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BREVE HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

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BREVE
HISTÓRIA 
DA 
FOTOGRAFIA
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GG
Ian Haydn Smith
Um guia de bolso 
para os principais gêneros, 
obras, temas e técnicas
www.ggili.com.br
Breve história da fotogra� a é uma introdução nova 
e criativa ao tema da fotogra� a. Inteligentemente 
elaborado e ricamente ilustrado, o livro explora 
50 fotogra� as-chave da história, desde os primeiros 
experimentos no início do século xix até a fotogra� a 
digital contemporânea.
Prático e conciso, o livro explica como, por que 
e quando certas fotogra� as realmente mudaram 
o mundo. Inclui muitas imagens icônicas e 
revela as diferentes técnicas usadas para criá-las. 
Desmiti� cando o jargão técnico, o autor demonstra 
seu profundo conhecimento da história da fotogra-
� a, oferecendo aos leitores uma plena apreciação 
dos eventos e das obras mais marcantes.
Ian Haydn Smith é editor das revistas Curzon 
e BFI Filmmakers. Ele é autor de inúmeros artigos 
e vídeos sobre � lme e fotogra� a.
Primeira capa: Mergulhadores (detalhe), 
George Hoyningen-Huene. Condé Nast/Getty Images. 
Quarta capa: Afghan Girl (detalhe), 
Steve McCurry. Steve McCurry/Magnum Photos.
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17 × 17 cm, 128 páginas
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21.5 × 25.6 cm, 272 páginas
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SMITH Breve historia da fotografia.indd 1 14/11/17 14:27
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Título original: The Short Story of 
Photography. Publicado originalmente por 
Lawrence King Publishing Ltd em 2017
Projeto gráfico: John Round Design
Tradução: Edson Furmankiewicz
Preparação: Maria Luisa Abreu Lima de Paz
Revisão de texto: Grace Mosquera Clemente
Qualquer forma de reprodução, distribuição, 
comunicação pública ou transformação 
desta obra só pode ser realizada com a 
autorização expressa de seus titulares, salvo 
exceção prevista pela lei. Caso seja necessário 
reproduzir algum trecho desta obra, seja 
por meio de fotocópia, digitalização ou 
transcrição, entrar em contato com a Editora. 
A Editora não se pronuncia, expressa ou 
implicitamente, a respeito da acuidade 
das informações contidas neste livro e não 
assume qualquer responsabilidade legal em 
caso de erros ou omissões.
Os direitos do autor Ian Haydn Smith para 
esta obra foram registrados de acordo com o 
Copyright, Design and Patent Act de 1988.
© Mark Fletcher, 2018
© da tradução: Edson Furmankiewicz 
para a edição em português:
© Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2018
Impresso na China
ISBN: 978-85-8452-113-5
Depósito legal: B. 26547-2017 
Editorial Gustavo Gili, SL
Via Laietana 47, 2º, 08003 Barcelona, Espanha. Tel. (34) 933228161
Editora G. Gili, Ltda
Av. José Maria de Faria, 470, Sala 103, Lapa de Baixo, 
CEP: 05038-190, São Paulo-SP, Brasil. Tel. (+55) (11) 3611-2443
Dados Internacionais de Catalogação 
na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 Smith, Ian Haydn
 Breve história da fotografia : um guia 
 de bolso dos principais gêneros, obras, 
 temas e técnicas / Ian Haydn Smith ; 
 [tradução Edson Furmankiewicz]. -- 
 São Paulo : Gustavo Gili, 2018.
 Título original: The short story of 
 photography.
 ISBN 978-85-8452-113-5
 1. Fotografia 2. Fotografia - História I. 
 Título.
17-09777 CDD-770.9
 Índices para catálogo sistemático:
