Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“Antibacterianos que interferem na síntese da parede celular ” @veterinariando_ o Possuem esse nome devido sua conformação química, todos os antimicrobianos dessa classe possui um anel chamado betalactâmico (formado por 3 carbonos ligados ao nitrogênio) o Normalmente esse anel betalactâmicos está associado a outros anéis, dando origem as penicilinas, cefalosporinas, monobactams e carbapenems o Os betalactâmicos agem na parede celular da bactéria, interferindo em sua síntese – impede a ligação cruzada dos peptidoglicanos o Possui ação bactericida o São antibacterianos tempo dependente o Os betalactâmicos vão agir em momentos que há síntese de parede células das bactérias (crescimento e/ou reprodução) o Um dos mecanismo de resistência da bactéria é produzir enzimas (betalactamases) que são capazes de mudar a conformação dos betalactâmicos o Podem promover a alteração da permeabilidade da membrana externa bacteriana – as bactérias mutantes passam a não produzir canais da membrana externa (porinas), locais por onde penetram os betalactâmicos. o Alteração do sítio de ação – a resistência aos betalactâmicos pode ser adquirida por alteração nos alvos PBP (proteínas de ligação à penicilina) dessas drogas. Uma perda ou diminuição na afinidade de PBP crucial pode levar a um aumento na resistência aos betalactâmicos ➢ essa rede de ligações da parede é o que fornece proteção e forma para a bactéria ➢ A parede é formada por dois tipos de amino-açúcar (NAM e NAG) ligadas por pontes de peptídeo ➢ As pontes de peptídeos se ligam uma a outra por meio de reações químicas através de um enzima (transpeptidase) – chamada de PBP (proteína de ligação transpeptidase) Penicilinas • São considerados ácidos fracos • São sensíveis ao calor e ao pH • Deteriora em solução aquosa • Podem causar reação alérgica em decorrência da formação do ácido peniciloico • Possui uma boa distribuição em tecidos moles, mas dependendo do tipo de membrana a penicilina não consegue permear de forma adequada – não são fármacos eleitos para infecções de sistema nervoso, placenta e próstata • Possui biotransformação hepática baixa e sua excreção é renal • Alguns de seus efeitos adversos: ✓ Alergia ✓ Distúrbio do trato digestório como: náusea, vômito e diarreia em decorrência da diminuição da microbiota intestinal ✓ Algumas espécies como: cobaias, chinchilas, cobra, tartarugas e coelhos são mais sensíveis em relação a diminuição da flora intestinal podendo ocorrer a maior multiplicação de alguns tipos de bactérias como o Clostridium ✓ A penicilina G procaína provoca vasodilatação, em animais de competição como equinos essa vasodilatação pode resultar numa melhor performance então é importante administrar pelo menor 2 semanas antes (doping) • Interações ✓ Sulfas/probenecidas ✓ Anticoagulantes ✓ Aminoglicosídeos • Período de carência ✓ Carne: até 30 dias antes ✓ Leite: até 3 dias antes Penicilina G (Benzilpenicilina) PENICILINA VIA LATÊNCIA NÍVEIS TERAPÊUTICOS OBS G cristalina (sódica/potássica) SC/IM/IV 30min 4 a 6h G+ G procaína SC/IM (profunda) 1 a 3h 12 a 24h G+ G benzatina SC/IM (profunda) 8h 3 a 30d G+ V (fenoximetilpenicilina) Oral 30 a 60min 6 a 8h G+ • Bovinos: mastite • Suínos: eripsela, meningite • Equino: feridas, pneumonia, cistite • Cães e gatos: DP, abcessos dentários, piometra • Aves domésticas: enterite necrótica e ulcerativa o Mecanismo de resistência enzimático: produção das betalactamases (ou penicilinases) que são enzimas que por hidrolise destroem o anel betalactâmico, com essa alteração os betalactâmicos não consegue mais se ligar aos sítios de ligação da transpeptidase e com isso as bactérias conseguem sintetizar sua parede celular – na bactérias GRAM + essas betalactamases se encontram em grande quantidade da região periférica externa e nas bactérias GRAM – essas betalactamases se encontram na região entre a parede celular e o citoplasma o Mecanismo de mudança de sítio: as bactérias alteram os sítios de ligação das transpeptidase, dessa forma impossibilita a ligação com os betalactâmicos Aminopenicilinas GRUPO EXEMPLOS ESPECTRO DE AÇÃO VIA DE ADM USO CLÍNICO OBS Aminopenicilinas Ampicilina • G+ • Melhor ação em G- (bacilos) VO, IM, SC Trato respiratório, infecções no trato urinário não complicada, otite Sensíveis às betalactamases Amoxicilina Aeróbios e anaeróbios VO, IM, SC Aminopenicilinas potencializadas Amoxicilina + clavulanato de K • G+ • Maior ação em G- VO/IM Trato respiratório, infecções no trato urinário, otite Resistentes à betalactamases Ampicilina + sulbactam Sulbactam age sobre betalactamases Antipseudomonas Carbenicilina • Pseudomonas aeruginosa G- • Proteus G- IM, IV (apenas cabernicilina por via oral) Otite, mastite bovina, infecção de trato urinário, artrite bacteriana Sensível a betalactamases pseudomonas Ticarcilina Piperacilina Antiestafilocócicas Meticilina S. aureus e epidermidis produtores de betalactamases, possui menor atividade em G- Parenteral Mastite estafilocócica Resistente à betalactamases MRSA (S. aureus resistentes a meticilina) Oxacilina VO, IM Cefalosporinas • Possui anel betalactâmico a diferença são os radicais ligados a esse anel e a origem das cefalosporinas que são de fungos diferentes das que produzem a penicilina • São mais estáveis as variações de temperatura e pH • Cada uma das gerações apresenta resistência a diversas betalactamases (cefalosporinases) • Distribuição: tecidos e fluidos, 3 e 4ª geração conseguem ultrapassar a barreira hematoencefálica • Possui biotransformação hepática e excreção renal – necessário ajuste de dose caso o paciente tenha problemas hepáticos e/ou renais • São divididas em: 1ª geração, 2ª geração, 3ª geração, 4ª geração e 5ª geração GRUPO EXEMPLOS ESPECTRO DE AÇÃO VIA DE ADM USO CLÍNICO OBS 1ª geração Cefalexina (VO) • G+ • Menor ação G- • Nenhuma ação em anaeróbio VO e parenteral Infecções de trato urinário, abcessos, profilaxia cirúrgica de pele, mastite por estafilo/estreptococos • Resistentes às betalactamases de estafilococos • Sensíveis a betalactamases de enterobactérias Cefadroxila (VO) Cefalozina (parenteral) 2º geração Cefoxitina (IV-IM) • G+ • Maior ação em G- • Porca ação em anaeróbio IV/IM Infecções de trato urinário, pneumonia, pleurite, profilaxia cirúrgica intestinal • Resistente a várias betalactamases 3ª geração Ceftriaxona (IV-IM) Ação grande sobre G-, inclusive sobre pseudomonas aeruginosa (G)/Proteus (G-) Possui ação moderada sobre anaeróbios IV/IM Septicemia/osteomieli te/meningite, mastite, infecções de trato urinário complicadas, trato respiratório • Resistente a várias betalactamases Ceftiofur (IM) Cefovecina 4ª geração cefepima Tem ação sobre G+ e G- anaeróbio/aeróbios e pseudomonas G+ IV Septicemias, respiratório, meningites (doente grave) Resistente à betalactamases Stafilo, entero e pseudomonas
Compartilhar