os Lusíadas, A Tempestade, Os Sertões, As Memórias Póstumas de 
Braz Cubas. 
c) Não pode haver contração, quando o artigo faz parte do título e a preposição não. 
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Em Os Sertões, conta-se a história da Guerra de Canudos. 
Li ontem em O Globo as astúcias jurídicas dos mensaleiros. 
 Assim, não se admitem contrações, como “Nos Sertões”, ou “no Globo”, pois o artigo faz parte do 
título e a preposição não. 
 Note que a contração é cabível quando o título não apresenta artigo, como vimos em Eneida e 
Jerusalém Libertada. Assim, podemos dizer: 
Li na Eneida e na Jerusalém Libertada várias passagens importantes de uso da palavra “que”. 
d) O artigo definido geralmente não é empregado antes de nomes próprios de cidades: 
Paris é uma cidade gloriosa. 
Estivemos em Nova Iorque, Paris e Lisboa nas últimas férias. 
Porém, se o nome próprio de cidade vier determinado por adjetivo ou expressão adjetiva, o uso do 
artigo vai ser obrigatório: 
A Roma dos césares foi um marco na história. 
Iremos à Lisboa dos meus antepassados. 
e) Geralmente vêm precedidos de artigo os demais nomes próprios geográficos, de continentes, países, 
estados, províncias, oceanos, montanhas, rios: 
A Europa, o Paraguai, a Argentina, o oceano Pacífico, o Nilo, as Canárias, a Alemanha, etc. 
Mas também existem países, estados e cidades que não permitem o artigo: 
Portugal, Cuba, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, etc. 
f) O artigo tem seu uso facultativo antes de nomes próprios de pessoa: 
O Paulo também vai viajar conosco? 
Paulo também vai viajar conosco? 
É preciso dizer ao Pedro que vamos amanhã bem cedo. 
É preciso dizer a Pedro que vamos amanhã bem cedo. 
g) Antes de expressões de tratamento, o artigo é omitido: 
Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Excelência e Vossa Senhoriavão apoiar o plano de paz da ONU. 
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h) O artigo deve ser excluído antes da palavra "casa" no sentido de “própria moradia", desde que não venha 
particularizada: 
Vamos para casa? (própria moradia) 
Voltamos bem tarde a casa. (própria moradia) 
 Note que, neste segundo exemplo, a palavra “casa” não está precedida de artigo “a”, mas da 
preposição “a”. 
 Assim, quando a palavra "casa" se encontra no sentido de "própria moradia" e apresenta expressão 
particularizante, naturalmente recebe artigo: 
Vamos para a casa velha? 
Voltamos bem tarde à casa dos amigos. 
i) O artigo deve ser excluído antes da palavra "terra" e "bordo", quando empregadas como antônimos: 
Veio de bordo para terra. 
Pedro já está em terra. 
j) Palavra “terra" como antônimo de “bordo", mas com expressão particularizante, recebe artigo: 
Veio de bordo para a terra dos amigos. 
Pedro já está na sua terra natal. 
k) Antes de pronomes adjetivos possessivos, o uso do artigo é geralmente facultativo: 
Nosso irmão esteve aqui. 
O nosso irmão esteve aqui. 
Entreguei o bolo para minha irmã. 
Entreguei o bolo para a minha irmã. 
Porém, quando o possessivo for um pronome substantivo, o uso do artigo é obrigatório: 
Marcela já fez mais uma das suas. 
Ele não viu a sua cara, mas a minha. 
l) Quando anteposto ao numeral, o artigo denota aproximação: 
Teria ele uns trinta anos. 