 1. Fotografia : História 770.9
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Ian Haydn Smith
BREVE
HISTÓRIA 
DA 
FOTOGRAFIA
Um guia de bolso 
para os principais gêneros, 
obras, temas e técnicas
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Sumário
 6 Introdução
 9 Como usar este livro
GÊNEROS
 12 Monocromático
 13 Pictorialismo
 14 Fotografia pura
 15 Retrato
 16 Paisagem
 17 Fotografia de rua
 18 Cor
 19 Nu
 20 Natureza-morta
 21 Autorretrato
 22 Abstração
 23 Vanguarda
 24 Guerra
 25 Propaganda
 26 Etnografia
 27 Fotojornalismo
 28 Documentário
 29 Humanismo
 30 Ciência
 31 Arte
 32 Glamour
 33 Pop
 34 Sociedade
 35 Topografia
 36 Moda
 37 Campanha publicitária
 38 Paparazzi
 39 Conceitual
 40 Encenada
 41 Performance
 42 Arte contemporânea
 43 O selfie
AS OBRAS
 46 Vista da janela em Le Gras, Nicéphore 
Niépce
 48 Autorretrato, Nadar
 50 Natureza-morta com frutas e 
decantador, Roger Fenton
 52 A colheita da morte, Timothy H. 
O’Sullivan
 56 Beatrice, Julia Margaret Cameron
 58 Os catadores de lixo da praia de 
Whitby, Frank Meadow Sutcliffe
 60 A terceira classe, Alfred Stieglitz
 62 A entrada da pirâmide de Miquerinos, 
Friedrich Adolf Paneth
 64 Mecânico e bomba a vapor, Lewis Hine
 66 O violino de Ingres, Man Ray
 68 Retrato de mãe, Alexander Rodchenko
 70 O garfo, André Kertész
 72 Mergulhadores, George Hoyningen- 
-Huene
 74 Pimentão (nº 30), Edward Weston
 76 Amantes em um café parisiense, Brassaï
 78 Nova York, vista noturna, Berenice 
Abbott
 80 Mãe migrante, Nipomo, Califórnia, 
Dorothea Lange
 82 Lavatório no corredor da casa dos 
Burroughs, condado de Hale, Alabama, 
Walker Evans
 84 Fotograma, Lázló Moholy-Nagy
 86 Matador de policial, Weegee
 90 Linhas de transmissão no deserto de 
Mojave, Ansel Adams
 92 Soldados americanos desembarcando 
na praia de Omaha, Dia D, 
Normandia, França, 6 de junho de 
1944, Robert Capa
 94 A libertação de Buchenwald, Margaret 
Bourke-White
 96 O beijo no Hôtel de Ville, Robert 
Doisneau
 98 Desfile, Hoboken, Nova Jersey, Robert 
Frank
 100 Estados Unidos, Califórnia, Elliott 
Erwitt
 102 Os reis de Hollywood, Slim Aarons
 104 Che Guevara, Alberto Korda
 106 Malcolm X, Eve Arnold
 108 Jack Ruby assassinando Lee Harvey 
Oswald, Robert H. Jackson
 110 Nascer da Terra, William Anders
 114 Algiers, Louisiana, William Eggleston
 116 Phan Th.i Kim Phúc, Nick Ut
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 118 Tarde de domingo ensolarada, Whitby, 
Inglaterra, Ian Berry
 120 Autorretrato travestido, Andy Warhol
 122 Sem título nº 96, Cindy Sherman
 124 Cookie em Tin Pan Alley, Nan Goldin
 126 New Brighton, Inglaterra, Martin Parr
 130 Cristo imerso em urina, Andres 
Serrano
 132 Louvre 1, Paris, 1989, Thomas Struth
 134 Lutz & Alex sentados nas árvores, 
Wolfgang Tillmans
 136 Trabalho pela paz mundial da série 
Cartazes que dizem o que você quer 
que eles digam e não Cartazes que 
dizem o que alguém quer que você 
diga, Gillian Wearing
 138 Hilton Head Island, SC, EUA, 24 de 
junho de 1992, Rineke Dijkstra
 140 Mar Báltico, Rügen, Hiroshi 
Sugimoto
 142 Rondó de flor, Nobuyoshi Araki
 144 O homem caindo, Richard Drew
 146 Viaduto, Jeff Wall
 148 Por baixo das rosas, Gregory 
Crewdson
 150 Amazon, Andreas Gursky 
 152 Deserto de sal nº 13, Edward 
Burtynsky
TEMAS
156 Clima
157 Arquitetura
158 Beleza
159 Amor
160 Religião
161 Movimento
162 O surreal
163 Natureza
164 Animais
165 Morte
166 Iconografia
167 Celebridade
168 Paisagem urbana
169 Consumismo
170 Classe
171 Pobreza
172 Política
173 Pessoas
174 O momento decisivo
175 Tecnologia
176 Modernidade
177 Textura
178 Gênero
179 Idade
180 Poder
181 Crime
182 Família 
183 Vernáculo
184 Esporte
185 Música
186 Cultura jovem
187 Apropriação
TÉCNICAS
 190 Câmera escura
 191 Daguerreótipo
 192 Calótipo
 193 Cianotipia
 194 Colódio úmido
 195 Papel albuminado
 196 Prata coloidal
 197 Platinotipia
 198 Colorização manual
 199 Cor
 200 Dupla exposição
 201 Fotograma
 202 Luz artificial
 203 Fotografia aérea
 204 Corte
 205 Solarização
 206 Fotografia de alta velocidade
 207 Kodachrome
 208 SLR
 209 Longa exposição 
 210 Fotografia com flash
 211 Polaroid
 212 Fotomontagem
 213 Manipulação fotográfica
 214 Foco suave
 215 Fotografia digital
 216 Índice 
 223 Museus
 224 Créditos das imagens
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Introdução
HENRI CARTIER-BRESSON: “É UMA ILUSÃO PENSAR QUE AS FOTOSSÃO FEITAS COM A 
CÂMERA... ELAS SÃO FEITAS COM OS OLHOS, O CORAÇÃO E A MENTE.”
A fotografia pode ser um espelho do mundo ou se aprofundar, 
explorando a complexidade da psicologia e das emoções huma-
nas. Pode capturar um momento fugaz ou marcar a passagem 
lenta do tempo. Ao longo de sua existência de quase 200 anos, 
desenvolveu-se mais rápido do que qualquer outra arte visual.
As primeiras câmeras apareceram em um momento de grande 
mudança industrial. Algumas pessoas abraçaram a fotografia 
como um complemento para as belas-artes, enquanto outras a 
consideravam uma ferramenta para capturar a realidade da vida 
cotidiana. Mas os dois grupos a viram como uma disciplina sé-
ria que exigia tempo e atenção. Essa fragmentação precoce das 
abordagens tornou-se múltipla no início do século xx, quando 
vários movimentos artísticos e de design abraçaram a fotografia, 
fazendo experiências com a forma e a técnica. O potencial co-
mercial do meio também foi reconhecido, primeiro na venda de 
jornais, depois nos mundos incipientes da moda e publicidade. 
Essas várias arenas muitas vezes se cruzaram, já que alguns fo-
tógrafos financiaram seu trabalho pessoal por meio de projetos 
comerciais, e fotógrafos comerciais ou fotojornalistas viram sua 
obra reconhecida como arte.
Este livro apresenta uma breve história da fotografia, des-
tacando os gêneros e estilos mais significativos no desenvolvi-
mento desse meio. Ele traça os desenvolvimentos tecnológicos 
que testemunharam a transformação da câmera escura inicial 
na moderna SLR digital. E destaca 50 obras-chave, desde o pic-
torialismo e o fotojornalismo até a abstração e o movimento da 
straight photography (fotografia pura), que tiveram um impacto 
indelével sobre o curso que a fotografia tomou. Não é um histó-
rico exaustivo, mas destaca a importância da fotografia na com-
preensão do mundo que nos rodeia.
Gêneros
ROBERT CAPA: “SE SUAS FOTOS NÃO ESTÃO BOAS O SUFICIEN-
TE, É PORQUE VOCÊ AINDA NÃO ESTÁ PERTO O SUFICIENTE.”
Nenhum estilo ou movimento específico dominou completa-
mente a história da fotografia. Nos primeiros anos, houve uma 
divisão significativa entre os interessados em representar com 
precisão o mundo ao seu redor e os fotógrafos interessados em 
abraçar os princípios estéticos das belas-artes. Os movimentos 
subsequentes geralmente enalteciam uma dessas posições ou se 
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contrapunham a elas. À medida que os estilos mudaram, muitos 
fotógrafos associados a um movimento específico mudaram seu 
foco, como evidenciado pelo trabalho de Alfred Stieglitz, que, 
como Henry Peach Robinson, foi um dos pioneiros do pictoria-
lismo, mas depois se distanciou dele, abraçando a abstração e um 
modo modernista de representação e expressão fotográfica.
