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QUESTINÁRIO 1. O incapaz pode se valer da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis? Explique. Não, a arbitragem só pode ser utilizada por pessoas civilmente capazes para contratar, a fim de resolver questões sobre direitos patrimoniais disponíveis. Portanto, os menores de 18 anos, entre outras pessoas listadas nos artigos 3º e 4º do Código Civil, não podem resolver seus conflitos por meio da arbitragem. 2. Explique a diferente entre cláusula compromissória e compromisso arbitral. A cláusula compromissória ou pactum de compromitendo é um pacto adjeto dotado de autonomia conforme dispõe os artigos 8° da Lei n° 9.307/96 e 853 do CC, relativamente aos contratos civil e comerciais. Nasce no momento inicial do negócio principal, como medida preventiva dos interessados, com a intenção de assegurar e garantir as partes de um eventual desentendimento futuro. Trata-se de um contrato preliminar e não impede que as partes pleiteiem seus direitos de efetuar o compromisso na justiça comum. (art. 6°, § único da Lei 9.307/96). Os arts. 854 e 855 do Código Civil admitem o uso dessa cláusula, em que as partes, prevendo divergências futuras, remetem sua solução a árbitros por elas indicados, que serão chamados para dirimir eventuais conflitos que surgirem. Já o compromisso arbitral é um contrato em que as partes se obrigam a remeter a controvérsia surgida entre elas no julgamento de árbitros. Pressupões, portanto, contrato perfeito e acabado, sem que as partes tenha previsto o modo pelo qual solucionarão as discórdia futuras. O compromisso é, portanto, específico para a solução de certa pendência, mediante árbitros regularmente escolhidos. A principal diferença está, também, na esfera contratual haja visto que a cláusula compromissória não é um contrato perfeito e acabado, e sim preliminar, futuro e incerto, ou ainda, uma medida preventiva, em que as partes simplesmente prometem efetuar um contrato de compromisso se surgir desentendimento a ser resolvido. Já o compromisso tem força vinculativa e faz com que as partes se comprometam a submeter certa pendência à decisão de árbitros regularmente louvados. 3. Quem pode ser Árbitro nos termos da lei 9307/96? De acordo com Art. 13: Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes. § 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes. 4. Árbitro em arbitragem é um funcionário público? Explique. Sim, de acordo com o Art. 17 da lei 9.307 Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal. 5. Qual a relação do procedimento arbitral com os contratos de Compromisso e o de Transação, ambos do Código Civil? 6. Arbitragem é sinônimo jurídico de Mediação? Explique e fundamente. A Arbitragem (“jurisdição privada”): é uma técnica de solução de conflitos por meio da qual os conflitantes aceitam que a solução de seu litígio seja decidida por uma terceira pessoa, de sua confiança, a arbitragem é regulamentada pela Lei n.° 9.307/96, recentemente reformada pela Lei 13.129/2015, sendo cada vez mais valorizada. Já a Mediação A Jurisdição estatal é resolução do conflito mediante uma ação que será julgada pelo Poder Judiciário. A mediação de acordo com a Lei n.° 13.140/2015 nos dá o seguinte conceito em seu Artigo 1º em seu § único: Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia. Possuem diferenças entre si a saber: Na mediação de Conflitos a forma é de autocomposição, enquanto que na Arbitragem a forma e de Heterocomposição. Na mediação o terceiro não decide o conflito enquanto que na Arbitragem este decide, na Mediação atua-se preferencialmente nos casos que houver vínculo anterior entre as partes, na Arbitragem atua tanto em um caso como em outro, ou seja havendo vinculo ou não entre as partes. Mediação não propõe soluções para os Litigantes, já na Arbitragem decide o conflito. 7. O conciliador é um medidor? Explique e fundamente. Não, são institutos muito semelhantes, porém possuem diferenças na técnica que é empregada. O CPC 2015, em seu art. 165, §§ 2º e 3º prevê as sutis diferenças entre eles: Conciliador: Tem uma participação mais ativa no processo de negociação. Atua preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes. Pode sugerir soluções para o litígio. Mediador: Auxilia as partes a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. Atua preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes; Não propõe soluções para os litigantes.
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