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Ficamos lá uma meia hora. 
m) Antes de pronomes indefinidos "certo", "outro“ o uso do artigo deve ser evitado: 
Falaremos disso em outra ocasião. 
Certa pessoa veio aqui. 
 Assim, não cabem as construções “em uma outra ocasião”, “Uma certa pessoa”. 
n) O pronome todo/toda, no singular, no sentido de totalidade, por inteiro, deve ser seguido de artigo. 
Toda a família receberá a vacina. (a família totalmente) 
Todo o grupo se perdeu naquela ilha. (o grupo totalmente) 
o) Quando no sentido de cada, qualquer, não pode ser seguido de artigo. 
Toda família receberá a vacina. (cada família) 
Todo cidadão tem direito a votar. 
p) No plural, todos exige artigo, a menos que haja outro determinante, substituindo o artigo: 
Todas as famílias receberão a vacina. 
Todas estas famílias receberão a vacina. 
q) Não haverá artigo após “todos” quando o vocábulo de valor substantivo não admitir artigo: 
Todos vocês foram elogiados pelo chefe. 
Todos três foram elogiados pelo chefe. 
r) Quando o numeral for seguido de substantivo, receberá artigo: 
Todos os três alunos foram aprovados. 
s) Costuma-se omitir o artigo com a palavra palácio, quando desacompanhada de modificador: 
“Perguntou o mestre-escola afoitamente à sentinela do paço se o representante nacional, Morgado da Agra, 
estava em palácio” (Camilo Castelo Branco) 
t) Aparece quando se expressa valor de coisas (assume valor de cada): 
Comprei por trinta reais o quilo. 
u) Junto às designações de partes do corpo e nomes de parentesco, os artigos denotam posse: 
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Traz a cabeça esbranquiçada pelas preocupações. 
Tem o rosto sereno, mas as mãos trêmulas. 
A prima veio ontem com toda a elegância. 
Traz sua cabeça esbranquiçada pelas preocupações. 
Tem seu rosto sereno, mas suas mãos trêmulas. 
Sua/Nossa prima veio ontem com toda a elegância. 
v) O artigo definido faz parte do adjetivo superlativo relativo, para especificar o ser dentro de um grupo: 
Ele é o mais exigente de todos os irmãos. 
Você é o menos crítico do grupo. 
x) Principalmente nas ideias de comer e beber, os artigos costumam ser empregados juntamente com a 
preposição com valor partitivo. 
Beba do vinho que lhe dei e coma do pão que está à mesa. 
 Compare a construção acima com a de baixo já sem a presença da preposição: 
Beba o vinho que lhe dei e coma o pão que está à mesa. 
z) Muitas vezes, o artigo substitui o substantivo já escrito anteriormente no texto. Esse recurso é chamado 
de elipse e é usado para se evitar a repetição desnecessária de palavra: 
Esta é a necessidade do aluno e a dos docentes. 
 Note que o segundo artigo “a” sinaliza a elipse do substantivo “necessidade”. 
 Ainda sobre a coesão referencial com artigo, notamos que o artigo definido é determinante de um 
substantivo já conhecido e normalmente já mencionado no texto. Assim, é natural (não é regra) que 
insiramos um substantivo na primeira vez sem artigo ou com artigo indefinido. Em seguida, ao querermos 
retomar aquela informação, inserimos o artigo definido. 
 Uma empresa de produtos agrícolas iniciou seus trabalhos com equipamento de última geração no 
Sul do Brasil. A empresa já lucrou, somente nos dois primeiros anos, mais do que as da região Sudeste juntas. 
 