Esse capítulo não se concentra apenas nas abordagens esté-
ticas da prática fotográfica, mas também marca o desenvolvi-
mento ideológico e comercial do meio –, do fotojornalismo, da 
fotografia paparazzi e da propaganda à publicidade, moda e po-
lítica. Ele acompanha os avanços na ciência e na natureza, bem 
como a mudança do tema e do estilo na arte do retrato, desde o 
trabalho pioneiro de Nadar no final do século xix até o apareci-
mento do selfie. 
As obras
EVE ARNOLD: “O QUE TENTEI FAZER FOI ENVOLVER AS PESSOAS 
QUE ESTAVA FOTOGRAFANDO... SE ESTIVESSEM DISPOSTAS A SE 
MOSTRAR, EU ESTAVA DISPONÍVEL PARA FOTOGRAFÁ-LAS.”
Entre as trilhões de fotos tiradas desde a fotografia de Nicépho-
re Niépce pela janela da casa de sua família em 1826, algumas 
imagens se destacam como marcos importantes no desenvol-
vimento da fotografia e como representantes de movimentos, 
estilos, épocas ou momentos específicos. Essas imagens variam 
do inovador ao icônico. Algumas, como o retrato de Che Gue-
vara feito por Alberto Korda (1960), Jack Ruby assassinando Lee 
Harvey Oswald (1963) de Robert H. Jackson e O homem caindo 
de Richard Drew (2001), foram feitas no calor da hora. Outras, 
como Natureza-morta com frutas e decantador de Roger Fenton 
(1860), Pimentão (nº 30) (1930) de Edward Weston e Por baixo 
das rosas (2014) de Gregory Crewdson foram meticulosamente 
elaboradas. Esse capítulo traça o desenvolvimento do retrato 
desde o Autorretrato (c.1855) de Nadar e Beatrice (1866) de Julia 
Margaret Cameron até o Autorretrato travestido (1981) de Andy 
Warhol e Hilton Head Island, SC, EUA, 24 de junho de 1992 (1992) 
de Rineke Dijkstra, e destaca o papel que certas fotografias têm 
desempenhado em um contexto cultural, social ou político.
A importância estética e cultural dessas fotografias é discu-
tida juntamente com as biografias dos fotógrafos, demonstran-
do a importância de cada uma na história relativamente curta 
desse meio.
INTRODUÇÃO 7
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Temas
NAN GOLDIN: “PARA MIM, FOTOGRAFAR NÃO É ALGO QUE FAÇO 
COM DISTANCIAMENTO. É UMA MANEIRA DE TOCAR ALGUÉM – 
UMA CARÍCIA.”
Os temas muitas vezes abrangem uma variedade de gêneros ao 
longo da história da fotografia, destacando as diferentes aborda-
gens tomadas pelos fotógrafos, mas atravessando os diversos esti-
los de um determinado período. Eles nos ajudam a compreender 
como a inovação e o desenvolvimento tecnológico ajudaram o 
meio e como mudaram as atitudes em relação a determinados 
assuntos. Fornecem um registro da maneira como percebemos a 
nós mesmos e ao mundo que nos rodeia, tanto ambientes natu-
rais como urbanos. 
Técnicas
ALFRED STIEGLITZ: “ONDE QUER QUE HAJA LUZ, PODE-SE 
FOTOGRAFAR.”
Embora a função de uma câmera permaneça a mesma, existe um 
vasto oceano entre os primeiros equipamentos fotográficos e a 
complexidade técnica das câmeras de hoje. Esse capítulo mos-
tra o desenvolvimento da câmera, das primeiras encarnações e 
principais componentes até sua crescente portabilidade e uso 
sofisticado da luz, e o surgimento da tecnologia que não só gra-
va uma imagem, mas também pode manipulá-la a ponto de se 
tornar irreconhecível. Ele destaca o papel individual dos fotó-
grafos e técnicos no desenvolvimento de certos elementos, desde 
a fotografia em preto e branco e a colorida até os mecanismos do 
obturador e o aparecimento dos dispositivos de carga acoplada. 
Cada item remete aos principais gêneros, obras e temas aborda-
dos anteriormente, destacando o rico histórico do meio.
8 INTRODUÇÃO
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Como usar este livro
Este livro está dividido em quatro capítulos: 
Gêneros, Obras, Temas e Técnicas. Cada ca-
pítulo pode ser lido independentemente dos 
outros. A parte central do livro – Obras – 
apresenta 50 imagens de destaque feitas por 
Fatos marcantes
Referências a temas 
e técnicas
Informações gerais 
sobre o artista
Principais artistas
Outras obras importantes do artista
fotógrafos consagrados. As referências no 
rodapé de cada página direcionam o leitor 
de um capítulo para outro, enquanto os blo-
cos de informações incluem fatos marcantes 
ou biografias.
Artista, método, dimensões e local Data da obra
Referências a movimentos, 
temas e técnicas
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GÊNEROS
MONOCROMÁTICO 12 • PICTORIALISMO 13 • FOTOGRAFIA PURA 14 • RETRATO 15 • 
PAISAGEM 16 • FOTOGRAFIA DE RUA 17 • COR 18 • NU 19 • NATUREZA-MORTA 20 • 
AUTORRETRATO 21 • ABSTRAÇÃO 22 • VANGUARDA 23 • GUERRA 24 • PROPAGANDA 25 
• ETNOGRAFIA 26 • FOTOJORNALISMO 27 • DOCUMENTÁRIO 28 • HUMANISMO 29 • 
CIÊNCIA 30 • ARTE 31 • GLAMOUR 32 • POP 33 • SOCIEDADE 34 • TOPOGRAFIA 35 
• MODA 36 • CAMPANHA PUBLICITÁRIA 37 • PAPARAZZI 38 • CONCEITUAL 39 • 
ENCENADA 40 • PERFORMANCE 41 • ARTE CONTEMPORÂNEA 42 • O SELFIE 43
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12 GÊNEROS
Caracterizado por tons de uma única cor, 
“monocromático” geralmente significa pre-
to e branco, que dominava o uso sério do 
meio fotográfico até a cor começar a atrair 
atenção crítica nos anos 1970.
O fato de só conseguirem capturar o 
mundo em preto e branco não constituiu 
um obstáculo para o público fascinado pelas 
primeiras fotografias. O tomde uma ima-
gem diferia em cada processo, do daguerreó-
tipo ao calótipo (ver pp.191 e 192), enquanto 
a cianotipia apresentava uma tonalidade 
azul (p.193), e a platinotipia (p.197), como 
esse retrato de Aubrey Beardsley feito por 
Frederick H. Evans (1853-1943), adiciona-
va brilho. No início do século xx, o preto e 
branco convencional tornou-se a regra, com 
a proliferação de jornais estabelecendo-o 
como representação confiável da realidade.
A fotografia séria, desde o fotojornalis-
mo e os trabalhos documentais até obras 
com inclinações mais artísticas, ignorava 
os avanços em filme colorido em sua maior 
parte. Com o tempo, as revistas começaram 
a usar cor, mas a notícia “real” permane-
ceu em preto e branco. Somente na déca-
da de 1970, com o trabalho de fotógrafos 
como William Eggleston e Joel Meyerowitz 
(n.1938) é que a crítica estabelecida aceitou 
a cor como equivalente ao monocromático.
VISTA DA JANELA EM LE GRAS p.46 A TERCEIRA CLASSE p.60 FOTOGRAMA p.84 MATADOR 
DE POLICIAL p.86 O MOMENTO DECISIVO p.174 DAGUERREÓTIPO p.191 CALÓTIPO p.192 
Monocromático
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: NICÉPHORE NIÉPCE • ALFRED STIEGLITZ • EDWARD WESTON 
DOROTHEA LANGE • WEEGEE • SEBASTIÃO SALGADO
Portrait of Aubrey Beardsley, Frederick 
H. Evans, 1894, cópia em prata 
coloidal, 14,9 × 10,8 cm, The J. Paul 
Getty Museum, Los Angeles
FATOS RELEVANTES
Uma pequena variação no preto e branco 
convencional foi obtida no século xx com o 
processo de colorização, que era comumente 
produzido por meio do uso de papéis de impressão 
tingidos. Utilizava-se uma única cor, visível nas 
áreas claras e nos meios-tons de uma imagem 
revelada. Papéis albuminados em tons sutis de 
rosa e azul surgiram a partir da década de 1870, e 
o malva ou rosa estaria disponível em papéis para 
cópia em prata coloidal uma década mais tarde.
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GÊNEROS 13
O movimento pictorialista marcou um afas-
tamento do documental em direção a uma 
disciplina em que as fotografias visam atin-
gir a qualidade estética da pintura.
O movimento, que abrangeu aproxima-
damente os anos de 1880 a 1910, teve sua 
perspectiva teórica delineada no livro Pic-
torial Effect in Photography (1869). O autor, 
Henry Peach Robinson (1830-1901), sugeria 
que, se um fotógrafo fosse um artista ge-
nuíno, a visão do mundo capturada por ele 
possuiria mais verdade que qualquer fac-sí-
mile documental. Robinson tolerava o uso 
de efeitos ou truques para alcançar essa vi-
são. Essa rebelião contra o dogma da maio-
ria das sociedades de fotografia resultou em 
uma série de secessões por parte desses fotó-
grafos artistas, que incluíam em suas fileiras 
Robinson, Frank Meadow Sutcliffe, Alfred 
Stieglitz, Fred Holland Day (1864-1933), 
Heinrich Kühn (1866-1944), Clarence H. 
White (1871-1925) e Edward Steichen (1879-
1973). Uma abordagem artística havia sido 
adotada por fotógrafos anteriores, como Ju-
lia Margaret Cameron, mas os grupos pic-
torialistas e secessionistas foram o primeiro 
movimento coerente a defender a expressão 
pessoal do meio. 
Pictorialismo
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: HENRY PEACH ROBINSON • FRANK MEADOW SUTCLIFFE 
ALFRED STIEGLITZ • EDWARD STEICHEN • PAUL STRAND • CLARENCE H. WHITE 
BEATRICE p.56 OS CATADORES DE LIXO DA PRAIA DE WHITBY p.58 CLIMA p.156 BELEZA p.158 
PLATINOTIPIA p.197 
FATOS RELEVANTES
Alfred Stieglitz desempenhou um papel significativo 
no movimento pictorialista dos Estados Unidos. 
Em 1902, ele supervisionou a criação da Photo-
Secession e trabalhou diretamente com Edward 
Steichen para promovê-la. Entretanto, mais tarde 
se afastaria do movimento.
Quando o trabalho 
do dia está feito, 
Henry Peach 
Robinson, 1877, 
cópia em papel 
albuminado e prata, 
56 x 74,5 cm, The J. 
Paul Getty Museum, 
Los Angeles
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14 GÊNEROS
A imagem mais antiga existente é um exem-
plo da fotografia pura, termo que assumiu 
um significado maior quando foi adotado por 
um grupo que reagiu contra o pictorialismo.
Foi o crítico japonês criado por alemães 
Sadakichi Hartmann quem inventou o 
termo “straight photography”. Embora não 
fosse um fotógrafo praticante, ele despre-
zava aqueles que procuravam equiparar o 
meio à pintura em vez de aceitá-lo em seus 
próprios termos. Essa mudança ocorreu à 
medida que o modernismo ganhava impul-
so em todas as formas de arte. Nos Estados 
Unidos, Alfred Stieglitz, seguido pelos an-
tigos pictorialistas Edward Steichen e Paul 
Strand (1890-1976), avançou em direção a 
um estilo documental que também abraçou 
a abstração. Depois de alguns anos, essa 
nova tendência produziu as obras seminais 
A terceira classe (p.60), Wall Street, Nova 
York (1921) e, mais tarde, Rodas (1939), de 
Charles Sheeler (1883-1965). Na Califórnia, 
Edward Weston e outros fundaram o Grupo 
f/64, que promovia a aplicação da fotografia 
pura, empregando câmeras de grande for-
mato sem qualquer efeito e obtendo cópias 
nítidas e focalizadas. Sua série de pimentões 
exaltava a beleza e a pureza das formas por 
meio da abstração (ver p.22).