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6. (IDECAN / AGU Analista Técnico-Administrativo 2018) 
Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua estrela que é 
considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta está localizado a uma distância 
de 0,4 unidades astronômicas - 40% da distância Terra-Sol - ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, 
confirma Ribas. 
Julgue a afirmativa como C (CORRETA) ou E (ERRADA). 
Há seis ocorrências de artigo definido. 
Comentário: O substantivo “dimensões” é precedido do artigo definido “as” em “das”. 
 Diante do substantivo “faixa”, há o artigo definido “a” em “da”. 
 Diante dos substantivos “Sol” e “Terra”, há, respectivamente, os artigos “o” e “a” (em “da”). 
 Diante do substantivo “planeta”, há o artigo “O”. 
 Diante do substantivo “distância”, há o artigo “a” (em “da”). 
Confirme: 
Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua estrela que é 
considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta está localizado a uma distância 
de 0,4 unidades astronômicas - 40% da distância Terra-Sol - ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, 
confirma Ribas. 
 Assim, realmente há seis ocorrências de artigo definido neste trecho do texto. 
Gabarito: C 
7. (CETREDE / EMATERCE Agente de ATER 2018) 
Analise as afirmativas a seguir, com relação ao uso do artigo e marque a opção INCORRETA. 
a) Procurou fazer perguntas as mais difíceis. 
b) Precisou esperar das cinco até a uma hora. 
c) O pai chamou o filho e saiu com todos os quatro. 
d) Todos os quatro filhos acompanharam os pais. 
e) A Penha é um ponto turístico. 
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Comentário: Na alternativa (A), o artigo definido “as” faz parte do adjetivo superlativo relativo, para 
especificar o ser dentro de um grupo. 
 Na alternativa (B), “até” é uma preposição que marca uma ideia de limite e a preposição “a” foi 
omitida, ficando apenas o artigo. 
 A alternativa (C) é a incorreta, pois o pronome “todos” só é seguido de artigo “os” quando seguido 
de substantivo, o que não ocorreu neste caso. Veja a correção: 
O pai chamou o filho e saiu com todos quatro. 
 Na alternativa (D), o pronome indefinido plural “todos” é seguido do artigo “os”, que precede o 
substantivo plural “filhos”. 
 Na alternativa (E), o artigo “A” precede o nome de lugar “Penha”,e o contexto nos mostra que este 
lugar é apenas um dos demais pontos turísticos. 
Gabarito: C 
8. (FGV / ALE-RO Analista Legislativo Taquígrafo 2018) 
Um princípio geral de formulação textual diz que, a primeira vez em que é citada, uma entidade deve ser 
precedida de artigo indefinido e, quando citada pela segunda vez e outras, deve ser precedida do artigo 
definido. Ocorre, porém, que, em alguns casos, mesmo citadas pela primeira vez, algumas entidades 
aparecem precedidas de artigo definido. Uma das razões é quando se trata de uma entidade emoldurada, 
ou seja, quando um vocábulo anterior faz supor a nova entidade como já conhecida. 
A frase abaixo que exemplifica o que se afirma acima é: 
a) Um carro entrava na garagem com os pneus furados. 
b) Uma aluna aproximou-se do policial que estava na esquina. 
c) Uma das passageiras dirigiu-se ao guarda sentado a seu lado. 
d) Um dia, todos voltaremos ao lugar onde nascemos. 
e) Umas férias vou tirar no ano que vem. 
Comentário: A questão pede a alternativa que apresenta um vocábulo anterior que faz supor a nova entidade 
como já conhecida. Isso ocorre de maneira bem clara na alternativa (A), pois o substantivo “carro” fez supor 
“garagem” e “pneus” como entidades já conhecidas: 
Um carro entrava na garagem com os pneus furados. 
 Note que nas demais alternativas nenhum outro vocábulo tem essa relação direta que faria supor os 
demais vocábulos da frase. 
 Na alternativa (B), “aluna” não tem relação direta com “policial” e “esquina”. 
 Na alternativa (C), “passageiras” não tem relação direta com “guarda” e “lado”. 
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 Na alternativa (D), “dia” não tem relação direta com “lugar”. 
 Na alternativa (E), “férias” não tem relação direta com “ano”. 
Gabarito: A 
9. (COMPERVE / SESAP-RN Técnico em Enfermagem 2018) 
Na expressão “Vale a pena insistir”, que encerra o texto, há a presença 
a) do demonstrativo “a”, da preposição “a” e a ausência indevida do acento grave indicador de crase. 
b) da preposição “a” exigida pela regência verbal. 
c) do artigo definido “a” exigido pelo substantivo feminino “pena”. 
d) da preposição “a”, do artigo definido “a” e a ausência indevida do acento grave indicador da crase. 
Comentário: A palavra “pena”, nesse contexto, significa algo penoso, algo difícil, algo custoso, alguma coisa 
que vale a situação penosa. Assim, o substantivo “pena” é precedido do artigo “a”. 
 Portanto, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 
5 – ADJETIVO 
 Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou 
modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na oração: aposto 
explicativo, adjunto adnominal ou predicativo. Os adjetivos classificam-se em: 
1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma outra palavra: deles é que se formam 
outras palavras: azul, claro, curto, grande. 
2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras palavras: cheiroso, invisível, infeliz, 
esverdeado, desconfortável. 
3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o caso de todos os exemplos 
apontados nos itens anteriores. 
4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura: ítalo-brasileiro, luso-
africano, socioeconômico, político-institucional. 
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1. Flexões em gênero 
Flexão de gênero (masculino/feminino): 
 O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere: 
Um comportamento estranho uma atitude estranha 
Um jornalista ativo uma jornalista ativa 
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes. 
I - Adjetivos biformes 
 A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo com a terminação da forma 
masculina, de modo semelhante ao que acontece com os substantivos. 
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a: 
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta 
Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da vogal tônica, que de 
fechado passa a aberto: 
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa 
b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a terminação –a: 
português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua. 
Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis: 
hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor. 
O mesmo ocorre com estas formas comparativas: 
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior. 
Cuidado com o par mau / má. 
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e, mais raramente, por –
oa: 
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa 
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre aberto); os terminados 
em –éu, por –oa : 
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plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa 
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia. 
II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma para o masculino e o feminino: 
pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola 
ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar 
 