A TERCEIRA CLASSE p.60 PIMENTÃO (Nº 30) p.74 
LINHAS DE TRANSMISSÃO NO DESERTO DE MOJAVE p.90 MODERNIDADE p.176 
Fotografia pura
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: ALFRED STIEGLITZ • PAUL STRAND • ANSEL ADAMS 
EDWARD WESTON • WILLARD VAN DYKE • IMOGEN CUNNINGHAM 
FATOS RELEVANTES
O Grupo f/64 era mais do que um coletivo 
de fotógrafos com ideias afins. Formado no 
apartamento-galeria de Willard Van Dyke (1906-
1986) em Oakland, Califórnia, ele assumiu uma 
posição política para promover uma estética 
modernista. A primeira exposição do grupo foi 
realizada em 15 de novembro de 1932 e apresentou 
o trabalho dos fundadores Ansel Adams, Imogen 
Cunningham (1883-1976), John Paul Edwards 
(1884-1968), Sonya Noskowiak (1900-1975), Henry 
Swift (1891-1962), Edward Weston e Van Dyke.
Olhando para o lago em 
direção às montanhas, “Fim de 
tarde, Lago McDonald, Glacier 
National Park”, Montana, Ansel 
Adams, 1941-1942, Arquivo 
Nacional, Washington D.C.
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GÊNEROS 15
Um ano depois que Louis Daguerre (1787-
1851) produzu uma imagem de uma avenida 
parisiense, os retratos fotográficos começa-
ram a aparecer, embora exigissem muita 
paciência por parte da pessoa fotografada.
Em outubro de 1839, Robert Cornelius 
(1809-1893) fez um autorretrato. Logo foi 
seguido por John William Draper (1811-
1882), que produziu um retrato de sua irmã. 
As duas fotos exigiam que o modelo perma-
necesse absolutamente imóvel por mais de 
um minuto. À medida que as objetivas se 
tornavam mais sofisticadas e o tempo de ex-
posição diminuía, a qualidade dos retratos 
melhorava. Julia Margaret Cameron usava 
uma câmera de grande formato para pro-
duzir retratos evocativos que anunciavam 
o estilo pictorialista. Contemporâneos criti-
caram suas gafes técnicas, em forte contras-
te com o trabalho de Nadar, que fez avançar 
significativamente o potencial do retrato 
capturando aspectos da personalidade de 
seus modelos e evitando a postura rígida 
dos retratos anteriores. A rainha Vitória foi 
regularmente fotografada. A fotografia foi 
usada por Hollywood para promover as es-
trelas de cinema e suas vidas aparentemente 
glamourosas, e se tornou um elemento bá-
sico da indústria da moda; ela é agora uma 
prática diária nas mídias sociais.
Retrato
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: NADAR • CECIL BEATON • YOUSUF KARSH • ARNOLD NEWMAN 
EVE ARNOLD 
BEATRICE p.56 RETRATO DE MÃE p.68 MÃE MIGRANTE, NIPOMO, CALIFÓRNIA p.80 
MALCOLM X p.106 CELEBRIDADE p.167 PODER p.180 
Abraham Lincoln, retrato em três 
quartos, sentado e segurando seus 
óculos e um lápis, Alexander Gardner, 
1865, Biblioteca do Congresso, 
Washington D.C.
FATOS RELEVANTES
Esse retrato de Abraham 
Lincoln feito em 1865 por 
Alexander Gardner (1821-1882) 
não foi a primeira fotografia 
de um presidente dos Estados 
Unidos em exercício, mas 
continua a ser uma das mais 
icônicas.Gardner fotografou 
Lincoln em sete ocasiões, 
incluindo seu funeral. Também 
foi o autor dos dois volumes 
de Gardner’s Photographic 
Sketch Book of the War (1866; 
ver p.52).
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16 GÊNEROS
Depois de refletir inicialmente o romantis-
mo da pintura do século xix, a fotografia 
de paisagem se diversificou para englobar o 
estudo científico das formações terrestres e 
o impacto humano sobre o meio ambiente.
Tanto J.M.W. Turner (1775-1851) como 
John Constable (1776-1837) estavam vivos 
nos primórdios da fotografia, e o modo 
como abordaram a paisagem se reflete nas 
técnicas pictóricas dos primeiros fotógrafos 
que se propuseram a capturar o mundo na-
tural. Se os pictorialistas estavam interessa-
dos em adotar elementos das belas-artes em 
seus trabalhos, muitos fotógrafos documen-
tais norte-americanos da década de 1860 
procuravam capturar uma visão precisa da 
vasta paisagem do país. Em 1861, Carleton 
Watkins (1829-1916) fotografou o parque 
Yosemite, e assim definiu o padrão. Du-
rante a década seguinte, foi produzido um 
extraordinário corpo de trabalho, boa parte 
a partir de estudos geológicos que tinham 
como destaque as fotografias de William 
Henry Jackson e Timothy H. O’Sullivan. A 
incorporação da abstração na obra de Alfred 
Stieglitz e Edward Weston adicionou ambi-
guidade à forma e ao volume, e junto com os 
pioneiros do século xix estabeleceu o padrão 
para a fotografia de paisagem.
LINHAS DE TRANSMISSÃO NO DESERTO DE MOJAVE p.90 DESERTO DE SAL Nº 13 p.152 CLIMA p.156 
NATUREZA p.163 FOTOGRAFIA AÉREA p.203 
Paisagem
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: CARLETON WATKINS • WILLIAM HENRY JACKSON 
TIMOTHY H. O’SULLIVAN • EDWARD WESTON • ANSEL ADAMS
FATOS RELEVANTES
A intenção de William Henry Jackson em suas 
fotografias de Yellowstone era persuadir o 
Congresso dos Estados Unidos a preservar a 
área para as gerações futuras, o que aconteceu 
em 1872, tornando a área o primeiro parque 
nacional do país. O trabalho de Jackson foi 
continuado por uma longa lista de fotógrafos 
norte-americanos preocupados com o impacto 
da humanidade sobre o meio ambiente. Em 1861, 
Carleton Watkins (1829-1916) realizou um vasto 
estudo do parque Yosemite, empregando uma 
câmera enorme de placa de vidro para capturar 
imagens deslumbrantes da paisagem. Os pioneiros 
posteriores incluem o eternamente popular Ansel 
Adams, Eliot Porter (1901-1990), Philip Hyde (1921-
2006), Robert Glenn Ketchum (n.1949) e Edward 
Burtynsky.
Pedra de Agassiz e Cataratas de 
Yosemite vistas a partir de Union 
Point, Carleton Watkins, 1878, 54,4 × 
39,2 cm, The J. Paul Getty Museum, 
Los Angelesw
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GÊNEROS 17
Os fotógrafos levavam suas câmeras cada 
vez mais portáteis para as ruas das cidades 
e vilarejos do mundo para capturar a vida, 
muitas vezes de forma inesperada.
O fluxo de pessoas para áreas metropoli-
tanas no final do século xix e início do sécu-
lo xx deu aos fotógrafos oportunidades ricas 
de registrar a ebulição da atividade humana. 
Limpadores de chaminés andando (1851) de 
Charles Nègre (1820-1880) é um exemplo 
inicial, mas sua abordagem prosaica apon-
tava para o trabalho posterior de Jacob Riis 
(1849-1914), Eugène Atget (1857-1927), Ali-
ce Austen (1866-1952) e Lewis Hine. Paris 
foi capturada de dia e de noite por Brassaï, 
depois por Henri Cartier-Bresson (1908-
2004) e Robert Doisneau, cuja fotografia 
humanista influenciou as gerações posterio-
res. Em Nova York, Saul Leiter (1923-2013) 
empregou a cor sutilmente, muitas vezes 
fotografando através de vidro ou com obje-
tos desfocados no primeiro plano. O livro de 
Robert Frank The Americans (1958) trans-
formou a fotografia de rua, apresentando 
uma visão mais pessoal de um mundo. No 
ano seguinte, Shigeichi Nagano (n.1925) 
começou a documentar a transformação 
social e infraestrutural de Tóquio. Gary Wi-
nogrand (1928-1984), Diane Arbus (1923-
1971) e Martin Parr se seguiram, atenuando 
a linha entre fotografia de rua e vernacular.
Fotografia de rua
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: JACOB RIIS • EUGÈNE ATGET • BRASSAÏ • HENRI CARTIER-BRESSON 
VIVIAN MAIER • SAUL LEITER • ROBERT FRANK • DIANE ARBUS • MARTIN PARR
O BEIJO NO HÔTEL DE VILLE p.96 DESFILE, HOBOKEN, NOVA JERSEY p.98 NEW BRIGHTON, INGLATERRA p.126 
VIADUTO p.146 O MOMENTO DECISIVO p.174 VERNÁCULO p.183 CULTURA JOVEM p.186 SLR p.208 
FATOS RELEVANTES
Admirado pelo príncipe Albert, Camille-Léon-Louis 
Silvy (1834-1910) era fotógrafo de retratos e um 
dos primeiros fotógrafos de rua. Nascido em 
Paris, ele aprendeu sua arte com o conde Olympe 
Aguado (1827-1894), um acólito de Gustave Le 
Gray (1820-1884). Em 1858, Silvy mudou-se para 
a Inglaterra e criou uma série de imagens que 
capturavam a vida nas ruas de Londres.
Crepúsculo, Camille Silvy, cópia em papel 
albuminado e prata, 27,4 × 22 cm, The 
J. Paul Getty Museum, Los Angeles
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18 GÊNEROS
Inicialmente, a fotografia em cores enfren-
tou uma luta árdua contra críticos que não 
viam nela nenhum valor artístico, até terem 
sua opinião alterada por uma nova geração 
de fotógrafos.
As primeiras tentativas de fotografia 
em cores, como a fita tartã de James Clerk 
Maxwell (1831-1879) ou a vista de Agen, na 
França, feita por Louis Arthur Ducos du 
Hauron (1837-1920) em 1877, foram ex-
perimentos rudimentares. O autocromo e 
o Kodachrome perceberam plenamente o 
potencial do filme colorido, mas o estab- 
lishment crítico e a maioria dos fotógrafos 
se recusaram a aceitar a inovação, conside-
rando-a uma distração em relação à com-
posição de uma imagem e ao uso da luz. 
Alguns viram nisso pouco mais que um 
truque, melhor usado pelos turistas que por 
fotógrafos sérios. Ferenc Berko (1916-2000) 
discordou e incorporou-o ao seu trabalho. 
Saul Leiter usou a cor de forma evocativa 
em suas representações de Nova York nos 
anos 1950. O surgimento de Marie Cosin-
das (1925-2017), Joel Meyerowitz e William 
Eggleston transformou a opinião crítica, e 
a fotografia em cores agora está em base de 
igualdade com o preto e branco.
A ENTRADA DA PIRÂMIDE DE MIQUERINOS p.62 ALGIERS, LOUISIANA p.114 SEM TÍTULO Nº 96 p.122 
CIANOTIPIA p.193 COLORIZAÇÃO MANUAL p.198 COR p.199 KODACHROME p.207 
Cor 
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: WILLIAM EGGLESTON • MARIE COSINDAS • JOEL MEYEROWITZ 
STEVE MCCURRY • MARTIN PARR • ANDRES SERRANO • NOBUYOSHI ARAKI
FATOS RELEVANTES
Em 1962, Marie Cosindas fez parte do seleto grupo 
convidado pelo fundador da Polaroid Corporation, 
Edwin H. Land, para experimentar o novo filme de 
revelação instantânea da empresa. Anteriormente, 
a Cosindas tinha utilizado somente preto e branco. 
Abraçando a nova tecnologia, ela passou a 
explorar o potencial da cor na fotografia de belas- 
-artes. Sua exposição individual no MoMA em 
Nova York, em 1966, foi uma das primeiras 
exposições de fotografia em cores em um museu.
A entrada da pirâmide 
de Miquerinos, Friedrich 
Adolf Paneth, 1913, 
autocromo, Royal 
Photographic Society, 
Reino Unido
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GÊNEROS 19
Inspirado na pintura, o nu fotográfico 
englobou o erotismo, a anatomia e a por-
nografia, bem como o estudo da forma e a 
identidade de gênero.