 
2. Flexão de número 
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da formação do plural dos 
substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e são formados pela expressão “cor de + substantivo” 
são invariáveis em gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida. 
 papel cor-de-rosa papéis cor-de-rosa 
 giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja 
 carro (cor de) creme carros (cor de) creme 
 camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza 
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura: ítalo-brasileiro, luso-
africano, socioeconômico, político-institucional. 
 
A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos 
I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural): 
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último elemento sofre flexão: 
cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros 
cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras 
olho verde-claro olhos verde-claros 
camisa verde-clara camisas verde-claras 
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Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis: 
tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro 
camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro 
terno verde-mar ternos verde-mar 
camisa verde-mar camisas verde-mar 
Observações: 
a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis: 
Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste. 
O sol transmite raios ultravioleta. 
b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados. 
Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção. 
Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção. 
Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa sociedade. 
 
 
3. Flexão de grau: 
 Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar as características que 
atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo:o comparativo e o superlativo: 
1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas qualidades de um mesmo elemento. 
São três os comparativos: 
De superioridade: 
Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química. 
De igualdade: 
Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química. 
Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão. 
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De inferioridade: 
Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química. 
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), 
porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas 
analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. 
Essa solução é melhor (do) que a outra. 
Minha voz é pior (do) que a sua. 
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário. 
Ele é mais bom (do) que inteligente. 
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. 
Meu salário é mais pequeno (do) que justo. 
Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de superioridade, pois equivalem 
a mais pequeno e mais mau, respectivamente. 
 
2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de forma relativa ou 
absoluta. 
a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a todos os demais seres de um 
conjunto que a possuem. O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre 
expresso de forma analítica: 
 I – superlativo relativo de superioridade: 
Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos. 
 II - superlativo relativo de inferioridade: 
Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma. 
Observações: 
• Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de), empregados para especificar o ser 
(papel fundamental do artigo) dentro de um grupo (uso da preposição para indicar limitação). 
Você é o menos crítico do grupo. 
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• As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom, mau, grande e pequeno são 
sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor. 
b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo adjetivo a um determinado 
ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo absoluto pode ser analítico ou sintético: 
 I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a participação de um advérbio: 
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. 
Somos excessivamente tolerantes. 
 II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação de sufixos. O mais comum deles 
é –íssimo; nos adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo: 
Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo. 
Seremos tolerantíssimos. 
 Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau superlativo absoluto sintético. 
Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o 
caso dos terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel, volubilíssimo; indelével, 
indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará muitas formas irregulares do superlativo absoluto 
sintético. Observe que algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto outras 
pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Adjetivo Superlativo absoluto sintético Adjetivo Superlativo absoluto sintético 
acre acérrimo geral generalíssimo 
ágil agílimo grande máximo 
agudo acutíssimo humilde humílimo 
alto altíssimo, supremo incrível incredibilíssimo 
amargo amaríssimo infame infamérrimo 
amável amabilíssimo inimigo inimicíssimo 
amigo amicíssimo jovem juveníssimo 
antigo antiquíssimo livre libérrimo 
áspero aspérrimo magnífico magnificentíssimo 
atroz atrocíssimo magro macérrimo ou magríssimo 
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo 
benéfico beneficentíssimo mau péssimo 
benévolo benevolentíssimo miserável miserabilíssimo 
bom boníssimo ou ótimo miúdo minutíssimo 
capaz capacíssimo negro Nigérrimo ou negríssimo 
célebre celebérrimo nobre nobilíssimo 
comum comuníssimo notável notabilíssimo 
cruel crudelíssimo pequeno mínimo 
difícil dificílimo perspicaz perspicacíssimo 
doce dulcíssimo pessoal personalíssimo 
eficaz eficacíssimo pobre paupérrimo, pobríssimo 
fácil facílimo possível possibilíssimo 
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo 
feroz ferocíssimo próspero prospérrimo 
fiel fidelíssimo sábio sapientíssimo 
frágil fragílimo sagrado sacratíssimo 
frio friíssimo ou frigidíssimo soberbo superbíssimo 
 Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão 
formada por mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e 
o mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: 
Noite de chuva (chuvosa) Atitudes de anjo (angelical) 
 
 
 
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10. (FUNRIO / AL-RR Taquígrafo – 2018) 
 
Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/galerias/geral,20-tiras-de-calvin-eharoldo-para-refletir-
sobre-a-vida-e-sobre-o-mundo, 2007>. Acesso em: 20 abr.2018. 
Na tirinha, o menino (o personagem Calvin) faz um discurso preditivo em relação à vida, na conversa com o 
tigre (o personagem Haroldo). 
O substantivo e o adjetivo escolhidos para essa avaliação foram, respectivamente, 
A) interação, incômoda. 
B) incômoda, conforto. 
C) inconveniente, moleza. 
D) moleza, inconveniente. 
Comentário: O discurso preditivo é aquele que tem como objeto uma previsão sobre algo. No primeiro 
quadrinho, Calvin fala que tudo (isto é, a vida) vai ser moleza. Assim, empregou o substantivo “moleza”. No 
último quadrinho, ele afirma que a vida é muito inconveniente. Assim, empregou o adjetivo “inconveniente”. 
 Portanto, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
11. (FUNRIO / CGE-RO Assistente de Controle Interno – 2018) 
Na frase “O velho, um bêbedo esfarrapado...”, o adjetivo velho aparece substantivado; a frase abaixo em 
que o termo sublinhado está no mesmo caso é: 
A) “E me sentia bem naquela solidão” 
B) “Era uma mulher jovem e pálida”. 
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C) “...dava-lhe o aspecto de uma figura antiga”. 
D) "A mulher estava sentada entre nós”. 
E) “...dirigira palavras amenas a um vizinho invisível”. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o termo “bem” modifica o sentido do verbo “sentia”. Logo, é 
classificado como advérbio de modo. 
 A alternativa (B) está errada, pois “jovem” caracteriza o substantivo “mulher”. Logo, é classificado 
como adjetivo. 
 A alternativa (C) está errada, pois “antiga” caracteriza o substantivo “figura”. Logo, é classificado 
como adjetivo. 
 A alternativa (D) está errada, pois o termo “mulher” já é um substantivo e foi apenas precedido do 
artigo“A”. 
 A alternativa (E) é a correta, pois, originalmente, o vocábulo “vizinho” é um adjetivo (casa vizinha). 
Porém, neste contexto, “vizinho” foi substantivado ao ser precedido do artigo indefinido “um”. 
Gabarito: E 
12. (FUNDATEC / PC RS Agente e Escrivão – 2018) 
Sobre os vocábulos expansível, fácil, considerável, artificial, multiplicável e acessível, afirma-se que: 
I. Todos são flexionados da mesma forma quando no plural. 
II. Apenas um assume forma diferente dos demais quando flexionado no plural. 
III. Todos devem ser acentuados em sua forma plural. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
Comentário: Para formar o plural dos adjetivos “expansível, considerável, artificial, multiplicável e acessível”, 
exclui-se o “l” e se insere “is”: expansíveis, consideráveis, artificiais, multiplicáveis e acessíveis. Já em “fácil”, 
exclui-se “il” e se acrescenta “eis”: fáceis. Assim, a primeira afirmação está errada e a segunda está certa. 
 A terceira afirmação está errada, pois o vocábulo plural “artificiais” não é acentuado. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
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13. (VUNESP / TJ SP Psicólogo – 2017) 
Querendo-se intensificar o sentido das expressões “dias angustiosos e terríveis” e “Fadinha ficou boa, 
completamente boa”, elas podem ser reescritas, em conformidade com a norma-padrão, respectivamente, 
das seguintes formas: 
(A) dias angustiosíssimos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima. 
(B) dias muito angustiosos e muito terríveis; Fadinha ficou boa, boazíssima. 
(C) dias angustiosíssimos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima. 
(D) dias muito angustiosos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima. 
(E) dias muito angustiosos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima. 
Comentário: Para se intensificar as características, podemos empregar os superlativos absolutos analíticos 
(muito + adjetivo) ou sintéticos (por meio do sufixo –íssimo). 
 Assim, devemos trabalhar por eliminação. 
 Certamente, você sabe que não existem as palavras “terrivíssimos” e “boíssima”. 
 O superlativo absoluto analítico de “angustiosos” é “muito angustiosos”; de “terrível” é “muito 
terrível”, de “boa” é “muito boa”. 
 O superlativo absoluto sintético de “angustiosos” é “angustiosíssimos”; de “terrível” é 
“terribilíssimo”, de “boa” é “boníssima”. 
 Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
6 – NUMERAL 
 O numeral tem função quantificadora, a qual transmite um valor definido. Ele pode indicar: 
a) quantidade - Choveu durante quatro semanas. 
b) ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto. 
c) multiplicação - O operário pediu o dobro do salário. 
d) fração - Comeu meia maça. 
 Assim, os numerais podem se classificar em: 
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a. Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres. 
b. Ordinal: indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. 
c. Multiplicativo: expressa quantas vezes a quantidade foi aumentada. 
d. Fracionário: indica em quantas partes a quantidade foi dividida. 
 Veja um quadro que nos mostra esses numerais: 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
um primeiro - - 
dois segundo dobro meio 
três terceiro triplo terço 
quatro quarto quádruplo quarto 
cinco quinto quíntuplo quinto 
seis sexto sêxtuplo sexto 
sete sétimo sétuplo sétimo 
oito oitavo óctuplo oitavo 
nove nono nônuplo nono 
dez décimo décuplo décimo 
onze undécimo undécuplo onze avos 
doze duodécimo duodécuplo doze avos 
treze décimo terceiro - treze avos 
quatorze ou catorze décimo quarto - quatorze avos 
quinze décimo quinto - quinze avos 
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos 
dezessete décimo sétimo - dezessete avos 
dezoito décimo oitavo - dezoito avos 
dezenove décimo nono - dezenove avos 
vinte vigésimo - vinte avos 
trinta trigésimo - trinta avos 
quarenta quadragésimo - quarenta avos 
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos 
sessenta sexagésimo - sessenta avos 
setenta septuagésimo - setenta avos 
oitenta octogésimo - oitenta avos 
noventa nonagésimo - noventa avos 
cem centésimo cêntuplo centésimo 
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duzentos ducentésimo - ducentésimo 
trezentos tricentésimo - trecentésimo 
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo 
quinhentos quingentésimo - quingentésimo 
seiscentos seiscentésimo - sexcentésimo 
setecentos septingentésimo - septingentésimo 
oitocentos octingentésimo - octingentésimo 
novecentos noningentésimo - nongentésimo 
mil milésimo - milésimo 
milhão milionésimo - milionésimo 
bilhão ou bilião bilionésimo - bilionésimo 
 