Em nenhuma outra parte a qualidade 
pictórica do nu fotográfico é mais evidente 
do que na série de estudos realizados por 
Eugène Durieu (1800-1874) em 1854 para o 
pintor Eugène Delacroix (1798-1863), ou em 
Académie (1900) de Robert Demachy (1859-
1936), ao estilo de Degas, em que a expressão 
aparentemente desinteressada de sua jovem 
modelo se distancia e atrai a curiosidade 
do observador ao mesmo tempo. A série 
“Orfeu” (1907) de Frederick Holland Day 
(1864-1933) foi o epítome do pictorialismo 
em sua evocação dos personagens clássicos, 
um contraste perfeito com os movimentos 
emergentes no início do século xx que deu 
uma qualidade totalmente diferente às re-
presentações do nu. Man Ray (ver p.66) e 
AndréKertész fotografavam seus modelos 
através do prisma do surrealismo, e isso teve 
continuidade por Bill Brandt (1904-1983) 
em sua série “Perspectiva de nus” (1961). Na 
América, Alfred Stieglitz e Edward Weston 
empregaram a abstração em seus estudos da 
forma, enquanto Ruth Bernard (1905-2006) 
se destaca como uma das poucas fotógrafas 
conhecidas por estudos de nus, explorando 
a forma feminina a partir de uma perspec-
tiva menos sexualizada que a da maioria de 
seus colegas homens.
Nu
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: ROBERT DEMACHY • MAN RAY • ANDRÉ KERTÉSZ 
ALFRED STIEGLITZ • EDWARD WESTON • RUTH BERNARD • NOBUYOSHI ARAKI
O VIOLINO DE INGRES p.66 LUTZ & ALEX SENTADOS NAS ÁRVORES p.134 BELEZA p.158 
O SURREAL p.162 CELEBRIDADE p.167 GÊNERO p.178 
Depois do banho, mulher 
secando as costas, Edgar 
Degas, 1896, cópia em 
prata coloidal, 16,5 × 
12 cm, The J. Paul Getty 
Museum, Los Angeles
FATOS RELEVANTES
No fim do século xix, Edgar Degas (1834-1917) 
tornou-se um defensor apaixonado da fotografia. 
A maioria de suas imagens foi feita à noite, muitas 
vezes depois de um jantar de gala, usando a luz 
de um lampião para criar a atmosfera e enfatizar 
o psicológico sobre o físico. Sua paixão pelo meio 
pode ter sido breve, mas facilitou comparações 
com seu trabalho em outras formas de arte.
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20 GÊNEROS
Nunca uma mera coleção de objetos, uma 
natureza-morta podia representar rique-
za ou posição social e, ao mesmo tempo, 
destacar inovações tecnológicas e refletir 
mudanças de atitude em relação à forma e 
à representação.
Derivada da palavra holandesa stilleven, 
a natureza-morta é reconhecida como o 
estudo visual de objetos cotidianos, sejam 
da natureza ou de um ambiente domésti-
co. Roger Fenton, que trabalhava em um 
catálogo fotográfico do acervo do Museu 
Britânico, mostrou sua habilidade em ilu-
minação e composição na obra Natureza-
-morta com frutas e decantador (p.50). Seu 
trabalho foi equiparado ao dos franceses 
Charles Aubry (1811-1877), Adolphe Braun 
(1812-1877) e Louis Ducos du Hauron. O 
barão Adolf de Meyer (1868-1946) adotou 
uma abordagem mais pictórica de seus te-
mas, como em Vidro e sombras (1905), que 
rapidamente contrastou com o surgimento 
de novos movimentos artísticos. No mo-
dernismo, os fotógrafos exploram as for-
mas por meio da abstração. Jaromír Funke 
(1896-1945) incorporou essa estética em 
obras como A espiral (1924), enquanto O 
garfo de André Kertész (p.70) e Pimentão 
(nº 30) de Edward Weston (p.74) tornaram 
objetos comuns estranhos visualizando-os 
de ângulos incomuns.
O GARFO p.70 PIMENTÃO (Nº 30) p.74 AMAZON p.150 O SURREAL p.162 
CONSUMISMO p.169 TEXTURA p.177 
Natureza-morta
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: ROGER FENTON • LOUIS DUCOS DU HAURON • JAROMÍR FUNKE 
ANDRÉ KERTÉSZ • EDWARD WESTON • ROBERT MAPPLETHORPE
Objetos de Morandi, Garrafas brancas, 
Joel Meyerowitz, 2015
FATOS RELEVANTES
Uma comparação fascinante 
entre a pintura e a fotografia 
de natureza-morta pode ser 
encontrada nos estudos do 
ateliê de Giorgio Morandi 
(1890-1964) em Bolonha, feitos 
pelo pioneiro da fotografia 
colorida Joel Meyerowitz. 
O perfeccionismo de 
Morandi, que passava meses 
trabalhando em cada pintura, é 
correspondido nas imagens de 
Meyerowitz, cuja composição 
é produzida com atenção a 
linhas, texturas e sombras.
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GÊNEROS 21
Os fotógrafos, assim como os pintores antes 
deles, criavam autorretratos. Alguns ajuda-
ram a definir o formato, antes que o selfie o 
tornasse uma atividade cotidiana.
Os autorretratos variam do convencio-
nal e acidental ao divertido e provocativo. 
O primeiro retrato fotográfico, um autor-
retrato de 1839 feito por Robert Cornelius, 
é convencional comparado ao trabalho de 
fotógrafos posteriores como El Lissitzky 
(1890-1941), cujo estudo a partir de 1924 é 
uma série complexa de imagens sobrepos-
tas que refletem o etos dos construtivistas 
russos. O melhor exemplo do autorretrato 
no século xix foi o de Nadar, que se foto-
grafou inúmeras vezes, ostentando a moda 
do dia, vestindo uma série de disfarces ou 
retratado contra uma variedade de cená-
rios. Sua imensa habilidade é evidente em 
todos eles. Claude Cahun (1894-1954), 
muitas vezes auxiliado por seu parceiro e 
colega artista Marcel Moore (1892-1972), 
também adotou vários papéis na fren-
te da câmera. Seu objetivo era explorar 
as convenções e a identidade de gênero. 
Cindy Sherman adotou uma abordagem 
semelhante (ver p.122), enquanto Andy 
Warhol explorou seu relacionamento com 
celebridades ao longo de duas décadas de 
autorretratos.
Autorretrato
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: NADAR • EL LISSITZKY • CLAUDE CAHUN • ANDY WARHOL 
CINDY SHERMAN
AUTORRETRATO p.48 AUTORRETRATO TRAVESTIDO p.120 SEM TÍTULO Nº 96 p.122 
O SURREAL p.162 CELEBRIDADE p.167 GÊNERO p.178 
Autorretrato com entregador de jornal, 
Lewis W. Hine, 1908, cópia em prata 
coloidal, 13,8 × 11,8 cm, The J. Paul Getty 
Museum, Los Angeles
FATOS RELEVANTES
Alguns fotógrafos estão presentes 
em seus trabalhos por meio de um 
truque de luz ou uso de espelho. 
Man Ray, Diane Arbus, Nan Goldin, 
Lee Friedlander (n. 1934), Eve 
Arnold e Weegee aparecem em 
autorretratos por meio do uso 
de espelhos. Sombras também 
permitem que os fotógrafos estejam 
presentes em uma foto. Lewis 
Hine apareceu em sua fotografia 
de um entregador de jornal em 
1908, enquanto Claude Monet 
(1840-1926) foi registrado somente 
na parte inferior do quadro em sua 
obra Sombra no lago de nenúfares 
(1920).
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22 GÊNEROS
Coincidindo com o surgimento do moder-
nismo, a fotografia abstrata enfatizou as 
formas em relação ao figurativo e foi uma 
reação contra a tendência pictorialista.
As mudanças rápidas ocorridas na virada 
do século xx resultaram em uma reavaliação 
da arte e de seu papel na sociedade. Vários 
fotógrafos importantes que se afastaram do 
realismo em direção à arte no final do século 
xx retornaram à fotografia pura para ex-
plorar as formas por meio da abstração. Os 
primeiros experimentos com fotomontagem 
(ver p.212) brincavam com as formas, mas, 
na fotografia convencional, a abstração con-
solidou-se por meio de obras como Padrões 
simétricos de formas naturais (1914) de Erwin 
Quedenfeldt (1869-1948) e Wall Street, Nova 
York de Paul Strand. A última imagem fez 
parte da exposição “Paul Strand, por volta 
de 1916”, um marco na fotografia moder-
nista. Artistas tão diversos como László 
Moholy-Nagy, André Kertész, Curtis Moffat 
(1887-1949) e Man Ray seguiram o exemplo, 
enquanto nos Estados Unidos Alfred Stie-
glitz examinou formações de nuvens duran-
te uma década e Edward Weston explorou a 
angularidade e a textura em seus estudos de 
natureza-morta e nus.
PIMENTÃO (Nº 30) p.74 FOTOGRAMA p.84 O SURREAL p.162 MODERNIDADE p.176 
CIANOTIPIA p.193 FOTOGRAMA p.201 
Abstração
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: ALFRED STIEGLITZ • PAUL STRAND • ANDRÉ KERTÉSZ • MAN 
RAY • LÁSZLÓ MOHOLY-NAGY • EDWARD WESTON • JAN GROOVER
Árvore com cachorro, Tina Modotti, 
1924, cópia em paládio, 8,3 × 
11,9 cm, The J. Paul Getty 
Museum, Los Angeles
FATOS RELEVANTES
O segredo do trabalho de muitos fotógrafos que 
exploraram a abstração foi o uso da justaposição. 
Os fotogramas eram eficazes quanto à maneira 
como cada objeto era disposto no papel sensível 
à luz, enquanto Óculos e cachimbo de Mondrian 
(1926) de André Kertész tornou-se uma série de 
linhas contidas na geometria nítida do canto 
de uma mesa. O trabalho de Jan Groover (1943-
2012) foi mais longe, muitas vezes negando o 
espaço visual para identificar os objetos dentro 
de um quadro.
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GÊNEROS 23
Nas primeiras décadas do século xx, a foto-
grafia se dividiu em diferentes movimentos, 
refletindo as mudanças políticas e culturais 
nas artes e na sociedade em geral.
Se a trajetória da fotografia no século 
xix esteve sempre a um passodos principais 
movimentos artísticos da época, ela colidiu 
com eles a partir do início do século xx. O 
envolvimento do cubismo com a forma 
mecânica insinuou o papel que a fotogra-
fia logo desempenharia na vanguarda, e os 
movimentos dadaísta e surrealista viram o 
potencial desse meio vigoroso. Na República 
de Weimar, a Staatliches Bauhaus abraçou a 
fotografia a pedido de László Moholy-Nagy, 
que dominava a paisagem cultural com seus 
fotogramas e fotos angulares de paisagens. 
Na União Soviética, a fotografia estava na 
vanguarda de um movimento que impul-
sionou mudanças radicais na sociedade. 
Alexander Rodchenko abandonou a pintura 
para desenvolver um estilo fotográfico que, 
como o de Moholy-Nagy, abraçou perspecti-
vas oblíquas, muitas vezes de cima. Mas seu 
trabalho, juntamente com o de El Lissitzky, 
Gustav Klutsis (1895-1938) e Max Penson 
(1893-1959), que visava capturar o ímpeto 
da vida moderna, foi comprometido pelo 
regime brutal de Stálin.
Vanguarda
PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS: MAN RAY • LÁSZLÓ MOHOLY-NAGY • ALBERT RENGER-PATZSCH 
ALEXANDER RODCHENKO • EL LISSITZKY • GUSTAV KLUTSIS
O VIOLINO DE INGRES p.66 RETRATO DE MÃE p.68 FOTOGRAMA p.84 O SURREAL p.162 
MODERNIDADE p.176 FOTOMONTAGEM p.212
Film und Foto (Exposição 
internacional da Confederação da 
indústria Alemã em Stuttgart), Willi 
Ruge, 1929, litografia offset, 84 × 
58,5 cm, MoMA, Nova York, EUA
FATOS RELEVANTES
“Film und Foto” é considerada a primeira grande 
exposição de fotografia europeia e americana, 
cujos curadores foram László Moholy-Nagy e 
Sigfried Giedion (1888-1968). O icônico cartaz 
do evento foi desenhado por Jan Tschichold 
(1902-1974), que se tornou o principal defensor 
do design modernista. Inspirado por uma 
exposição de 1923 feita pela Bauhaus de 
Weimar, seu trabalho teve enorme influência no 
desenvolvimento da tipografia.
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