1 – Flexão 
a. Flexão em gênero: variam em gênero os cardinais um, dois e os de duzentos a novecentos; todos os 
ordinais; os multiplicativos e os fracionários quando expressam uma ideia adjetiva em relação ao 
substantivo. Exemplos: 
João deu um salto duplo e um triplo e tomou uma dose quádrupla de vitaminas. 
Comi meio abacate e meia banana. 
b. Flexão em número: variam em número os cardinais terminados em “-ão” (Bilhões de dólares foram 
perdidos com a crise.), todos os ordinais (As primeiras pessoas passaram no teste.), os multiplicativos com 
valor de adjetivo (Tomei dois copos duplos de leite.), os fracionários, dependendo do cardinal que os 
antecede (Gastou dois terços do salário.). 
Observações: 
a. O numeral ora aparece com valor substantivo ora com valor adjetivo (acompanhando o substantivo) 
b. O numeral pode ser substantivado pela anteposição de artigo ou outro determinante: 
O um fica depois do efe na sigla da Ferrari: F1. 
Agora vamos tirar a prova dos noves. 
Os quatros da placa estão tortos. 
c. Com valor adjetivo normalmente o numeral tem a função sintática de adjunto adnominal e, por isso, 
passível deslocamentos dentro do sintagma nominal: 
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Ele era o segundo irmão entre os homens. 
Ele era o irmão segundo entre os homens. 
Pode combinar-se coordenativamente com outros adjetivos: 
Choveu muito nos primeiros e gelados dias deste inverno. 
d. A palavra ambos alude a dois seres concretos já mencionados no discurso: 
Pai e filho acidentaram-se, mas ambos não tiveram nenhuma escoriação. 
Algumas gramáticas divergem quanto à sua classificação morfológica, porque ela não só quantifica (papel 
fundamental do numeral), mas também, refere-se a seres já previamente indicados ou conhecidos no 
discurso – dêixis anafórica – (papel do pronome). Portanto, fica para ambos uma das duas classificações: 
numeral ou pronome. 
Ambos admite posição anteposta ou posposta ao nome que modifica: 
Ambos os filhos ou os filhos ambos 
Aceita também a anteposição ou posposição do numeral dois, para registrar ênfase: 
João e Maria eram irmãos; os dois ambos são engenheiros. 
 
 
 
14. (VUNESP / TJ SP Interior Escrevente Técnico – 2018) 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus desejos de estar 
longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado 
diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas para 
chegar a essa quadragésima oitava página.

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